Avaliação laboratorial da função renal e exame de urina. Flashcards

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1
Q

Rins:

1) Localização
2) Altura no adulto
3) Peso no adulto

A

1) Espaço retro peritoneal, a nível da 12 vértebra torácica até a terceira vértebra lombar. Rim direito é, levemente, inferior ao esquerdo.
2) 12 cm
3) Em torno de 150 g

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2
Q

Néfron:

1) O que é?
2) Constituição

A

1) Unidade funcional do rim
2) Glomérulo (enovelado de alças capilares envolvidos pela cápsula de Bauman) + sistema tubular (túbulo contorcido proximal + alça de henle + túbulo contorcido distal - leva aos túbulos coletores na pelve renal).

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3
Q

Função excretora do rim:

A

Eliminação de catabólitos:

  • Creatinina
  • Uréia
  • Acido úrico
  • Ácidos inorgânicos
  • Toxinas endógenas
  • Drogas
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4
Q

Função reguladora do rim (hidro-eletrolítica e ácido básica):

A
  • Homeostase
  • Absorção e excreção de água
  • Absorção e excreção de eletrólitos
  • Absorção e excreção de bicarbonato, sulfatos e uratos
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5
Q

Função endócrina do rim:

A
  • Primária: eritropoietina, renina e prostaglandina
  • Secundária: recebe estímulo e inibição das
    ações de hormônios: paratormônio - PTH, Aldosterona, Hormônio antidiurético ADH
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6
Q

Entrada de sangue no rim e no glomérulo + processo de filtração glomerular:

A

Sangue entre no rim por meio da artéria renal e entra no glomérulo por meio da arteríola aferente. O sangue flui em direção a arteríola eferente. Esse processo gera uma diferença de pressão hidrotática que contribui para o aumento da filtração glomerular.
Como o processo de filtração é um processo físico e, assim, se baseia nas características moleculares (peso, densidade, carga), algumas substâncias ficam retidas (possuem peso molecular maior que 70.000 daltons não são filtradas).

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7
Q

Processo de reabsorção renal:

A

O processo de reabsorção pode ocorre por transporte ativo ou passivo, provocando a passagem de substâncias da luz dos túbulos renais para os capilares peritubulares circundantes (cerca de 99% do filtrado é reabsorvido - glicose, água, sódio, potássio, aminoácidos).
O túbulo contorcido proximal possui um limiar de reabsorção para cada substância, assim, quando a concentração de uma determinada substância é maior que o limiar de reabsorção, essa substância permanece no lúmen e aparece na urina (ex: glicose com altas concentrações, causando glicosúria).
Alça de Henle: papel importante no processo de concentração urinária:
- Ramo descendente: reabsorção de água
- Ramo ascendente: reabsorção de solutos
O túbulo contorcido distal sofre ação da aldosterona, (atuando como no processo de reabsorção de sódio) e do hormônio antidiurético - ADH - (atuando na reabsorção de água - concentração da urina).
Desse modo, uma osmolaridade plasmática aumentada leva a liberação de ADH pela pituitária. Esse hormônio atua do ducto coletor, deixando-o mais permeável a água, aumentando a reabsorção de água.

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8
Q

O que ocorre em patologias em que se tem deficiência na produção do ADH?

A

Ocorre prejuízo na reabsorção de água, levando a formação de uma urina diluída e a maior perda de água.

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9
Q

Quantidade de reabsorção dessas substâncias pelos rins:

1) Água
2) Alguns íons
3) Uréia
4) Creatinina

A

1) 99% reabsorvida
2) Quase todo reabsorvido também.
3) Reabsorção em torno de 45%
4) Não é reabsorvida: filtrada (85%) e secreção (25%) - sai dos capilares peritubulares para a luz dos túbulos renais por transporte ativo para ser eliminado.

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10
Q

Quais exames ajudam a avaliar a excreção renal?

A

Dosagem de creatinina sérica e dosagem de uréia.

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11
Q

Quais exames ajudam a avaliar a integridade do endotélio glomerular/ avaliação da função glomerular?

A

Proteinúria de 24 horas e pesquisa de microalbuninúria.

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12
Q

Qual exame ajuda a avalias a taxa de filtração glomerular?

A

Clearances

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13
Q

O que é a creatinina:?

A

1) Produto derivado da creatina e da fosfocreatina presente no músculo esquelético. Também está presente na carne ingerida.
A produção é relativamente constante e proporcional à massa muscular, variando com a idade e sexo

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14
Q

1) Porque a dosagem de creatinina sérica é utilizada para a avaliação da função glomerular e da excreção rela?

A

1) Pois a sua concentração é inversamente proporcional a taxa de filtração glomerular (quantidade de ultrafiltrado que passa pelo sangue pro lúmen tubular através dos glomérulos.

