Semiologia Osteoarticular - Prática Flashcards
Qual manobra é feita para analisar a presença ou ausência de congruência articular têmporo-mandibular?
-Pede para o paciente abrir e fechar a boca ao mesmo tempo que palpa os côndilos da mândibula/articulação têmporo-mandibular.
-Quando perde a congruência indicia possível luxação ou subluxação.
Manobra de Tinnel
-O examinador faz uma percussão a nível do nervo mediano, o que estressa o componente neurológico já comprimido (Síndrome do Túnel do Carpo).
-O resultado é positivo se o paciente manifestar parestesias ou dor.
Teste de Phalen
-O paciente é solicitado a manter os punhos em flexão, pressionando o dorso das mãos uma contra a outra por um período de 30 a 60 segundos.
-É uma monobra estressora que comprime ainda mais o nervo mediano já comprimido pela Síndrome do Túnel do Carpo.
-É positiva se o paciente sentir parestesia ou dor na região do punho.
Teste de Phalen invertido
-O paciente é solicitado a colocar os punhos em extensão máxima, unindo as palmas das mãos por 30 a 60 segundos.
-Mesmo princípio da manobra de Phalen.
Uma pessoa com Síndrome do túnel do carpo perde qual movimentação dos quirodáctilos?
Perde a capacidade de realizar oposição do polegar aos demais quirodáctilos.
Palpação anterior da articulação sacro-ilíaca
Com o paciente em DD, o examinador imobiliza o quadril e movimenta a articulação saco-ilíaca anterior. Se ele referir dor, trata-se de uma patologia coxo-femoral.
Palpação posterior da articulação sacro-ilíaca
Com o paciente em DV, o examinador imobiliza o quadril e movimenta a articulação sacro-ilíaca posterior. Se o paciente referir dor, trata-se de uma patologia sacro-ilíaca.
Teste de Patrick ou Fabere
-Com o paciente em DD, o examinador estabiliza o quadril com uma mão e com a outra flete, abduz e rotaciona externamente o joelho, deixando o calcanhar apoiado no joelho contra-lateral, ao mesmo tempo que exerce uma pressão para baixo.
-Diferencia radiculopatia lombar de patologia intrínseca de quadril.
-Dor anterior ao quadril: artrite quadril ou patologia iliopsoas.
-Dor posterior ao quadril: patologia sacroilíaca.
Manobra de Volkman
-Com o paciente em DD, o examinado faz um movimento de “abrir de livros”/ afastamento, exercendo uma pressão em ambas articulações sacro-ilíacas.
-O paciente pode referir dor dos dois lados ou apenas de um, indicando sacroileíte bilateral ou direita ou esquerda.
Manobra de Lewin
-Com o paciente em DL (contra-lateral ao lado suspeito de patologia), o examinador apoia as mão superpostas na crista ilíaca e espinha ilíaca anterossuperior, fazendo um movimento semelhante ao de reanimação/ massagem cardíaca.
-Se referir dor, pode se tratar de uma sacroileíte.
Teste de Gaeslen
-Manobra que estressa ambas as articulações sacroilíacas.
-Com o paciente em DD, uma perna fica para fora da maca e o examinador exerce uma pressão sobre o joelho dessa, enquanto a outra perna é fletida e abduzida.
-Se referir dor indica sacroileíte.
Varismo
Deformidade nas junções osteoarticulares dos joelhos e dos calcanhares, que os projetam para fora.
Valgismo
Deformidade osteoarticular dos joelhos ou dos calcanhares que os projeta para dentro.
Quais ligamentos garantem estabilidade ao joelho e podem ser estressados pelo varismo ou valgismo?
Cruzado anterior e posterior, colateral lateral e medial, menisco lateral e medial.
Quais são as consequênicas do valvismo ou varismo?
Tendência a remodelação óssea errônea por hiperpressão e estresse de ligamentos do joelho.
Sinal de onda ou piparote aticular
-Com o paciente em DD e a perna extendida, o examinador ordenha com a palma da mão, lateralmente ao joelho, para deslocar qualquer líquido (volumes menores) e faz movimentos de piparote com a outra mão.
-O sinal é positivo quando há uma quantidade a mais de líquido intrarticular/derrame articular, havendo propagação da onda.
