RH Flashcards
A quem interessa a gestão de RH?
Gestão de RH
Gestão de RH - ideias a retirar
As organizações estão em interação com as forças externas
Definição de Gestão de recursos humanos
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Posto a definição de RH, na gestão de RH:
o É feita a gestão das atividades desenvolvidas pela organização de modo a atrair, desenvolver, motivar e manter uma força de trabalho, com elevada performance, dentro da organização - Uma das maiores dificuldades é manter os trabalhadores, dado que facilmente eles sentem que as organizações não estão a corresponder às suas expectativas/necessidades individuais. Por isso, as empresas desenvolvem políticas de modo a tentar manter os seus trabalhadores.
o planear, isto é, implementar aproximações sistemáticas que permitam melhorar a performance organizacional
o realça que o planeamento de RH deve estar diretamente relacionado com os objetivos e planos estratégicos da organização
O início da GRH
o o conceito GRH apenas surgiu na década de 80 (1980) nos EUA, todavia as questões relacionadas com a utilização da mão-de-obra nasceram com a revolução industrial
o o trabalho era visto como um bem que se podia comprar e vender, desempenhando o governo uma ação muito reduzida para proteger os trabalhadores
o a grande concentração de trabalhadores deu grande visibilidade social às suas condições de trabalho e um poder reivindicativo às suas organizações
o começam a surgir as organizações sindicais e a haver greves
a primeira greve conhecida foi implementada pelos gráficos de Philadelphia, em 1786, quando lutavam por um salário semanal de $6
o mais tarde, em 1886, os empregados da McCormick Reaper Works em Chicago, entravam em greve por um horário de trabalho de 8 horas/dia
o nesta década (de 1880), nos EUA, surge a primeira legislação sobre o horário de trabalho de mulheres e crianças, sobre o salário mínimo e regulamentação sobre higiene e segurança no trabalho
Antes do inicio da GRH…
o trabalho infantil desde os 5 anos de idade
o horário de trabalho de 14 horas diárias, 6 dias por semana
o salários baixos
o alojamento sem privacidade nem condições sanitárias
… um quadro de condições de trabalho e de vida degradantes
Robert Owen
(A new view of society – 1825)
o foi o primeiro gestor a preocupar-se com as condições de vida e de trabalho dos operários e a defender que a melhoria das condições de vida dos operários conduziria a aumentos de produção e de lucros
o desenvolveu (no seu cotton mill, em Larnack) um conjunto de medidas com vista a melhorar as condições dos seus operários (“máquinas vitais”)
reduziu o horário de trabalho de 14 para 10,5 horas/dia
subiu a idade mínima de trabalho de 5 para 10 anos
construiu casas para os operários
abriu uma loja de abastecimento a preços reduzidos
o foi pioneiro da avaliação diária do desempenho (com feedback) de cada trabalhador
Robert Owen - Ainda assim, no início do século XX:
o o trabalho era muito lento e desorganizado
o o nível de vida dos operários era baixo
o a indústria era basicamente mão-de-obra intensiva
o não existiam padrões de qualidade e de desempenho
o as tarefas eram atribuídas aos operários sem que se verificasse qualquer relação com as suas capacidades ou aptidões
o os conflitos de trabalho eram constantes
Frederick W. Taylor
(The principles of scientific management – 1911)
o o profeta da organização científica, cuja bíblia era o “stopwatch” - uso de cronômetros para medir o tempo exato que os trabalhadores levavam para executar cada tarefa
o pioneiro do estudo científico do trabalho, ao introduzir o estudo dos tempos e métodos de execução de cada tarefa
propõe a organização científica do trabalho, baseado no princípio da divisão do trabalho, acreditando que esta levará a grandes aumentos de produtividade
o defende que os indivíduos selecionados para desempenhar as tarefas devem ser perfeitamente adequados, física e mentalmente, às exigências dos cargos – seleção científica da mão-de-obra
o presta atenção a questões como a formação e desenvolvimento da mão-de-obra
o Taylor entendia que os trabalhadores deveriam receber um acréscimo ao seu salário, na ordem dos 30% aos 100%, sempre que as tarefas fossem bem desempenhadas e dentro dos limites de tempo especificados – “labor’s first piecework incentive systems”
o também se preocupou com a definição de padrões de desempenho
Do exposto resulta que: apesar do aumento da produtividade constituir a preocupação central, o taylorismo não deixou de prestar uma grande atenção às questões associadas ao pessoal
Escola Comportamental/humanista (EC) - 3 fatores críticos
- A corrente do humanismo industrial e da psicologia industrial
- O movimento sindical
- Os estudos de Hawthorne
EC (1)
o desempenhou um papel importante no estudo da fadiga, no desenvolvimento de testes aplicáveis nos processos de seleção, no estabelecimento de medidas de avaliação de desempenho e metodologias de análise de funções
o dá-nos uma justificação concetual para a necessidade de se ter em consideração o fator humano na gestão. Recolhe um conjunto de contribuições da psicologia e da sociologia:
realça as diferenças entre os indivíduos
evidencia a importância da organização informal no desempenho
evidencia a importância da comunicação
chama a atenção para as necessidades e sentimentos dos trabalhadores
realça que a motivação é mais eficaz que a autoridade
EC (1) - Hugo Munsterbeg
(Psychology and industrial efficiency – 1913)
fundador da psicologia industrial, propõe a utilização de testes psicológicos na seleção de pessoal
coloca ênfase na análise de cargos em termos de:
habilidades requeridas para os executar
desenvolvimento de testes
EC (1) - Chester Barnard
(The functions of the executive –1938)
verifica que o sucesso da empresa (Bell Tel. Co) depende da manutenção de uma boa relação com o pessoal e com as entidades com que interage, criticando, desta forma, a exclusiva preocupação com a produção defendida pelos tayloristas
conclui que uma empresa eficiente é aquela que consegue o equilíbrio entre os objetivos da organização e os objetivos e necessidades dos seus membros
EC (2)
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EC (3)
o tendo início em 1924, os estudos de Hawthorne foram determinantes no aparecimento da escola das relações humanas, que adquiriu um especial relevo nos EUA
o a Western Electric Company de Chicago promoveu importantes esforços de pesquisa comportamental com o objetivo de identificar fatores do local de trabalho que conduzissem a uma elevada produtividade
o Elton Mayo (1932) conclui que o desempenho dos trabalhadores não depende apenas da retribuição financeira e da disciplina imposta no local de trabalho, como era defendido pelo taylorismo, mas sim do nível de participação dos trabalhadores e da relação estabelecida entre os empregados e entre estes e a gestão
o conclui-se sobre a importância da organização informal
EC- em esquema teríamos
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Período contemporâneo (PC) - Douglas McGregor
(na escola dos recursos humanos)
Douglas McGregor (The human side of entreprise – 1960) assenta no princípio segundo o qual existem dois conjuntos de pressupostos acerca da natureza humana: teoria X e teoria Y.
o teoria X, tradicional, baseia-se num conjunto de premissas incorretas e distorcidas relativamente à natureza do Homem
o teoria Y, segundo a qual o trabalhador é uma pessoa criativa e cheia de energia, que pode ir longe desde que lhe sejam dadas oportunidades
PC - Douglas McGregor: Teoria X
Teoria X: visão negativa da natureza humana – as pessoas trabalham para satisfazer as suas necessidades primárias
1. as pessoas são preguiçosas e indolentes
2. as pessoas evitam o trabalho e procuram o menor esforço possível
3. as pessoas evitam a responsabilidade, a fim de se sentirem mais seguras
4. as pessoas preferem ser controladas e dirigidas
5. as pessoas são ingénuas e sem iniciativa
6. as pessoas têm pouca imaginação e pouca ambição
PC - Douglas McGregor: Teoria Y
Teoria Y: visão positiva acerca da natureza humana
1. as pessoas são esforçadas e gostam de ter o que fazer
2. o trabalho é uma atividade tão natural como brincar ou descansar
3. as pessoas procuram e aceitam responsabilidades e desafios
4. as pessoas podem ser auto motivadas e autodirigidas
5. as pessoas são criativas, inovadoras e competentes
6. as pessoas empenham-se em alcançar os objetivos da organização, desde que sejam recompensadas por isso
Conhecimento sobre GRH
Muito do conhecimento sobre a GRH (e das suas aplicações práticas) resultou de um conjunto de disciplinas comportamentais:
o Psicologia industrial / organizacional: o estudo do comportamento das pessoas no trabalho
o Psicologia social: o estudo de como as pessoas afetam e são afetadas por outras pessoas
o Teoria da organização: filosofias básicas sobre o porquê da existência das organizações, como é que elas funcionam, como é que elas devem ser desenhadas e de que forma elas podem ser efetivas
o Comportamento organizacional: o estudo das causas do comportamento individual e dos grupos; da forma pela qual este conhecimento pode ser usado para tornar as pessoas mais produtivas e satisfeitas no alcance dos objetivos da organização
o Sociologia: o estudo da sociedade, das instituições sociais e das relações sociais
Contribuição do Movimento Humanista
(comportamento organizacional)
o rejeita a perspetiva clássica que identifica a gestão como a gestão da produção e vê a produtividade como um problema técnico
as pessoas são o fator vital da organização, pelo que a gestão é, fundamentalmente, gestão das pessoas
o reconhece a importância do estilo de gestão
o o homem social dá lugar ao homem complexo
os gestores devem ser sensíveis às necessidades, interesses e objetivos de cada pessoa, evitando o tratamento impessoal
Queda da gestão de pessoal
(Beaumont)
o as crescentes características competitivas e integradas do ambiente que caracterizava o mercado de produtos
o as lições positivas do sistema japonês e a elevada performance das empresas individuais, as quais davam à GRH grande prioridade