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15
Q

Fatores que podem provocar aumento da creatinina sérica:

A
Redução da perfusão renal
Insuficiência cardíaca congestiva
Choque
Desidratação
Doenças renais (com redução TFG)
Obstrução do trato urinário
Ingestão de carne
Anormalidades musculares
Uso prolongado de corticosteróides
Hipertireoidismo
Distrofia e paralisia muscular
Dermatomiosite
Poliomiosite
Metildopa
Trimetoprim
Cimetidina
Salicilato
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16
Q

Fatores que podem provocar diminuição da creatinina sérica:

A

Baixa estatura
Redução da massa muscular
Doença hepática avançada
Desnutrição

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17
Q

Valores de referência da creatinina sérica:

A

1 a 5 anos: 0,3 a 0.5 mg/dL ou 27 a 44 µmol/L
5 a 10 ano:s 0,5 a 0,8 mg/dL ou 44 a 71 µmol/L
Adultos homens: < 1,2 mg/dL ou < 106 µmol/L
mulheres: < 1,1 mg/dL ou < 97 µmol/L
obs:
- Valores variam com metodologia
- Valores menores em gestantes (decorrente do aumento da filtração glomerular)
- Idosos (considerar perda de massa muscular e perda de néfrons)

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18
Q

O que a taxa de filtração glomerular mede?

A

⚫ Quantidade do ultrafiltrado que passa do sangue para o lúmen
tubular, através dos glomérulos, em determinado período de tempo.
⚫ Avaliação da capacidade de filtração renal
⚫ Relação com número e capacidade funcional dos néfrons
⚫ Pode indicar comprometimento da função renal em pacientes com concentrações de uréia e creatinina normais

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19
Q

Como a taxa de filtração glomerular é obtida?

A

⚫ Pode ser determinada pela medida da depuração de substâncias exclusiva ou predominantemente filtradas pelos glomérulos:
- Depuração da Inulina
- Depuração da Creatinina
⚫ Pode ser estimada utilizando equações baseadas na dosagem sérica de creatinina e dados demográficos
Pega-se a dosagem sérica de uma substância, normalmente a creatinina, e o volume formado de urina, em determinado tempo:
Ds (mL/min) = Us (mg/dL)/ Ps (mg/dL) x V (mL/min) x 1,73 (m2)/ área (m2) - levando em consideração a superfície corporal.
Depuração renal (D) da substância (s)
(Us) = concentração da substância na urina
(Ps) = concentração da substância no plasma ou soro
(V) = volume de urina formado em determinado período de tempo
* Com essa equação é possível fazer a determinação do volume de plasma que é depurado desta substância por unidade de tempo (um minuto) e superfície corporal.
Como a depuração é proporcional ao número e ao tamanho dos glomérulos que, por sua vez, são proporcionais a superfície corporal, o exame precisa ser ajustado conforme a superfície corporal do indivíduo.

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20
Q

1) Qual tipo de substância seria ideal para se medir a taxa de filtração glomerular?
2) Qual substância seria ideal para essa media?

A

1) Idealmente, uma substância que não fosse nem reabsorvida e nem secretada.
2) A inulina (utilizada como método de referência)

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21
Q

Porque a inulina não é utilizada rotineiramente para se medir a taxa de filtração glomerular?

A

Pois a realização do teste é demorada, necessita de infusão intravenosa contínua e é uma substância exógena (dificulta a realização do teste).

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22
Q

Como é feita a coleta da amostra para se realizar o Clearance de Creatinina?

A
  • Preparo do paciente:
    Hidratação adequada durante o período de coleta da urina
    Evitar a realização de esforço físico
  • Coleta de urina de 24h:
    ⚫ No primeiro dia, desprezar a primeira urina da manhã
    ⚫ Colher todas as micções até a manhã do segundo dia
    ⚫ Colher a primeira urina da manhã do segundo dia
    ⚫ Enviar a amostra para o laboratório
    ⚫ Toda urina colhida deverá ser armazenada em frascos limpos,
    livres de resíduo de qualquer natureza e sob refrigeração(entre 2 e
    8° C)
  • Coleta de sangue:
    ⚫ A amostra pode ser colhida a qualquer momento durante a coleta
    de urina.
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23
Q

Quais são as causar de erro durante o exame de depuração de creatinina?

A
  • Perda de volume urinário durante a coleta (principal)
  • Conservação inadequada da urina
    Aumento do pH: creatinina - creatina
  • Ingestão de grande quantidade de carne
  • Hidratação inadequada
  • Uso de drogas: salicilato, cimetidina e trimetoprim
  • Esforço físico vigoroso
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24
Q

Limitações da depuração da creatinina para medir a taxa de filtração glomerular:

A

É um marcador pouco sensível, pois sofre alteração apenas quando há comprometimento de mais de 50% dos néfrons.
Assim, reduções moderadas na filtração podem não refletir com o aumento da creatinina sérica.
Além disso, como a creatinina também pode ser secretada, quando há redução da filtração glomerular, ocorre um aumento dessa secreção. Desse modo a secreção pode “compensar” a redução da filtração.
o Fatores interferentes na dosagem de creatinina sérica
o Fatores interferentes na coleta de urina
o Secreção tubular de creatinina resulta em superestimação de 5 a
10% da TFG
o Doenças musculares

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25
Q

Qual equação consegue medir a taxa de filtração glomerular, apenas com a dosagem de creatinina sérica?