Sinal da tecla
-Com o paciente em DD e perna extendida, ordenha o joelho, de cima para baixo, para detectar se há líquido/ derrame articular entre a patela e a articulação do joelho. Se houver, o sinal será positivo e um movimento de subida e descida da área acontecerá durante a digitopressão.
-É mais usado para volumes maiores.
Qual é o ligamento mais fácil de lesionar no joelho?
Menisco interno, já que tem maior área de contato com as áreas atritantes.
Pesquisa de lesão do ligamento cruzado (teste da gaveta) anterior
Com o paciente em DD e perna fletida a 90 graus, o joelho do paciente é projetado para frente quando o examinador exerce uma pressão posterior-anterior (na panturrilha).
Pesquisa de lesão do ligamento cruzado (teste da gaveta) posterior
Com o paciente em DD e a perna a ser examinada fletida, o joelho é projetado para trás quando uma pressão anterior-posterior é exercida
Pesquisa de lesão do ligamento colateral medial
Com paciente em DV, o examinador estabiliza o joelho e exerce uma pressão para fora (abduz) com a outra mão que está segurando o calcanhar. O joelho se projeta internamente quando há uma lesão do ligamento colateral medial.
Pesquisa de lesão do ligamento colateral lateral
Com o paciente em DV e com a perna fletida, o examinador estabiliza o joelho com uma mão e exerce uma pressão interna (aduz) com a mão que está segurando o calcanhar. Se houver lesão do ligamento colateral lateral, o joelho se projeta para fora/lateralmente.
Teste de Lachman
-Pesquisa lesão do ligamento cruzado anterior.
-Com o paciente em DD e a perna fletida a 20 graus, o examinador estabiliza a coxa com uma das mão e agarra a tíbia proximal, logo abaixo da articulação, com a outra mão, exercendo um movimento de translação com a mão (rotação externa).
Manobra de Laségue
-Paciente em DD, o examinador eleva o MMI com o joelho em extensão até o limite que o paciente relatar a dor, geralmente em 70 graus.
-Quando positivo, o paciente relata dor lombar e no MMI a partir de 30 graus de elevação, o que indica estresse do nervo ciático já comprimido (raízes lombares mais baixas e sacrais - L5/S1). Característico de lombociatalgia (posterior ao quadril).
Características da lombociatalgia
-Compressão das raízes lombares baixas e sacrais, que gera dor irradiada, tendo início na lombar e depois de espalha para o MMI.
-Sinal da campanhia positivo: após a palpação na vertebra acometida o paciente se queixa de dor, indicando o acometimento do trajeto neural.
Manobra de Laségue invertida ou de Wassermann
-Manobra do estiramento do nervo crural/ femoral (anterior a quadril).
-Paciente em DV, flete-se o joelho sobre a coxa e faz uma extensão do MMI. É positivo quando o paciente refere dor na face anterior da coxa, sendo diagnóstico de lombocruralgia (raízes afetadas: L2/L3, constiruem o nervo femoral).
-Pode ser feita verticalmente também.
Sinal do arco de corda
-Evita fingimento da dor.
- Levanta-se a perna do paciente, como na manobra de Lasègue, até que a dor apareça. Nesse momento, faz-se uma flexão do joelho. Havendo redução e/ou desaparecimento da dor, o sinal é considerado positivo para o diagnóstico de hérnia discal.
Teste de Ely ou do estiramento do nervo femoral
Paciente em DV, flexiona o joelho com o quadril em hiperextensão. Se for positivo, ocorre dor na presença de síndromes compressivas radiculares
de L3 e L4 (cruralgia/ face anterior ao quadril).
Síndrome S1
Ausência ou diminuição do reflexo Aquileu e dificuldade para andar de pontade pé quando há perda da integridade da raíz nervosa S1 (comum em lombociatalgia)
Sindrome L5
Dificuldade para andar com o calcanhar: perda daintgridade do nervo L5 (comum na lombociatalgia)
Sinal das pontas
Síndromes de L5 e S1
Manobra occipito-parede
Na presença de espondilite anquilosante (“coluna em bambu” por calcificação a mais na vértebra , que diminui a amplitude dos movimentos) na cervical, não é possível aproximar a cabça da parede mesmo com o corpo encostado na parede.
Índice de Schober
-Avalia a flexibilidade da coluna lombar.
