Síndromes Febris Flashcards

1
Q

Quais síndromes febris são causadas por arboviroses?

A
  • Dengue.
  • Chikungunya.
  • Zika.
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2
Q

Quais síndromes febris cursam com icterícia?

A
  • Febre amarela.
  • Leptospirose.
  • Malária.
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3
Q

Paciente vem ao PA com queixas de febre, mialgia e dor retro-orbitária há 3 dias. Relata também manchas pelo corpo. Qual o diagnóstico?

A

Dengue.

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4
Q

Quais as características da dengue?

A
  • Causada por um Flavivírus.
  • 5 sorotipos (o DENV 1 é o mais comum).
  • Epidemias sazonais no verão.
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5
Q

Qual o vetor da dengue?

A

Fêmeas do mosquito Aedes aegypti.

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6
Q

Quais as principais epidemias de dengue no Brasil?

A
  • 2008: a mais letal (DENV 2).
  • 2013: a com mais casos (chegada do DENV 4 no Brasil).
  • 2014: retorno da prevalência do DENV 1.
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7
Q

Qual o tempo de incubação da dengue?

A

3 a 15 dias.

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8
Q

Qual a fisiopatogenia da dengue?

A
  • Infecção primária: formação de anticorpos e proteção crusada inicialmente para todos os sorotipos.
  • Infecções sequenciais: resposta imunológica exacerbada, aumentando a gravidade da doença.
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9
Q

Qual o quadro clínico da dengue?

A
  • Febre alta (> 39°), de inicío súbito e duração de 2-7 dias.
  • Dor retro-orbitária.
  • Mialgia e artralgia.
  • Náuseas e vômitos.
  • Exantema e petéquias.
  • Linfonodomegalia.
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10
Q

Qual o quadro clínico da dengue com sinais de alarme?

A
  • Dor abdominal contínua.
  • Vômitos persistentes.
  • Sangramento de mucosas.
  • Derrames cavitários (ascite, pleural, pericárdico, etc).
  • Hipotensão postural ou lipotímia.
  • Letargia ou irritabilidade.
  • Hepatomegalia.
  • Aumento do hematócrito.

OBS.: ocorre após a melhora da febre!

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11
Q

Qual o quadro clínico da dengue grave?

A
  • Aumento da permeabilidade vascular: choque, oligúria, pulso fino,TEC>2seg, hipotensão convergente (PAS - PAD < 20), hemoconcentração e extremidades frias.
  • Sangramento grave: melena, hematêmese, meteorragia.
  • Comprometimento grave de órgãos: dano hepático (transaminases > 1000), alteração da consciência e miocardite.

OBS.: crianças < 2 anos, como não sabem dizer o que sentem, costumam ser diagnósticadas já com quadro grave.

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12
Q

Como é a prova do laço?

A
  • Solicitar para todos os pacientes com suspeita de dengue SEM sangramento expontâneo.
  • Desenhar quadrado de 1 polegada quadrada (2,5cm). - Calcular valor médio da PA.
  • Insuflar o manguito por 5 minutos (3 em crianças).
  • Positivo se > 20 petéquias (> 10 em crianças) no quadrado.

OBS.: NÃO É DIAGNÓSTICO DE DENGUE!!! Apenas revela fragilidade capilar.

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13
Q

Quais as alterações laboratoriais da dengue?

A
  • Aumento do hematócrito.
  • Leucopenia com linfocitose.
  • Plaquetopenia.

OBS.: as alterações só ocorrem na fase de defervescência (no início do quadro os exames são NORMAIS).

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14
Q

Como é o dianóstico de dengue?

A
  • Até 5 dias: isolamento viral (PCR), NS1 (melhor até 3º dia).
  • > 5 dias: sorologia (ELISA IgM e IgG).

OBS.: se período epidêmico, só solicitar para grupos B, C e D (se não epidêmico, para todo caso suspeito).

