Semiologia Psicopatológica - Parte 1 Manual Flashcards

1
Q

Definição de Consciência

A

Estado em que o indivíduo está ciente de si próprio e em relação ao meio (Insconsciência - ausência de experiência subjectiva)

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2
Q

De que funções depende a consciência ?

A

Atenção, memória, orientação, perceção e pensamento.

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3
Q

V/F

O estado de inconsciência é sempre patológico

A

Falso (pode ocorrer na doença cerebral ou no sono por exemplo)

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4
Q

Alterações quantitativas da Consciência e Ordenação

A

(Diminuição): Obnubilação, Sonolência, Estupor, Coma

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5
Q

Sonolência

A

Acordada, mas se não existir estimulação adormece; Hipotonia, hiporeflexia e lenificação

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6
Q

V/F

Na sonolência não à repercussões no exame objetivo neurológico (ROT, pex)

A

Falso

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7
Q

Qual o principal grupo de causas de diminuição da consciência ?

A

Doenças orgânicas

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8
Q

2 tipos de vertentes da psicopatologia

A

Explicativa (explicações com base em construções teóricas); Descritiva (descrição precisa e categorizarão das manifestações patológicas objetivas - observáveis e subjectivas - verbalizadas pelo doente).

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9
Q

V/F

Os sintomas psiquiátricos não têm um polo lesional concreto, agrupando-se em síndromes.

A

Verdadeiro

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10
Q

V/F

A maior parte dos sintomas psiquiátricos são objetivos

A

Falso (subjetivos)

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11
Q

Exemplo de sintomas objetivos

A

Alterações da psicomotricidade

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12
Q

V/F

As alucinações visuais costumam ter uma causa mais orgânica e as auditivas mais psiquiátrica

A

Verdadeiro

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13
Q

A que se assemelha e quais os principais grupos de causas de estado oniróide

A

Assemelha-se ao sono e pode ocorrer em episódios dissociativos; resulta sobretudo de patologia orgânica.

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14
Q

V/F

As alucinações microzoopsia são menos frequentes que as liliputianas

A

Falso (mais frequentes)

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15
Q

Em que altura do dia costumam ser piores as queixas oníricas ?

A

À noite

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16
Q

Características definidoras do estado oniróide

A

Aumento do limiar para estímulos; desorientação; alucinações visuais; incapacidade de separar as imagens mentais e as ilusões; Agitação e insónia; Medo, terror e interpretação ameaçadora; Delirium ocupacional

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17
Q

Delirium Ocupacional

A

Doente pensa que está a efetuar tarefas da sua rotina diária.

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18
Q

Duas perturbações incluidas no estado oniróide

A

Delirium (síndrome confusional aguda) e delirium tremens

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19
Q

V/F

O delirium costuma ter origem psiquiátrica

A

Falso (orgânica)

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20
Q

Características do delirium

A

Perturbação abrupta da atenção, pensamento, perceção, memória, psicomotor e sono-vigília, com diminuição da consciência. + noturno e e emergência

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21
Q

Causa do delirium tremens

A

Abstinência alcoólica (1º ao 7º dia);

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22
Q

V/F

O delirium tremens apenas resulta em alterações psicopatológicas e não físicas

A

Falso (tremor, HTA, febre, taqui, hipersudorese e desidratação)

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23
Q

V/F

O delirium e o delirium tremens são emergências médicas

A

Verdadeiro

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24
Q

V/F

O delirium advém muitas vezes de patologia orgânica descompensada

A

Verdadeiro

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25
Q

V/F

O delirium não pode durar vários dias

A

Falso (pode durar vários dias se não tratado)

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26
Q

V/F

Em caso de delirium tremens não devem ser usadas benzodiazepinas

A

Falso (diazepam em dose alta)

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27
Q

Estado que resulta de Estreitamento da Consciência

A

Estado Crepuscular (violência, obnubilação, dissociativo, abrupto, preservação e automatismos)

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28
Q

Perturbações dissociativas

A

Perda parcial da integração normal entre memórias, consciência do próprio, sensações imediatas e controlo dos movimentos corporais.

