Grandes Síndromes Bacterianas Flashcards
Paciente vem ao PS com queixas de febre, dispnéia e toxemia há 2 dias. Ao exame, presença de celulite em fossa cubital, sopro sistólico e petéquias. Qual o diagnóstico?
Endocardite infecciosa.
O que é endocardite infecciosa?
Infecção bacteriana do endocardio.
Qual a classificação da endocardite infecciosa?
- Aguda: evolução rápida, com febre alta e queda do estado geral (mais comum em usuários de drogas injetáveis).
- Subaguda: incidiosa, febre baixa e arrastada, perda ponderal, etc.
Qual a patogênese da endocardite infecciosa?
- Lesão endocárdica prévia (ex.: febre reumática, prolapso valvar).
- Agregado plaquetário na válvula acometida.
- Bacteremia e colonização da vegetação.
OBS.: o S. aureus pode causar endocardite mesmo sem lesão prévia!
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Quais as principais valvas afetadas na endocardite bacteriana?
- Mitral (principal).
- Aórtica.
- Tricúspide (principal em usuários de drogas injetáveis).
Quais os fatores de risco para endocardite infecciosa?
- Anomalidades estruturais cardíacas (ex.: prolapso de valva mitral): principal!
- Uso de drogas endovenosas.
- Próteses valvares.
- Endocardite prévia.
- Hemodiálise.
OBS.: doença reumática com pouca disfunção valvar, defeito septal do tipo ostium secundum e sopros funcionais NÃO são fatores de risco para endocardite infecciosa!
Qual o principal microorganismo da endocardite infecciosa aguda, além do uso de drogas IV, cateteres de hemodiálise e em pacientes internados?
Staphylococcus aureus.
OBS.: sempre que houver hemocultura positiva para S. aureus, deve-se solicitar ecocardiograma transesofágico.
Quais os microorganismos envolvidos na endocardite infecciosa subaguda?
- Valva nativa: Streptococcus viridans (principal), Enterococcus faecalis, Streptococcus gallolyticus/bovis (CA de cólon), grupo HACEK.
- Valva protética: estafilococus coagulase negativos (epidermidis) e gram-negativos (< 2 meses), igual aos da valva nativa (> 2 meses).
Qual o quadro clínico da endocardite infecciosa?
- Febre.
- Sopro cardíaco.
- Perda de peso.
- Sudorese noturna.
- Toxemia.
- Esplenomegalia (subaguda).
OBS.: febre + sopro = endocardite até que se prove o contrário!
Quais os fenômenos embólicos da endocardite infecciosa?
- Manchas de Janeway: máculas hemorragicas não dolorosas nas palmas e plantas.
- Petéquias (conjuntiva, palato e extremidades).
- Hemorragias subungueais e conjuntivais.
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Quais os fenômenos imunológicos da endocardite infecciosa?
- Nódulos de Osler: nódulos pequenos e dolorosos em superfície palmar dos quirodáctilos.
- Manchas de Roth: hemorragias retinianas de centro esbranquiçado.
- Nefrite imunomediada.
- Poliartralgia.
- Fator reumatóide positivo.
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Quais as complicações da endocardite infecciosa?
- IAM.
- ICC congestiva (principal causa de morte).
- AVC.
- Aneurismas micóticos (não tem fungos…).
- Abcessos pulmonares.
- Infarto renal.
- Glomerulonefrite.
Quais exames solicitar na suspeita de endocardite infecciosa?
- Ecocardiograma.
- Hemoculturas.
- VCR e PCR.
Quais as alterações laboratoriais da endocardite infecciosa?
- Anemia.
- PCR elevada
- VHS elevado.
Como é feito o diagnóstico de endocardite infecciosa?
Critérios de Duke (2 maiores OU 1 maior + 3 menores OU 5 menores).
Quais são os critérios maiores de Duke na endocardite infecciosa?
- Duas hemoculturas positivas de sítios diferente pra agentes TÍPICOS da endocardite infecciosa (para Coxiella burnetii basta UMA).
- Ecocardiograma mostrando vegetação móvel valvar ou nova regurgitação (preferir transesofágico).
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Quais os critérios menores de Duke na endocardite infecciosa?
