SEPSE Flashcards

1
Q

definição de SIRS (Síndrome da Resposta Inflamatória Sistêmica)

A
  • Dois ou mais de:
  • Temperatura >38°C ou <36°C
  • Frequência cardíaca >90/min
  • Frequência respiratória >20/min ou PaCO2 <32 mmHg
  • Contagem de glóbulos brancos >12.000/mm3 ou <4000/mm3 ou >10% de bandas imaturas
    SEPSIS 3
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2
Q

diferença de sepse e infecção

A
  • O que diferencia a sepse da infecção é uma resposta aberrante ou desregulada do hospedeiro e a presença de disfunção orgânica.
    SEPSIS 3
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3
Q

definição de sepse

A

sepse é definida como uma disfunção orgânica com risco de vida causada por uma resposta desregulada do hospedeiro à infecção.
SEPSIS 3

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4
Q

definição de disfunção orgânica

A

disfunção orgânica pode ser identificada como uma alteração aguda no escore SOFA total ≥2 pontos consequente à infecção
SEPSIS 3

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5
Q

tópicos avaliados no escore SOFA

A
  • hipotensão (PAS < 90 mmHg ou PAM < 65 mmHg ou queda de PA > 40mmHg)
  • oligúria (≤0,5mL/Kg/h) ou elevação da creatinina (>2mg/dL);
  • relação PaO2/FiO2 < 300 ou necessidade de O2 para manter SpO2 > 90%;
  • contagem de plaquetas < 100.000/mm³ ou redução de 50% no número de plaquetas em relação ao maior valor registrado nos últimos 3 dias;
  • lactato acima do valor de referência;
  • rebaixamento do nível de consciência, agitação, delirium;
  • aumento significativo de bilirrubinas (>2X o valor de referência)
    ILAS
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6
Q

a SRIS faz parte para critério de definição de sepse?

A

SRIS não faz mais parte dos critérios para definição da presença de sepse mas continua tendo valor como instrumento de triagem para a identificação de pacientes com infecção e, potencialmente, sob risco de apresentar sepse ou choque séptico
ILAS

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7
Q

identificado disfunção orgânica + foco infeccioso presumível, sem critérios de SRIS, faz diagnóstico?

A
  • presença de disfunção orgânica na ausência dos critérios de SRIS pode representar diagnóstico de sepse.
  • Assim, na presença de uma dessas disfunções, sem outra explicação plausível e com foco infeccioso presumível, o diagnóstico de sepse deve ser feito
    ILAS
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8
Q

definição choque séptico (segundo o ILAS)

A
  • ILAS: Sepse que evoluiu com hipotensão não corrigida com reposição volêmica (PAM ≤65 mmHg), de forma independente de alterações de lactato
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9
Q

definição choque séptico (segundo o SEPSIS 3)

A

sepse com hipotensão persistente que requer vasopressores para manter a PAM ≥ 65 mmHg e com um nível de lactato sérico > 2 mmol/L (18 mg/dL) apesar da ressuscitação com volume adequado

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10
Q

o que o escore SOFA avalia

A

o escore SOFA é um escore de disfunção orgânica. Não é diagnóstico de sepse nem identifica aqueles cuja disfunção orgânica é realmente causada por infecção, mas ajuda a identificar pacientes que potencialmente têm alto risco de morrer por infecção
UPTODATE

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11
Q

identificação de sepse precoce

A
  • diretrizes sociais enfatizam a identificação precoce de pacientes infectados que podem desenvolver sepse como forma de diminuir a mortalidade associada à sepse, é usado o qSOFA
  • Pacientes com suspeita de infecção que provavelmente terão uma permanência prolongada na UTI ou morrerão no hospital podem ser prontamente identificados à beira do leito com qSOFA
    UPTODATE e SEPSIS 3
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12
Q

qSOFA, tópicos avaliados

A

Uma pontuação ≥2 está associada a resultados ruins devido à sepse
- alteração no estado mental
- pressão arterial sistólica ≤100 mm Hg
- frequência respiratória ≥22/ min
SEPSIS 3

