Semiologia Cardiovascular Flashcards
Quais são os principais sintomas em Cardiologia? (4)
- Dor torácica e angina
- Palpitações
- Dispneia, ortopneia, dispneia paroxística noturna
- Pré-síncope e síncope
Quais sãos os principais passos do exame físico cardiovascular? (4)
- Avaliação do pulso arterial (por palpação);
- Avaliação do pulso venoso (por inspeção);
- Inspeção e palpação do precórdio;
- Ausculta cardíaca.
O que deve ser observado na palpação dos pulsos arteriais?
- FC
- Ritmo: extrassístoles?
- Amplitude: força do pulso
- Contorno: é a morfologia do pulso
- Simetria: pode indicar DAOP.
O que é e o que causa (2) um pulso filiforme?
- Apresentação: é um pulso com amplitude reduzida
- Causas: associado à estados de baixo débito cardíaco e hipotensão com pressão arterial convergente.
- Choques hipovolêmico, cardiogênico e obstrutivo
- Estenose aórtica severa

O que é e o que causa (1) um pulso “martelo d’água“ (pulso de Corrigan)?
- Apresentação: grande amplitude e com ascensão e queda rápidas.
- Causas: associado a pressão arterial divergente
- Insuficiência aórtica crônica

O que é e o que causa um pulso “bisferiens” ou bífido?
- Apresentação: tem dois picos sistólicos.
- Causas: ocorre em condições em que um grande volume sistólico é ejetado por um ventrículo com boa contratilidade
- Insuficiência aórtica crônica associada ou não a uma estenose aórtica leve.
- Cardiomiopatia hipertrófica obstrutiva.

O que é e o que causa (1) um pulso dicrótico?
- Apresentação: possui um pico sistólico e um pico menor na diástole.
- Causas: ocorre em estados de baixo débito cardíaco e em indivíduos com a aorta de elasticidade preservada (jovens).
- Choque hipovolêmico, cardiogênico, obstrutivo

O que é e o que causa um pulso “parvus” e “tardus”?
- Apresentação: ascensão lenta e amplitude baixa
- Causas:
- Estenose aórtica moderada a severa

O que é e o que causa (1) um pulso “alternans”?
- Apresentação: amplitude do pulso varia, alternando uma maior com uma menor amplitude.
- Causas:
- Insuficiência cardíaca em fase avançada, com baixo débito cardíaco.

O que é e o que causa (3) um pulso paradoxal?
- Apresentação: redução da amplitude do pulso durante inspiração, devido à queda superior a 10 mmHg na pressão arterial sistólica durante a fase inspiratória da respiração.
- Causas:
- Tamponamento cardíaco
- Pericardite constritiva
- Asma e DPOC graves

O pulso arterial é ____ (palpado/visto) e o pulso venoso é ______ (palpado/visto)
O pulso arterial é palpado e o pulso venoso é visto
Como se manifesta o pulso venoso?
Protusões visíveis na região cervical correspondentes a variação pressórica da veia jugular interna ao longo do ciclo cardíaco.
O que é PVC e como estimá-la?
- PVC: é a pressão atrial direita, geralmente igual à pressão das veias cavas.
- Estimativa: com o paciente deitado em 45 graus, observar o ponto mais alto do pulso venoso e pedir até o ângulo de Louie. Somar 5 oa valor e em centímetros.
Qual a PVC normal em cmH2O e mmHg?
PVC normal:
8-12 cmH2O, correspondente a 5-8 mmHg
(1 cm H2O = 1,36 mmHg)
Como a PVC pode ser útil?
É útil para estimar a volemia ou sobrecarga de câmaras direitas
- PVC alta: geralmente indica alta volemia ou sobrecarga de câmaras direitas
- PVC baixa: baixa volemia
Quais ondas e descensos compõem o pulso venoso? (5)
-
A: onda que corresponde à contração atrial.
* *B1:** fechamento das valvas átrioventriculares e início da sístole - C: onda que corresponde ao fechamento da tricúspide, aumentando a pressão do AD.
- X: corresponde ao declínio da valva tricúspide durante a sístole, reduzindo a pressão do AD
-
V: onda que representa o enchimento do AD durante a sístole, antes da valva tricúspide abrir.