5Fs!
- Febre.
- Fator predisponente (lesão valvar prévia OU uso de drogas).
- Fenômenos embólicos (ex.: manchas de Janeway).
- Fenômenos vasculares (ex.: nódulos de Osler, fator reumatóide positivo).
- Falta de hemocultura típica (ex.: apenas uma positiva, germes atípicos, etc).
Qual o tratamento da endocardite infecciosa?
- Valva nativa ou valva protética > 1 anos: vancomicina + gentamicina + penicilina G por 4 semanas.
- Valva protética < 1 anos: vancomicina + gentamicina + rifampicina por 4 semanas.
OBS.: microorganismos HACEK são sensíveis a ceftriaxona, e Coxiella e Bartonella, doxiciclina!
Deve-se fazer terapia anticoagulante na endocardite infecciosa?
Não! Mesmo se AVCi!
Quais as indicações de cirurgia na endocardite infecciosa?
- Disfunção valvar protética.
- Valvopatia aguda com repercussões hemodinâmicas (ex.: ICC, EAP, insuficiência aórtica).
- Vegetações > 10mm.
- Abcesso anular.
- Extensão da infecção pra estruturas miocárdicas.
Quais pacientes candidatos a profilaxia de endocardite infecciosa?
- Válvas protéticas.
- Endocardite infecciosa prévia.
- Transplante cardíaco com valvopatia.
- Cardiopatia cianótica não reparada (ex.: transposição de grandes vasos).
- Doença cardíaca congênita com reparo parcial.
- Doença cardiaca congênita reparada < 6 meses (ex.: coarctação da aorta).
OBS.: mesmo pacientes com doenças valvares graves, se não se incluirem nos critérios acima, NÃO possuem indicação de profilaxia!
Quais os procedimentos de risco que precisam de profilaxia na endocardite infecciosa?
- Procedimentos dentários invasivos (biópsias, limpeza dental, extração dentária).
- Procedimentos no trato respiratório superior (amigdalectomia e adenoidectomia).
Quais as drogas utilizadas na profilaxia de endocardite infecciosa?
- Amoxicilina 2g (escolha).
- Clindamicina 600mg.
- Azitromicina 500mg.
OBS.: fazer 1h antes dos procedimentos.
Paciente vem ao PS com queixas de disúria e polaciúria. Nega febre. Qual o diagnóstico?
Infecção do trato urinário.
O que é bacteriúria assintomática?
Precença de crescimento bacteriano na urina, mas sem sintomas.
OBS.: piúria NÃO define bacteriúria assintomática!
Qual a conduta na bacteriúria assintomática?
NÃO TRATAR (exceto gestantes, procedimentos urológicos invasivos, transplantados renais e neutropênicos)!!!
OBS.: vários cateterismos vesicais intermitentes apresente MENOS bacteriúria assintomática do que um de demora.
Quais as características da candidúria assintomática?
- Comum em pacientes com cateter vesical de demora, DM, uso de ATB de grande espectro e internados na UTI.
- Tratar se sintomático, neutropênicos e transplantados (fluconazol).
- Se assintomático: retirar cateter vesical de demora.
O que é cistite?
Infecção da bexiga.
Quais os fatores de risco para cistite?
- Sexo feminino.
- Atividade sexual (alteração da flora vaginal).
- Idade avançada.
- Hipoestrogenismo.
- DM.
- Gestação.
- Sondagem vesical.
- História de ITU prévia.
OBS.: também são fatores de risco para pielonefrite.
Qual a clínica da cistite?
- Disúria.
- Polaciúria.
- Urgência.
- Hematúria.
- Urina roxa (gram-negativos).
- Ausência de febre.
Como é o diagnóstico de cistite?
- Clínico! Não precisa de exames (mas eles ajudam)!
- Piúria.
- Esterase leucocitária.
- Nitrito positivo (gram-negativos).
- Urocultura > 102 UFC.
Qual o tratamento da cistite?
- Fosfomicina (principal).
- Nitrofurantoína (evitar no 3º trimestre de gestação).
- Cefalexina.
- Quinolonas (evitar…2ª escolha).