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15
Q

Qual a conduta nos casos de dengue?

A
  • Notificar (se óbito, notificação imediata).
  • Sintomáticos (dipirona ou paracetamol, NUNCA AINES).
  • Estadiar a doença.
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16
Q

Quais as características do grupo A da dengue?

A

Sem sinais de alarme ou outros achados.

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17
Q

Onde deve ser tratado o grupo A da dengue?

A

Ambulatório.

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18
Q

Qual a conduta do grupo A da dengue?

A
  • Hidratação VO 60ml/kg/dia, sendo 1/3 de SRO e 2/3 de outros líquidos. ( ate 48horas afebril)
  • reavaliação em 48h ou se sinais de alarme
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19
Q

Quais as características do grupo B da dengue?

A

Sem sinais de alarme, mas com:

  • Petéquias.
  • Prova do laço positiva.
  • < 2 e > 65 anos.
  • Gestantes.
  • Comorbidades (HAS, DPOC, DM, DRC, etc).
  • Risco social.
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20
Q

Onde deve ser tratado o grupo B da dengue?

A

Em leito de observação até resultado dos exames.

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21
Q

Qual a conduta do grupo B da dengue?

A
  • Colher hemograma para analisar hematócrito em 2-4h.
  • Iniciar reposição do plano A até resultado dos exames.
  • Hematócrito normal: tratar como plano A.
  • Hematócrito alterado: tratar como plano C.

hematocrito alto: >38%criança

>40% mulher

>45% homem

o grupo B só serve para reclassificar em A ou C, apos o hemograma.

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22
Q

Quais as características do grupo C da dengue?

A

Presença de sinais de alarme.

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23
Q

Onde deve ser tratado o grupo C da dengue?

A

Hopital (enfermaria).

OBS.: plaquetopenia NÃO é critério de internação hospitalar!

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24
Q

Qual a conduta do grupo C da dengue?

A
  • Hidratação IV 20ml/kg em 2h (10/ml/kg/h), podendo repetir até 3x se não houver melhora( fases de expansao)
  • Reavaliação clínica em 1h e do hematócrito em 2h.
  • Melhora clínica e do Ht (fase de manutenção): hidratar IV 25ml/kg em 6h, e depois em 8h.
  • Sem melhora do Ht: tratar como plano D.
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25
Q

Quais as características do grupo D da dengue?

A

Presença de sinais de gravidade.

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26
Q

Onde deve ser tratado o grupo D da dengue?

A

Hospital (UTI).

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27
Q

Qual a conduta do grupo D da dengue?

A
  • Hidratação IV 20ml/kg em 20min, até 3 vezes.
  • Com melhora: grupo C.
  • Sem melhora: albumina, plasma, drogas vasoativas.
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28
Q

Como previnir os casos de dengue?

A
  • Notificar os casos.
  • Erradicação de focos do mosquito (larvicidas) e de suas formas adultas.
  • Uso de repelentes.
  • Comunicação e mobilização social (educação em saúde).

OBS.: índice de infestação > 3,9% possui risco de epidemia de dengue, e > 5%, de dengue e febre amarela.

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29
Q

Paciente vem ao PA com queixas de febre e intensa artralgia em punhos há 3 dias. Nega outros sintomas. Qual o diagnóstico?

A

Chikungunya.

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30
Q

Quais as características da chikugunya?

A
  • Causada por um Alphavírus (CHIKV).
  • Vetor: Aedes aegypti.
  • Período de incubação: 3 a 7 dias.
  • Diferente da Zika e Dengue, ocorrerá leucopenia com linfopenia
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31
Q

Quis as características da fase aguda da chikugunya?

A
  • Dura de 3-10 dias.
  • Poliartralgia simétrica distal.
  • Conduta:

repouso

criterapia

analgesia pela escala de dor (1-3 = dipirona ou paracetamol, 4-6 = dipirona + paracetamol, > 7 = opióide)

nao fazer aine!!.