o a quebra nos níveis de sindicalização da força de trabalho (em especial no setor privado dos EUA) – ao surgir o GRH, os trabalhadores passam a ter condições mais dignas e por isso a queda das sindicalizações
o o crescimento relativo do setor (de emprego) dos serviços, colarinhos brancos
o e o poder e status relativamente limitado da função Gestão de Pessoal nas organizações individuais, devido à sua incapacidade de demonstrar uma contribuição distinta, positiva para a performance individual da organização
GRH vs Gestão de pessoal
o a GRH tem uma natureza pró-ativa (Não esperam que o problema surja. Tentam antecipar os problemas e necessidades) e estratégica e vê os indivíduos como ativos da organização, geridos de acordo com os objetivos de longo prazo do negócio e não pela simples aplicação de técnicas de natureza operativa e desligadas da gestão geral, como acontecia na gestão de pessoal
o a GRH tem uma perspetiva integrada e holística da gestão das pessoas, o que requer uma visão mais vasta da organização e uma compreensão de todas as dimensões e conceitos do comportamento organizacional (incluindo a cultura e a estrutura), ao contrário de se limitar a um cardápio de técnicas, mais ou menos sofisticadas, mas que não formam um corpo concetual coerente e global, como acontecia na gestão de pessoal
o a GRH procura atuar sobre atitudes, crenças e empenhamento dos empregados, com vista a desenvolver comportamentos consistentes e uma cultura do empenhamento
o a GRH é vista como uma atividade de gestão e, logo, da responsabilidade de todos os gestores e não como uma atividade de especialistas desligados da gestão
o a GRH leva em conta a individualidade de cada empregado, procurando que o seu desempenho contribua para uma maior eficácia organizacional e uma maior competitividade
GRH vs Gestão de pessoal - Em termos normativos:
Mais ainda (em termos normativos):
o a gestão de pessoal é uma atividade de gestão dos subordinados, enquanto a GRH realça em particular o desenvolvimento dos indivíduos e, principalmente, dos que constituem a equipa de gestão
o os gestores de linha têm um papel mais pró-ativo na GRH, sendo responsáveis pela coordenação e direção de todos os recursos em prol dos resultados da sua unidade de negócio
o na GRH, a gestão da cultura organizacional constitui a atividade central da gestão de topo
GRH vs Gestão de pessoal - Em suma…
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Modelo de GRH - Fisher, Schoenfeldt e Shaw,1993:7
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Modelo de GRH - Beer, Spector, Lawrence, Mills e Walton,1999
As políticas de GRH são influenciadas por duas grandes componentes – os fatores situacionais e os interesses dos stakeholders
Modelo de GRH (1999) - fatores situacionais
Conjunto de forças que existe no meio ambiente ou dentro da organização
Leis e valores sociais, condições do mercado de trabalho, sindicatos, características da força de trabalho, estratégias de negócio, filosofia de gestão, tecnologias usadas
podem ser limitadores na definição das políticas de GRH, bem como influenciados pelas políticas de GRH
Modelo de GRH (1999) - Stakeholders
o as políticas de GRH são influenciadas pelos interesses dos vários stakeholders (associados, a gestão, os trabalhadores, os sindicatos, a comunidade envolvente, os governos)
Modelo de GRH (1999) - Consequências a LP
As políticas de GRH afetam alguns resultados organizacionais, com consequências no longo prazo
o as escolhas de política adotadas pelos gestores afetam um conjunto de variáveis
a competência dos trabalhadores
o empenhamento dos colaboradores
o grau de congruência entre os objetivos dos trabalhadores e os da organização
a efetividade do custo global das práticas de GRH adotadas
Modelo de GRH (1999) - Esquema
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RH em Portugal
As políticas de GRH afetam alguns resultados organizacionais, com consequências no longo prazo
o as escolhas de política adotadas pelos gestores afetam um conjunto de variáveis
a competência dos trabalhadores
o empenhamento dos colaboradores
o grau de congruência entre os objetivos dos trabalhadores e os da organização
a efetividade do custo global das práticas de GRH adotadas
RH em Portugal - Resultado
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Novos desafios na GRH
As questões relacionadas com a evolução demográfica
o Crescente envelhecimento da população e aumento na esperança de vida: questões atuais com implicações para a GRH
A solvência do sistema de segurança social
o Promover o aumento da idade de reforma
o Ter de proceder à gestão dos recursos “grisalhos”
o Proceder a um reajustamento da política de benefícios
A problemática da automatização que progressivamente se tem vindo a manifestar no seio das organizações
o A aquisição de novos equipamentos, a introdução das NT da informação e comunicação, a IA
As novas formas de organização do trabalho
o Os encarregados/supervisores tornam-se gestores
o O trabalho em equipa é, cada vez mais, uma realidade
o O gradual desaparecimento dos colarinhos azuis
Empresas competitivas - práticas de GRH
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