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13
Q

fatores de risco para sepse

A
  • Admissão na unidade de terapia intensiva
  • Bacteremia
  • Imunossupressão
  • Diabetes e obesidade
  • Idade avançada (≥65 anos)
  • Câncer
  • Pneumonia adquirida na comunidade
  • Hospitalização anterior
    UPTODATE
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14
Q

focos principais dos microrganismos

A
  • respiratório
  • abdominal
  • urinário
    PALESTRA
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15
Q

quais gram - são os que mais causam sepse

A
  • Escherichia coli
  • Pseudomonas aeruginosa
  • Klebsiella sp
    PALESTRA
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16
Q

quais gram + são os que mais causam sepse

A
  • Staphylococcus aureus
  • Streptococcus pneumoniae
    PALESTRA
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17
Q

causas da sepse

A
  • multifatorial
  • efeitos diretos dos microrganismos invasores ou seus produtos tóxicos
  • liberação de grandes quantidades de mediadores pró-inflamatórios
  • ativação do complemento
  • suscetibilidade genética
    UPTODATE
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18
Q

efeitos dos microrganismos

A
  • Componentes da parede celular bacteriana (endotoxina) e produtos bacterianos (enterotoxina B estafilocócica) podem contribuir à progressão de uma infecção local para sepse
  • endotoxina reproduz muitas das características da sepse quando infundida em humanos, incluindo ativação do complemento, coagulação e sistemas fibrinolíticos
    UPTODATE
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19
Q

excesso de mediadores inflamatórios

A
  • Grandes quantidades de citocinas pró-inflamatórias liberadas em pacientes com sepse podem vazar para a corrente sanguínea, contribuindo para a progressão de uma infecção local para sepse.
  • Estes incluem o fator de necrose tumoral alfa (TNFa) e a interleucina-1 (IL-1)
    UPTODATE
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19
Q

ativação do complemento

A
  • ativação do sistema complemento desempenha um papel importante na sepse; a inibição da cascata do complemento diminui a inflamação
  • aumento da produção do fragmento 5a do complemento (C5a) e o aumento da expressão de C5aR aumentaram o tráfego de neutrófilos
    UPTODATE
20
Q

como esta a apoptose na sepse

A
  • citocinas pró-inflamatórias podem retardar a apoptose em macrófagos e neutrófilos, prolongando ou aumentando a resposta inflamatória e contribuindo para o desenvolvimento de falência de múltiplos órgãos.
  • também induz extensa apoptose de linfócitos e células dendríticas, o que altera a eficácia da resposta imune e resulta em diminuição da depuração de microorganismos invasores
    UPTODATE
21
Q

alterações metabólicas

A
  • aumento das necessidades metabólicas celulares
  • aumentos nos níveis séricos de catecolaminas, glucagon e cortisol
  • lipólise está aumentada e a lipogênese diminuída
  • hipertrigliceridemia
    VERONESI
22
Q

alterações circulatórias

A
  • vasodilatação
  • aumento de permeabilidade capilar,
  • hipovolemia relativa
  • hipotensão
    livro-sepse-um-problema-de-saude-publica
23
Q

porque acontece hipotensão na sepse

A
  • hipotensão acontece, na maioria das vezes, quando há hipovolemia, por perdas exacerbadas pela perspiração, febre, vômitos, diarreia, associada à falta de ingestão ou pouca hidratação
    VERONESI
24
Q

alterações pulmonares

A
  • lesão endotelial na vasculatura pulmonar perturba o fluxo sanguíneo capilar e aumenta a permeabilidade microvascular, resultando em edema pulmonar intersticial e alveolar
  • síndrome do desconforto respiratório
    UPTODATE
25
Q

alterações do TGI

A
  • deprimir a função de barreira normal do intestino, permitindo a translocação de bactérias e endotoxinas para a circulação sistêmica
    UPTODATE
26
Q

alterações renais

A
  • insuficiência renal aguda (IRA)
  • hipoperfusão renal
  • presença de endotoxina produz reduções significativas da função renal, agravando os efeitos da isquemia
    VERONESI
27
Q

alterações cerebrais

A
  • disfunção cerebral acontece por:
  • invasão do tecido cerebral por microrganismos;
  • a ação das toxinas bacterianas no cérebro;
  • os efeitos metabólicos da sepse
    VERONESI
28
Q

alterações hepáticas

A
  • infiltração perisinusoidal de polimorfonucleares (PMN) no fígado
  • produzem lesões celulares, por meio da secreção de radicais livres de O2 e de enzimas proteolíticas
    VERONESI
29
Q