OBS.: apesar da E.coli ser sensível à cefalotina, ela não penetra adequadamente no prênquima renal.
O que é pielonefrite?
Infecção bacteriana aguda dos rins e da pelve renal.
Qual a classificação das pielonefrites?
- Não-complicadas: trato urinário normal.
- Complicada: cateter vesical, nefrolitíase, abcessos e homens.
Qual o principal agente etiológico da pielonefrite?
E. coli.
Qual a clínica da pielonefrite?
- Dor em flancos.
- Febre alta.
- Náusea e vômitos.
- Sinal de Giordano positivo.
- Cistite.
Qual o diagnóstico de pielonefrite?
- Urinocultura > 105.
- Piúria.
- Clínica compatível.
- USG: perda da diferenciação corticomedular.
Qual o tratamento da pielonefrite?
- Não-complicada: ciprofloxacino ou sulfametoxazol + trimetropim 7-14 dias.
- Complicada: ceftriaxone.
- Pseudomonas: ceftazidima, cefepime ou piperaciclina + tazobactam.
- ESBL: meropeném.
- Enterobacterias: ampicilina ou vancomicina.
- Gestantes: cefalexina.
OBS.: 14-21 dias.
Quando solicitar urinocultura de controle na pielonefrite?
2-4 semanas após o tratamento.
Quais as indicações de quimioproflaxia das ITUs?
- 2 ou mais por ano.
- Nefrolitíase.
OBS.: SMX + TMP ou nitrofurantoína por 6 meses.
Quando realizar exames de imagem na pielonefrite?
- Diagnóstico duvidoso.
- Falência terapêutica (48h).
- Suspeita de abcessos ou obstruções.
O que é pielonefrite enfisematosa?
- Formação de gás no parênquima renal por fermentação bacteriana.
- Mais comum em diabéticos e pacientes com obstrução do trato urinário.
- Diagnosticado com Rx de abdome.
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O que é abcesso renal/perinéfrico?
- Decorrem de ITU (e não de propagação hematogênica).
- Desconfiar se falha do tratamento após 48h de antibioticoterapia.
- Drenagem + ATB.
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Qual a principal causa de falha terapêutica nas ITUs?
Resistência bacteriana.
Quais as características da prostatite bacteriana aguda?
- Febre, calafrios, dor perineal e disúria.
- Próstata dolorosa ao toque e com saída de secreção purulenta à ordenha.
- Tratamento: quinolona.
OBS.: antibióticos de pH ácido tem mais dificuldade de entrar na próstata do que os alcalinos.
Quando ocorre as infecções de pele?
- Presença de porta de entrada cutânea (principal).
- Patogenicidade dos microorganismos.
- Resposta do hospedeiro à infecção.
Quais os principais agentes das infecções de pele?
S. aureus e S. pyogenes.
OBS.: excluindo a erisipela, TODAS as infecções de pele são causadas principalmente pelo S. aureus!
Paciente pediátrico vem ao PS com queixas de lesões crostosas melicéricas em face. Qual o diagnóstico?
Impetigo.
Quais as característica do impetigo?
- Lesões papulares ou bolhosas que formam crostas melicéricas (cor de mel) superficiais em face e extremidades (se profundas = ectima).
- Causada pelo S.aureus (principal) e S. pyogenes.
- Pode causar GNDA (se S. pyogenes).
- É a infecção bacteriana mais comum na infância.
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Qual o tratamento do impetigo?
Cefalexina por 10 dias (se poucas lesões, mupirocina).
Quais as características da síndrome da pele escaldada estafilocócica (síndrome de Ritter)?
- Causada pelas toxinas A e B do S. aureus fagotipo II.
- Presença de rash que evolui para bolhas e descamam, revelando uma pele vermelha e brilhosa.
- Tratamento: oxacilina, curativos.
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O que é foliculite?
- Pústula ao redor de um folículo piloso, circundada por anel eritematoso.
- Causada pelo S. aureus.
- Decorre da depilação, raspagem ou maceração da pele.
- Tratamento: compressas mornas.
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Quais as complicações da foliculite?
- Furúnculo: nódulo purulento doloroso na derme e subcutâneo ao redor de um pelo, podendo ser crônico se colonização das narinas por S. aureus.