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32
Q

Quis as características da fase subaguda da chikugunya?

A
  • Dura até 3 meses.
  • Quadros recidivantes de poliartralgia sem febre.
  • Conduta: AINE, corticóide(prednisona)
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33
Q

Quis as características da fase crônica da chikugunya?

A
  • Dura > 3 meses naqueles que nao fizeram repouso
  • Similar à artrite reumatóide.
  • Pode causar deformações articulares

comum em mulheres >45anos com artropatia previa.

  • Conduta: DARMDS-hidroxicloroquina (principal), metotrexato.
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34
Q

Como é feito o diagnóstico da chikungunya

A
  • Sorologia.
  • PCR.
  • Isolamento viral.
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35
Q

Paciente vem ao PA com queixas de febre e manchas muito pruriginosas pelo corpo. Ao exame, presença de conjuntivite. Qual o diagnóstico?

A

Zika.

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36
Q

Quais s características da zika?

A
  • Causada pelo ZIKAV (flavivírus).
  • Vetor: Aedes aegypti.
  • Pode ser transmitido pela via sexual.
  • Pode dar sorologia falso-postivo de dengue.
37
Q

Qual a clínica da zika?

A
  • Febre baixa ou ausente.
  • Exantema difuso pruriginoso (principal).
  • Conjuntivite não purulenta.
  • Pode causar Guillain-Barré e microcefalia.
38
Q

Quais as características da febre Mayaro?

A
  • Alphavírus.
  • Vetor: Haemagogus.
  • Reservatório: macacos.
  • Clinica semelhante a dengue e chikungunya (mialgia, dor retro-orbitária, exantema, artralgia e edema articular).
  • A artralgia pode persistir por meses.
  • Pode ocorrer encefalite e miocardite.
39
Q

Paciente vem ao PS com queixas de febre, vômitos com sangue e mialgia há 5 dias. Ao exame: FC de 68 bpm e icterícia.

A

Febre amarela.

40
Q

Quais as características da febre amarela?

A
  • Flavivírus de RNA.
  • O principal hospedeiro é o mosquito.
  • Período de incubação: 3 a 6 dias.
41
Q

Quais as características da febre amarela urbana?

A
  • Transmitida pelo Aedes aegypti.
  • O homem é o único hospedeiro.
  • Não ocorre desde 1942, mas o risco ainda existe.
42
Q

Quais as características da febre amarela silvestre?

A
  • Transmitida pelo Haemagogus.
  • Os principais hospedeiros são os macacos, com o ser humano sendo um hospedeiro acidental.
  • Ocorre em indivíduos que foram para áreas de mata.
43
Q

Qual o quadro clínico da febre amarela leve (90%)?

A
  • Febre alta.
  • Sinal de Faget (febre com bradicardia).
  • Mialgia.
  • Náuseas e vômitos.
44
Q

Qual o quadro clínico da febre amarela moderada ou grave (10%)?

A
  • Icterícia.
  • Sangramento digestivo (ex.: hematêmese, melena).
  • Oligúria.
45
Q

Quais as alterações laboratoriais da febre amarela?

A
  • AST (TGO) > ALT (TGP) e acima de 1000.
  • Aumento de bilirrubina direta.
  • Aumento de uréia e creatinina.
  • Aumento do INR.
46
Q

Como é o diagnóstico da febre amarela?

A
  • Até o 5º dia: isolamento viral.
  • > 5 dias: ELISA IgM.
47
Q

Qual a conduta na febre amarela?

A
  • Notificação compulsória.
  • Plasma fresco congelado.
  • Diálise (Cr > 2-3x, débito urinário < 0,5ml/kg).
48
Q

Qual a principal medida profilática da febre amarela?