-Paciente em ortostase e a sua coluna é marcada com uma caneta, tendo como ponto de referência a espinha ilíaca posterossuperior. Um segundo ponto é mensurado 10 cm acima. Solicita-se que o paciente flexione o tronco na tentativa de tocar o chão. Nessa posição é mensurada a distância entre os pontos marcados. Um aumento igual ou superior a 5 cm na medida entre os pontos é considerado normal.
-Quando o paciente não consegue descer até o que é considerado normal, pode-se suspeitar de espondilite anqilosante.
Critérios clínicos da espondilite anquilosante
-Lombalgia e rigidez articular por mais de 3 meses, que melhoram com o exercício, mas não com o repouso.
-Limitação da mobilidade da coluna lombar nos planos sagital e frontal.
-Limitação da expansibilidade torácica comparado ao normal em relação a sexo e idade.
Critério radiológico para espondilite anquilosante
Sacroileíte grau > ou = a 2 bilateral ou > ou = a 3-4 unilateral.
-Grau 0: normal.
-Grau 1: alterações suspeitas.
-Grau 2: anormalidades mínimas, como pequenas áreas com erosão ou esclerose, sem alteração de espaço articular.
-Grau 3: anormalidades moderada ou avnçada, com erosões, evidências de esclerose, alargamento articular ou anquilose parcial.
-Grau 4: anquilose total.
Para a espondilite anquilosante ser definida é preciso de critério radiológico associado a pelo menos 1 critério clínico.
Áreas mais sucetíveis a processos de discos herniários
região cervical (pela grande amplitude de movimentos) e lombossacra (pelo peso)
Tetraplegia
quando há lesão em C1 ou C7
Curvaturas fisiológicas e não fisiológicas da coluna vertebral
Fisiológicas: Pequena lordose na cervical
Cifose na torácica
Lordose na lombar
Não fisiológicas: quando as curvaturas fisiológicas ocorrem de maneira acentuada ou quando há um desvio lateral da coluna, a escoliose.
-Podem ocorrer de forma concomitante. Ex: Cifoescoliose.
Palpação em focos de fratura dos processos espinhosos
Percebe-se uma creptação
Fratura de clavícula - sinais e sintomas
-Dor
-Ptose do ombro
-Ressalto do fragmento ósseo, ficando visível e palpável
Luxação ântero-interna do ombro/ escápulo-umeral
-Perda de congruêcia articular
-Sinal da Dragona: desaparecimento do contorno do ombro/ retificação
-Golpe do machado: deslocamento brusco antero- posterior quando há luxação escapulo-umeral.
-Vazio da glenoide: não sente a cabeça do úmero na palpação.
-Apagamento do sulco deltopeitoral.
Fratura do colo do úmero - sinais e sintomas
-Aumento global do volume do ombro.
-Pontos dolorosos.
-Grande equimos de aparecimento retardado em flancos (os fragmentos ósseos agem como navalha, seccionando vasos e músculos)
Luxação acrômio-clavicular - sinais e sintomas
-Deslocamento e ascensão da clavícula (deformidade em degrau).
-Mobilidade em forma de tecla de piano.
Fratura da diáfise umeral (a lógica serve para outros ossos longos)
-Angulação
-Redução do comprimento do braço
-Rotação interna do fragmento inferior
Sinal de Laugier
-Indicativo de fratura de extremidade inferior do rádio.
-Consiste numa linha horizontal ou oblíqua para cima e por fora da parte ascendente da apófise estiloide fraturada.
Manobra de Filkenstein
-Diagnóstico da tenossinovite (inflamação da bainha do tendão onde o músculo se conecta ao osso) do primeiro compartimento dorsal (tendões do abdutor longo do polegar e do extensor curto do polegar).
-Faz um desvio ulnar do punho, mantendo o polegar aduzido e fletido (os outros dedos ficam por cima dele).
-O teste é positivo quando o paciente refere dor na região do processo estilóide do rádio.