- Carbúnculo (antraz): múltiplos furúnculos.
OBS.: tratamento = drenagem + cefalexina.
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Paciente vem ao PS com queixas de dor, edema e rubor na perna direita. Ao exame, lesão vermelha extensa e bem delimitada Em membro inferior direito com lesão no 3º pododáctilo direito. Qual o diagnóstico?
Erisipela.
O que é erisipela?
- Infecção superficial da pele com envolvimento linfático.
- Causada pelo S. pyogenes.
- Presença de porta de entrada distante do foco inflamatório.
- Pode causar linfangite.
Qual a clínica da erisipela?
- Lesão de margens bem delimitadas e de coloração avermelhada (“casca de laranja”).
- Rápida progressão.
- Dor intensa.
- Bolhas superficiais.
- Toxemia.
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Qual o tratamento da erisipela?
- Leve/moderado: penicilina G procaína ou V oral (benzatina não).
- Grave ou em face: penicilina G cristalina.
OBS.: erisipela repetição → penicilina benzatina de 4/4 semanas.
Paciente vem ao PS com queixas de dor, edema e rubor em membro inferior direito Após trauma. Ao exame, lesão rósea mal delimitada circundado uma ferida em membro inferior direito. Qual o diagnóstico?
Celulite.
O que é celulite?
- Infacção da derme profunda.
- Causada pelo S. pyogenes e S. aureus.
- Progressão centrípeta ao redor de um foco infeccioso.
Qual a clínica da celulite?
- Inflamação de limites impressisos e bordas rosadas.
- Dor moderada.
- Febre.
- Linfangite.
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Quais os agentes atípicos da celulite?
- Pasteurella multocida: após mordedura de cães e gatos.
- Pseudomonas aeruginosa: após trauma penetrante.
Qual o tratamento da celulite?
- Cefalexina ou oxacilina
- Amoxicilina-clavulonato (se mordedura de cão).
OBS.: se CA-MRSA → SMX + TMP, clindamicina ou vancomicina (se grave).
Quais as características da angina de Ludwig?
- Celulite que afeta os espaços submandiubular e sublingual.
- Mais comum após infecções odontogênicas.
- Causa abaulamento submandibular, trismos, febre e, em casos graves, mediastinite (hiperemia esternal, dispnéia e sepse).
- Tratar com antibiótico e desbridamento.
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O que é hidradenite supurativa?
- Infecção crônica das glândulas apócrinas.
- Presença de trajetos fistulosos e retrações cicatriciais.
- Afeta mais axilas, genitália e região perianal.
- Tratamento: drenagem dos abcessos e ressecção das glândulas.
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Quais as características dos abcessos?
- Supurações eritematosas, dolorosas, com flutuação central e sem repação com folículo piloso.
- Causado pelo S. aureus.
- Tratamento: drenagem. ATB se complicado (ex.: celulite).
O que é fasciíte necrosante (gangrena de Fournier)?
Infecção profunda do tecido subcutâneo, afetando a fáscia e tecido gorduroso.
Quais as características da fasciíte necrosante?
- Dexorre de cirurgias e traumas.
- Mais comum em pacientes com DM.
- Causada por anaeróbios (Clostridium perfingens) e gram-negativos.
Qual o quadro clínico da fasciíte necrosante?
- Início geralmente no períneo.
- Eritema violáceo em pele.
- Necrose com bolha, gangrena e produção de gás.
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Qual o tratamento da fasciíte necrosante?
- Desbridamento cirúrgico.
- Piperacilina-tazobactam + ciprofloxacino OU clindamicina + penicilina G.
O que é piomiosite tropical?
- Infecção profunda, atingindo a musculatura com a formação de abcessos.
- Causada pelo S. aureus.
- Curso arrastado de febre e dor local.
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O que é síndrome do choque tóxico?
- Quadro agudo de febre, hipoteção e necrose cutânea associadas para culturas positivas para estreptococos do grupo A.
- Pode ter hiperemia de orofaringe.
- Ocorre após uso prolongado de absorvente interno.
Criança vem ao PS com queixas de dor no braço e febre há 2 dias. Ao exame, restrição dos movimentos e toxemia. Qual o diagnóstico?
