Síndromes Respiratórias na Infância Flashcards
Quando usar ATB na otite média aguda?
. < 6meses
. 6m- 2 anos com OMA bilateral
. Otorreia
. Com sinais de gravidade (dor moderada a grave, febre >39º, otalgia por + 48hrs)
Há 1 semana, lactente de 18m apresenta quadro de resfriado comum. Há 2d, iniciou otalgia moderada à direita, sem saída de secreção pelo ouvido, e febre (39º C). O pai relatou que hoje, ao acordar a criança, notou hiperemia conjuntival à direita. Ao exame, ela apresenta regular estado geral, está afebril e a otoscopia mostra abaulamento da membrana timpânica à direita e opacidade a esquerda. Resto so exame sem alterações. Nesse momento, a conduta terapêutica adequada consiste em:
- Amoxicilina + clavulanato 90 mg/kg/dia
Verdadeiro
Complicação bacteriana mais comum do resfriado comum: OMA.
Principais bactérias: Streptococcus pneumoniae, Haemophilus influenzae, Moraxella catarrhalis
Esse caso é sugestivo de hemófilo por causa da hiperemia conjuntival (síndrome otite-conjuntivite) e nesse caso, torna-se necessária a associação do inibidor da beta-lactamase
O diagnóstico de certeza das faringoamigdalites pelo Streptococcus pyogenes pode ser feito por meio de cultura ou de teste rápido, ambos utilizando secreção amigdaliana. Quando a sensibilidade e especificidade desse dois métodos são comparadas, é correto afirmar que:
- Ambos os métodos têm especificidade semelhantes, mas a cultura é mais sensível
Verdadeiro
Paciente de 3a apresenta episódios recorrentes de febre 39-40ºC, com duração de 3-5 dias, a cada 4 semanas, acompanhados de faringite, aftas, linfonodomegalia cervical, vômitos, artralgia e dor abdominal. Os exames laboratoriais durante as crises revelaram leucocitose e proteína C reativa elevada. O pediatra prescreveu prednisolona em dose única no início da última crise e a febre cedeu abruptamente. Considerando essa situação hipotética, sobre o diagnóstico mais provável…
- Síndrome PFAPA
Verdadeiro
PFAPA: periodic fever, aphthous stomatitis, pharyngitis, adenitis
Escolar de 9a, é atendido no serviço de atendimento de emergência com queixa de edema e hiperemia palpebral, dor local, hiperemia conjuntival e limitação da motilidade do olho direito, há 4 dias. A mãe refere que, há cerca de 2 semanas, apresentou infecção de vias aéreas superiores. Sobre o provável diagnóstico, podemos concluir que se trata de:
- Celulite orbitária
Verdadeiro
A celulite orbitária é caracterizada pela inflamação dos tecidos da órbita e cursa com proptose, limitação da mobilidade ocular, edema da conjuntiva, além de edema palpebral.
É uma complicação de uma sinusite de seio etmoidal, e essa criança deverá ser internada e tratada com atb parenteral
A sinusite na infância pode ser classificada como aguda pós-viral quando os sintomas duram mais de 10 dias. Sobre esta patologia, é correto afirmar que:
A) A terapia inicial para sinusite bacteriana aguda não complicada deve ser realizada com amoxicilina-clavulanato
B) Recomenda-se a duração do tratamento atb por mais 7 dias após a resolução dos sintomas
Letra B
A amoxicilina com clavulanato deve ser feita em doses mais altas de amoxicilina para crianças com menos de 2 anos, para as que frequentam creches ou para as que fizeram uso de atb nos 30-90 dias anteriores
Menina 12a, apresenta febre de até 39ºC associada à odinofagia intensa, cefaleia e dor abd há 2 dias. Nega tosse ou coriza. Sem outras queixas. Ao exame, está BEG, presença de gânglios fibroelásticos de 1cm em região cervical bilateral, e oroscopia com a presença de petéquias no palato. Foi realizado prova rápida para estreptococo nessa pct, cujo resultado foi negativo. A conduta é:
A) Colher cultura de orofaringe e já iniciar a atb, podendo ser suspensa, a depender da evolução clínica do pct
B) Colher cultura de orofaringe, e aguardar para iniciar atb apenas se o resultado for positivo
Letra B
Ainda que o resultado da cultura possa retardar o início do tratamento, isso não diminui a eficácia do tratamento para profilaxia primária da febre reumática (essa profilaxia é eficaz, ainda que o tratamento seja iniciado até 9 dias após o início do quadro).
