Semiologia do Sistema Nervoso Flashcards

1
Q

Síndrome do neurônio motor superior (primeiro neurônio)

A

Resulta da lesão de áreas motoras do córtex cerebral ou de vias motoras, como no TCE e no TCL. Nesse caso, quaisquer outros estímulos ativam o segundo neurônio motor e então a contração muscular é despida do controle cortical e passa a ocorrer inconscientemente. A força diminui pela hipertonia gerada.

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2
Q

Síndrome do neurônio motor inferior (segundo neurônio)

A

Pode decorrer de lesões na região anterior da medula, na raiz nervosa ou no nervo periférico.
Essa síndrome implica na ausência de movimento, já que é esse o neurônio responsável pela contração muscular. Assim, mesmo que os estímulos surjam, a contração não acontece, havendo diminuição de força por hipotonia muscular. Ex: TRM.

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3
Q

Sintomas da sídrome do primeiro neurônio motor

A

-Paralisia espástica (paralisia com hipertonia e hiperreflexia) com discreta atrofia muscular;
-Exacerbação de reflexos miotáticos profundos;
- Aparecimento de reflexos patológicos, como o sinal de Babinski em > 1 ano (reflexo cutâneo-plantar extensor).

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4
Q

Sintomas da sídrome do segundo neurônio motor

A

+ Atrofia muscular grave;
+ Flacidez e hipotonia;
+ Reflexos profundos diminuídos ou abolidos;
+ Miofasciculações nos segmentos inervados.

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5
Q

Paralisia facial central X periférica

A

-Central: os axônios contra-laterais ainda conseguem invervar o QS da face, havendo preservação de movimentos da testa e sobrancelha, mas apagamento do sulco nsolabial e queda do lábio inferior. Acomente neurônio cortical.

-Periférica: os axônios contra-laterais e ipsilaterais não conseguem inervar, gerando uma hemiface em completa plegia. Acomete neurônio a nível de tronco encefálico.

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6
Q

Qual nervo e acometido pela paralisia facial?

A

Nervo facial

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7
Q

Teste de Rinne

A

Posicionamento do cabo do diapasão na apófise mastoide do paciente (CO), que deve sinalizar quando
deixar de sentir. Após isso, o diapasão, ainda em vibração, deve ser colocado próximo ao pavilhão auditivo (CA). Em situação normal, a condução aérea (CA) é melhor que a condução óssea (CO), assim, se
CA > CO, o teste de Rinne é positivo e se CA < CO o teste e Rinne é negativo.

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8
Q

Teste de Weber

A

Ajuda a localizar o lado da lesão/deficiência.

O diapasão é colocado vibrando sobre a cabeça do paciente, que deve perceber a vibração igualmente. Se a vibração se propagar melhor pelo lado esquerdo, há acometimento do lado direito e vice-versa se for uma perda neurosensorial. Se for um perda por condução lateraliza para o mesmo lado.

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9
Q

Nervo envolvido no teste de Rine e Weber

A

Vestíbulococlear (VIII)

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10
Q

O que pode atrapalhar a condução aérea do som?

A

Presença de cerume

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11
Q

Na lesão coclear, como ficam CO e CA?

A

Ambos diminuem

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12
Q

Perda auditiva neurossensorial

A

mantém os padrões fisiológicos (CA > CO), mas há diminuição da capacidade auditiva

Teste de Rinne +

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13
Q

Sinal de Romberg

A

Pede para o paciente ficar em pé e de olhos fechados (sensibiliza). É positivo quando o paciente tem perda de equilíbrio, caindo.

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14
Q

Manobra de Mingazzini

A

Extensão dos braços com as mãos pronadas e estendidas e os olhos fechadas de 20 a 30s. Quando há fraqueza, há queda uni ou bilateralmente dos MMSS. Pode fazer também em MMII com paciente em DD e os membros a 90 graus.

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15
Q

Manobras de resistência/ força

A

• Flexão e extensão do pescoço
• Abdução e adução dos braços;
• Flexão e extensão do antebraço;
• Flexão e extensão da mão

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16
Q

Grau de forças

A

-Grau 0: em contração
-Grau 1: contrai, mas sem movimento
-Grau 2: movimento ativo quando a gravidade é eliminada
-Grau 3: movimento ativo contra a gravidade
-Grau 4: movimento ativo contra a gravidade e resistência, mas mais fraco
-Grau 5: força normal

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17
Q

Manobras usadas para o tônus

A

punho-ombro, calcanhar-nádega (a hipotonia facilita esses 2 movimentos), mobilização passiva dos membros, sinal do canivete

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18
Q

Sinal do canivete

A

-Característico da hipertonia piramidal.
-Faz uma flexão de perna sobre a coxa e realização de movimentos rápidos. Isso gera aumento súbito de tônus, causando resistência/hipertonia inicial, mas depois ocorre normalmente (consegue aproximar calcâneo da nádega)

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19
Q

Hipertonia extrapiramidal -> cabo de chumbo

A

aumento difuso e constante do tônus na mobilização passiva do membro

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20
Q

Hipertonia extrapiramidal -> roda dentada

A

O tremor se sobrepõe à rigidez

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21
Q

Avaliação da diadocinesia

A

Analisa movimentos rápidos, alternados, simétricos e repetidos
-Exame de coordenaação motora
-O paciente, com as mãos espalmadas sobre as coxas, alterna rapidamente as mãos em pronação e supinação e assim sucessivamente. A alteração dessa função é a disdiadococinesia.

