Semiologia Cardiovascular Flashcards

1
Q

Quais são os principais sintomas em Cardiologia? (4)

A
  1. Dor torácica e angina
  2. Palpitações
  3. Dispneia, ortopneia, dispneia paroxística noturna
  4. Pré-síncope e síncope
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2
Q

Quais sãos os principais passos do exame físico cardiovascular? (4)

A
  1. Avaliação do pulso arterial (por palpação);
  2. Avaliação do pulso venoso (por inspeção);
  3. Inspeção e palpação do precórdio;
  4. Ausculta cardíaca.
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3
Q

O que deve ser observado na palpação dos pulsos arteriais?

A
  1. FC
  2. Ritmo: extrassístoles?
  3. Amplitude: força do pulso
  4. Contorno: é a morfologia do pulso
  5. Simetria: pode indicar DAOP.
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4
Q

O que é e o que causa (2) um pulso filiforme?

A
  • Apresentação: é um pulso com amplitude reduzida
  • Causas: associado à estados de baixo débito cardíaco e hipotensão com pressão arterial convergente.
  1. Choques hipovolêmico, cardiogênico e obstrutivo
  2. Estenose aórtica severa
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5
Q

O que é e o que causa (1) um pulso “martelo d’água“ (pulso de Corrigan)?

A
  • Apresentação: grande amplitude e com ascensão e queda rápidas.
  • Causas: associado a pressão arterial divergente
  1. ​Insuficiência aórtica crônica
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6
Q

O que é e o que causa um pulso “bisferiens” ou bífido?

A
  • Apresentação: tem dois picos sistólicos.
  • Causas: ocorre em condições em que um grande volume sistólico é ejetado por um ventrículo com boa contratilidade
  1. ​Insuficiência aórtica crônica associada ou não a uma estenose aórtica leve.
  2. Cardiomiopatia hipertrófica obstrutiva.
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7
Q

O que é e o que causa (1) um pulso dicrótico?

A
  • Apresentação: possui um pico sistólico e um pico menor na diástole.
  • Causas: ocorre em estados de baixo débito cardíaco e em indivíduos com a aorta de elasticidade preservada (jovens).
  1. Choque hipovolêmico, cardiogênico, obstrutivo
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8
Q

O que é e o que causa um pulso “parvus” e “tardus”?

A
  • Apresentação: ascensão lenta e amplitude baixa
  • Causas:
  1. Estenose aórtica moderada a severa
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9
Q

O que é e o que causa (1) um pulso “alternans”?

A
  • Apresentação: amplitude do pulso varia, alternando uma maior com uma menor amplitude.
  • Causas:
  1. Insuficiência cardíaca em fase avançada, com baixo débito cardíaco.
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10
Q

O que é e o que causa (3) um pulso paradoxal?

A
  • Apresentação: redução da amplitude do pulso durante inspiração, devido à queda superior a 10 mmHg na pressão arterial sistólica durante a fase inspiratória da respiração.
  • Causas:
  1. Tamponamento cardíaco
  2. Pericardite constritiva
  3. Asma e DPOC graves
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11
Q

O pulso arterial é ____ (palpado/visto) e o pulso venoso é ______ (palpado/visto)

A

O pulso arterial é palpado e o pulso venoso é visto

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12
Q

Como se manifesta o pulso venoso?

A

Protusões visíveis na região cervical correspondentes a variação pressórica da veia jugular interna ao longo do ciclo cardíaco.

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13
Q

O que é PVC e como estimá-la?

A
  • PVC: é a pressão atrial direita, geralmente igual à pressão das veias cavas.
  • Estimativa: com o paciente deitado em 45 graus, observar o ponto mais alto do pulso venoso e pedir até o ângulo de Louie. Somar 5 oa valor e em centímetros.
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14
Q

Qual a PVC normal em cmH2O e mmHg?

A

PVC normal:

8-12 cmH2O, correspondente a 5-8 mmHg

(1 cm H2O = 1,36 mmHg)

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15
Q

Como a PVC pode ser útil?