* *B2:** fechamento das valvas aórtica e pulmonar e início da diástole - Y: descenso que respresenta a abertura da valva tricúspide e redução da pressão do AD após o esvaziamento do AD.

O que causa uma onda A proeminente? (3)
- Condições que aumentam a resistência à contração atrial direita.
- Estenose tricúspide
- Hipertrofia ventricular direita
- Insuficiência ventricular direita.
O que causa uma onda A em canhão?
Repentinas e proeminentes ondas A (como um “tiro de canhão”), de ocorrência esporádica.
Acontece quando há dissociação atrioventricular no momento em que a contração atrial se dá ao mesmo tempo em que a contração ventricular, portanto com a valva atrioventricular fechada.
O que significa ausência de onda A no pulso venoso?
Fibrilação atrial
Pois não há contração atrial
Quando ocorre uma onda V gigante?
Insuficiência mitral
valva incompetente deixa vazar mais volume pro AD na fase de enchimento do átrio direito.
Onda A está presente, porém é bem menor que a onda V gigante;
Quando ocorre o pulso venoso em W? (2)
Descenso Y proeminente, causado por um elevado gradiente atrioventricular no início da fase de enchimento rápido ventricular. O descenso termina subitamente, devido ao súbito aumento das pressões de enchimento no meio da diástole, evento típico de corações com baixa complacência
- Cardiomiopatias restritivas
- Pericardite constritiva
Quando ocorre ausência de descenso Y?
Tamponamento cardíaco.
Restrição ao enchimento ventricular já presente no início da diástole
Onde se localiza normalmente o íctus do VE? Quanto mede?
- Localização: entre 4º e 5º espaço intercostal na linha hemiclavicular
- Tamanho: 2 polpas digitais (extensão de 1 espao intercostal)
Ictus propulsivo sustentado: o que é? Quando acontece? (3)
- Conceito: ictus tópico, porém com a_mplitude e intensidade aumentadas_ e ascensão lenta e mantida
- Causas: patologias que causam HVE
- HAS
- Estenose aórtica
- Cardiomiopatia hipertróica
Ictus hipercinético: o que é? Quando acontece? (5)
- Conceito: amplitude aumentada, de ascensão rápida e descenso rápido
- Causas: situações hiperdinâmicas
- Exercício
- Febre
- Sepse
- Anemia
- Hipertireoidismo
Ictus hipercinético difuso: o que é? Quando acontece? (3)
- Conceito: ictus amplo e intenso, que ocupa várias mais de 2 polpas digitais. “Báscula precordial” (ascensão do íctus e retração paraesternal esquerda)
- Causas: cardiopatias com sobrecarga de volume
- Insuficiência aórtica
- Insuficiência mitral
- CIV.
Ictus hipocinético difuso: o que é? Quando acontece? (1)
- Conceito: ictus com amplitude e intensidade reduzidas, que ocupa várias mais de 2 polpas digitais.
- Causas:
- Cardiopatias dilatadas com insuficiência sistólica.
Ictus desviado: o que é? O que significa?
- Conceito: ictus para esquerda da linha hemiclavicular e abaixo do 5º espaço intercostal.
- Significado: cardiopatia dilatada
- É um sinal específico, mas pouco sensível. Ou seja é possível ter cardiopatia dilatada sem ictus desviado.
Ictus com movimento duplo: o que é?
- Conceito:
- Impulso pré-sistólico = B4
- Impulso protodiastólico = B3
Retração sistólica (sinal de Broabent): o que é? Qual a causa?
- Conceito: ao invés do íctus (protusão sistolíca) tem retração sistólica.
- Causa: pericardite constritiva (pericárdio aprisiona o coração)
Onde é palpado o ictus de VD? Quais as causas? (4)
- Ictus de VD: palpado na região esternal, paraesternal esquerda ou subxifoide. Sempre indica uma alteração patológica.
- Causas: sobrecarga de volume ou pressão do VD
- Hipertensão arterial pulmonar
- Insuficiência tricúspide
- CIA
- CIV
O que são frêmitos no exame precordial?
São os equivalentes palpatórios dos sopros.
