Saúde do Trabalhador Flashcards

1
Q

Saúde do Trabalhado (ST)

A
  1. Ações destinadas à promoção, proteção, recuperação e reabilitação da saúde dos trabalhadores submetidos aos riscos e agravos das condições de trabalho.
  2. Todos os trabalhadores, informais e formais, salariados e assalariados devem ter acesso universal e igualitário às ações.
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2
Q

Acidentes de Trabalho

*Agentes físicos (ruído, vibração, calor, frio, vento, radiação); químicos (gases, poeira,ingestão); biológicos (bactérias, fungos, parasitas, vírus, lixo, esgoto) e à organização do trabalho (divisão, pressão da chefia, jornada, ritmo, noturno)

A
  1. Exercício do trabalho formal (carteira assinada) ou informal (sem carteira assinada) podendo ocasionar LESÃO, DOENÇA ou MORTE
  2. Levam a redução temporária ou permanente da capacidade para o trabalho
  3. Pode estar ligado/ relacionado ao trabalho
  4. Pode ser típico (no local) ou de trajeto (percusso habitual*da residência- trabalho - residência )
  5. DEVE SER EMITIDO: NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA (formal e informal) + COMUNICAÇÃO DO ACID. TRABALHO/CAT (formal)
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3
Q

Diferença entre doença do trabalho x profissional:

A
  1. Doença profissional: ligação direta com a atividade do trabalho (Ex: soldador e desenvolver catarata, saturnismo e silicose)
  2. Doença do trabalho: sem relação direta c/ trabalho, adquirida em função de condições especiais em que o trabalho é realizado (Ex: trabalha com administração mas com ambiente ruidoso e leva PAIR, motorista de ônibus)
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4
Q

Tipos de Acidentes de Trabalho

  • Simples assistência médica (retorno imediato); incapacidade temporária (afastado); permanente (incapacitado de voltar); óbito
  • Previdenciário (fora do trabalho) e acidentário (dentro do trabalho ocorreu lesão)
A
  1. Acidentes fatais: ocasionam a morte do trabalhador sendo de notificação IMEDIATA + emissão CAT (até 24h)
  2. Acidentes Graves: menor de 18 anos; acidente ocular; fratura fechada, aberta ou exposta; fratura múltipla; politrauma; TCE; traumas; asfixias; amputação; afogamento; esmagamento; queimadura 3º grau.
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5
Q

Indicadores para medir o risco no trabalho

  1. Índice de frequência
  2. Índice de gravidade
  3. Taxa de incidência
  4. Custo
A
  1. Incidência Acumulada (risco de acidentar-se): Nº de AT ocorridos ÷ Nº de empregos
  2. Densidade de Incidência (DI -mais acurado p/ medir ocorrência de AT): Nº de AT ocorridos ÷ nº de horas/homem trabalhadasdia X 100.000
  3. Coef Mortalidade: nº óbitos por AT ÷ nº de empregos
  4. Letalidade: nº de AT fatais ÷ nº AT ocorridos x 100
  5. Coeficiente de gravidade (avalia perdas acarretadas): nº de dias perdidor por AT + nº de dias debitados ÷ nº de horas/homens trabalhadas X 1000
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6
Q

Incidências dos acidentes de trabalho:

A
  1. Ferimento do punho/mão → fratura punho/mão → luxação, entorse e distensão das articulações e ligamentos do tornozelo/pé
  2. Doenças do trabalho: lesões de ombro → sinovite/tenossinovite → dorsalgia
  3. Partes do corpo: dedo → mão → pé
  4. Ocupação: motorista de ônibus → professor da educação de joves/a adultos do fundamental → vigilante
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7
Q

Comunicação do Acidente de Trabalho
(CAT)

  • Pode ser emitida pelo próprio trabalhador, médico, empresa, seu dependente, entidade sindical ou pela autoridade pública
A
  1. Deve ser feita no 1º dia útil após o acidentes
  2. Feita e preenchida por qualquer médico
  3. Acidentes fatal: notificação e investigação IMEDIATA
  4. São 3 tipos de agravos relacionados ao trabalho: acidentes de trajeto, acidente típico e doenças ocupacionais
  5. É de obrigação do empregador
  6. Não se propõe a garantir estabilidade de vínculo empregatício
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8
Q