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22
Q

Manobra de rebote ou de Stewart-Holmes

A

-Avalia tônus e coordenação muscular
-Capacidade de parada súbita do movimento, que necessita do relaxamento da musculatura agonista e da contração rápida da antagonista.

O paciente fica sentado
O examinador pede para o paciente flexionar o antebraço contra resistência
O examinador faz uma força brusca e solta a resistência
Se o paciente mantiver o membro na mesma posição, não houve alteração na coordenação
Se o movimento continuar (aproxima o punho do ombro), pode indicar uma possível lesão cerebral

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23
Q

Testes para coordenação

A

Teste dedo-nariz
Teste calcanhar-joelho-canela
Index-index
Diadococinesia

Pacientes paréticos ou hipertônicos têm dificuldade de fazer

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24
Q

Reflexos superficiais

A

-Reflexo cremastérico (L1-L2)
-Reflexos cutâneos adominais (T7-T11): contratura da m. abdominal como resposta
-Reflexo cutâneo plantar (S1): é esperado que aconteça flexão dos dedos em adultos e extensão/Babinski em crianças de até 1 ano

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25
Q

Reflexos profundos

A

-Reflexo bicipital (C5-C6): flexão do antebraço
-Reflexo braquiorradial (C5-C6): flexão do antebraço e pronação da mão
-Reflexo tricipital (C8-T1): extensão do antebraço
-Reflexo flexor dos dedos (C8-T1)
-Reflexo patelar (L2-L4): extensão da perna
-Reflexo aquileu (S1): flexão plantar

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26
Q

Reflexos patológicos

A

-Reflexo cutâneo plantar (Babinski) com extensão como resposta em > 1 ano de idade
-Pesquisa do Sinal de Chaddock
-Pesquisa dos sinais de Hoffman e Tromner

Precisa ter assimetria

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27
Q

Reflexos presentes apenas em pessoas com hiperreflexia

A

peitoral e dos adutores

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28
Q

Sinal de Chaddock

A

-Lesão na via piramidal
-Estimula na lateral do pé e acontece extensão do hálux como resposta

29
Q

Sinal de Hoffman e de Tromner

A

-Indica problema nos circuitos neuronais do cérebro e da medula espinhal
-Golpe na falange distal do polegar e do indicador de ambas as mãos, gerando flexão involuntária da falange distal dos dedos médios e anular

O de Tromner se faz com o dedo extendido para cima

30
Q

Clônus

A

Encontrado em pessoas com hiperreflexia (hiperestímulo do 2 neurônio motor) e pode ser evocado por manobras de flexão e extensão, gerando uma série de respostas involuntárias

31
Q

Exame de sensibilidade superficial e profunda

A

Superficial: táctil (hipo e hiperestesia), térmica (quente e frio) e dolorosa (hipo, hiper e analgesia);

Profunda: vibratória (palestesia), propriocepção (batiestesia) e pressão (barestesia)

32
Q

Sensibilidade vibratória

A

palestesia

33
Q

propriocepção

A

batiestesia

34
Q

Pressão

A

barestesia

35
Q

Sinais meningorradiculares

A

sinais de Brudzinski e Kerning e nuca rígida

36
Q

Sinal de Brudzinski

A

A manutenção da máxima flexão de pescoço leva a flexão dos MMII involuntária pela dor

Indica irritação meníngea

37
Q

Sinal de Kerning

A

extensão da perna do paciente que estava com a perna em 90° gera estiramento de meninges e dor

38
Q

Sinais de irritação radicular

A

Laségue e Bradarg

39
Q

Sinal de Bradarg

A

Sinal de Laségue + dorsiflexão do pé

Pesquisa compressão de raízes nervosas por hérnias discais, por exemplo

40
Q

Exame da mobilidade ocular

A

III: oculomotor, IV: troclear e VI: abducente

41
Q

Concussão X Contusão

A

Concussão: choque violento com inexistência de substrato anatômico lesional (sangue ou edema). Alteração temporária.

Contusão: presença de substrato anatômico lesional. Repercute clinicamente com o tempo.

42
Q

Lesão axional difusa é uma

A

Contusão com desconexão córtex- axônio e ruptura axonal

43
Q

Decorticação

A

Lesão abaixo do córtex = atuação do núcleo rubro e vestibular independente do córtex.