A

É útil para estimar a volemia ou sobrecarga de câmaras direitas

  • PVC alta: geralmente indica alta volemia ou sobrecarga de câmaras direitas
  • PVC baixa: baixa volemia
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16
Q

Quais ondas e descensos compõem o pulso venoso? (5)

A
  1. A: onda que corresponde à contração atrial.
    * *B1:** fechamento das valvas átrioventriculares e início da sístole
  2. C: onda que corresponde ao fechamento da tricúspide, aumentando a pressão do AD.
  3. X: corresponde ao declínio da valva tricúspide durante a sístole, reduzindo a pressão do AD
  4. V: onda que representa o enchimento do AD durante a sístole, antes da valva tricúspide abrir.
    * *B2:** fechamento das valvas aórtica e pulmonar e início da diástole
  5. Y: descenso que respresenta a abertura da valva tricúspide e redução da pressão do AD após o esvaziamento do AD.
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17
Q

O que causa uma onda A proeminente? (3)

A
  • Condições que aumentam a resistência à contração atrial direita.
  1. Estenose tricúspide
  2. Hipertrofia ventricular direita
  3. Insuficiência ventricular direita.
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18
Q

O que causa uma onda A em canhão?

A

Repentinas e proeminentes ondas A (como um “tiro de canhão”), de ocorrência esporádica.

Acontece quando há dissociação atrioventricular no momento em que a contração atrial se dá ao mesmo tempo em que a contração ventricular, portanto com a valva atrioventricular fechada.

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19
Q

O que significa ausência de onda A no pulso venoso?

A

Fibrilação atrial

Pois não há contração atrial

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20
Q

Quando ocorre uma onda V gigante?

A

Insuficiência mitral

valva incompetente deixa vazar mais volume pro AD na fase de enchimento do átrio direito.

Onda A está presente, porém é bem menor que a onda V gigante;

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21
Q

Quando ocorre o pulso venoso em W? (2)

A

Descenso Y proeminente, causado por um elevado gradiente atrioventricular no início da fase de enchimento rápido ventricular. O descenso termina subitamente, devido ao súbito aumento das pressões de enchimento no meio da diástole, evento típico de corações com baixa complacência

  1. Cardiomiopatias restritivas
  2. Pericardite constritiva

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22
Q

Quando ocorre ausência de descenso Y?

A

Tamponamento cardíaco.

Restrição ao enchimento ventricular já presente no início da diástole

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23
Q

Onde se localiza normalmente o íctus do VE? Quanto mede?

A
  • Localização: entre 4º e 5º espaço intercostal na linha hemiclavicular
  • Tamanho: 2 polpas digitais (extensão de 1 espao intercostal)
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24
Q

Ictus propulsivo sustentado: o que é? Quando acontece? (3)

A
  • Conceito: ictus tópico, porém com a_mplitude e intensidade aumentadas_ e ascensão lenta e mantida
  • Causas: patologias que causam HVE
  1. HAS
  2. Estenose aórtica
  3. Cardiomiopatia hipertróica
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25
Q

Ictus hipercinético: o que é? Quando acontece? (5)

A
  • Conceito: amplitude aumentada, de ascensão rápida e descenso rápido
  • Causas: situações hiperdinâmicas
  1. Exercício
  2. Febre
  3. Sepse
  4. Anemia
  5. Hipertireoidismo
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26
Q

Ictus hipercinético difuso: o que é? Quando acontece? (3)

A
  • Conceito: ictus amplo e intenso, que ocupa várias mais de 2 polpas digitais. “Báscula precordial” (ascensão do íctus e retração paraesternal esquerda)
  • Causas: cardiopatias com sobrecarga de volume
  1. Insuficiência aórtica
  2. Insuficiência mitral
  3. CIV.
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27
Q

Ictus hipocinético difuso: o que é? Quando acontece? (1)

A
  • Conceito: ictus com amplitude e intensidade reduzidas, que ocupa várias mais de 2 polpas digitais.
  • Causas:
  1. Cardiopatias dilatadas com insuficiência sistólica.
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28
Q

Ictus desviado: o que é? O que significa?