Classificação das Doenças Ocupacionais e do Trabalho - Classificação de Ramazzini

A
  1. Grupo 1: doenças diretamente causadas pela “nocividade da matéria manipulada” de natureza específica
  2. Grupo 2: doenças produzidas pelas condições de trabalho → posições forçadas e inadequadas, operários que passam o dia de pé, sentados, inclinados, encurvados
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9
Q

Classificação das Doenças Ocupacionais e do Trabalho - CLASSIFICAÇÃO DE SCHILLING

A
  1. Trabalho é a CAUSA necessária da doença: pneumoconiose, silicose, intoxicação por chumbo, benzenismo
  2. Trabalho é FATOR DE RISCO, mas não necessário: DCV e coronariana, HAS, Câncer, varizes em mmii, doença do aparelho locomotor, osteomusculares (DORT/LER)
  3. Trabalho é um AGRAVANTE, provocador de um distúrbio latente: ASMA, bronquite, dermatite de contato alérgica, doenças mentais
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10
Q

Pneumoconiose

  • Doenças com deposição de partículas sólidas no parênquima pulmonar
  • Inalação de partículas
A
  1. Pneumoconiose não fibrogênica: siderose, baritose, estanhose
  2. Pneumoconiose fibrogênica: silicose, asbestose, trabalhadores de carvão, penumonite por hipersensibilidade
  3. Dx: hx ocupacional + Imagem (Rx)
  4. Manejo: apenas prevenção (transplante pode ser feito em casos raro não sendo contraindicações )
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11
Q

Silicose

  • Principal Pneumoconiose no Brasil
  • Fibrose com formação de nódulos isolados inicial e nódulos conglomerados e disfunção respiratória avançado.
A
  1. Inalação de poeira de sílica livre cristalina (quartzo) ≤ 10 um, >7,5%
  2. Ocupações: indústria extrativa (mineração subterrânea/superfície); beneficiamento de minerais (corte,britagem,moagem, lapidação); fundições; cerâmicas (olarias); JATEAMENTO de areias; cavadores de poços; polimentos e limpezas de pedras
  3. Sintomas após períodos longos de exposição (10-20 anos), IRREVERSÍVEL, evolução lenta e progressiva.
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12
Q

Silicose

  • Dx: história ocupacional + Rx Tórax com fibrose NODULAR e calcificações de linfonodos em “casca de ovo” (CALCIFICAÇÃO PERIFÉRICA)
  • TTO: não existe (prevenção)
A
  1. Sintomas inicial: tosse e escarros (sem alterações Rx)
  2. Sintomas posteriores: dispneia de esforço/repouso, astenia, IResp, cor pulmonale crônico
  3. Forma aguda é rara e associada à altas [poeira de silica]
  4. ALTA ASSOCIAÇÃO COM TUBERCULOSE PULMONAR
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13
Q

Pneumoconiose dos Trabalhadores de Carvão

Quando associada à artrite reumatoide é chamada de Síndrome de Caplan

A
  1. Inalação de poeiras de carvão mineral, c/ acúmulo pulmonar e reação tecidual
  2. Máculas pigmentadas peribronquiolares e perivasculares c/ depósitos de reticulina
  3. Associada à reação colágena focal em forma de NÓDULOS ESTRELADOS,
  4. Associado à presença de corpos birrefrigentes à luz polarizada.
  5. Fibrose maciça progressiva s/ sintomas iniciais
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14
Q

Asbestose

  • Anfibólitos, Asbesto ou Amianto
  • BR é um grande produtor
  • Substância CANCERÍGENA
A
  1. Ocupações: cimento-amianto, fricção como pastilhas de freio, vedação, tecidos e mantas a prova de fogo, construção civil, telhados e caixas d’água, isolamento térmico de caldeiras e tubulações
  2. Carater progressivo e irreversível, latência > 10 anos (surgir após cesada a exposição)
  3. Placas pleurais (espessamento e calcificação da pleura parietal, particularmente ao longo dos campos pulmonares inferiores, do diafragma e da borda cardíaca)
  4. Se não houver manifestações clínicas esse achado indica apenas a exposição ao agente e não dano pulmonar
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15
Q