Inspeção o sistema osteo-articular
-Marcha
-Deformidades
-Varismo e valgismo
-Cifose, lordose e escoliose
-Movimentos involuntários (tremores, oscilações rítmicas e mioclonias)
-Atrofia, hipertrofia e retrações musculares
-Uso de órteses e próteses
-Uso de recursos para locomoção: andadores, bengalas e cadeira de rodas
Palpação do sistema osteo-articular
-Tônus, cotorno, abaulamentos e perda de contiguidade
-Sensibilidade térmica, tátil e dolorosa
-Pontos dolorosos, creptações e estalidos
-Força muscular (MMSS: aperto de mão e extensão do braço sob resistência e MMII: eleção do membro sob resistência)
-Grau de mobilidade
Diferença de luxação e entorse
Luxação: o osso se move para fora da congruência articular normal
Entorse: uma articulação entre 2 ossos é forçada além dos limites (1 eixo rotaciona para um lado e o outro para o lado oposto) -> dor intensa e equimose ao nível do ligamento lesionado
Contratura isquêmica de Volkmann
Tala ou gesso apertados podem levar a compressão da a. braquial e então a isquemia
Dor intensa
Edema
Cianose de mão
Retração dos flexores dos dedos
Síndrome compartimental tem relação maior com qual fratura?
Fratura de diáfise da tíbia
Deformidade em baioneta ou cavalgamento
Desalinhamento pela fratura em paralelo: um foco de fratura sobre o outro
Comum na fratura de ulna e rádio
Fratura de Pouteau-Colles
Fratura da extremidade inferior do rádio
-Queda sobre o punho em hiperextensão (em perfil: dorso de garfo e de frente: angulação externa da mão) -> mecanismo de defesa de queda
-Sinal de Laugier: ascensão do processo estiloide radial (normalmente são alinhados)
Fratura do osso escafoide
-Queda sobre a palma da mão em hiperextensão e
leve abdução
-Pressão dolorosa na tabaqueira anatômica (depressão entre os tendões do polegar)
-Dor na tração do polegar
A parestesia acontece em quais dedos na síndrome do túnel carpiano?
Parestesias nos 3 primeiros dedos (polegar, indicador e médio) e na lateral do quarto dedo (anelar)
Canal de Guyon
Compartimento pequeno que pode ser comprimido (n. ulnar)
Mão traumatizada
Exposição de tendões e articulações: umidificar para evitar necrose das estruturas
Pode deixar aberta até ter segurança da ausência de infecção e quando tiver certeza fechar
Mão com infecção aguda com fleimões/abcesso
-O pus infecta e comprime artérias, nervos , bainhas tendinosas e espaço subcutâneo
-Drenar por menor tempo possível, pois o próprio dreno pode infectar
Hemartrose
Sangue dentro da articulação por fratura intracapsular (mais próxima da cabeça do fêmur)
Necrose na cabeça do fêmur
Inicialmente asséptica
Luxação traumática de quadril
Choque do joelho fletido contra o painel do automóvel;
Dor e edema;
Perda do contorno anatômico;
Perda funcional;
Luxações posteriores (+ comum) e luxações
anteriores
Pseuartrose
Falsa articulação-> formação de tecido cartilaginoso em uma cicatrização de fratura de ossos longos. O que era para ser duro fica móvel
Platô tibial com P aumentada (fratura de extremidade inferior do fêmur)
Instabilidade que favorece a formação de fraturas secundárias (pode acontecer por artrose)
Artrose
-Desgaste da cartilagem/tecido amortecedor
-Reabsorção e remodelamento ósseo pela hiperpressão = mais fragilizados
Fraturas bimaleolares (lesões de tornozelo/ pilão tibial = tíbia + ossos carpais )
Pode ocorrer por abdução (em valgo) quando a planta do pé vai para fora ou por adução quando a planta do pé vai para dentro (em varo)
-Dor
-Edema
-Equimose/hemartrose
Rotura do tendão de Aquiles
Dor aguda em “chicotada”;
Dor local por palpação do tendão;
Depressão/falha ao longo do tendão;
Preserva certa força na flexão plantar ativa do pé;
Impossibilidade de apoiar-se na ponta (S1)
Síndrome de Don Juan (queda de pé)
Pula de uma janela, por exemplo
• Fratura de calcâneo;
• Fratura de tornozelo;
• Fratura distal de tíbia e perônio;
• Luxação de joelho;
• Fratura de fêmur;
• Fratura de quadril;
• Fraturas de coluna (compressão)
Pé equino
Pé caído (incapacidade de levantar) por disfunção neurológica gerada pela compressão do nervo ciático poplíteo externo (gesso apertado)