A
  • Vacinação de indivíduos > 9 meses (DU).
  • Se dose fracionada, reforço em 8 anos.
49
Q

Paciente vem ao PS com queixas de febre, dor na panturrilha e sufusão conjuntival há 5 dias. Ao exame, icterícia. Qual o diagnóstico?

A

Leptospirose.

50
Q

Quais as características da leptospirose?

A
  • Causada pela L. interrogand e L. biflexa.
  • O principal reservatório é o sistema urinário de roedores.
  • Período de incubação: 1 a 30 dias.
51
Q

Qual o principal fator de risco para leptospirose?

A

Contato prolongado com solo ou água contaminada com urina de rato (ex.: catador de lixo, agentes de limpeza urbana).

52
Q

Quais os principais órgãos afetados pela leptospirose?

A
  • Rim.
  • Fígado.
  • Pulmão.

OBS.: como a bactéria causa uma vasculite sistêmica, órgãos com extensa rede capilar são mais afetados.

53
Q

Qual o quadro clínico da fase precoce (anictérica) da leptospirose?

A
  • Febre alta.
  • Sufusão conjuntival (+ específico).
  • Dor nas panturrilhas.
  • Calafrios.
  • Mialgia.
54
Q

Qual o quadro clínico da fase tardia (Síndrome de Weil) da leptospirose?

A
  • Icterícia rubínica.(BD alta e FA e GGT,diferente da febre amarela que aumenta transaminases)
  • Sangramento respiratório (hemoptise, hemorragia alveolar → principal causa de morte).
  • Disfunção renal aguda com hipoK (oligúrica ou não).

OBS.: os sintomas aparecem após um breve período de defervecência.

55
Q

Quais as alterações laboratoriais da leptospirose?

A
  • Aumento de bilirrubinas, com alteração discreta de aminotransferases (< 400).
  • Aumeto de uréia e Cr.
  • Hipocalemia.

CPK alto e plq baixo

  • Leucocitose com desvio à esquerda.
    especifico: microaglutinação( padrao ouro)

OBS.: é uma das poucas doenças que causa insuficiência renal com hipocalemia!

56
Q

Como é o diagnóstico de leptospirose?

A
  • Até 10 dias (fase de leptospiremia): isolamento da leptospira no sangue ou LCR.
  • > 10 dias (fase de leptospiúria): isolamento da leptospira na urina, sorologia.
57
Q

Qual o tratamento da leptospirose?

A
  • Forma anictérica( forma leve): doxiciclina.
  • Síndrome de Weil( forma grave)

penicilina G cristalina( escolha) ceftriaxona( +usado)

  • Hemodiálise.
58
Q

Paciente vem ao PS com queixas de febre alta e calafrios a cada 48h. Ao exame: icterícia e esplenomegalia. Qual o diagnóstico?

A

Malária.

59
Q

Quais as características da malaria?

A
  • Causada pelo Plasmodium vivax (+ comum),

falciparum (+ grave) e

malariae(+ raro)

  • Vetor: mosquito Anopheles.
  • Endêmica na região Amazônica.
60
Q

Quais as características do ciclo evolutivo da malária?

A
  • Ciclo hepático (1º): processo de esquizogonia tecidual, onde serão liberados merozoítos.
  • Ciclo eritrocitário (2º): os merozoítos fazem a esquizogonia eritrocitária, causando hemólise e liberação de novos merozoítos e, eventualmente, gametócitos.
  • O ciclo sexuado ocorre no mosquito, e o assexuado, no ser humano.

OBS.: o P. vivax possui formas hepáticas latentes (hipnozoítos) que NÃO respondem à cloroquina!

61
Q

Qual o quadro clínico da malária?

A
  • Acessos de febre alta ciclica calafrios e sudorese.
  • Anemia hemolítica.( causa ictericia)
  • Esplenomegalia.
62
Q

Qual a periodicidade das crises febris e hemolíticas da malária?

A
  • P. vivax e P. falciparum: 48h (terçã).