A
  • Conceito: ictus para esquerda da linha hemiclavicular e abaixo do 5º espaço intercostal.
  • Significado: cardiopatia dilatada
  • É um sinal específico, mas pouco sensível. Ou seja é possível ter cardiopatia dilatada sem ictus desviado.
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29
Q

Ictus com movimento duplo: o que é?

A
  • Conceito:
  • Impulso pré-sistólico = B4
  • Impulso protodiastólico = B3
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30
Q

Retração sistólica (sinal de Broabent): o que é? Qual a causa?

A
  • Conceito: ao invés do íctus (protusão sistolíca) tem retração sistólica.
  • Causa: pericardite constritiva (pericárdio aprisiona o coração)
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31
Q

Onde é palpado o ictus de VD? Quais as causas? (4)

A
  • Ictus de VD: palpado na região esternal, paraesternal esquerda ou subxifoide. Sempre indica uma alteração patológica.
  • Causas: sobrecarga de volume ou pressão do VD
  1. ​Hipertensão arterial pulmonar
  2. Insuficiência tricúspide
  3. CIA
  4. CIV
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32
Q

O que são frêmitos no exame precordial?

A

São os equivalentes palpatórios dos sopros.

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33
Q

O que representa B1? (2)

A
  • *Fechamento das valvas átrioventriculares**
  • *início da sístole**
  1. Componente Mitral (M1)
  2. Componente Tricúspide (T1): levemente atrasada
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34
Q

O que representa B2? (2)

A

Fechamento das valvas ventrículo-arteriais
Início da diástole

  1. Componente Aórtico (A2)
  2. Componente Pulmonar (P2): levemente mais atrasado
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35
Q

O que causa desdobramento de B1? (3)

A

Desdobramento de B1
por aumento do atraso do componente tricúspide

  1. Pessoas normais
  2. Bloqueio de ramo direito (BRD)
  3. Atraso na contração do VD.
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36
Q

O que causa hiperfonese de B1? (4)

A

Hiperfonese B1

  1. Indivíduos magros ou com diâmetro anteroposterior torácico pequeno
  2. Síndromes hiperdinâmicas: pelo aumento da força contrátil dos ventrículos
  3. Estenose mitral: a pressão atrial esquerda está alta e a valva está tensa, ela só fecha no momento em que a pressão ventricular está mais alta, fechando-se com mais força.
  4. Intervalo PR é curto: a abertura valvar é máxima, portanto, com uma contração ventricular precoce, a incursão dos folhetos é maior, intensificando a força de fechamento valvar. Comum na dissociação AV (ex.: BAVT), quando a fonese de B1 é variável, pela variação dos intervalos PR
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37
Q

O que causa hipofonese de B1? (6)

A

Hipofonese de B1

  1. Obesos, musculosos ou com diâmetro anteroposterior aumentado (DPOC, cifose).
  2. Derrame pericárdico
  3. Valva mitral com folhetos calcificados: estenose mitral com degeneração valvar acentuada
  4. Insuficiência mitral
  5. BAV de 1o grau: intervalo PR longo
  6. Insuficiência cardíaca de baixo débito: estados de hipocontratilidade miocárdica
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38
Q

O que é o desdobramento fisiológico de B2?

A

Desdobramento fisiológico de B2

Durante a inspiração, aumenta o retorno venoso para o coração direito. Mais sangue chega ao VD, prolongando sua ejeção, causando,
atraso no fechamentoda pulmonar (P2).

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39
Q

Desdobramento amplo ou fixo de B2 o que é?

A

Desdobramento amplo ou fixo de B2

T__anto na inspiração quanto na expiração

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40
Q

Desdobramento amplo ou fixo de B2 causas (4)

A
  1. CIA
  2. Bloqueio de ramo direito (BRD)
  3. Estenose pulmonar
  4. Disfunção ventricular direita
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41
Q

Desdobramento paradoxal de B2, o que é? Por que acontece?