Asbestose

  • Rx com fibrose DIFUSA ( ≠ silicose que é nodular)
  • Placas pleurais
A
  1. Dispneia de esforço, estertores crepitantes nas bases pulmonares, baqueteamento digital, alterações funcionais e pequenas opacidades irregulares ao Rx tórax
  2. ASSOCIADO AO MESOTELIOMA de pleura, pericárdio e peritônio e ao CÂNCER DE PULMÃO
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16
Q

Beriliose

A
  1. Inalação de fumos, sais ou poeiras de berílio
  2. Ocupação: trabalhadores em indústria aeroespacial, energia nuclear, rebolos especiais e próteses dentárias
  3. Tem duas sintomatologias:
    1. Irritação aguda da árvore traqueobrônquica c/ pneumonite química, hipóxia e fibrose 2ª
    1. Quadro crônico granulomatoso pulmonar e sistêmico após 10-15 anos (Doença pulmonar pelo Berílio ou DPB) com tosse, fadiga, perda de peso, artralgias, lesões de pele, adenopatias, hepatoesplenomegalia e baqueteamento digital.
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17
Q

Pneumonites por Hipersensibilidade ou alveolite alérgica extrínseca

*Não é uma pneumoconiose propriamente dita

A
  1. Grupo de doenças pulmonares resultantes da sensibilização por exposição recorrentes a inalação de partículas antigênicas
  2. Ocupação: criação de animais, transporte agrícola, manipulação de subst químicas
  3. Surtos agudos c/ febre, tosse e dispneia
  4. Crônico com dispneia aos esforços e tosse seca
  5. Rx com fibrose pelos campos superiores
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18
Q

Asma Ocupacional

  • Schilling III
  • Aparecimento no local da exposição ou após algumas horas, desaparecendo nos finais de semanas ou férias
A
  1. Obstrução difusa e aguda das VA
  2. Reversível
  3. Causada pela inalação de substância alergênicas (poeiras,linho, couro, sílica, madeira)
  4. Asma brônquica c/ rinorreia, espirros e lacrimejamento, tosse noturna
    persistente
  5. Manejo: afastamento + broncodilatadores + CAT e Laudo Exame médio
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19
Q

Perda Auditiva Induzida por Ruído (PAIR) ou Perda Auditiva Induzida por Níveis de Pressão Sonora E levada(PAIN/PSE)

  • Diminuição gradual da acuidade auditiva relacionado a exposição continuada a níveis elevados de ruído
  • Relacionada ao maior tempo de exposição ao ruido e suscetibilidade individual
A
  1. Perda apenas/ sempre NEUROSSENSORIAL (dano às células dos órgãos de CORTI)
  2. IRREVERSÍVEL, lenta e gradual, bilateral
  3. Passível de não progressão, uma vez cessada a exposição ao ruído intenso
  4. Perda das frequências AGUDAS EM GOTA (quebra em 3000, 4000 e 6000 KHZ)
  5. Frequências mais altas e mais baixas podem levar mais tempo para serem afetadas.
  6. Pode ser potencializada por produtos químicos, Diabetes, vibrações, medicamentos ototóxicos
  7. IDEAL: proteção com EPI e descanso de 14 horas (avaliação semestral)
  8. Afastar do agente agressor + CAT + LEM + notificação
  9. Ocorre após 3 anos de exposição e estabiliza alta frequência após 15 anos de evolução.
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20
Q

Lesão por Esforço repetitivo/ Distúrbio Osteomuscular Relacionado ao Trabalho (LER/DORT)

  • Doença da modernidade que causa afastamento
  • Relacionado a monotonia, ritmo intenso e movimentos repetitivos do trabalho
A
  1. Dor crônica, sensação de formigamento, dormência, fadiga muscular associado a sofrimento psíquico.
  2. Pressão por produção de trabalho
  3. Vibração e frio podem intensificar sintomas
  4. Mão e punhos são os mais acometidos
  5. Movimentos a favor da gravidade piora a dor.
  6. Manejo: AINEs, fisioterapia, afastamento laborial, CAT e LEM
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21
Q