O que representa B1? (2)
- *Fechamento das valvas átrioventriculares**
- *início da sístole**
- Componente Mitral (M1)
- Componente Tricúspide (T1): levemente atrasada
O que representa B2? (2)
Fechamento das valvas ventrículo-arteriais
Início da diástole
- Componente Aórtico (A2)
- Componente Pulmonar (P2): levemente mais atrasado
O que causa desdobramento de B1? (3)
Desdobramento de B1
por aumento do atraso do componente tricúspide
- Pessoas normais
- Bloqueio de ramo direito (BRD)
- Atraso na contração do VD.
O que causa hiperfonese de B1? (4)
Hiperfonese B1
- Indivíduos magros ou com diâmetro anteroposterior torácico pequeno
- Síndromes hiperdinâmicas: pelo aumento da força contrátil dos ventrículos
- Estenose mitral: a pressão atrial esquerda está alta e a valva está tensa, ela só fecha no momento em que a pressão ventricular está mais alta, fechando-se com mais força.
- Intervalo PR é curto: a abertura valvar é máxima, portanto, com uma contração ventricular precoce, a incursão dos folhetos é maior, intensificando a força de fechamento valvar. Comum na dissociação AV (ex.: BAVT), quando a fonese de B1 é variável, pela variação dos intervalos PR
O que causa hipofonese de B1? (6)
Hipofonese de B1
- Obesos, musculosos ou com diâmetro anteroposterior aumentado (DPOC, cifose).
- Derrame pericárdico
- Valva mitral com folhetos calcificados: estenose mitral com degeneração valvar acentuada
- Insuficiência mitral
- BAV de 1o grau: intervalo PR longo
- Insuficiência cardíaca de baixo débito: estados de hipocontratilidade miocárdica
O que é o desdobramento fisiológico de B2?
Desdobramento fisiológico de B2
Durante a inspiração, aumenta o retorno venoso para o coração direito. Mais sangue chega ao VD, prolongando sua ejeção, causando,
atraso no fechamentoda pulmonar (P2).
Desdobramento amplo ou fixo de B2 o que é?
Desdobramento amplo ou fixo de B2
T__anto na inspiração quanto na expiração
Desdobramento amplo ou fixo de B2 causas (4)
- CIA
- Bloqueio de ramo direito (BRD)
- Estenose pulmonar
- Disfunção ventricular direita
Desdobramento paradoxal de B2, o que é? Por que acontece?
Desdobramento paradoxal de B2
Acontece na expiração e desaparece na inspiração
- Mecanismo: atraso do componente A2. A inspiração, como atrasa P2, corrige o desdobramento que, portanto, só está presente na expiração.
Desdobramento paradoxal de B2. Causas. (3)
Desdobramento paradoxal de B2
- Bloqueio de ramo esquerdo (BRE)
- Estenose aórtica
- Disfunção ventricular esquerda
Causas de hiperfonese de B2 (6)
Hiperfonese de B2
- Indivíduos magros ou com diâmetro anteroposterior torácico pequeno
- Síndromes hiperdinâmicas: componente A2
- HAS: componente A2
- Dilatação da aorta ascendente: comum em idosos e hipertensos (componente A2)
- Hipertensão arterial pulmonar: componente P2
- Dilatação da artéria pulmonar: componente P2
Causas de hipofonese de B2 (5)
Hipofonese B2
- Indivíduos obesos, musculosos ou com diâmetro anteroposterior aumentado (ex.: DPOC, cifose)
- Derrame pericárdico
- Hipotensão arterial: componente A2
- Estenose aórtica ou calcificação dos folhetos aórticos: componente A2
- Estenose pulmonar: componente P2
B3 acontece no_____ (início/final) da diástole e é melhor auscultada com o _____ (diafragma/campânula)
B3 acontece no início da diástole e é melhor auscultada com o campânula
Qual o mecanismo que faz B3 surgir?