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29
Q

3 fases da perceção

A

Evento; perceção sensorial pelos órgãos sensoriais; atribuição de significado

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30
Q

2 tipos de alterações da perceção

A

Distorções sensoriais (intensidade ou qualidade); Falsas percepções (ilusões, alucinações, pseudoalucinações)

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31
Q

Diferença entre distorções e falsas perceções

A

Distorções - baseiam-se num objeto real; Falsas percepções - objeto de novo (que ode ser ou não resposta a um estímulo externo)

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32
Q

Principal grupo de causas de dismegalopsia e dismorfopsia

A

Dismegalopsia - sobretudo patologia orgânica (lesão temporo-parietal, epilepsia, raro na esquizo); Dismorfopsia - esquizofrenia

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33
Q

2 situações associadas a hiperestesia auditiva

A

Depressão e enxaqueca

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34
Q

V/F

Na hiperestesia auditiva a acuidade auditiva está aumentada

A

Falso (o limiar da sensação incomodativa é que está diminuído)

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35
Q

V/F

As ilusões são sempre psiquiátricas patológicas

A

Falso (podem ocorrer em saudáveis, dependendo do cenário ou emoções; normalmente não são patológicas)

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36
Q

Exemplo de Pareidolia

A

Ver formas nas nuvens; criação de formas imaginárias face a objetos de forma mal definida

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37
Q

V/F

A pareidolia é tanto maior quanto menor for o nível de atenção

A

Falso (quanto maior for a atenção)

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38
Q

Tipos especiais de ilusões

A

Pareidolia, imagem eidética, preenchimento, afeto

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39
Q

Imagem eidética

A

Continuar a ver um objeto mesmo após este ter sido removido, contra um fundo escuro.

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40
Q

Ler um texto em que faltam letras nas palavras sem reparar or desatenção

A

Ilusão de Preenchimento

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41
Q

De que tipo são a maioria das ilusões ?

A

Quase sempre são visuais

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42
Q

Em que estados podem acontecer ilusões ?

A

Fadiga grave; inatenção; privação sensorial (ambiente muito escuro); diminuição da consciência; expectativa afetiva

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43
Q

Alucinações

A

Não resultam da transformação de uma perceção real; perceção sem objeto.

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44
Q

V/F

As alucinações ocorrem simultaneamente com as percepções reais

A

Verdadeiro

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45
Q

V/F

A música é uma alucinação auditiva completamente organizada

A

Falso (parcialmente organizada; completamente organizada - vozes, palavras)

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46
Q

V/F

As alucinações ocorrem apenas em quadros psicóticos

A

Falso (pode haver causas orgânicas, como privação sensorial)

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47
Q

Caracterização das alucinações auditivo-verbais

A

Qualidade (claras, vagas), Conteúdo (imperativas), Impacto (agressivas, amigáveis); Direção (2ª/3ª pessoa)

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48
Q

V/F

As alucinações auditivas são mais psiquiátricas

A

Verdadeiro

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49
Q

De que doença são típicas as alucinações auditivo-verbais na 3ª pessoa ?

A

Esquizofrenia

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50
Q

V/F
As alucinações auditivo-verbais na 3ª pessoa fazem parte dos sintomas de primeira linha de Kurt Schneider da Esquizofrenia

A

Verdadeiro

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51
Q

Para além da esquizofrenia, em que outras perturbações podem haver alucinações auditivo-verbais na forma de vozes ?

A

Perturbações do Humor (Depressão e mania psicóticas); Alcoolismo crónico; PDissociativas; PPersonalidade (Borderline, esquizoide, esquizotípica, histriónica)

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52
Q

Quanto à complexidade como se caracterizam as alucinações visuais ?

A

Elementares (fosfenos); Parcialmente organizadas (padrões, formas); Completamente organizadas (pessoas, objetos).