A

Equação CKD-EPI, desenvolvida em 2009

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26
Q

Os níveis elevados de ureia sérica são específicos para doença renal?

A

Apesar de tem excreção renal acima de 90%, ela possui reabsorção de cerca de 45%, interferindo na especificidade da uréia em relação a doença renal.
Assim, os níveis elevados de uréia sérica não são específicos de doença renal, tendo uma menor especificidade para doença renal do que a creatinina.

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27
Q

Fatores que interferem na dosagem de ureia:

A
  • Alimentação

- Hidratação

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28
Q

Quais fatores podem levar ao aumento da dosagem sérica de ureia?

A
Redução da perfusão renal
Insuficiência cardíaca congestiva
Choque
Doenças renais
Insuficiência renal aguda e crônica
Glomerulonefrites crônicas
Pielonefrites crônicas
Obstrução do trato urinário
Ingestão de grande quantidade de proteína
Desidratação
Aumento do catabolismo protéico
Jejum prolongado
Cetoacidose
Corticosteróides
Tetraciclina
Diuréticos
Hemorragia digestiva (reabsorção de
proteínas plasmáticas)
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29
Q

Quais fatores podem levar a redução da dosagem sérica de ureia?

A

Desnutrição proteíca
Insuficiência hepática
Síndrome da secreção inapropriada do
hormônio anti-diurético

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30
Q

Valores de referência de ureia sérica:

A

Neonato: 8,5 - 26 mg/dL ou 1,4 - 4,3 mmol/L
Criança: 11 - 39 mg/dL ou 1,8 - 6,4 mmol/L
Adulto: 15 - 39 mg/dL ou 2,5 - 6,4 mmol/L
> 60 anos: 17 - 45 mg/dL ou 2,9 -7,5 mmol/L
obs: variam de acordo com a metodologia

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31
Q

Qual é o achada mais sugestivo de doença renal?

A

Proteinúria > 150 mg/24 h

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32
Q

1) Qual a proteína mais encontrada na urina?

2) Outras proteínas presentes na urina:

A

1) Albumina (até 30 mg/24 h)
2) Proteínas de baixo peso molecular
- imunoglobulinas
- transferrina
- haptoglobina
- beta2
- microglobulina
- Glicoproteína de Tamm Horsfall (até 50 mg/24 h) - é secretada pelos túbulos renais.

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33
Q

Proteinúria glomerular:

A

Perda ou redução das cargas negativas presentes na membrana basal glomerular, leva um aumento da permeabilidade capilar e permite a passagem de maior quantidade de albumina para o espaço de Bauman, ultrapassando a quantidade de albumina que pode ser reabsorvida pelas células tubulares proximais.
Está mias relacionada com:
Síndromes nefrítica (< 3,5 g/24h)
Síndrome nefrótica (> 3,5 g/24h)
obs: vai ocorrer nas nefropatias hipertensiva e diabética de forma insidiosa.

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34
Q

Proteinúria tubular:

A

Relaciona-se a perda de pequena quantidade de proteínas urinárias de baixo peso molecular. Se da pela alteração da reabsorção tubular.
Esse padrão é visto em casos de pielonefrite e de rejeição de transplante renal.

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35
Q

Proteinúria de sobrecarga:

A

Ocorre devio a ocorrência de um extravasamento de proteína de baixo peso molecular, devido a níveis excessivos dessas proteínas na corrente sanguínea.
anormal do plasma para urina
- Pode envolver perda urinária de: hemoglobina, mioglobina, imunoglobulina, proteína de Bence Jones.

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36
Q

Proteinúria pós-ranal (secundária ao processo obstrutivo)

A

Relacionada as vias urinárias baixas.
Ocorre em decorrência da exsudação através das mucosas (uretrites, cistites, etc).
Se relaciona a processos inflamatórios.

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37
Q

Métodos de exames de proteinúria (2):

A
  • Semi-quantitativo, por meio do exame de urina rotina, utilizando tiras reagentes.
  • Quantitativo:
    Proteinúria de 24 horas - coleta de urina de 24 horas ou amostra aleatória (3h de retenção urinária) - relação
    proteína/creatinina
    Valores normais < 200mg de proteína/uma grama de creatin
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38
Q

Limitações do exame de proteinúria de 24 horas:

A
  • Erros na coleta de urina de 24 horas (perda do volume)
  • Proteinúria funcional ou benigna
    ⚫ Exercício físico vigoroso
    ⚫ Proteinúria postural
    ⚫ Estado febril
    ⚫ Exposição prolongada ao frio ou calor
    ⚫ Estresse emocional
    ⚫ Insuficiência cardíaca congestiva
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39
Q

Valores de referência:

1) Proteinúria de 24 horas
2) Amostra aleatória de urina

A

1) - Adultos = 30 - 150 mg/24 horas
- Crianças < 10 anos = < 100 mg/24 horas
- Valores ≥ 3,5 g/24 horas (ou ≥ 50 mg/kg/24 h)  síndrome nefrótica.
2) - Relação proteína/creatinina até 0,2
- Valores normais < 200mg de proteína/uma grama de creatinina

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40
Q

O que é a microalbuminúria?