Lactente de 10 meses, há 2 dias iniciou febre baixa, tosse discreta e coriza hialina. Nesta noite, ficou com a tosse mais intensa, com choro rouco, respirando com dificuldade e fazendo ruídos ao inspirar. A conduta mais adequada nesta situação é:
- Fazer inalação com adrenalina 5 ampolas e dexametasona IM para laringite
Verdadeiro
História clássica de laringotraqueíte viral aguda: pródromos catarrais antecedendo o surgimento do estridor e da rouquidão, o que é um importante marcador de acometimento infraglótico. O tratamento depende essencialmente da gravidade da obstrução, e o marcador clínico que indica essa gravidade é a presença ou não de estridor em repouso e a presença de sinais de desconforto respiratório
Lactente de 2a é levado ao PS com quadro de respiração ruidosa e dificultosa há 2 dias. Esteve bem há 3 dias, quando apresentou um pico febril de 38,5ºC associado à tosse e coriza clara. Nega outros sintomas. Ao exame, a criança apresenta-se em BEG, alerta e afebril. Observa-se desconforto respiratório discreto e estridor inspiratório com murmúrio vesicular normal e sem ruídos adventícios à ausculta. O rx de tórax mostra que a coluna aérea subglótica apresenta o sinal de “torre de igreja”. O provável causador deste quadro é:
- Vírus parainfluenza
Verdadeiro
Causador da laringotraqueobronquite viral aguda
A epiglotite é uma doença de evolução grave e fulminante, que não é precedida pelos pródromos catarrais descritos
Menina, 13a, tem febre, dor de garganta e hiperemia conjuntival há 3 dias. Há micro-hemorragias em conjuntivas e se palpa linfonodo doloroso na região pré-auricular. A etiologia provável do quadro descrito é:
- Adenovírus
Verdadeiro
Trata-se da clássica “febre faringoconjuntival”, caracterizada por febre, cefaleia, faringite, conjuntivite folicular e adenopatia pré-auricular
Em crianças menores de 3 anos, são comuns nos consultórios de pediatria afeções da faringe, no caso faringite e amigdalite. Nesta faixa etária, o agente causador mais prevalente é:
A) Streptococcus Beta hemolítico
B) Adenovírus
Letra B
A principal etiologia é viral (75%).
O estreptococo beta-hemolítico do grupo A é o agente bacteriano mais importante na faixa etária dos 5-15 anos
Pct de 5 anos, é levado ao PA com queixas de odinofagia e febre não aferida de início há 3 dias. O plantonista realizou o diagnóstico de amigdalite bacteriana. O início imediato do tratamento é capaz de prevenir a glomerulonefrite pós-estreptocócica?
Não
O tratamento desses pct sempre é recomendado e tem como objetivo erradicar o estreptococo da orofaringe. Uma das razões para isso é a profilaxia primária de febre reumática. A glomerulonefrite aguda pós estreptocócica desenvolve-se independente do tratamento, podendo também ocorrer após episódios de piodermite pela bactéria
Crianças com OMA, em sua maioria, apresentam melhora dos sintomas depois de 24hrs?
Verdadeiro
Comprovou-se que a resolução espontânea ocorre em mais de 80% dos casos, com melhora sem atb, e geralmente não ocorrem complicações.
Pct de 3 anos, masculino, previamente hígido, apresenta quadro de irritabilidade, diminuição da ingesta alimentar e febre há 3 dias. Evoluiu com abaulamento retrofaríngeo, sendo indicado abordagem cirúrgica para drenagem de abscesso. Durante intraoperatório, identificado linfonodo abscedado, realizado exérese, enviado material para análise anatomopatológica e microbiológica. Pct encaminhado para enfermaria. O tratamento mais indicado é:
- Atb com ceftriaxone e clindamicina, pela possibilidade de linfadenite bacteriana
Verdadeiro
Criança de 3m, com história de coriza, tosse e febre há 3 dias, que vem piorando progressivamente, com desconforto respiratório há 2 dias. Ao exame: REG, taquidispneica (FR 72 irpm), sibilos generalizados e sat 90%. O rx de tórax mostra hiperinsuflação pulmonar. Qual a conduta adequada ao caso?
- Internação, oxigenoterapia e hidratação
Verdadeiro
A descrição de sibilância generalizada e a presença de sinais de hiperinsuflação no rx não nos deixa dúvidas do diagnóstico de bronquiolite viral aguda.
Ela é causada pelo vírus sincicial respiratório e o edema e acúmulo de muco no interior dos bronquíolos levam ao desenvolvimento das alterações compatíveis com obstrução de pequenas vias aéreas