A

Desdobramento paradoxal de B2

Acontece na expiração e desaparece na inspiração

  • Mecanismo: atraso do componente A2. A inspiração, como atrasa P2, corrige o desdobramento que, portanto, só está presente na expiração.
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42
Q

Desdobramento paradoxal de B2. Causas. (3)

A

Desdobramento paradoxal de B2

  1. Bloqueio de ramo esquerdo (BRE)
  2. Estenose aórtica
  3. Disfunção ventricular esquerda
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43
Q

Causas de hiperfonese de B2 (6)

A

Hiperfonese de B2

  1. Indivíduos magros ou com diâmetro anteroposterior torácico pequeno
  2. Síndromes hiperdinâmicas: componente A2
  3. HAS: componente A2
  4. Dilatação da aorta ascendente: comum em idosos e hipertensos (componente A2)
  5. Hipertensão arterial pulmonar: componente P2
  6. Dilatação da artéria pulmonar: componente P2
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44
Q

Causas de hipofonese de B2 (5)

A

Hipofonese B2

  1. Indivíduos obesos, musculosos ou com diâmetro anteroposterior aumentado (ex.: DPOC, cifose)
  2. Derrame pericárdico
  3. Hipotensão arterial: componente A2
  4. Estenose aórtica ou calcificação dos folhetos aórticos: componente A2
  5. Estenose pulmonar: componente P2
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45
Q

B3 acontece no_____ (início/final) da diástole e é melhor auscultada com o _____ (diafragma/campânula)

A

B3 acontece no início da diástole e é melhor auscultada com o campânula

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46
Q

Qual o mecanismo que faz B3 surgir?

A

B3

Brusca transição da fase de enchimento rápido para fase de enchimento lento ventricular que causa vibração da parede ventricular

47
Q

Causas de B3 (4)

A

B3

  1. Fisiológica em crianças, adolescentes, atletas de atividades isotônicas (corrida)
  2. Síndromes hiperdinâmicas: febre, anemia, tireotoxicose
  3. Sobrecarga de volume crônica:
    - Descompensação da insuficiência cardíaca
    - Insuficiência mitral e Insuficiência aórtica
    - CIV e CIA.
  4. Redução da complacência ventricular: - Cardiomiopatias restritivas
    - Cardiomiopatias hipertróficas
48
Q

B4 acontece no_____ (início/final) da diástole e é melhor auscultada com o _____ (diafragma/campânula)

A

B4 acontece no final da diástole** e é melhor auscultada com o **campânula

49
Q

Qual o mecanismo que faz B4 surgir?

A

B4

Vibração da parede ventricular, produzida por uma contração atrial vigorosa devido a perda de complacência ventricular (sobrecarga de pressão)

50
Q

Causas de B4 (3)

A

Causas de B4

  • HVE concêntrica:
  • HAS
  • Estenose aórtica
  • Idoso
  • Cardiomiopatia hipertrófica
  • Doença isquêmica do miocárdio
  • Cardiomiopatias dilatadas e restritivas
51
Q

O que é o Click Sistólico? Qual doença é mais característica?

A
  • Click sistólico: sons que provêm das vibrações produzidas pelos folhetos da mitral no momento em que eles prolapsam interior do átrio esquerdo.

Prolapso mitral

52
Q

O que diferencia o Click sistólico do desdobramento de B1 ou B4?

A

Muda a posição dentro da sístole de acordo com o retorno venoso e com o tamanho do coração

53
Q

O que acontece com o Click Sistólico quando o paciente agacha ou se deita?

A
  1. Aumento do retorno venoso
  2. Aumentando o volume diastólico ventricular
  3. Atraso o prolapso na sístole.

Click se aproxima de B2, podendo até sumir

54
Q

O que acontece com o Click Sistólico quando o paciente se levanta rapidamente ou faz a manobra de Valsalva?

A
  • Fica de pé rapidamente => ⬇️ Retorno venoso
  • Valsalva => ⬇️ Volume ventricular

​Prolapso ocorre precocemente
Click se aproxima de B1 ou
fica exatamente na posição mesossistólica

55
Q

Qual outra doença cursa com Click sistólico?