A

 Detecção da excreção urinária de albumina (métodos imunológicos)
⚫ Entre 30 e 300 mg/24 horas ou entre 20 e 200 μg/min
(“microalbuminúria”)
- Representa sinal precoce de nefropatia
- Fator de risco aumentado para doença cardiovascular em
pacientes diabéticos e hipertensos

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41
Q

Qual é o sinal de alerta mais importantes de um inicio de comprometimento vascular, muitas vezes, não só limitado ao gromérulo, mas também no cérebro e no coração em paciente com diabeles mellitus?

A

Detecção de microalbuminúria, muitos desses pacientes evoluem para piora de lesões glomerulares a para doença renal mais grave.
Assim, a intervenção precoce é capaz de preservar a função de filtração glomerular e melhorar o prognóstico dos pacientes.
Essa interveção tem eficiência tanto na proteção renal como na proteção cardiovascular desses pacientes.

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42
Q

Em quais doenças a microalbuminúria indica, em especial, alto risco de desenvolvimento de doença renal?

A

⚫ Diabetes mellitus
⚫ Hipertensão arterial
⚫ História familiar de doença renal crônica (DRC)

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43
Q

Limitações da detecção de microalbuminúria:

A
Aumento da excreção urinária de albumina:
Exercício físico vigoroso
Proteinúria postural benigna
Gravidez
Febre
Infecção urinária
Insuficiência cardíaca
44
Q

Exame para detecção de aumento na excreção urinária de albumina:

A

Analisar a relação albumina/creatinina, sendo que a coleta da amostra pode ser realizada pela:
- Primeira urina da manha
- Amostra aleatória de urina (3h de retenção urinária).
Medição das concentrações de albumina por meio de amostra de urina de 12 ou 24 horas.

45
Q

Qual a metodologia utilizada para dosagem de microalbuminúria:

A

Métodos imunológicos: anticorpos anti-albumina
•Nefelometria
•Turbidimetria
•ELISA

46
Q

Quais os requisitos para a caracterização da microalbuminúria?

A
  • A caracterização da microalbuminúria requer 2 resultados alterados em amostras de urina colhidas com intervalo de 1 a 6 meses.
  • Considerar alta variação intra-individual da excreção urinária de albumina (36%).
47
Q

Cistativa C:

1) O que é?
2) Vantagens:

A

1) - Marcador endógeno alternativo de filtração glomerular
- Produzida por toda célula nucleada
- Proteína de baixo PM (13 KDa), sintetizada por todas as células nucleadas
- Livremente filtrada pelos glomérulos
- Completamente reabsorvida e catabolizada pelo sistema tubular
2) - Performance superior à creatinina
- Níveis séricos não são influenciados pela massa muscular e dieta
- Pode ser usada em equações para estimativa da TFG (CKD-EPI)

48
Q

Cistativa C:

1) Como é feita sua doasagem?
2) Limitações

A

1) Métodos imunológicos
2) - Baixa padronização entre os ensaios
- Alto custo
- Disponibilidade restrita nos laboratórios clínicos de rotina

49
Q

Exame de urina rotina:

1) Amostra de escolha:
2) Amostra alternativa
3) Volume da amostra

A

1) Primeira urina da manha - jato médio, despejando o primeiro jato urinário, após um período não inferior a 4 horas de permanência de urina na bexiga para promover a sua concentração.
2) Amostra colhida 3-4hs da última micção - Jato médio
3) Entre 20 - 50 mL;
Volume mínimo: 12 mL.

50
Q

Qual a utilidade do exame de urina rotina?

A

Útil no diagnóstico e monitoramento de doenças renais e também em doenças sistêmicas e metabólicas “biópsia” do trato urinário

51
Q

Exame de urina rotina:

1) Características do frasco de coleta
2) O que deve ser evitado?

A

1) Material inerte; estéril de preferência.
2) Atividade física antes da coleta, uso de medicamentos, presença de
secreções e fluxo mentrual

52
Q

Exame de urina rotina - coleta da amostra em crianças: até 2 anos:

A

Utiliza-se o coletor infantil que deve ser trocado a cada 30 minutos com todos os cuidados de assepsia necessários.

53
Q

Outros métodos de coleta de urina - indicados quando a coleta de urina de forma natural não pode ser realizada em função do quadro clínico do paciente:

A

1) Punção suprapúbica: método invasivo, inserção, após assepsia rigorosa, de um uma agulha montada, com seringa, acima da sínfise pubiana, em um ângulo de 10 a 30 graus, com profundidade de 2 a 3 cm, fazendo pressão negativa do êmbolo (realizada em ambiente hospitalar).
2) Sonda vesical]~processo invasivo e a amostra não deve ser colhida diretamente do saco coletor.