manifestações clínicas da sepse

A

livro-sepse-um-problema-de-saude-publica

30
Q

fatores que devem levar em consideração antes de abrir o protocolo de sepse

A
  • pacientes com qualquer das disfunções clínica utilizadas na triagem, deve-se dar seguimento imediato ao protocolo, com medidas do pacote de 1 hora, e reavaliação ao longo das 6 primeiras horas
  • pacientes com disfunção clínica aparente, mas com quadro clínico sugestivo de outros processos infecciosos atípicos, como dengue, malária e leptospirose, a equipe médica poderá optar por seguir fluxo específico dessa determinada doença
  • pacientes sem disfunção clínica aparente e com baixo risco de se tratar de sepse, o médico pode decidir por outro fluxo de atendimento
  • pacientes para os quais já exista definição de cuidados de fim de vida, o protocolo deve ser descontinuado
    ILAS
31
Q

pacote de 1 hora

A

ILAS

32
Q

quando realizar a cultura

A
  • deve ser colhido juntamente com os exames iniciais
  • coleta deve ser idealmente feita antes da administração da primeira dose de antimicrobianos, visando aumentar a sensibilidade
33
Q

quantos pares devem ser colhidos

A
  • colhidos pelo menos dois pares de hemoculturas de sítios diferentes, com volume de sangue suficiente, de sorte a garantir maior sensibilidade
34
Q

onde deve colher as culturas

A
  • deve-se colher culturas de todos os sítios pertinentes ao foco suspeito de infecção, (espécimes de secreção do trato respiratório, urocultura, secreções de abcessos ou coleções, líquidos articulares, pontas de cateteres, liquor)
35
Q

pode começar a antibioticoterapia antes da coleta

A

Embora seja importante a questão do aumento da sensibilidade, não se deve aguardar a coleta por tempo excessivo para o início da antibioticoterapia

36
Q

espectro da antibioticoterapia

A

antibioticoterapia inicial deve ser ampla o suficiente para alcançar os prováveis agentes infecciosos, incluindo uma ou mais drogas com atividade contra todos os patógenos prováveis, bactérias Gram-negativas, Gram-positivas e/ou fungos

37
Q

antibioticoterapia deve ser direcionado com base em que

A

devem ser direcionados à(s) fonte(s) suspeita(s) de infecção, que é normalmente identificada a partir da história inicial, exame físico e achados laboratoriais preliminares e imagens

38
Q

com qual dosagem começar a antibioticoterapia

A

médicos devem prestar atenção para maximizar a dose em pacientes com sepse e choque séptico usando uma dose de ataque completa “de ponta” sempre que possível

39
Q

após a dose de ataque, como prosseguir a dosagem

A

Recomenda-se a otimização das doses de antimicrobianos baseadas em princípios de
farmacocinética e farmacodinâmica e nas propriedades específicas das drogas em pacientes
com sepse ou choque séptico

40
Q

patógeno foi identificado, como prosseguir a antibioticoterapia

A

Recomenda-se que o espectro da terapia antimicrobiana empírica seja reduzido assim que o
patógeno seja identificado e a sensibilidade for estabelecida e/ou que seja percebida melhora
clínica

41
Q

duração do tratamento com antibiotico

A

duração de tratamento de 7-10 dias para a maioria das infecções graves associadas a sepse e choque séptico

42
Q

em casos de hipotensão ou hiperlactinemia, como prosseguir

A

hipotensão arterial ou hiperlactatemia significativa, com níveis duas vezes acima do valor de referência, a principal intervenção terapêutica nas primeiras horas é a reposição volêmica agressiva, visando restabelecer o fluxo sanguíneo adequado e a oferta tecidual de oxigênio

43
Q

o que usar em pacientes com hipoperfusão

A
  • pelo menos 30 ml/kg de fluido cristalóide intravenoso (IV) devem ser administrados nas primeiras 3 horas de ressuscitação
  • Podem ser usados tanto ringer lactato como soro fisiológico ou soluções balanceadas
44
Q

paciente sem melhora após ressuscitação volêmica inicial, como prosseguir

A

Caso os pacientes permaneçam hipotensos mesmo após a reposição volêmica inicial, com pressão arterial média menor que 65 mmHg, deve ser iniciado vasopressor

45
Q

droga de escolha para aumentar a pressão

A

droga de escolha atualmente é a noradrenalina

46
Q

fluxograma de sepse em adultos

A
47
Q

fluxograma de sepse na pediatria

A