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53
Q

V/F

As alucinações visuais são mais psiquiátricas

A

Falso (causa principalmente orgânica - delirium)

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54
Q

V/F

As alucinações visuais podem ocorrer no TCE, demências ou alucinogéneos

A

Verdadeiro

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55
Q

Alucinações Gulliverianas

A

Pessoas Gigantes

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56
Q

Que tipo de alucinações visuais podem ocorrer na epilepsia do lobo temporal ?

A

Alucinações cénicas (cinematográficas com a participação do doente)

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57
Q

Tipos de alucinações táteis/sensibilidade superficial

A

Ativos - sente-se a tocar; Passivos - sentem-se tocados. Formicação e alucinações sexuais

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58
Q

Em que situações podem ocorrer alucinações sexuais ?

A

Esquizo e Demências

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59
Q

Formicação

A

Sentir insetos a rastejar logo abaixo da pele - intoxicação em cocaína

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60
Q

Alucinações Cenestésicas

A

Sensibilidade profunda - Viscerais (movimento de órgãos, animais dentro do corpo); Parasitose alucinatória

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61
Q

V/F

As alucinações olfativas costumam ter causa psiquiátrica

A

Falso (costumam ter causa orgânica - epilepsia dos uncinados temporais)

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62
Q

V/F

As alucinações gustativas são raras e raramente isoladas

A

Verdadeiro

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63
Q

De que doença são típicas as alucinações gustativas ?

A

Esquizo

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64
Q

De que se devem diferenciar as alucinações gustativas ?

A

Delírios secundários - esquizo não come por pensar que a comida foi envenenada (sitiofobia)

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65
Q

Que sistema neurológico pode estar afetado em caso de alucinações cinestésicas (movimento) ?

A

Sistema Vestibular (Elementar - indeterminados; Complexos - elevar um braço, voar)

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66
Q

Hipnagógicas e Hipnopômpicas

A

Hipnagógicas - ao adormecer; Hipnopômpicas - ao acordar (+ auditivas)

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67
Q

Em que situações ocorrem as Hipna e Hipno ?

A

Narcolepsia e Abuso de Tóxicos

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68
Q

Exemplo de alucinação funcional e reflexa

A

Funcional - Ouvir vozes perante o barulho dos pássaros a cantar; Reflexas - Alucinação visual quando ouve o barulho do diapasão.

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69
Q

V/F

A alucinose, introduzida por Wernicke (1906), para alucinações auditivas em doentes alcoólicos, está hoje desatualizado.

A

Verdadeiro (atualmente, alucinações com crítica, sem alt da consciência e sem delírio - controverso)

70
Q

V/F

As pseudoalucinações podem não ter insight

A

Verdadeiro

71
Q

V/F

As pseudoalucinações são mais objetivas, ao contrário das alucinações, mais subjetivas

A

Falso (Pseudoalucinações - subjetivas; Alucinações - objetivas)

72
Q

Características das Pseudoalucinações

A

Normalmente com insight, subjetivas e vindas do interior, não persistem no tempo, alteradas pela vontade. têm falta de consistência/clareza sensorial

73
Q

Em que situações podem ocorrer pseudoalucinações ?

A

Estádios iniciais dos quadros psicóticos (Esquizo, embora não típico) ou após o tratamento da Esquizo; Episódios depressivos; Típicas da personalidade histriónica (assustadoras, de acordo com as fantasias, socioculturais)

74
Q

V/F

As pseudoalucinações podem transformar-se ou ocorrer em simultâneo com alucinações

A

Verdadeiro

75
Q

Perante pseudoalucinações exageradas, teatrais e com insight o que suspeitar ?

A

Personalidade histriónica

76
Q

Tipos de alterações gerais do pensamento

A

Curso, Forma, Posse, Conteúdo

77
Q

Tipos de alterações do curso do pensamento

A

Ritmo e Continuidade

78
Q

De que estado é característico o taquipsiquismo ?