54
Q

Exame de urina rotina

1) Fase pré-analítica:

A

1) Condições ideais de coleta:
- 15 A 25 graus de refrigeração
- Tempo de coleta até a realização do exame deve ser no máximo de duas horas.
2) Alternativa para o armazenamento:
- Refrigerar a amostra entre 2 a 8 graus após a coleta
- Realizar o exame entre 6 e 8 horas

55
Q

Exame de urina rotina - armazenamento sob refrigeração:

1) Vantagens
2) Desvantagens

A

1) Vantagens:
- Não interfere na pesquisa com tira reagente;
- Útil para exames microbiológicos;
2) Desvantagens:
- Precipitação de solutos: uratos e fosfatos - atrapalham a fase de análise ao microscópio.
- Não impede a lise de hemácias e leucócitos (2-4 h);
- Não impede a dissolução de cilindros.
obs: deve-se proteger da luz: bilirrubina e urobilinogênio

56
Q

Exame de urina rotina:

1) Alterações observadas na amostra de urina, mantida em temperatura ambiente após 2 horas.

A
  • Aumento de PH pela produção de amônia a partir de ureia por bactérias contaminantes
  • Redução da glicose, devido a glicólise por ação de bactérias.
  • Presença de nitrito por produção por meio de bactérias contaminantes, ou pode sofrer degradação, seguida de evaporação.
  • Alteração nas hemácias: sofrem lise e destruição
  • Ocorre dissolução de cilindros
57
Q

Exame de urina rotina - fase analítica:

1) Exame físico
2) Exame bioquímico
3) Exame de microscopia

A

1) Análise de propriedades físicas: cor, aspecto e odor
2) Avaliação da tira reagente: coloca-se a urina em um tubo cônico e mergulha-se a fita reagente. Espera-se alguns minutos e realiza-se a leitura manual do exame, comparando-se a mudança de cor com a escala de cores que vem no frasco das fitas. Existem também alguns equipamentos que realizam a leitura da fita reagente.
3) Realização da análise do sedimento: primeiro faz-se a centrifugação da amostra, por um período de 5 a 10 minutos e, posteriormente, coloca-se o sedimento em uma lâmina ou vidro relógio e é levado ao microscópio para que sejam observados os elementos figurados da urina (hemácias, leucócitos, células epiteliais, cilindros e cristais, flora bacteriana, outros).
obs: atualmente é realizado por métodos automatizados

58
Q

Características da fita reagente:

A

Formada por um suporte plástico contendo reagentes químicos impregnados específicos para cada parâmetro. Uma reação de cor se desenvolve quando as áreas com os reativos secos entram em contato com a urina.
Exame rápido, de baixa complexidade, boa reprodutividade.

59
Q

Substâncias testadas na fita reagente:

A

• Bilirrubina: é observada quando há aumento de bilirrubina conjugada no sangue, secundária a lesões das vias biliares ou dos hepatócitos.
• Urobilinogênio: está aumentando em algumas condições clínicas como anemia hemolítica. Em condições hepáticas como hepatite e cirrose o fígado torna-se incapaz de reabsorver o urobilinogênio reabsorvido e, assim, ele é eliminado por meio da urina.
• Corpos cetônicos: quando são usados lipídios com fonte de energia. As duas condições mais associadas são: diabetes e jejum.
• Glicose
• Leucócitos
• Nitrito: auxilia no diagnóstico de infecção urinária. As principais bactérias responsáveis por infecção urinária são grm-negativas - apresentam a enzima nitrato redutase (produção de nitrito a partir do nitrato oriundo da ingestão de vegetais na dieta).
• Proteína
• Sangue
Os testes químicos também analisam a densidade e o pH.

60
Q

Qual é o único elemento dos sedimentos urinários que é, exclusivamente, renal?

A

Os cilindros

61
Q

1) Qual o principal componente dos colindros renais?

2) O que influência a aparência dos cilindros?

A

1) Glicoproteína de Tamm Horsfall - secretada na alça ascendente de Henle e TCD.
2) Os materiais presentes no filtrado, sua formação e o período de tempo que permanecem no túbulo.
Quaisquer elementos presente no filtrado, como células, bactérias e grânulos, podem se prender a matriz dos cilindros.

62
Q

1) Quais os cilindros mais frequentes?
2) Qual a composição desses cilindros?
3) Quando sua presença é considerada normal?
4) Um grande número desses cilindros indica o que?

A

1) Cilindros Hialinos
2) Constituídos quase inteiramente por proteína de Tamm Horsfall.
3) - De 0 2 desses por campo de pequeno aumento é considerado normal.
- Apos exercícios físicos vigorosos (acompanhado de proteinúria) e desidratação.
4) Sugere doença renal

63
Q

1) Quando ocorre a formação dos cilíndros epiteliais?

2) Comuns em quais doenças?