(tercã= tem febre, melhora por 2 dias e febre retorna no 3º dia)

  • P. malarie: 72h (quartã).
63
Q

Quais os sinais de gravidade da malária?

A
  • Prostação ou agitação.
  • Alteração da consciência.
  • Convulsões.
  • Choque.
  • Icterícia.
  • Hiperpirexia (> 41°C).
64
Q

Como é o diagnóstico de malária?

A

-Gota espessa( escolha)

-pesquisa de antigeno em local não endemico

OBS.: se uso profilático de antimaláricos, preferir pesquisa de antígenos (imunotestes) devido a baixa parasitemia.

65
Q

Qual o tratamento da malária?

A
  • P. vivax: cloroquina + primaquina (pegar hipnozoítos) do 1º ao 3º dia. Depois, primaquina do 4º ao 7º dia.
  • P. falciparum: artemeter + lumefantrina por 3 dias.
  • Casos graves: artesunato (tratamento imediATO) + clindamicina.

OBS.: não utilizar primaquina em gestantes em crianças < 6 meses.

se transmissao por transfusao: nao usar primaquina( por nao passar pelo hepatocito, não tem hipnozoitos)

66
Q

Paciente vem ao PS com queixas de febre baixa, perda de peso e aumento do volume abdominal há 6 meses. Ao exame, presença de esplenomegalia de grande monta. Qual o diagnóstico?

A

Leishmaniose visceral (calazar).

67
Q

Quais as características da leishmaniose visceral?

A
  • Causada pela Leishmania chagasi.

tem baixa patogenicidade

  • Vetor: mosquito Lutzomia.
  • Os hospedeiros são os cachorros e a raposa.
  • A maioria dos casos ocorre no Nordeste(Ceará)
  • Período de incubação: 10 dias a 24 meses.
68
Q

Qual a fisiopatologia da leishmaniose visceral?

A
  • Baixa patogenicidade.
  • Os sintomas ocorrem em indivíduos com baixa imunidade celular.
  • Invasão do sistema reticuloendotelial (baço, medula óssea, fígado, etc).
69
Q

Qual o quadro clínico da leishmaniose visceral?

A
  • A maioria é assintomática.

invade o SRE(baço,figado e MO)

  • Febre arrastada.
  • Hepatoesplenomegalia de monta.

pancitopenia

  • Anorexia.
  • Perda de peso.

OBS.: a principal complicação são as infecções bacterianas.

70
Q

Quais os achados laboratoriais da leishmaniose visceral?

A
  • Pancitopenia (com linfopenia e eosinopenia).
  • Inversão albumina/globulina na eletroforese de proteínas (devido a hipergamaglobulinemia policlonal).

OBS.: a diferença de leucemia para leishmaniose visceral é a presença de leucocitose na primeiro e leucopenia na segunda.

71
Q

Como é o diagnóstico de leishmaniose visceral?

A
  • PARASITOLOGICO: Aspirado de medula óssea (principal) ou baço (risco de sangramento): formas amastigotas.
  • SOROLOGICO: muito sensíveis (falso-positivo com Chagas, histoplasmose e tuberculose).Pesquisa do rk39 (atividade da doença); Imunofluorescencia
  • TESTE DE MONTENEGRO( se resposta imune baixa– teste negativo)

OBS.: na forma clássica, o teste de Montenegro é geralmente negativo.

72
Q

Qual o tratamento da leishmaniose visceral?

A
  • Glucantime (antimonial pentavalente) por 30 dias.

+BARATO + CARDIOTOXIDADE( alarga intervalo QT)

  • Anfotericina B por 5-7 dias.
73
Q

Quais as indicações do uso de anfotericina B na leishmaniose visceral?

A

G’s e I’s!

  • Gestantes.
  • Graves.
  • Idade < 1 e > 50 anos.
  • Imunodeprimidos.
  • Insuficiência renal, hepática ou cardíaca.
74
Q

Qual a principal complicação do glucantime na leishmaniose visceral?