A

Anomalia de Ebstein = implantação anormal da tricúspide

Click em vela de barco

Devido ao fechamento do folheto septal redundante da valva tricúspide

56
Q

O que são os estalidos de abertura? Quando acontecem? (2)

A

Estalido de abertura

  • Sons protodiastólicos que correspondem a abertura das valvas átrioventriculares
  • Causas:
  1. Estenose mitral
  2. Estenose tricúspide
57
Q

O que são os ruídos de ejeção?

A

Ruídos de Ejeção

  • Sons protossistólicos mais audíveis nos focos da base, diferenciando-os do desdobramento de B1 e de B4.

Geralmente acontecem em estenoses valvares

58
Q

Quais as causas dos ruídos de ejeção? (6)

A
  1. Valva aórtica bicúspide (principal causa)
  2. Estenose aórtica congênita
  3. Dilatação da aorta ascendente: insuficiência aórtica, HAS, aneurisma, ectasia, PCA, coartação da aorta.
  4. Estenose valvar pulmonar (congênita)
  5. Dilatação da artéria pulmonar: HAP, insuficiência pulmonar, ectasia
  6. Síndromes hiperdinâmicas
59
Q

Quais os sons pericárdicos? (3)

A
  1. Atrito pericárdico
  2. Crunch pericárdico
  3. Knock pericárdico
60
Q

Atrito pericárdico características e causa

A

Atrito pericárdico

Som áspero sistólico ou sistodiastólico e é mais audível com o diafragma na borda esternal esquerda baixa**. **Mais audível com paciente inclinado para frente. Pode ser confundido com sopro sistólico.

  • Causa: pericardite aguda
61
Q

Crunch pericárdico o que é? Qual sua causa?

A

Crunch pericárdico

  • Som é sistodiastólico**, em geral é **muito intenso e se parece com o “ruído da roda do moinho”.
  • Causa: pneumopericárdio ou pneumomediastino
62
Q

Knock pericárdico, o que é? Quando ocorre?

A

Knock pericárdico

  • Som que ocorre exatamente onde seria B3, mas tem frequência alta e é melhor auscultado com o diafragma
  • Causa: pericardite constritiva.
63
Q

O que é o Plop do mixoma?

A

Plop do mixoma

  • É um som muito parecido com B3 que ocorre quando o tumor se movimenta e encosta na parede atrial.
64
Q

Quais os principais focos de ausculta? (5)

A
  1. Foco mitral: 5º espaço intercostal linha hemiclavicular
  2. Foco tricúspide: 4º espaço intercostal em borda esternal esquerda
  3. Foco aórtico acessório: 3º espaço intercostal em borda esternal esquerda
  4. Foco pulmonar: 2º espaço intercostal em borda esternal esquerda
  5. Foco aórtico: 2º espaço intercostal em borda esternal direita
65
Q

Quais as principais causas de sopro sistólico? (2)

A
  1. Insuficiência mitral: holossistólico
  2. Estenose aórtica: mesossistólico (em diamante)
66
Q

Quais as principais causas de sopro diastólico? (2)

A
  1. Insuficiência aórtica: protodiastólico (aspirativo)
  2. Estenose mitral: mesodiastólico em ruflar
67
Q

Como são quantificados os sopros? (6)

A
  • 1+ = audível apenas em algumas posições.
  • 2+ = facilmente audível, porém, _sem irradiaçã_o.
  • 3+ = moderadamente alto e com irradiação.
  • 4+ = alto e com frêmito palpável.
  • 5+ = audível com apenas parte do estetoscópio
    sobre a pele.
  • 6+ = audível mesmo sem encostar estetoscópio.
68
Q

Principais manobras semiológicas que aumentam o retorno venoso (3)

A

Aumentam o retorno venoso

  • Para câmaras direitas e esquerdas:
  1. Posição de cócoras (agachamento): aumenta compressão das veias das pernas
  2. Posição em decúbito dorsal
  • Para câmaras direitas:
    1. Inspiração profunda (Rivero-Carvalho): reduz pressão intratorácica aumenta o retorno venoso das câmaras direitas.
69
Q

Manobras que reduzem o retorno venoso (2)