A

Hipomania

79
Q

V/F

No taquipsiquismo podem surgir ideias estranhas mas chega-se ao objetivo do pensamento

A

Verdadeiro

80
Q

V/F

A fuga de ideias ocorre sempre no contexto de um pensamento acelerado

A

Verdadeiro

81
Q

Fuga de Ideias

A

Muda constantemente em função das associações e perde a finalidade, sem regresso ao pensamento principal. Com pensamento acelerado. Associações causais sonoras, verbais.

82
Q

Pensamento Circunstanciado

A

Perde-se em detalhes desnecessários, incapacidade par distinguir o essencial do acessório; não perde a finalidade; Perturbações da personalidade (eliptiforme)

83
Q

V/F

Na fuga de ideias ocorre perda da finalidade do pensamento

A

Verdadeiro

84
Q

O Bradipsiquismo é típico de que estados ?

A

Estados Depressivos

85
Q

Pensamento Inibido

A

Resistência subjetiva ao fluxo do pensamento

86
Q

V/F

O descarrilamento é uma alteração do ritmo do pensamento

A

Falso (da forma)

87
Q

De que doença é típico o bloqueio do pensamento ?

A

Esquizofrenia

88
Q

V/F
No bloqueio do pensamento, após a interrupção súbita motivada, o doente retoma o pensamento com outro assunto sem conexão

A

Verdadeiro

89
Q

Preserveração ideativa

A

Doente repete a mesma resposta a várias questões (incapacidade perante a mudança de tópico)

90
Q

Preserveração verbal

A

Doente repete palavras ou frases que já fizeram sentido mas que já não fazem no novo contexto (diferente da esteriotipia verbal - repete coisas desadequadas)

91
Q

Componentes alteradas na forma do pensamento

A

Organização, processo associativo, sobretudo na componentes abstrata e de conceptualização

92
Q

V/F
Apesar de as alterações da forma do pensamento terem sido sugeridas quase especificamente na esquizo, são comuns também em perturbações orgânicas e outras doenças psiquiátricas

A

Verdadeiro

93
Q

Exemplos de alterações da forma

A

Atitude concreta, assindese, sobre-inclusão, metonímia Descarrilamento, Fusão, Suspensão, Pensamento desagregado

94
Q

Atitude concreta

A

(Goldstein 1944) Défice de abstração; incapacidade de distinção entre o simbólico e o concreto; muito influenciado por estímulos externos; Exemplo: “Como vai ? - De autocarro”; incapacidade explicar provérbios.

95
Q

Assindese

A

Falta de associação em dois pensamentos seguidos (estou em casa e o agente é secreto)

96
Q

Sobre-inclusão

A

Ultrapassa os limites de um conceito (confunde cadeira da sala com a própria sala)

97
Q

Metonímia

A

Expressões pouco precisas (exemplo: vou comer um prato)

98
Q

Descarrilamento (Carl Schneider 1930)

A

O pensamento flui sem que haja qualquer relação entre duas ideias seguidas (exemplo: vou de autocarro, o presidente controla-me a cabeça) - ao contrário da fuga de ideias em que há relação entre pensamentos subsequentes (associações).

99
Q

Fusão

A

Fala sobre as mesmas ideias (A,B,C) de forma alternada entre todas - A,B,C,B,A,B,A,C exemplo. Justaposição de conteúdos interligados.

100
Q

Suspensão

A

Semelhante ao bloqueio de pensamento

101
Q

Pensamento desagregado

A

Descarrilamento com fusão - miscelânea de fragmentos

102
Q

Tipos de alterações da posse

A

Ideias Obsessivas e Alienação do Pensamento

103
Q

V/F

Nas ideias obsessivas não há autocrítica quanto ao carácter patológico das mesmas

A

Falso (há autocrítica)

104
Q

Ideias obsessivas

A

Persistentes contra a vontade do doente, egodistónicas e que causam ansiedade. Temática repugnante e com autocrítica

105
Q

Compulsões

A

Atos motores ou mentais irresistíveis e que reduzem a ansiedade das obsessões - típicas das perturbações ansiosas (mas também depressão e esquizo)

106
Q

V/F

As compulsões no contexto de ideias obsessivas são irresistíveis

A

Verdadeiro

107
Q

A alienação do pensamento (sensação de controlo extrínseco dos seus pensamentos) é típica de que doença ?