B3
Brusca transição da fase de enchimento rápido para fase de enchimento lento ventricular que causa vibração da parede ventricular
Causas de B3 (4)
B3
- Fisiológica em crianças, adolescentes, atletas de atividades isotônicas (corrida)
- Síndromes hiperdinâmicas: febre, anemia, tireotoxicose
-
Sobrecarga de volume crônica:
- Descompensação da insuficiência cardíaca
- Insuficiência mitral e Insuficiência aórtica
- CIV e CIA. -
Redução da complacência ventricular: - Cardiomiopatias restritivas
- Cardiomiopatias hipertróficas
B4 acontece no_____ (início/final) da diástole e é melhor auscultada com o _____ (diafragma/campânula)
B4 acontece no final da diástole** e é melhor auscultada com o **campânula
Qual o mecanismo que faz B4 surgir?
B4
Vibração da parede ventricular, produzida por uma contração atrial vigorosa devido a perda de complacência ventricular (sobrecarga de pressão)
Causas de B4 (3)
Causas de B4
- HVE concêntrica:
- HAS
- Estenose aórtica
- Idoso
- Cardiomiopatia hipertrófica
- Doença isquêmica do miocárdio
- Cardiomiopatias dilatadas e restritivas
O que é o Click Sistólico? Qual doença é mais característica?
- Click sistólico: sons que provêm das vibrações produzidas pelos folhetos da mitral no momento em que eles prolapsam interior do átrio esquerdo.
Prolapso mitral
O que diferencia o Click sistólico do desdobramento de B1 ou B4?
Muda a posição dentro da sístole de acordo com o retorno venoso e com o tamanho do coração
O que acontece com o Click Sistólico quando o paciente agacha ou se deita?
- Aumento do retorno venoso
- Aumentando o volume diastólico ventricular
- Atraso o prolapso na sístole.
Click se aproxima de B2, podendo até sumir
O que acontece com o Click Sistólico quando o paciente se levanta rapidamente ou faz a manobra de Valsalva?
- Fica de pé rapidamente => ⬇️ Retorno venoso
- Valsalva => ⬇️ Volume ventricular
Prolapso ocorre precocemente
Click se aproxima de B1 ou
fica exatamente na posição mesossistólica
Qual outra doença cursa com Click sistólico?
Anomalia de Ebstein = implantação anormal da tricúspide
Click em vela de barco
Devido ao fechamento do folheto septal redundante da valva tricúspide
O que são os estalidos de abertura? Quando acontecem? (2)
Estalido de abertura
- Sons protodiastólicos que correspondem a abertura das valvas átrioventriculares
- Causas:
- Estenose mitral
- Estenose tricúspide
O que são os ruídos de ejeção?
Ruídos de Ejeção
- Sons protossistólicos mais audíveis nos focos da base, diferenciando-os do desdobramento de B1 e de B4.
Geralmente acontecem em estenoses valvares
Quais as causas dos ruídos de ejeção? (6)
- Valva aórtica bicúspide (principal causa)
- Estenose aórtica congênita
- Dilatação da aorta ascendente: insuficiência aórtica, HAS, aneurisma, ectasia, PCA, coartação da aorta.
- Estenose valvar pulmonar (congênita)
- Dilatação da artéria pulmonar: HAP, insuficiência pulmonar, ectasia
- Síndromes hiperdinâmicas
Quais os sons pericárdicos? (3)
- Atrito pericárdico
- Crunch pericárdico
- Knock pericárdico
Atrito pericárdico características e causa
Atrito pericárdico
Som áspero sistólico ou sistodiastólico e é mais audível com o diafragma na borda esternal esquerda baixa**. **Mais audível com paciente inclinado para frente. Pode ser confundido com sopro sistólico.
- Causa: pericardite aguda
Crunch pericárdico o que é? Qual sua causa?
Crunch pericárdico
- Som é sistodiastólico**, em geral é **muito intenso e se parece com o “ruído da roda do moinho”.
- Causa: pneumopericárdio ou pneumomediastino
Knock pericárdico, o que é? Quando ocorre?
Knock pericárdico
- Som que ocorre exatamente onde seria B3, mas tem frequência alta e é melhor auscultado com o diafragma
- Causa: pericardite constritiva.
O que é o Plop do mixoma?
Plop do mixoma
- É um som muito parecido com B3 que ocorre quando o tumor se movimenta e encosta na parede atrial.