A

1) Quando a proteína de Tamm Horsfall se prende às células tubulares epiteliais.
2) Em presença de doenças que causam lesões tubulares, essas células saem mais facilmente do túbulo durante a passagem dos ciíndros.
- Glomérulo nefrite
- Pielonefrites com lesões tubulares

64
Q

1) Formação dos cilindros granulosos

2) Estão presentes em quais situações?

A

1) Após a sua formação, os cilindros podem sofrem alterações até que sejam liberados na urina. Células entre outros elementos podem sofrer degeneração que aumenta com a maior duração do cilindro nos rins.
A degeneração das células incluídas no cilindro é vista ao microscópio com o aumento da granulosidade do citoplasma e o desaparecimento da membrana celular, formando os cilindros granulosos.
2) Presentes na insuficiência renal crônica e em situações de rejeição aguda ao enxerto renal.

65
Q

Cilindros céreos:

1) Características:
2) O que indicam?

A

1) Refringentes com textura rígida e, por isso, se fragmentam ao passar pelos túbulos.
2) Intensa estase urinária e estão presentes em quadros de insuficiência renal crônica.

66
Q

1) O que define a largura dos cilindros?
2) O que cilindros mais largos indicam?
3) Quais as principais doenças associadas a cilindros mais largos?

A

1) A maioria apresenta o diâmetro relacionado ao túbulo onde foi formado.
2) Cilindros mais largos são indicativos de um acometimento renal mais grave, pois, provavelmente, se formaram em túbulos renais dilatados ou nos túbulos coletores na presença de uma estase urinária.
3) Doença renal crônica ou obstrução urinária.

67
Q

1) A presença de hemácias na urina resultam de que?

A

1) Sangramentos em qualquer região do trato urinário e de causas extrarenais

68
Q

Classificação de hematúria de acordo com sua origem:

A

1) Glomerulares: caracterizada pela hematúria associada a proteinúria. Presença de cilíndro eritrocitário é altamente sugestiva de lesão glomerular. Também é possível identificar a presença de hemáceas dismórficas.
2) Não glomerulares: hematúria transitória

69
Q

Características das hemácias presentes no seguimento urinário em casos de hematúria glomerular:

A

Dismorfismo eritrocitário por traumatismo mecânico
Apresentam-se com alterações na forma, cor, volume e conteúdo de hemoglobina.
Alterações de suas membranas celulares.
Presença de acantócitos (Hemácias
em forma de anel com protusões
citoplasmáticas).

70
Q

Qual teste é usado para a identificação de hemácias disformes no seguimento urinário?

A
  • Microscopia de contraste de fase
  • Microscopia ótica
    considera-se até 20% de dismorfismo como valor de referência tanto em adultos como em crianças
71
Q

O que a presença do cilíndro hemoglobínico (contendo hemoglobina) indica?

A
  • Glomerulopatia
  • Sangramento interticial
  • Hemólise intravascular grave
72
Q

O que o número de leucócitos aumentados na urina indica?

A

O número de leucócitos aumentados na urina está associado a presença de processos inflamatórios em qualquer parte do trato urinário.

73
Q

O que a presença de algomerados de leucócitos na urina indica?

A

Presença de processo inflamatório agudo

74
Q

Em quais situações observa-se a presença dos cilindros leucocitários?

A
  • Processos infecciosos ou não infecciosos, no entanto, sempre de origem renal.
  • Pienonefrite e nefrite intersticial são um exemplo
75
Q

O achado de raras células epiteliais na microscopia, no exame de urina, é normal?

A

Sim: ocorre devido ao processo esfoliativo de renovação do epitélio celular

76
Q

O que o número aumentado de células epiteliais (escamosas) na urina indica?

A

Contaminação da amostra de urina com material proveniente do períneo, da vagina ou meato uretal.

77
Q

O que a presença de corpos graxos ovalados na urina indica?

A

Representa, células tumorais degeneradas que absorveram lipoproteínas contendo colesterol e triglicérides.
Constitui uma das manifestações de lipitúria presente na síndrome nefrótica

78
Q

Cristais anormais encontrados na urina:

1) De origem metabólica

A

1) Ácido úrico, cistina, leucina e tirosina

79
Q

Cristais presentes na urina sem significado clínico:

1) pH alcalino
2) pH ácido

A

1) Fosfato amoto amorfo e fosfato triplo

2) Urato amorfo e oxalato de cálcio

80
Q

Cristais de importância clínica:

A

Formados por fatores iatrogênicos e de contraste

81
Q

Esquema do laudo do exame de urina rotina:

1) Primeira etapa

A

Primeiro: identificação da amostra

1) Exame físico-químico: avaliação da densidade e pH da urina
2) Dosagens químicas: por meio da tira reagente - dosagens de proteínas, glicoses, acetona, hemoglobina, bilirrubina, nitrito e leucócito.
3) Análise dos sedimentos: avalia-se a presença de leucócitos, epitélios, hemácias, cilindros, cristais, flora bacteriana ou microbiota e presença de muco