A

Esquizofrenia

108
Q

3 tipos de alienação do pensamento

A

Influenciamento (induzido pelo exterior); Roubo (apedramento exterior do seu pensamento); Difusão (leitura de pensamento, eco do pensamento - ouve em voz alta)

109
Q

Alterações do conteúdo do pensamento

A

Ideias Sobrevalorizadas; Delírio (vários subtipos)

110
Q

Como é que as ideias sobrevalorizadas fazem Dx Dif com delírio ?

A

Menos intensidade e não fazem rotura com a personalidade do doente (ex: sobrevalorizar Deus quando a pessoa já é religiosa) - ideias erróneas centralizadas irracionais e com componente afetiva, perturbando o funcionamento funcional e causando sofrimento.

111
Q

Autor que definiu delírio

A

Jaspers, 1913

112
Q

Características do Delírio

A

Irredutibilidade (perante argumentação lógica); convicção plena (evidência a priori); conteúdo impossível (controverso, porque por vezes é próximo da realidade); incompreensível pelo contexto sociocultural do doente.

113
Q

V/F

Por vezes, o conteúdo das ideias delirantes não é impossível, mas apenas incompreensível

A

Verdadeiro

114
Q

V/F

As ideias sobrevalorizadas e delirantes são egossintónicas, ao contrário das obsessivas

A

Verdadeiro

115
Q

Delírio 1º

A

Não associado a outros processos psicopatológicos prévios; surge um novo significado súbito; Fase inicial da esquizofrenia aguda

116
Q

4 fenómenos incluídos no delírio 1º

A

Humor delirante; Perceção delirante; Ocorrência delirante; Recordação delirante

117
Q

Humor delirante

A

O doente tem conhecimento de algo a acontecer à sua volta, ameaçador, mas que não sabe exatamente o que é. Ocorre despersonalização.

118
Q

V/F

O humor delirante pode cessar sem nunca haver desenvolvimento do delírio.

A

Verdadeiro

119
Q

Diferença de perceção delirante e ocorrência delirante

A

A perceção delirante resulta na atribuição de um novo significado a um objeto real (nódoa na camisa –> perseguição pela máfia); Ocorrência delirante - ideia de novo sem suporte perceptivo real e súbita (avião dos serviços secretos –> perseguição pelo governo)

120
Q

Modelo de estrutura em dupla vertente por Schneider

A

Perceção delirante: Objeto real –> novo significado MAS perceção verdadeira

121
Q

2 tipos de recordação delirante

A

Do tipo Perceção delirante - perceção real ligada a um objeto real do passado (exemplo: acha que é da família real porque os talheres na infância tinham coroas). Do tipo Ocorrência Delirante - não há um objeto real no passado (exemplo: afirma ser da família real porque o rei o saudou de forma especial em criança)

122
Q

4 etapas da evolução da Esquizo segundo Conrad (1940)

A

Trema - aparecimento do humor delirante; Apofania - perceção e ocorrência delirantes; Anastrophé - indivíduo com papel central no mundo; Apocalipse - desintegração do Eu e desorganização total do pensamento

123
Q

Delírio Secundário

A

Entendido segundo a história psiquiátrica e pessoal; vinculados a outros processos psicopatológicos - esquizo, mania, depressão.

124
Q

Qual o tema mais comum de delírio ?

