Síndrome Disfágica e Dispéptica (Cir 2) Flashcards

1
Q

Descreva as diferentes formas de musculatura presentes no esôfago. Qual a diferença na nomenclatura entre as disfagias em diferentes regiões do esôfago?

A

1/3 proximal: musculatura esquelética
2/3 distais: musculatura lisa (plexos de Auerbach e Meissner)

1/3 proximal: disfagia de transferência
2/3 distais: disfagia de condução

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
2
Q

Cite 4 queixas frequentes de um pacientes que possui disfagia de condução:

A

Disfagia (traduzida por “entalo”)
Regurgitação
Halitose
Perda de peso

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
3
Q

Qual o primeiro exame a ser solicitado para um paciente com queixas características de disfagia de condução?

A

Esofagografia baritada

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
4
Q

Cite 4 causas de obstrução mecânica do esôfago

A

Divertículo de Zenker
Anel de Schantski
Tumor
Estenose péptica

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
5
Q

Explique a fisiopatologia do divertículo de Zenker.

de nome ao local de onde se origina

A

Devido a uma hipertonia do esfincter esofagiano superior (músculo cricofaríngeo), há uma contração intensa do músculo tireofaríngeo. Com isso há um aumento da pressão intraluminal, que ao longo prazo causa a expulsão da mucosa e submucosa do esôfago através da junção dos músculos cricofaríngeo e tireofaríngeo (área denominada TRIÂNGULO DE KILLIAN) dando origem ao divertículo de Zenker.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
6
Q

Divertículo de Zenker é considerado um divertículo por pulsão, portanto, verdadeiro. VERDADEIRO OU FALSO?

A

FALSO.

O divertículo de Zenker é um divertículo “por pulsão”, portanto deve ser considerado um divertículo FALSO.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
7
Q

Qual a clínica característica do divertículo de Zenker?

A

Disfagia
Halitose
Regurgitação
Massa palpável e redutível (geralmente a esquerda)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
8
Q

Qual exame padrão-ouro no diagnóstico de divertículo de Zenker?

A

Esofagografia baritada

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
9
Q

Qual o tratamento preconizado para o divertículo de Zenker?

A
  • < 2cm = miotomia (cricofaringomiotomia)
  • ≥ 2cm = miotomia + pexia (se até 5cm) ou ectomia
  • ≥ 3cm = EDA (miotomia + diverticulotomia)
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
10
Q

Qual é a fisiopatologia e as 3 principais consequências da acalásia?

A

Destruição dos plexos mioentéricos de Auerbach (Meissner em Chagas)

  • Hipertonia do EEI (p > 35mmHg)
  • Perda do relaxamento fisiológico do EEI
  • Peristalse anormal
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
11
Q

Qual a clínica da acalásia?

A

Disfagia
Regurgitação
Perda ponderal (menos intensa que CA)
Quadro arrastado (até décadas)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
12
Q

Quais exames são utilizados para o diagnóstico de acalásia e o que se espera encontra em cada (citar 3)?

A
  • Esofagografia baritada: sinal do “bico de pássaro, “chama de vela”
  • EDA: afastar neoplasias
  • Esofagomanometria (PADRÃO-OURO): demonstra os 3 achados principais: hipertonia EEI > 35mmHg / perda do relaxamento do EEI / peristalse anormal
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
13
Q

Como é feito o tratamento da Acalásia?

A

De acordo com classificação de Mascarenhas:

  • I (até 4cm): nitrato, bloqueador canal de Ca++, sildenafil, toxina botulínica.
  • II (4-7cm): Dilatação endoscópica
  • III (7-10cm): Miotomia a Heller + fundoplicatura
  • IV (> 10cm): esofagectomia
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
14
Q

Qual a patologia conhecida como síndrome do Steakhouse?

A

Anel de Schatzki

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
15
Q

Qual a clínica e exame de escolha para diagnóstico do Anel de Schatzki?

A
Disfagia intermitente (para sólidos, inicialmente com grandes pedaços de alimento)
Exame: esofafagografia baritada
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
16
Q

Qual a principal opção terapêutica para o manejo de Anel de Schatzki?

A

Dilatação endoscópica

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
17
Q

Qual a definição de Espasmo esofagiano difuso?

A

distúrbio neurogênico o qual peristalse é substituída por intensa contração não propulsiva simultânea em todo corpo esofágico.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
18
Q

Qual a clínica do espasmo esofagiano difuso?