Agrotóxicos
(praguicidas, pesticidas, agrotóxicos, defensivos agrícolas, venenos, biocidas) - Classificação

*Inseticidas, organofosforados e carbamatos, inib. das colinesterase causam maior nº de intoxicações e mortes no BR

A
  1. Tipo de organismo que controlam: bacterecidas/estáticos, fungicidas, raticidas…
  2. Toxicidade da substância: I- Extremamente tóxico (vermelho), II- Altamente tóxico (amarelo), III- medianamente tóxico (azul) e IV-pouco tóxico (verde)
  3. Grupo químico que pertence: organofosforados, piretroides, carbamatos
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22
Q

Organofosforados (OF) e Carbamatos

  • Inseticidas
  • Carbamatos tem ação MAIS LEVE que OF
  • Inibem a ACETILCOLINESTERASE (enzima que degrada Ach)
A
  1. Penetram por vias dérmica, pulmonar e digestiva
  2. QC: Síndrome COLINÉRGICA, nicotímica e neurológica: sudorese, SIALORREIA, MIOSE, diarreia, fasciculações musculares, ataxia.
  3. OF: inibição IRREVERSÍVEL (e carbamato é reversível)
  4. Manejo: ATROPINA (antagonista)
23
Q

Organoclorados (DDT)

  • Inseticida de proibição restritiva devido acumulação no ambiente
  • Controle de formigas
A
  1. Pentram por via dérmica, gástrica e respiratória são lipossolúveis
  2. Contraindicado uso de leite nas intoxicações
  3. Eliminados pela urina e leite materno
  4. Ação no SNC compromete impulso nervoso nos níveis central e autônomo
  5. Alterações comportamentais, sensoriais, equilíbrio, bulbo respiratório.
24
Q

Piretroides

*Dedetizações de domicílios e local público

A
  1. Irritação nos olhos, mucosas e pele (irritação e alergias)
  2. Em altas doses podem levar a neuropatias (agem na bainha de mielina e rompem axônios)
25
Q

Fungicidas

*Usado na cultura do tomate, pimentão e fruticultura

A
  1. Absorção via dérmica
  2. Pode ter manganês que faz sintomas parkinsonianos
  3. Sua impureza ETU (etileo-etilureia) é carcinogênica, teratogênica e mutagênica
  4. Provoca dermatite, conjuntivite, faringite e bronquite
26
Q

Paraquat (Gramoxone) e Fenoxiacético - Herbicidas

A
  1. Lesões hepáticas, renais e fibrose pulmonar (IResp e óbito)
  2. Absorção vias dérmica, pulmonar e digestiva
  3. 1º produz neurite periférica e diabetes transitória
  4. Fenoxiacético produz aborto, teratogênicos, carcinogênese e cloroacnes
27
Q

Saturnismo - Intoxicação Exógena por CHUMBO

*Dano sanguíneo, digestivo, RIM, SNC e periférico

A
  1. Ocupações: mineração, refinação e fundição, baterias, pilhas, cerâmicas, radiadores, demolição pontes/navios, material bélico, joalheria, acumuladores elétricos (carro)
  2. Contato: dermatites e úlceras
  3. Crônico: cefaleia, astenia, alterações comportamentais, mental, psicomotora, parestesia, perda do libido e disfunção erétil
  4. Dor abdominal difusa, orla gengival de Burton, dispepsa, pirose, edema, HAS
  5. Agudo (raro): vomito leitoso, dor abdominal, gosto metálico e fezes escuras
  6. Quelante: DMSA e EDTA
28
Q