Quais os principais focos de ausculta? (5)
- Foco mitral: 5º espaço intercostal linha hemiclavicular
- Foco tricúspide: 4º espaço intercostal em borda esternal esquerda
- Foco aórtico acessório: 3º espaço intercostal em borda esternal esquerda
- Foco pulmonar: 2º espaço intercostal em borda esternal esquerda
- Foco aórtico: 2º espaço intercostal em borda esternal direita
Quais as principais causas de sopro sistólico? (2)
- Insuficiência mitral: holossistólico
- Estenose aórtica: mesossistólico (em diamante)
Quais as principais causas de sopro diastólico? (2)
- Insuficiência aórtica: protodiastólico (aspirativo)
- Estenose mitral: mesodiastólico em ruflar
Como são quantificados os sopros? (6)
- 1+ = audível apenas em algumas posições.
- 2+ = facilmente audível, porém, _sem irradiaçã_o.
- 3+ = moderadamente alto e com irradiação.
- 4+ = alto e com frêmito palpável.
-
5+ = audível com apenas parte do estetoscópio
sobre a pele. - 6+ = audível mesmo sem encostar estetoscópio.
Principais manobras semiológicas que aumentam o retorno venoso (3)
Aumentam o retorno venoso
- Para câmaras direitas e esquerdas:
- Posição de cócoras (agachamento): aumenta compressão das veias das pernas
- Posição em decúbito dorsal
-
Para câmaras direitas:
1. Inspiração profunda (Rivero-Carvalho): reduz pressão intratorácica aumenta o retorno venoso das câmaras direitas.
Manobras que reduzem o retorno venoso (2)
Reduzem o retorno venoso
- Valsalva: aumenta a pressão torácica e reduz retorno venoso
- Deitar (posição ortostática)
Manobras que aumentam a resistência vascular sistêmica (1)
Aumento da resistência vascular sistêmica
- Handgrip: aumenta e resistência vascular sistêmica, tende a reduzir a ejeção de sangue pela valva aórtica, portanto, aumentar o seu volume cavitário do VE.
Manobras que reduzem a resistência vascular sistêmica (1)
Reduz a resistência vascular sistêmica
- Vasodilatador (nitrato): vasodilatação arterial reduz prontamente RVS e aumenta a ejeção de sangue pela valva aórtica e pelo trato de saída do VE, que reduz seu volume.
Principais tipos de sopros (4)
- Sistólicos
- Diastólicos
- Sistodiastólicos
- Contínuos
Subtipos de sopro sistólico (4)
- Sopros mesossistólicos ou de ejeção
- Sopros holossistólicos ou de regurgitação
- Sopros protossistólicos
- Sopros telessistólicos
Como é o sopro mesossistólico (ejetivo)?
Forma em diamante
Causas de sopro mesossistólico (ejetivo) (5)
- Estenose aórtica
- Estenose pulmonar
- Coarctação de aorta
- CIA
- Cardiomiopatia hipertrófica obstrutiva
Como se caracteriza o sopro da estenose aórtica (3)
Estenose aórtica
- Em diamante
- Melhor auscultado no foco aórtico
- Irradia para carótidas ou fúrcula
O que é o fenômeno de Gallavardin?
Fenômeno de Gallavardin
Vibração da valva aórtica estenosada que faz também vibrar a estrutura valvar mitral, produzindo um sopro idêntico ao da insuficiência mital no foco mitral.
Como diferenciar o sopro da estenose aórtica do da insuficiência mitral (5)
- Estenose aórtica:
- Ictus propulsivo,
- Ruído de ejeção
- B4
- Desdobramento paradoxal de B2
- Handgrip reduz o sopro da estenose aóritca e aumenta o da insuficiência mitral
Handgrip _____ (aumenta/reduz) o sopro da estenose aórtica e _____ (aumenta/reduz) o da insuficiência mitral
Handgrip reduz o sopro da estenose aórtica e aumenta o da insuficiência mitral
Quais as características marcantes da estenose pulmonar (2)
Estenose pulmonar
- Aumenta com inspiração (Rivero-Carvalho)
- Desdobramento amplo de B2
Características que acompanham o sopro da coarctação de aorta (3)
Coarctação de Aorta
- Mais audível na região interescapular, mas pode ser auscultado no foco pulmonar e aórtico acessório.