A

Cardiotoxicidade (aumento do intervalo QT e inversão de onda T).

75
Q

Como previnir a infecção pela leishmaniose visceral?

A
  • Sacrificar cães contaminados.
  • Coleiras repelentes em cães saudáveis.
  • Notificar.
77
Q

Quais as características da leishmaniose tegumentar (cutânea)?

A
  • Causada pela leishmania amazonensis, guyanensi e braziliensis.
  • Causa pápulas eritematosas que ulceram e evoluem para lesões úmidas, cobertas por exudato e bordas elevadas.
  • Diagnóstico: biópsia da lesão e teste de Montenegro positivo.
  • Tratar com glucantime ou anfotericina B (se lesões grandes, difusas ou mucosas).

OBS.: lesões pequenas não precisam de tratamento.

78
Q

Quais as características da hantavirose?

A
  • Causada pelo Hantavírus, presente na urina e fezes de roedores.
  • Transmitida por aerossóis (fezes ressecadas no solo).
  • Doença de alta letalidade (40-50%).
  • Pode causar dois espectros: síndrome cardiopulmonar e febre hemorrágica com síndrome renal (sem casos no Brasil).
79
Q

Qual o quadro clínico da hantavirose?

A
  • Sintomas inespecíficos (febre, mialgia, etc).
  • Insuficiência respiratória aguda (hipóxia, dispnéia).
  • Choque circulatório com depressão miocárdica (baixo DC).
  • Fase diurética e de convalecença.
80
Q

Qual o tratamento da hantavirose?

A

Suporte.

81
Q

Quis as características da Doença de Lyme?

A

Causada pela Borrelia burdgorferi e transmitida por carrapatos.

82
Q

Qual o primeiro estágio clínico da Doença de Lyme?

A

Eritema migratório (patognomônico): anel hiperemiado com branqueamento central, em formato de alvo.

83
Q

Qual é o segundo estágio clínico da Doença de Lyme?

A
  • Meningoencefalite flutuante
  • Paralisia de nerovo craniano (principalmente o facial) → radiculopatia periférica.
  • Bloqueio atrioventricular.
84
Q

Qual o terceiro estágio da Doença de Lyme?

A
  • Artrite persistente.
  • Fadiga.
85
Q

Qual o tratamento da Doença de Lyme?

A
  • Doxicilcina.
  • Amoxicilina.
  • Penicilina G cristalina (se acometimento neurológico).
86
Q

Quais as características da febre maculosa?

A
  • Causada pela Rickettsia rickettsii e transmitida por carrapatos Amblyomma (carrapato estrela).
  • Não é contagiosa pessoa-pessoa.
87
Q

Qual o quadro clínico da febre maculosa?

A
  • Febre alta.
  • Mialgia intensa.
  • Cefaléia.
  • Rash maculopapular centrípeto em membros inferiores ou palmoplantar entre o 2º e 6º dia.
  • Pode haver manifestações hemorrágicas, náuseas, vômitos e diarréia.

OBS.: casos graves cursam com grave aumento da permeabilidade vascular (edema, hipoalbuminemia, choque e necrose de extremidades).

88
Q

Qual o tratamento da febre maculosa?

A

Doxiciclina.

89
Q

Quais as características da Febre do Nilo Ocidental?

A
  • Causado por um Flavivírus.
  • Os principais reservatórios são as aves, que carregam o vírus entre os continentes durante a migração.
  • O principal vetor é o Culex, mas no Brasil pode ser transmitido pelo Aedes e albopictus e Anopheles.
  • No Brasil, ocorre pricipalmente no Piauí.
90
Q

Qual o quadro clínico da Febre do Nilo Ocidental?

A
  • 80% são assintomáticos.
  • Sindrome Mono-like branda com erupções pruriginosas na pele.
  • Encefalite (casos graves).