Hidrargirismo - Intoxicação Exógena por Mercúrio

*Mercúrio metálico/elementa, inorgânico e composto orgânico são tóxicos

A
  1. Inalação, absorção cutânea via digestiva
  2. Ocupação: garimpos, termômetros, barômetros, amálgamas (odontologico), elétricos/ lâmpadas fluorescentes, inseticidas
  3. Ligação a enzima Monoaminooxidase (MAO) com acúmulo de serotonina endógena e ↓ ác. 5-hidroxindolacético
  4. Manifestações neurais, pneumonites, tremores, sialorreia, gengivite, irritabilidade
  5. Quelante: DMSA (ác. dimercaptosuccinico)
29
Q

Solventes Orgânicos

A
  1. Hidrocarbonetos alifáticos (benzina), aromático (benzeno, tolueno,xileno), halogenados (metileno)
  2. Álcoois (metanol, etanol, isopropenol, butanol)
  3. Cetonas
  4. Ésteres (eter etílico, isopropílico)
  5. Penetração pulmonar* (volatizarem) e cutânea
30
Q

Benzenismo - Benzeno

  • Manifestações clínicas e HEMATOLÓGICAS compatíveis com exposição ao benzeno
  • Substância MIELOTÓXICA (exposição crônica)
  • Redução do nº de hemácias e/ou leucócitos e/ou plaquetas
A
  1. Ocupação: siderúrgico, petróleo, solvente, tintas, verniz, bateria
  2. Hemato: fadiga, palidez, infecções frequentes, sangramento gengivais, hepatoesplenomegalia e epistaxe
  3. Hipo ou displasia, mono/bi/pancitopenia com ANEMIA APLÁSTICA
  4. Relação com LMA, LMC, LLC, doença de Hodkig e hemoglobinúria paroxítica noturna
  5. 2 hemogramas c/ dosagem plaq/reticulócitos em intervalo de 15 dias
31
Q

Cromo

  • Irritantes e alérgenos para pele e VAS
  • Relacionado à perfuração de septo nasal e dermatose ocupacional
A
  1. Forma hexavalente é mais usada e mais perigosa (carcinogênica)*
  2. Ocupações: cromagem (galvanoplastia), ligas metálicas, aço inoxidável, industril têxtil, cerâmica, vidro, borracha, fotográfica
  3. Prurido nasal/cutâneo, rinorreia, epistaxe, necrose na pele (olho de pombo), dispneia, tosse, dor no peito.
  4. CÂNCER PULMONAR e alteração da mucosa do septo nasal (hiperemia, ulcerações e perfurações )
  5. Dx: Rinoscopia anterior e posterior para avaliar ulcerações em mucosas
32
Q

Dermatoses Ocupacionais

*Schiling III

A
  1. Agentes biológicos, físico e
    80% provocada por substâncias químicas
  2. Quadro irritativo (maioria) ou sensibilizante
  3. Teste de contato
33
Q

Distúrbios Mentais do Trabalho

  • Emissão de CAT e LEM
  • Sd Burn-Out = Schiling II*
A
  1. Modificação do humor, fadiga, irritabilidade, cansaço por esgotamento, intolerância, descontrole emocional, agressividade
  2. Relacionado às condições de trabalho e a organização (jornada,hierarquia, divisão de tarefas, responsabilidade)
  3. Burn-Out: exaustão emocional + diminuição da realização pessoal + despersonalização (difícil diagnóstico e manejo)
34
Q

Previdência Social (PS)

A
  1. Contribuinte da PS (assalariado ou autônomo ou facultativo)
  2. Benefícios pela INSS (Instituto Nacional do Seguro Social): aposentadoria por idade, invalidez, tempo de contribuição, especial, auxílio-doença/acidente/reclusão, pesão por morte, salario-maternidade
  3. Comunicar INSS através do CAT*: até 1 dia útil da ocorrência e em morte de imediato
35
Q

CAT

A
  1. Emitida pela empresa ou pelo próprio trabalhador ou por QUALQUER MÉDICO
  2. Deve ser emitida até o 1º dia útil do acidente (morte é imediato) e deve ser enviada até 24 horas
  3. Possui 4 vias: 1ª-INSS, 2ª-segurado ou dependente, 3ª -sindicato trabalhador e 4ª - à empresa
36
Q