A

Reduzem o retorno venoso

  1. Valsalva: aumenta a pressão torácica e reduz retorno venoso
  2. Deitar (posição ortostática)
70
Q

Manobras que aumentam a resistência vascular sistêmica (1)

A

Aumento da resistência vascular sistêmica

  1. Handgrip: aumenta e resistência vascular sistêmica, tende a reduzir a ejeção de sangue pela valva aórtica, portanto, aumentar o seu volume cavitário do VE.
71
Q

Manobras que reduzem a resistência vascular sistêmica (1)

A

Reduz a resistência vascular sistêmica

  1. Vasodilatador (nitrato): vasodilatação arterial reduz prontamente RVS e aumenta a ejeção de sangue pela valva aórtica e pelo trato de saída do VE, que reduz seu volume.
72
Q

Principais tipos de sopros (4)

A
  1. Sistólicos
  2. Diastólicos
  3. Sistodiastólicos
  4. Contínuos
73
Q

Subtipos de sopro sistólico (4)

A
  1. Sopros mesossistólicos ou de ejeção
  2. Sopros holossistólicos ou de regurgitação
  3. Sopros protossistólicos
  4. Sopros telessistólicos
74
Q

Como é o sopro mesossistólico (ejetivo)?

A

Forma em diamante

75
Q

Causas de sopro mesossistólico (ejetivo) (5)

A
  1. Estenose aórtica
  2. Estenose pulmonar
  3. Coarctação de aorta
  4. CIA
  5. Cardiomiopatia hipertrófica obstrutiva
76
Q

Como se caracteriza o sopro da estenose aórtica (3)

A

Estenose aórtica

  1. Em diamante
  2. Melhor auscultado no foco aórtico
  3. Irradia para carótidas ou fúrcula
77
Q

O que é o fenômeno de Gallavardin?

A

Fenômeno de Gallavardin

Vibração da valva aórtica estenosada que faz também vibrar a estrutura valvar mitral, produzindo um sopro idêntico ao da insuficiência mital no foco mitral.

78
Q

Como diferenciar o sopro da estenose aórtica do da insuficiência mitral (5)

A
  • Estenose aórtica:
  • Ictus propulsivo,
  • Ruído de ejeção
  • B4
  • Desdobramento paradoxal de B2
  • Handgrip reduz o sopro da estenose aóritca e aumenta o da insuficiência mitral
79
Q

Handgrip _____ (aumenta/reduz) o sopro da estenose aórtica e _____ (aumenta/reduz) o da insuficiência mitral

A

Handgrip reduz o sopro da estenose aórtica e aumenta o da insuficiência mitral

80
Q

Quais as características marcantes da estenose pulmonar (2)

A

Estenose pulmonar

  1. Aumenta com inspiração (Rivero-Carvalho)
  2. Desdobramento amplo de B2
81
Q

Características que acompanham o sopro da coarctação de aorta (3)

A

Coarctação de Aorta

  1. Mais audível na região interescapular, mas pode ser auscultado no foco pulmonar e aórtico acessório.
  2. B2 é hiperfonética
  3. Pode haver ruído de ejeção
82
Q

Características que acompanham o sopro da CIA

A

CIA

  1. Sopro sistólico ejetivo maior no foco pulmonar por hiperfluxo
  2. Desdobramante fixo de B2
83
Q

Principal característica do sopro da cardiomiopatia hipertrófica obstrutiva

A

Cardiomiopatia Hipertrófica Obstrutiva

  • Aumenta com manobras que r_eduzem o volume cavitário_
  • Reduz com manobras que aumentam o volume cavitário.
84
Q

Quais manobras aumentam o sopro da cardiomiopatia hipertrófica obstrutiva? (3)

A

Manobras que reduzem volume cavitário

  1. Valsalva: reduz retorno venoso
  2. Posição ortostática (levantar): reduz retorno venoso
  3. Vasodilatador: reduz RVP e aumenta o débito, reduzindo o volume cavitário.

Redução do volume cavitário aumenta o sopro, pois isso aproxima o septo hipertrofiado da valva mitral e, portanto, aumenta a obstrução subaórtica.