Osteomielite.
Quais os mecanismos da osteomielite?
- Hematogênica.
- Contiguidade.
Quais as características da osteomielite hematogênica?
- Mais comum em crianças.
- Afeta a metáfise dos ossos longos (crianças) e coluna vertebral (adultos).
- Causada pelo S. aureus (Salmonella se falcêmico).
Quais as características da osteomielite por contiguidade?
- É a mais comum (80%), principalmente em adultos.
- Decorre de lesões penetrantes ou extensão direta de infecções adjacentes.
- Causada pelo S. aureus (se trauma penetrante, Pseudomonas).
Quais as características da osteomielite crônica?
- Episódios de exacerbação da infecção.
- Formação de fístulas entre o osso e a pele.
Quais os achados radiográficos da osteomielite?
- Reação periosteal.
- Lesões líticas.
OBS.: são achados tardios!
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Quais os exames mais sensíveis para o diagnóstico de osteomielite?
- Cintilografia.
- RNM (padrão-ouro).
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Qual o tratamento da osteomielite?
- Oxacilina por 4-6 semanas.
- Ceftriaxone (gram-negativos, Salmonella).
Quais as drogas utilizados no caso de MRSA?
- Vancomicina.
- Daptomicina.
- Linezolida (apenas se VRSA).
O que é febre de origem obscura/indeterminada?
Febre > 38,3°C em pelo menos 2 ocasiões por > 3 semanas e sem diagnóstico após investigação.
OBS.: exclui-se pacientes imunossuprimidos!
Quais as principais causas de febre de origem obscura?
- Doenças infecciosas (tuberculose extrapulmonar).
- Doenças inflamatórias (arterite temporal → principal causa em idosos).
- Neoplasias.
- Medicações (ex.: fenitoína).
Quais as principais causas de febre de origem obscura hospitalar?
- Infecção de corrente sanguínea.
- Abcessos e hematomas.
Quais as características da infecção de corrente sanguínea?
- Relacionadas ao cateter venoso central.
- Causada por estafilococos coagulase-negativos.
- Suspeitar se febre, secreção purulenta e hiperemia ao redor do cateter.
- Retirar o cateter + vancomicina por 14 dias.
OBS.: infecções de corrente sanguínea relacionadas com nutrição parenteral tem como agente etiológico CÂNDIDA, tendo como tratamento os antifúngicos da classe das equinocandinas (ex.: caspofungina)
Quando suspeitar de contaminação da hemocultura?
Quando o agente só cresce após 72h.
OBS.: a febre não é sensivel ou específica de bacteremia (ou seja, colher no pico da febre não aumenta a sua eficiência)!
O que é abcesso hepático piogênico?
Coleção inflamatória de debris celulares no fígado causada por infecções bacteriana.
Quais as características do abcesso hepático piogênico?
- Decorre de infecções das vias biliares (principal), por embolização séptica ou bacteremia.
- Ocorrem mais no lobo direito.
- Podem ser únicos ou múltiplos.
- As principais bactérias são a E. coli e K. pneumoniae.
Qual o quadro clínico do abcesso hepático piogênico?
- Febre insidiosa.
- Dor abdominal.
- Hepatomegalia.
- Icterícia.
OBS.: parece uma colangite “arrastada”.
Quais os achados radiográficos do abcesso hepático piogênico?
Massa ovalada hipodensa com realce do contraste nas paredes, que estão espessadas.
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Como diferenciar abcesso hepático piogênico de abcesso amebiano.
O abcesso amebiano acomete pacientes mais jovens e não causa elevação de bilirrubinas.
Qual o tratamento do abcesso hepático piogênico?
- Antibioticoterapia IV de amplo espectro.
- Drenagem.
Quais os mecanismos de ação dos antibióticos?
- Ação na parede celular: penicilinas, cefalosporinas, carbapenêmicos e vancomicina.
- Ação na síntese protéica (ribossomos): aminoglicosídeos (50S), clindamicina (50S) e macrolídeos (30S).
- Ação nos ácidos nucléicos (DNA): quinolonas e metronidazol.
- Ação na membrana plasmática: polimixina B.