Consequências previdenciárias do acidente de trabalho

*Não precisam ser necessariamente acidentes de trabalho para auxílio INSS

A
  1. Até 15 dias de afastamento o empregador que paga e após 15 dias é o INSS (após perícia) pelo auxílio-doença (até as de notificação compulsória)
  2. Se sequela e capaz de trabalhar (incapacidade parcial): INSS compensa (auxílio-acidente) + salário da empresa
  3. Incapacidade permanente: aposentadoria por invalidez
37
Q

Normas Regulamentadoras (NR)

A
  1. Representam complementos da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT)
  2. Obrigações, direitos e deveres a serem cumpridos por empregadores e trabalhadores com o objetivo de garantir trabalho seguro e sadio, prevenindo a ocorrência de doenças e acidentes de trabalhos
  3. Elaboração/revisão é realizada pelo Ministério do Trabalho com sistema tripartite paritário por grupos e comissões composta por representantes do governo, empregadores e empregados
38
Q

Normas Regulamentadoras (NR)

*São bases legais para as ações de saúde do trabalhador

A
  1. NR1: Disposições Gerais
  2. NR4: Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho
  3. NR5: Comissão Interna de Prevenção de Acidente
  4. NR6: Equipamentos de Proteção Individual (EPI)
  5. NR7: Programas de Controle Médico de Saúde Ocupacional
  6. NR9: Programas de Prevenção de Riscos Ambientais
  7. NR15: Atividades e Operações Insalubres
  8. NR16: Atividade e Operações Perigosas
  9. NR17: Ergonomia
  10. NR32: Segurança e Saúde no Trabalho em Serviços de Saúde
39
Q

NR-1: Informações Básicas

A
  1. Cumprir as disposições legais e regulamentares sobre segurança e medicina do trabalho
  2. Elaborar ordens de serviços sobre segurança e medicina do trabalho: prevenir atos inseguros, divulgar obrigações/proibições, punições
  3. Informar aos trabalhadores: riscos, prevenção e limitar riscos
  4. Permitir que representantes dos trabalhadores acompanhem a fiscalização dos preceitos legais e regulamentares
  5. Cabe ao empregador: cumprir as disposições legais, usar EPI, submeter-se aos exames médicos e colaborar com a empresa na aplicação das NR.
40
Q

NR-4: Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho
(SESMT)

A
  1. Prevenção de acidentes e doenças, c/ prevenção da vida, promoção da saúde e meio ambiente do trabalho, envolvendo questões de engenharia (trabalhador com máquinas)
41
Q

NR-5: Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA)

A
  1. Prevenção de acidentes e doenças decorrentes do trabalho
  2. Composta por empregador e empregados com duração de 1 ano com reuniões mensais dentro do horário da empresa
  3. Identificação do risco
42
Q

NR-6: Equipamentos de Proteção Individual

A
  1. Empresa é obrigada a fornecer aos empregados, gratuitamente, EPI adequado ao risco em perfeita condição de uso
  2. Compete ao SESMT, CIPA e trabalhadores usuários recomendar ao empregador o EPI adequado ao risco
  3. Cabe ao empregador: adquirir o EPI adequado, exigir uso, fornecer, orienta/treinar uso adequado, substituir imediatamento, higienizar e manutenção.
  4. Cabe ao empregado: usar, conservar e guardar, informar se impróprio.
43
Q

NR-7: Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO)

*Atestato de Saúde Ocupacional (ASO)

A
  1. Obrigatoriedade da elaboração e implementação do PCMSO com objetivo de promoção e preservação da saúde
  2. Caráter de prevenção, rastreamento e dx precoce dos agravos à saúde
  3. Realização obrigatória dos exames: admissional (antes do emprego), periódico, de retorno ao trabalho (>29 dias por motivo de saúde, acidente e parto), mudança de função e demissional.
  4. O responsável por guardar o prontuário do trabalhador é o médico coordenador do PCMSO e não o médico examinador.
  5. O médico coordenador que nomeará os demais médicos que irá realizar os procedimentos integrantes das avaliações ocupacionais
  6. As radiografias de tórax para investigar silicose só tem valor legal se realizadas no padrão da Organização Internacional do Trabalho de 1980
44
Q