- B2 é hiperfonética
- Pode haver ruído de ejeção
Características que acompanham o sopro da CIA
CIA
- Sopro sistólico ejetivo maior no foco pulmonar por hiperfluxo
- Desdobramante fixo de B2
Principal característica do sopro da cardiomiopatia hipertrófica obstrutiva
Cardiomiopatia Hipertrófica Obstrutiva
- Aumenta com manobras que r_eduzem o volume cavitário_
- Reduz com manobras que aumentam o volume cavitário.
Quais manobras aumentam o sopro da cardiomiopatia hipertrófica obstrutiva? (3)
Manobras que reduzem volume cavitário
- Valsalva: reduz retorno venoso
- Posição ortostática (levantar): reduz retorno venoso
- Vasodilatador: reduz RVP e aumenta o débito, reduzindo o volume cavitário.
Redução do volume cavitário aumenta o sopro, pois isso aproxima o septo hipertrofiado da valva mitral e, portanto, aumenta a obstrução subaórtica.
Quais manobras reduzem o sopro da cardiomiopatia hipertrófica obstrutiva? (3)
Manobras que aumentam volume cavitário
- Posição de cócoras: aumenta retorno venoso
- Decúbito dorsal: aumenta retorno venoso
- Handgrip: aumenta o RVP e dificulta o esvaziamento do VE
Manobras que aumentam o volume cavitário (posição de cócoras, decúbito dorsal e handgrip) reduzem o sopro, pois afastam o septo da valva mitral, diminuindo a obstrução.
Como se caracteriza o sopro holossistólicos ou de regurgitação? (4)
- Acontece durante toda a sístole
- Abafa B1 e B2
- Pode ultrapassar B2 e pegar o início da diástole
- Pode vir com B3, pela sobrecarga de volume
Principais causas de sopro holossistólicos ou de regurgitação (3)
- Insuficiência mitral crônica
- Insuficiência tricúspide
- CIV
Características do sopro holossistólico da insuficiência mitral crônica (3)
Insuficiência mitral crônica
- Irradia para região axilar ou para as bordas esternais de baixo para cima e região interescapular (comprometimento do folheto posterior)
- Aumenta com handgrip
- Não aumenta no no batimento pós-extrassistólico
Características que acompanham o sopro holossistólico da insuficiência tricúspide (3)
Insuficiência tricúspide
- Aumenta com a inspiração profunda (Rivero-Carvalho)
- Onda V gigante no pulso jugular
- Sobrecarga volumétrica do VD: ictus de VD palpável, B3 de VD
Características que acompanham o sopro holossistólico da CIV (4)
CIV
- Mais audível no foco tricúspide, mitral e aórtico acessório.
- Irradiação para a borda esternal direita.
- Maior quanto menor for o orifício septal.
- Termina antes de B2, pois a contração septal comumente fecha o orifício no fim da sístole
O que acontece com o sopro holossistólico da CIV, quando o paciente evolui com hipertensão pulmonar?
Sopro diminui de intensidade e duração
O que caracteriza os sopros protossistólicos? (1)
Sopros protossistólicos
- Terminam no meio da sístole: porque a câmara que recebe o fluxo está com alta pressão.
Causas de sopros protossistólicos? (3)
Mesmas causas de sopro holossistólico
Sopro acaba antes devido ao aumento da pressão das câmaras que recebem fluxo
- Insuficiência mitral aguda
- Insuficiência tricúspide aguda
- CIV com hipertensão pulmonar
Causas de sopros telessistólico? (2)
Sopro telessistólico
- Prolapso da valva mitral
- Disfunção do músculo papilar
Características que acompanham o sopro do prolapso da valva mitral
Prolapso mitral
-
Sopro telessistólico de córcoras, decúbito dorsal e com handgrip: retardado pelo aumento do volume
cavitário - Sopro mesossistólico com Valsalva, posição ortostática, vasodilatadores: adianta com a redução do volume cavitário.
A manobra de Valsalva (encurta/prolonga) o sopro do prolapso mitral.