A

Disfagia e precordialgia (cólica esofágica)

* faz DD com IAM

19
Q

Qual(is) o exame para diagnóstico de espasmo esofagiano difuso?

A
  • Esofagografia baritada: esôfago em “saca-rolha”
  • Esofagomanometria: contração simultânea do corpo esofágico
  • pode ser necessária a realização de teste de provocação
20
Q

Qual o tratamento do espasmo esofagiano difuso?

A

Clínico: nitrato, antagonista do canal de Ca++

Cirúrgico: miotomia longitudinal

21
Q

Quais são os sinais de alarme de um paciente com queixa de dor epigástrica?

A
Idade > 40 anos
Queda de peso
Anemia
Disfagia
Odinofagia
22
Q

Qual a fisiopatologia da DRGE?

A

Perda de mecanismos antirrefluxo (EEI, junção esofagogástrica)

23
Q

Qual a clínica da DRGE? (dividindo sintomasem “típicos” e “atípicos”)

A

Pirose Típicos
Regurgitação (esofagianos)

Faringite
Rouquidão                 
Tosse crônica                     Atípicos
Broncoespasmo       (extra-esofagianos)
Pneumonia
24
Q

Quais são as principais complicações relacionadas ao DRGE e qual porcentagem dos pacientes as apresenta?

A

Esofagite
Úlceras
Estenose péptica
Esôfago de Barrett

50% dos pacientes com sintomas típicos apresentam alguma complicação.