Rubro = flexão dos MMSS
Vestibular = extensão dos MMII

44
Q

Descerebração

A

Evolução da decorticação, a lesão passa a atingir níveis mais inferiores = abaixo do nervo rubro = perde sua função e predomina a extensão dos MMII e MMSS pelo núcleo vestibular

45
Q

Reflexo pupiplar ou fotomotor

A

Mesencefalo
N. Óptico (aferente) e n. Oculomotor (eferente)

46
Q

Reflexo corneano/ corneo-palpebral (Teste do piscar)

A

Ponte
N trigêmeo/ Ramo oftalmico (aferente) e n facial (eferente)

47
Q

Reflexo vestíbulo calórico

A

Ponte

O desvio ocular depende da temperatura da água (fria = olha para o lado da água e quente = olha contra-lateralmente)

Envolve os nervos oculomotor, abducentente (eferentes) e vestibulococlear (aferente)

48
Q

Reflexo da tosse e do vômito

A

N. Glossofaríngeo (aferente) e n. Vago (eferente)

49
Q

O que pode diagnosticar HIC

A

Fundoscopia -> tem um borramento, não sendo possível visualizar a vasculatura do fundo óptico

50
Q

Hematoma subdural

A

Mais comum em idosos
Venoso e por isso gradual
Côncavo-convexo (banana)
Entre dura máter e aracnoide

51
Q

Hematoma extradural ou epidural

A

Ruptura arterial e por isso sintomatologia aguda
(P, V e compressão maiores)
Biconvexo (limão)
Entre o crânio e a dura máter

52
Q

O que pode levar a PCR

A

Hiperpressão do tentório que pode herniar e comprimir o bulbo

53
Q

Aneurisma sacular

A

Mais periférico
Hemorragia subaracnóidea

54
Q

Aneurisma de Charcot Bouchard

A

Hemorragia intraparenquimatosa

55
Q

Quando se exclui punção lombar?

A

Quando tem HIC, pois pode levar a herniação secundária

56
Q

Teste de Spurling

A

Pesquisa radiculopatia (compressao de raizes nervosas) cervical

Faz tração cervical, posiciona para o lado do sintoma e faz discreta compressão-> + quando a dor irradia para MMSS

57
Q

Sinal de Lhermitte

A

Apoia a mão no ombro do paciente e faz movimento de flexão/aproximação para o tórax

É positivo quando tem dor (choque) irradiada para MMII

58
Q

Choque medular

A

paralisia flácida temporária causada pela ausência de atividade medular reflexa, podendo durar dias, meses ou anos

Suspensão transitória da função e reflexos abaixo do nível da lesão

59
Q

Avaliação dos músculos da mímica

A

Nervo facial (VII) -> Quadrante superior e inferior da face e m. platisma

60
Q

Avaliação da força dos m. esternocleidomastoideo e trapézio

A

XI: nervo acessório

61
Q

Avaliação da força muscular da língua

A

XII: nervo hipoglosso

62
Q

TCE

A

• Alterações do estado de consciência
ou inconsciência imediata;
• Convulsões;
• Déficits motores e sensitivos;
• Assimetria pupilar (midríase paralítica);
• Alteração do reflexo fotomotor;
• Alteração do reflexo córneo-palpebral;
• Alterações do padrão respiratório (Cheyne-Stockes, Biot);
• Taqui/bradicardia
• Hipertensão/hipotensão arterial

63
Q

Estrabismo divergente

A

Estrabismo por lesão do III nervo craniano = predomínio do n. abducente e hipofunção do n. oculomotor

Pode ocorrer na fratura de base de cranio

64
Q

Reflexo fotomotor direto e indireto

A

Quando existe integralidade entre os núcleos e o quiasma óptico (anisocoria falta integralidade, pois só um olho responde ao estímulo luminoso)

65
Q

Exame do nervo olfatório I

A

substância de odor característico embaixo das narinas do paciente. A perda desse sentido é chamada de anosmia, a perversão do olfato – parosmia –e a percepção de odores desagradáveis é cacosmia

66
Q

Exame do nervo óptico II

A

Campimetria, acuidade visual, reflexos e exame do fundo do olho

67
Q

Estrabismo convergente

A

Lesão do VI par

68
Q

Exame do nervo trigêmeo V

A

-Reflexo córneo-palpebral para o ramo oftalmico
-Abertura e fechamento da boca, desvio da mandíbula, dificuldade de matigacao para os ramos mandibular e maxilar

69
Q

Exame dos nervos glossofaringeo e vago

A

responsáveis pela motricidade do palato mole, da
úvula e de músculos da deglutição,

Pede para o paciente abrir a boca e falar “ah!” por alguns segundos. Se os nervos de um lado estiverem lesionados, somente o palato contralateral sobe, desviando a úvula para esse lado.

Pode testar também o reflexo de vômito e tosse com o uso de um tubo desinsuflado e sem anestesia