A manobra de Valsalva prolonga o sopro do prolapso mitral, pois ele acontece mais precocemente, isto é, no meio da sístole.
Principais tipos de sopro diastólico (2)
Tipos de sopro diastólico
- Sopro protodiastólico (aspirativo)
- Ruflar diastólico
Principais causas de sopro protodiastólico (aspirativo)
Sopro protodiastólico (aspirativo)
- Insuficiência aórtica
- Insuficiência pulmonar
Características do sopro protodiastólico (aspirativo) da insuficiência aórtica (4)
Características da insuficiência aórtica
- Maior no foco aórtico acessório (IA valvar) e aórtico ou borda esternal direita na IA (doença da aorta ascendente).
- Pode irradiar para foco mitral, mas não para focos superiores (aórtico, carótidas).
- Aumenta com o tronco inclinado para frente** e o **handgrip.
- Reduz com vasodilatadores.
O que é o sopro de Cole-Cecil?
Sopro de Cole-Cecil
É o sopro da insuficiência aórtica
mais audível no foco mitral.
Geralmente ocorre em indivíduos com aumento do diâmetro AP torácico
Características do sopro da insuficiência pulmonar (2)
Sopro da insuficiência pulmonar
- Mais audível no foco pulmonar
- Aumenta com inspiração profunda (Rivero-Carvalho)
O que é o sopro de Graham-Steell
Sopro de Graham-Steell
Sopro da insuficiência pulmonar que não varia com a inspiração** e se associa a **hiperfonese de P2
Causado por HAP com dilatação da artéria pulmonar
Principais causas do sopro em ruflar diastólico (2)
Ruflar diastólico
- Estenose mitral
- Estenose tricúspide
Diferenciais do sopro em ruflar diastólico (2)
Ruflar diastólico
- Som de baixa frequência, melhor ouvido com a campânula
- Aparece no meio da diastóle
Características do sopro que acompanham a estenose mitral (4)
Estenose mitral
- B1 hiperfonética
- Pode ter estalido de abertura precedendo o sopro
- Pode haver um reforço pré-sistólico do sopro na presença de contração atrial.
- Mais audível com o paciente em decúbito lateral esquerdo.
Características que acompanham o sopro da estenose tricúspide (2)
Estenose tricúspide
- Aumenta com a inspiração profunda (Rivero-Carvalho)
- Geralmente sem estalido de abertura ou hiperfonese de B1
O que é o sopro de Austin-Flint?
Sopro de Austin-Flint
Insuficiência aórtica que causa um sopro em ruflar devido à “estenose mitral” gerada pelo refluxo.
DICA: não tem hiperfonese de B1 ou estalido de abertura
O que é o sopro de Carey-Coombs?
Sopro de Carey-Coombs
Sopro em ruflar que acontece na insuficiência mitral por hiperfluxo através de uma valva mitral não estenótica.
O que é um sopro sistodiastólico?
Sopro sistodiastólico
Ocorrem na sístole, têm uma pequena pausa e voltam a aparecer na diástole.
Causas de sopro sistodiastólico (4)
Sopro sistodiastólico
- Dupla lesão aórtica
- Dupla lesão mitral
- Insuficiência aórtica crônica (o sistólico é pelo
hiperfluxo) - Insuficiência mitral (o diastólico é pelo hiperfluxo = Carey-Coombs)
O que são sopros contínuos
Sopros Contínuos
Acontecem na sístole e diástole sem pausas
Causas de sopro contínuo (3)
Sopro contínuo
- Persistência do Canal Arterial (PCA): mais audível no foco pulmonar => sopro em maquinaria
- Fístula arteriovenosa sistêmica ou pulmonar;
- Zumbido venoso: é um tipo de sopro inocente que acontece e crianças e aumenta quando se senta ou vira a cabeça para o lado oposto ao auscultado
Quais as características de um sopro inocente? (6)
Sopro inocente
- Sopro sistólico, geralmente
- Sopros com ≤ 3 cruzes, geralmente
- Maioria diminui com a posição sentada ou em pé e aumenta na posição supina.
- Não aumenta com manobra de Valsalva
- Bulhas normoféticas e sem bulhas acessórias
- Sem indícios de hipertrofia ou dilatação ventricular