A

Delírio persecutório/paranóide

125
Q

Delírio de auto-relacionação

A

Convencido de que acontecimentos fortuitos lhe dizem respeito

126
Q

Outros tipos de temática de delírio

A

Grandiosidade (poder e importância exagerados; ex: ligação a personalidades importantes ou grande talento/fortuna); Somático/Hipocondríaco (sensação de perturbação corporal sem causa orgânica); Místico/Religioso (fora do aceite normalmente; papel messiânico); Culpa (acredita ter cometido um pecado); Ruína (arruinado sem sobrevivência); Niilista (delírio de negação, nega a existência do corpo); Infestação; Controlo (acredita no controlo por uma força externa); Passionais (ciúme ou erotomania)

127
Q

Como varia a organização do delírio com o evoluir crónico da esquizofrenia ?

A

Com a esquizo crónica o delírio torna-se progressivamente mais sistematizado (organizado) - um delírio principal do qual deriva o restante. Não sistematizado - vários temas de delírio

128
Q

A que corresponde o dinamismo do delírio ?

A

Envolvimento afetivo no delírio

129
Q

V/F

Quanto maior o dinamismo, menos grave é o delírio

A

Falso (mais grave)

130
Q

De que perturbação é típico o delírio encapsulado ?

A

Perturbação Delirante Crónica (foca-se num só assunto)

131
Q

V/F

O delírio encapsulado não afeta o funcionamento do indivíduo no dia a dia

A

Verdadeiro

132
Q

4 tipos de identificação delirante

A

Capgras - familiar substituído por duplo; Fregoli - pessoas desconhecidas são conhecidas; Intermetamorfose - familiar e estranho com semelhanças; Duplos Subjetivos - outra pessoa se transformou fisicamente nele próprio

133
Q

Tema do delírio : “Notícias da TV referem-se a mim”

A

Auto-relacionação

134
Q

Diferenças de sentimento e emoção

A

Emoção - resposta de curto prazo; desencadeada por uma perceção; envolve mudanças fisiológicas. Sentimentos - experiência subjectiva das emoções; maior duração e estabilidade; sem correlação somática

135
Q

3 dimensões das emoções

A

Afetiva; Somática; Cognitiva

136
Q

Afetos

A

Padrão de comportamentos que resultam da expressão de emoções (respostas emocionais em momentos)

137
Q

V/F

O Humor corresponde ao estado afetivo basal, de ânimo, a longo termo resultante da perceção subjectiva do mundo.

A

Verdadeiro

138
Q

V/F

Os afetos resultam da tradução de comportamentos (padrão)

A

Verdadeiro

139
Q

5 tipos de temperamento

A

Hipotímico; Hipertímico; Ciclotímico; Irritável; Ansioso

140
Q

V/F

A alegria é uma alteração hipertímica patológica

A

Falso (alegria é um estado normal hipertímico)

141
Q

Tipos de alterações patológicas hipertímicas e patologia

A

Euforia (alegria patológica, com completa satisfação); Expansão (desinibição excessiva); Exaltação (aumento do autovalor - possível delírio de grandiosidade); Extase (beatitude, com dissolução do Eu e compartilha de estados afetivos).
Patologia: Mania (Euforia e expansão - hipomania; Extase - transe histérico)

142
Q

Tipo de alterações motoras que podem acompanhar estados hipertímicos

A

Movimentos expressivos (gesticulação, vivacidade); Agitação psicomotora generalizada.

143
Q

Alterações no pensamento possíveis em estados hipertímicos

A
  • grave: fuga de ideias e taquipsiquismo; + grave: ideias delirantes (conteúdo)
144
Q

Qual a principal temática do delírio em estados hipertímicos ?

A

Delírios de Grandiosidade

145
Q

Quais as alterações possíveis de humor hipotímico ?

A

Tristeza normal - adequada às situações na duração e intensidade; Humor Depressivo - patológico

146
Q

V/F

O humor depressivo é patológico

A

Verdadeiro

147
Q

V/F
Humor depressivo não é sinónimo de Perturbação Depressiva, pois esta inclui outros sintomas (anedonia, menos energia vital, hipocinésia).