85
Q

Quais manobras reduzem o sopro da cardiomiopatia hipertrófica obstrutiva? (3)

A

Manobras que aumentam volume cavitário

  1. Posição de cócoras: aumenta retorno venoso
  2. Decúbito dorsal: aumenta retorno venoso
  3. Handgrip: aumenta o RVP e dificulta o esvaziamento do VE

Manobras que aumentam o volume cavitário (posição de cócoras, decúbito dorsal e handgrip) reduzem o sopro, pois afastam o septo da valva mitral, diminuindo a obstrução.

86
Q

Como se caracteriza o sopro holossistólicos ou de regurgitação? (4)

A
  1. Acontece durante toda a sístole
  2. Abafa B1 e B2
  3. Pode ultrapassar B2 e pegar o início da diástole
  4. Pode vir com B3, pela sobrecarga de volume
87
Q

Principais causas de sopro holossistólicos ou de regurgitação (3)

A
  1. Insuficiência mitral crônica
  2. Insuficiência tricúspide
  3. CIV
88
Q

Características do sopro holossistólico da insuficiência mitral crônica (3)

A

Insuficiência mitral crônica

  1. Irradia para região axilar ou para as bordas esternais de baixo para cima e região interescapular (comprometimento do folheto posterior)
  2. Aumenta com handgrip
  3. Não aumenta no no batimento pós-extrassistólico
89
Q

Características que acompanham o sopro holossistólico da insuficiência tricúspide (3)

A

Insuficiência tricúspide

  1. Aumenta com a inspiração profunda (Rivero-Carvalho)
  2. Onda V gigante no pulso jugular
  3. Sobrecarga volumétrica do VD: ictus de VD palpável, B3 de VD
90
Q

Características que acompanham o sopro holossistólico da CIV (4)

A

CIV

  1. Mais audível no foco tricúspide, mitral e aórtico acessório.
  2. Irradiação para a borda esternal direita.
  3. Maior quanto menor for o orifício septal.
  4. Termina antes de B2, pois a contração septal comumente fecha o orifício no fim da sístole
91
Q

O que acontece com o sopro holossistólico da CIV, quando o paciente evolui com hipertensão pulmonar?

A

Sopro diminui de intensidade e duração

92
Q

O que caracteriza os sopros protossistólicos? (1)

A

Sopros protossistólicos

  1. Terminam no meio da sístole: porque a câmara que recebe o fluxo está com alta pressão.
93
Q

Causas de sopros protossistólicos? (3)

A

Mesmas causas de sopro holossistólico
Sopro acaba antes devido ao aumento da pressão das câmaras que recebem fluxo

  1. Insuficiência mitral aguda
  2. Insuficiência tricúspide aguda
  3. CIV com hipertensão pulmonar
94
Q

Causas de sopros telessistólico? (2)

A

Sopro telessistólico

  1. Prolapso da valva mitral
  2. Disfunção do músculo papilar
95
Q

Características que acompanham o sopro do prolapso da valva mitral

A

Prolapso mitral

  1. Sopro telessistólico de córcoras, decúbito dorsal e com handgrip: retardado pelo aumento do volume
    cavitário
  2. Sopro mesossistólico com Valsalva, posição ortostática, vasodilatadores: adianta com a redução do volume cavitário.
96
Q

A manobra de Valsalva (encurta/prolonga) o sopro do prolapso mitral.

A

A manobra de Valsalva prolonga o sopro do prolapso mitral, pois ele acontece mais precocemente, isto é, no meio da sístole.

97
Q

Principais tipos de sopro diastólico (2)

A

Tipos de sopro diastólico

  1. Sopro protodiastólico (aspirativo)
  2. Ruflar diastólico
98
Q

Principais causas de sopro protodiastólico (aspirativo)

A

Sopro protodiastólico (aspirativo)

  1. Insuficiência aórtica
  2. Insuficiência pulmonar
99
Q

Características do sopro protodiastólico (aspirativo) da insuficiência aórtica (4)

A

Características da insuficiência aórtica

  1. Maior no foco aórtico acessório (IA valvar) e aórtico ou borda esternal direita na IA (doença da aorta ascendente).
  2. Pode irradiar para foco mitral, mas não para focos superiores (aórtico, carótidas).
  3. Aumenta com o tronco inclinado para frente** e o **handgrip.
  4. Reduz com vasodilatadores.
100
Q

O que é o sopro de Cole-Cecil?