82
Q

Infecções urinárias:

1) Baixas
2) Altas ou pielonefrite

A

1) Acometimento do trato urinário inferior: uretra (uretrite) ou bexiga (cistite)
2) Rins: maior gravidade devido ao risco de evolução para sepse

83
Q

Sintomas da cistite:

A
  • Disúria (principal sintoma)
  • Polaciúria (micção frequente)
  • Dor supra-púbica
  • Urgência ao urinar
  • Hematúria
  • Febre (pouco comum)
84
Q

Sintomas da pielonefrite:

A
  • Febre e calafrios

- Dor lombar, podendo irradiar-se para a região do abdome

85
Q

Prevalência das infecções urinária:

1) Primeiro ano de vida acomete mais qual gênero?
2) E acima de 1 ano?
3) E em indivíduos adultos?
4) E a partir dos 65 anos?

A

1) Meninos: relação com a presença de má formação congênita
2) Sexo feminino
3) Mulheres: atividade sexual, gestação e menopausa
4) Aumento da incidência no sexo masculino: relação com problemas prostáticos

86
Q

Vias de infecção urinária:

1) Mais frequente:
2) Menos frequente:

A

1) Ascendente (via uretra): colonização da mucosa peri uretral por bactérias do trato gastrointestinal
2) Hematogênica: mais comum em recém-nascidos (oito a 12 semana de vida), em pacientes que já possuem infecções sistêmicas e em imunossuprimidos.

87
Q

Fatores predisponentes de infecção urinária:

A

. Sexo feminino (uretra curta e próxima região perianal)
. Obstrução das vias urinárias
. Esvaziamento incompleto da bexiga
. Refluxo vesico-ureteral (favorece ascensão bactérias)
. Instrumentação do trato urinário
. Gestação (alteração pH e osmolaridade da urina)
. Atividade sexual (sexo feminino)
. Diabetes mellitus (glicose na urina favorece crescimento bacteriano)

88
Q

Classificação das infecções urinárias quanto a origem:

A

1) Comunitária:

2) Hospitalar: cerca de 80% é associada ao uso de cateter vesical.

89
Q

1) Quais os agentes etiológicos mais associados a infecção urinária?
2) Porque?

A

1) Bastonetes gram negtivos, sendo a Escerichia coli responsável por 75% a 95% dos casos.
2) Devido a uma aderência aumentada da bactéria as células uroepiteliais. Essa aderência é realizada através das fímbrias (estruturas presentes na parede bacteriana)

90
Q

1) Outros bastonetes gram negativos causadores de infecção urinária que não a E. coli:
2) Em que situações eles estão mais presentes?

A

1) Proteus sp, Klebsiella sp (os dois são comuns em pacientes com litíase renal), Enterobacter sp, Serratia sp, Pseudomonas sp
2) Infecções recorrentes, pacientes submetidos a manipulação urológica

91
Q

Infecções urinárias por coocos gram positivos:

1) Staphylococcus saprophyticus
2) Enterococcus sp e S. aureus

A

1) Responsável por 5 – 20% das infecções, geralmente não complicadas, sendo cistites em mulheres jovens.
2) Relacionados a pacientes que sofreram Instrumentação prévia do trato urinário e que apresentam cálculo renal (litíase).

92
Q

Infecção urinária por Candida sp é mais comum em quais situações?

A
  • Uso de cateter vesical de demora
  • Uso prolongado de antibióticos
  • Imunossuprimidos
93
Q

Quais exames podem ser utilizados para diagnóstico laboratorial de infecção urinária?

A
  • Exame de urina de rotina
  • Gram de gota de urina não centrifugada
  • Urocultura e antibiograma
94
Q

Exames para diagnóstico laboratorial de infecção urinária:

1) Cuidados com a coleta/ armazenamento da amostra

A

1) - Frasco limpo, sem resíduos de desinfetantes e detergentes. Boca larga. Bem vedado. Identificação adequada.
- Exame da amostra em até 2 h ou refrigeração por até 8 h
- Primeira urina da manhã, jato médio
… ou amostra colhida após 3 a 4 h da última micção
… ou por aspiração suprapúbica
… ou por cateterização da uretra
… ou com coletor adesivo (crianças)

95
Q

Características apresentada no exame de urina rotina que indicam infecção urinária:

A
  • Urina tuva
  • pH urinário aumentado
  • Presença de elementos anormais:
    ~Leucócitos positivos: alta especificidade e sensibilidade para diagnóstico de infecção urinária.
    ~Nitrito positivo: principalmente por infecções causadas por bactérias gram negativas
    ~Outros: sangue e proteínas
96
Q

Etapa da sedimentoscopia no exame de urino rotina em pacientes com infecção urinária:

A
  • Presença de leucócitos (acima de 5 por campo)
  • A presença de cilíndros leucocitários aponta para diagnóstico de pielonefrite
  • Flora microbiana: aumentada
  • Outros: hemácias e proteínas
97
Q

Exame de gram de gota de urina não centrifugada:

1) Vantagens

A

1) Método de triagem simples, rápido e sensível para
detectar bacteriúria significativa. Fica pronto em um dia. Sensibilidade: em torno de 94% e especificidade em torno de 92%. Valore preditivo de 85% quando associado a presença de biócitos no exame de urina rotina.
Interessante para o diagnóstico presuntivo das infecções urinárias

98
Q

Exame de gram de gota de urina não centrifugada:

1) O que ele permite?
2) Como se apresentam as bactérias gram-positivas?
3) E as gram-negativas?