25
Quando é indicado EDA em pacientes com clínica compatível com DRGE?
> 40-45 anos Sinais de alarme Refratariedade do tratamento clínico
26
Qual a fisiopatologia e processo de formação do Esôfago de Barrett?
Devido ao refluxo de secreção gástrica e queda no pH, há uma metaplasia do epitélio esofágico, originalmente escamoso, transformando-se em epitélio colunar.
27
Como é feito o diagnóstico de Esôfago de Barrett? (pelo menos 2 achados)
EDA: coloração "vermelho salmão" Biópsia: metaplasia intestinal (OBRIGATÓRIO)
28
Como é feito o manejo dos pacientes portadores de Esôfago de Barrett?
- Sem displasia = IBP 1x/ dia + EDA 3-5 anos - Displasia de baixo grau = Ablação endoscópica OU EDA anual - Displasia de alto grau = Ablação endoscópica - Adenocarcinoma = TTO de CA
29
Quais são as principais medidas antirrefluxo (citar ao menos 7)
- Perda de peso - Elevação de cabeceira (15cm) - Fracionar dieta - Evitar alimento que particularmente agravam sintomas - Evitar deitar-se nas duas horas posteriores às refeições - Evitar drogas que reduzem o tônus do EEI - Cessar tabagismo - Evitar aumento de pressão intra-abdominal (roupas, cintos, exercícios) - Promover aumento da salivação
30
Quais os medicamento utilizados e qual a duração do tratamento farmacológico do DRGE?
Omeprazol 20mg Pantoprazol 40mg IBPs Esomeprazol 40mg "Dose padrão" Lansoprazol 30mg O tratamento inicial tem duração padrão de 8 semanas.
31
Quais são as indicações para o tratamento cirúrgico do DRGE?
- Refratário ao tratamento clínico - Alternativa ao uso crônico de IBP - Complicações (estenose / úlcera)
32
Quais os exames necessários para realização do tratamento cirúrgico para DRGE, qual nome das técnicas e como escolhe-las?
``` pHmetria 24h (PADRÃO-OURO para DRGE) Esofagomanometria (para escolha da técnica) ``` Fundoplicaturas: - Total (Nissen): deve ser evitada se < 30mmHg distal ou < 60% de atividade peristáltica - Parcial (anterior ou posterior)
33
Cite dois agentes facilitadores da formação de úlcera péptica:
H. pylori | AINE
34
Qual o local e como é feita a regulação da produção de ácido no estômago?
O ácido clorídrico é produzido pelas células parietais no fundo gástrico. Sua excreção é controlada pelo: - Nervo vago - Ação de histaminas - Gastrina (liberada pelas células G do antro. Sua excreção é controlada por somatostatinas produzidas pelas células D, também no antro)
35
Paciente portador de úlcera gástrica nega uso de AINE e testa negativo para H.pylori. O que devemos pesquisar a seguir?
Síndrome de Zollinger-Ellison (hipersecreção de gastrina decorrente da presença de gastrinoma.
36
Como se da o diagnóstico de úlcera péptica?
Gástrica: dispepsia pior com alimentação Duodenal: dispepsia pior 2-3h aós alimentação e a noite *se > 40 anos ou sinal de risco: EDA *se < 40 anos sem sinal de risco: diagnóstico presuntivo
37
Resuma, em 4 etapas, o tratamento clínico da úlcera péptica.
1- Redução de acidez: IBP 4-8 semanas 2- Pesquisa e suspensão de AINE 3- Pesquisa e erradicação de H. pylori 4- Controle de cura (EDA e pesquisa de H. pylori)
38
Como se faz a pesquisa e erradica do H. pylori? Quais exames podem ser utilizados para controle de cura?
Pesquisa: - Teste rápido de urease / histologia (na EDA) - Urease respiratória / Ag. fecal / sorologia (sem EDA) Claritromicina 500mg 12/12h Amoxicilina 1g 12/12h ERRADICAÇÃO Omeprazol 20mg 12/12h (14 dias) *o controle de cura deve ser realizado após 4 semanas, NÃO utilizar sorologia com este fim
39
Quais são os tipo mais comuns de úlcera péptica, qual local e classificação?
- Duodenal = HIPERCLORÍDRICA - Gástrica I = HIPOCLORÍDRICA (Pequena curvatura baixa) - Gástrica II = HIPERCLORÍDRICA (Corpo gástrico) - Gástrica III = HIPERCLORÍDRICA (pré-pilórica) - Gástrica IV = HIPOCLORÍDRICA (Pequena curvatura alta)
40
Descreva a técnica cirúrgica utilizada no tratamento da úlcera duodenal.
Há três opções: 1- Vagotomia gástrica proximal (superseletiva) 2- Vagotomia troncular + piloroplastia 3- Vagotomia tronular + antrectomia *(Ordem crescente de complicação e decrescente de recidiva) **(a vagotomia interrompe a estimulação de células parietais, causando diminuição da secreção gástrica. Entretanto traz atonia gástrica com consequente dificuldade do esvaziamento gástrico. Com isso faz-se necessário o uso de piloroplastia ou antrectomia caso a vagotomia são seja SUPERSELETIVA) * 2- Nessa técnica a piloroplastia auxilia no esvaziamento gástrico. * 3- Efeito semelhante ao da piloroplastia, porém com maior redução ácida devido a retirada do antro. Ademais é necessária reconstrução do trato por Billroth I ou Billroth II.
41
Descreva a reconstrução do trato a Billroth I e Billroth II:
Billroth I: Gastroduodenostomia Billroth II: Gastrojejunostomia com alça aferente
42
Descreva as técnicas cirúrgica utilizadas no tratamento das úlceras gástricas:
Tipo I: Gatrectomia distal + Reconstrução a Billroth I Tipo II: Gastrectomia distal + Vagotomia + Reconstrução a Billroth II Tipo III: Gastrctomia distal + Vagotomia Reconstrução a Billroth II Tipo IV: Gastrectomia subtotal + Reconstrução em Y de Roux
43
Descreva as complicações mais comuns relacionadas as cirurgias para tratamento de úlcera péptica? (citar 3, relacionando técnicas relacionadas e tratamento)
SÍNDROME DE DUMPING (perda da barreira pylorica, alimento entra em contato rapidamente com duodeno) - Precoce: distensão intensa (dor, náusea, diarreia, taquicardia, palpitação, rubor) - Tardia: Hipoglicemia (2-3h após alimentação) - Pode ocorrer em qualquer técnica - TTO: fracionar dieta, evitar carboidratos ou líquidos nas refeições... GASTRITE ALCALINA (gastropatia por refluxo biliar) - Paciente relata dor contínua e vômitos biliosos - Dor NÃO cessa após vômitos - Mais comum em Billroth II - TTO: reconstrução em Y de Roux SÍNDROME DA ALÇA AFERENTE (alça aferente obstruída por trânsito intestinal) - Paciente relata dor pós-prandial e vômitos em jato - Dor alivia após vômito - Ocorre SOMENTE em Billroth II - TTO: reconstrução em Y de Roux