A

Sopro de Cole-Cecil

É o sopro da insuficiência aórtica
mais audível no foco mitral
.

Geralmente ocorre em indivíduos com aumento do diâmetro AP torácico

101
Q

Características do sopro da insuficiência pulmonar (2)

A

Sopro da insuficiência pulmonar

  1. Mais audível no foco pulmonar
  2. Aumenta com inspiração profunda (Rivero-Carvalho)
102
Q

O que é o sopro de Graham-Steell

A

Sopro de Graham-Steell

Sopro da insuficiência pulmonar que não varia com a inspiração** e se associa a **hiperfonese de P2

Causado por HAP com dilatação da artéria pulmonar

103
Q

Principais causas do sopro em ruflar diastólico (2)

A

Ruflar diastólico

  1. Estenose mitral
  2. Estenose tricúspide
104
Q

Diferenciais do sopro em ruflar diastólico (2)

A

Ruflar diastólico

  1. Som de baixa frequência, melhor ouvido com a campânula
  2. Aparece no meio da diastóle
105
Q

Características do sopro que acompanham a estenose mitral (4)

A

Estenose mitral

  1. B1 hiperfonética
  2. Pode ter estalido de abertura precedendo o sopro
  3. Pode haver um reforço pré-sistólico do sopro na presença de contração atrial.
  4. Mais audível com o paciente em decúbito lateral esquerdo.
106
Q

Características que acompanham o sopro da estenose tricúspide (2)

A

Estenose tricúspide

  1. Aumenta com a inspiração profunda (Rivero-Carvalho)
  2. Geralmente sem estalido de abertura ou hiperfonese de B1
107
Q

O que é o sopro de Austin-Flint?

A

Sopro de Austin-Flint

Insuficiência aórtica que causa um sopro em ruflar devido à “estenose mitral” gerada pelo refluxo.

DICA: não tem hiperfonese de B1 ou estalido de abertura

108
Q

O que é o sopro de Carey-Coombs?

A

Sopro de Carey-Coombs

Sopro em ruflar que acontece na insuficiência mitral por hiperfluxo através de uma valva mitral não estenótica.

109
Q

O que é um sopro sistodiastólico?

A

Sopro sistodiastólico

Ocorrem na sístole, têm uma pequena pausa e voltam a aparecer na diástole.

110
Q

Causas de sopro sistodiastólico (4)

A

Sopro sistodiastólico

  1. Dupla lesão aórtica
  2. Dupla lesão mitral
  3. Insuficiência aórtica crônica (o sistólico é pelo
    hiperfluxo)
  4. Insuficiência mitral (o diastólico é pelo hiperfluxo = Carey-Coombs)
111
Q

O que são sopros contínuos

A

Sopros Contínuos

Acontecem na sístole e diástole sem pausas

112
Q

Causas de sopro contínuo (3)

A

Sopro contínuo

  1. Persistência do Canal Arterial (PCA): mais audível no foco pulmonar => sopro em maquinaria
  2. Fístula arteriovenosa sistêmica ou pulmonar;
  3. Zumbido venoso: é um tipo de sopro inocente que acontece e crianças e aumenta quando se senta ou vira a cabeça para o lado oposto ao auscultado
113
Q

Quais as características de um sopro inocente? (6)

A

Sopro inocente

  1. Sopro sistólico, geralmente
  2. Sopros com ≤ 3 cruzes, geralmente
  3. Maioria diminui com a posição sentada ou em pé e aumenta na posição supina.
  4. Não aumenta com manobra de Valsalva
  5. Bulhas normoféticas e sem bulhas acessórias
  6. Sem indícios de hipertrofia ou dilatação ventricular