A

1) Permite o reconhecimento das bactérias por características morfo-tintoriais:
2) Bactérias Gram-positivas: resistem à descoloração com metanol e retêm a cor púrpura do cristal violeta.
3) Bactérias Gram-negativas: sofrem descoloração com metanol e são contracoradas de vermelho pela safranina

99
Q

Exame de gram de gota de urina não centrifugada:

1) Valor de referência:
2) Objetivos do exame:

A

1) A presença de pelo menos 1 bactéria/campo em 20 campos examinados em objetiva de imersão (100x) indica bacteriúria significativa (≥ 105 UFC/mL) em mais de 90% dos casos
2) Objetivos do exame:
- Avaliar existência e forma dos microorganismos e reação ao Gram
- Relatar presença de leucócitos
- A presença de células epiteliais e vários tipos morfológicos de bactérias sugere contaminação

100
Q

1) Qual o exame considerado padrão ouro para diagnóstico de infecções urinárias?
2) Como deve ser realizada a coleta?
3) Em quanto tempo são liberados?

A

1) Urocultura
2) Deve ser coletada antes do início do uso de antimicrobianos
3) Liberados em 24 horas e guiam o tratamento

101
Q

Urocultura:

1) Metodologia quantitativa

A

1) Determinação de bacteriúria significativa (≥ 105 UFC/mL).
Realizada através da alça de platina calibrada quando a amostra homogeneizada é inoculada em meio de cultura, incubada por 24 h a 35/37 graus. Após o crescimento das colônias, faz-se a contagem do número de colônias. Posteriormente, faz-se a identificação do microrganismo e a realização do antibiograma.

102
Q

Urocultura:

2) Metodologia qualitativa

A

2) Isolamento, identificação da bactéria e antibiograma
Meio de cultura com condições ideais para o crescimento de patógenos. Utiliza-se substâncias que tornem o meio seletivo a determinado tipo de patógeno.
Após o isolamento das bactérias através do meio seletivo, são realizadas provas bioquímicas - investigam as atividades metabólicas das bactérias in vitro, servindo de auxílio para o microbiologista identificar grupos, espécies de bactérias ou de leveduras, por meio da identificação de reações químicas que ocorrem no substrato por meio da ação das enzimas

103
Q

Laudo de urocultura:

A
  • Identificação do material utilizado
  • Identificação qualitativa da bactéria
  • Identificação quantitativa da bactéria
  • Resultado com antibiograma
104
Q

Interpretação da urocultura - parte quantitativa:

A
  • maior ou igual a 100.000 UFC/mL de uma única espécie de bactéria - BACTERIÚRIA SIGNIFICATIVA - indica infecção urinária
  • menor que 100.000 UFC/mL pode indicar:
    ▪ contaminação da amostra na coleta
    ▪ colonização
    ▪ infecção urinária (em alguns casos):
    ≥ 102 a 104 UFC/mL em mulheres sintomáticas
    ≥ 104 UFC/mL em homens sintomáticos
    ≥ 102 a 103 UFC/mL em pacientes idosos, cateterizados
  • Qualquer crescimento bacteriano em material obtido por punção suprapúbica
105
Q

Antibiograma:

1) Objetivo:
2) Realização:

A

1) Avaliação da sensibilidade e resistência da bactéria a vários antibióticos.
Determina:
- Sensibilidade
- Concentração mínima inibitória: concentração mínima do antibiótico para inibir o crescimento do microrganismo
2) Manual ou automatizada

106
Q

Concentração inibitória mínima do antimicrobiano (CIM):

A

Valor numérico (mg/mL):
⚫ Útil para ajuste de dose
⚫ O MIC expressa a concentração mínima do antimicrobiano que é necessária para inibir o crescimento do microrganismo que está sendo avaliado.
⚫ Existem tabelas para a conversão desses valores em R, I ou S, sendo que no Brasil é normalmente utilizada a tabela preparada pelo CLSI , órgão americano responsável pela padronização de testes laboratoriais.

107
Q

Classificação do antibiograma:

A

1) Sensível:
⚫ A infecção pode ser adequadamente tratada utilizando o antimicrobiano na dose recomendada para aquele tipo de infecção
2) Intermediário:
⚫ Inclui isolados cujo MIC se aproxima dos níveis obtidos no sangue e tecidos – mas apresenta resposta menor do que a microorganismos sensíveis
3) Resistente:
⚫ Não é inibida pelas concentrações usuais.