NR-9: Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA)

A
  1. Riscos ambientais: agentes físicos, químicos e biológicos existentes no ambiente de trabalho
  2. Físico: ruido, vibração, pressoes, temperaturas, radiações
  3. Químicos: penetram a via respiratória como poeira, fumos, névoas, gases
  4. Biológicos: bactérias, fungos, parasitas, vírus
  5. Deve ser efetuada pelo menos 1x ao ano uma análise global
45
Q

NR-15: Atividades e Operações Insalubres

A
  1. Atividades que se desenvolvem acima dos limites de tolerância que causará dano ao trabalhador
  2. Assegura ao trabalhador um adicional sobre o salário mínimo dependendo do grau de insalubridade.
46
Q

NR-16: Atividades ou operações perigosas

A
  1. São operações perigosas as executadas com explosivos sujeitos a: degradação química ou autocatalítica; ação de agentes exteriores como calor, umidade, faíscas, fen. sísmicos, choques e atritos
  2. Adicional de 30% sobre o salário
  3. Pode optar pelo adicional de insalubridade
47
Q

NR-17: Ergonomia

A
  1. Estabelecer parâmetros que permitam a adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas proporcionando máximo conforto, segurança e desempenho eficiente.
48
Q

NR-32: Segurança e Saúde do Trabalho em Serviços de Saúde

A
  1. Serviços de Saúde: prestação de assistência, promoção, recuperação, assistência, pesquisa e ensino em saúde
49
Q

Intoxicação por Metanol

*Produto Volátil

A
  1. Trabalho com pintura, funilaria solvente de tintas
  2. Relação com bebidas falsificadas (ingestão)
  3. Cequeira abrupta
  4. Antídoto: Etanol (embriaguez)
50
Q

Bissinose - Algodão

*Doença ocupacional causada pelo contato intenso com o algodão.

A
  1. Poeira das fibras de algodão, linho ou cânhamo
  2. Sintomas: dificuldade para respirar, pressão no peito por estreitamento das vias respiratórias
  3. Dxx c/ asma brônquica*, mas bissinose os sintomas podem desaparecer quando o indivíduo está fora do trabalho (fim de semana)
  4. TTO: broncodilatadores (albuterol) e retirar paciente do trabalho
51
Q

Elaioconiose

*Dermatose ocupacional que forma lesão acneiforme

A
  1. Ocupação: associação com óleos e graxas de automóveis
  2. Lesões pápulo-pústulo-foliculares de aspecto ACNEIFORME e com ressecamento em áreas de exposição
  3. Manejo: EPI + medidas de higiene
52
Q

Medicina do trabalho

*Contribuir ao estabelecimento e manutenção do nível mais elevado possível de bem-estar físico e mental dos trabalhadores

A
  1. Nasce a partir dos interesses dos empresários em buscar da melhoria da produtividade
  2. Faz parte da razão de ser da medicina do trabalho a tarefa de cuidar da adaptação física e mental dos trabalhadores
  3. Contribuir ao estabelecimento e manutenção do nível mais elevado possível de bem-estar físico e mental dos trabalhadores
  4. A adequação do trabalho ao trabalhador, limitada a intervenção médica, restringe-se a seleção de candidatos a emprego e a tentativa de adaptar os trabalhadores as suas condições
  5. A prevenção dos danos a saúde resultantes dos risco do trabalho deveria ser tarefa eminentemente médica e não multidisciplinar.
53
Q

Objetivos da avaliação clínica ocupacional

*Principalmente em relação a história ocupacional do paciente

A
  1. Investigar a ocorrência de doenças pregressas ou atuais, relacionadas ou não ao trabalho
  2. Confirmar antecedentes ocupacionais, principalmente a ocorrência de acidentes ou doenças, além de afastamentos
  3. Avaliar todas as funções exercidas e exposições a risco ocupacionais específicos, registrando as repercussões na saúde ocorridas em cada uma delas
  4. Confirmar a existência ou inexistência de queixas no momento do exame
  5. Investigar os hábitos e estilo de vida do trabalhador.