A

Verdadeiro

148
Q

Que percentagem das depressões não apresenta humor depressivo ?

A

10% (estas estão mais associadas a sintomas somáticos)

149
Q

V/F

No humor depressivo há uma tristeza patológica basal com desencadeante

A

Falso (sem desencadeante ou desproporcionada face a estímulo)

150
Q

Tríade cognitiva do humor depressivo

A

Visão negativa do próprio, das interações com o meio e do futuro

151
Q

Que pensamentos automáticos podem surgir no humor depressivo ?

A

Inferência arbitrária; abstração seletiva; hipergeneralização.

152
Q

V/F
O termo melancolia é utilizado já para um grau de tristeza mais profunda com hipocinésia marcada, anedonia e sintomas vegetativos ou ideias delirantes

A

Verdadeiro

153
Q

Ideias delirantes ou sobrevalorizadas + frequentes em depressão grave com psicose

A

Delírio de ruína, hipocondríaco, de culpa.

154
Q

Sintomas vegetativos mais frequentes em Perturbação depressiva grave

A

Insónia, anorexia, variações de humor - agrava de manhã

155
Q

V/F

O sintomas psicóticos incluem alucinações e delírio

A

Verdadeiro

156
Q

A que se pode associar o humor depressivo em casos mais graves ?

A

Ideação suicida e Sintomas Psicóticos (catatímicos - consistentes com o estado afetivo)

157
Q

As alterações qualitativas do humor são típicas de que tipo e fase de patologia ?

A

Episódios mistos de perturbação bipolar

158
Q

V/F

O humor irritável pode ser uma característica dos doentes epilépticos

A

Verdadeiro

159
Q

Alterações qualitativas do humor

A

Humor disfórico (sensação de mau-estar; mal-humorado); Humor Irritável (hiperreatividade, hostilidade, agressividade); difíceis de distinguir e reconhecer.

160
Q

5 perturbações da expressão afetiva e emocional

A

Anedonia, Anestesia afetiva, Embotamento, Ambivalência afetiva. Habilidade

161
Q

Anedonia

A

Incapacidade de obter prazer nas tarefas que previamente o causavam

162
Q

Em que se distingue a anestesia afetiva da anedonia ?

A

A anestesia afetiva causa ausência total de sentimentos (prazer e os restantes afetos) - choque emocional e prisioneiros de guerra.

163
Q

V/F

No embotamento há incapacidade para estar consciente das emoções

A

Verdadeiro

164
Q

Em que doença é comum haver embotamento ?

A

Esquizofrenia

165
Q

Em que doenças pode haver habilidade emocional independente de estímulos ?

A

PAB e psico-orgânicas

166
Q

Exemplo de ambivalência afetiva

A

“Adoro a minha família, mas apetece-me matá-la”

167
Q

Doenças em que é comum ambivalência afetiva ?

A

Esquizofrenia e Borderline

168
Q

Algumas características de episódio maníaco

A

Humor eufórico; Expansão do humor; Exaltação; Curso - Taquipsiquismo, fuga de ideias; Ideias delirantes de grandiosidade; Agitação psicomotora

169
Q

Algumas características de Síndrome Depressivo

A

Tristeza, com componente vitalizada (“no corpo”) e que não varia com os acontecimentos diários; Ideias sobrevalorizadas depressivas e ruminações - culpa; Insónia Terminal; Diminuição da libido; Anedonia; Fácies triste; Lentificação psicomotora e elevado tempo de latência de respostas.

170
Q

V/F

A ansiedade está mais ligada ao componente somático e a angústia ao componente psíquico

A

Falso (Ansiedade - psíquica; Angústia - somático)

171
Q

Como se manifesta o componente comportamental da Ansiedade ?

A

Comportamento Evitante

172
Q

Características particulares da fobia

A

Desproporcionado; Irracional; Fora do controlo Voluntário; Evitação