REPRODUÇÃO Flashcards
Aprender conceitos importantes das técnicas de reprodução
Qual o eixo responsável por controlar o ciclo menstrual?
Eixo hipotálamo- hipófise- ovariano. Esse eixo leva a uma série de eventos que culminam com a ovulação e a preparação dos genitais para a implantação embrionária e, então, para a gestação. O objetivo do ciclo menstrual é, portanto, produzir um oócito viável para perpetuar a espécie.
Qual a duração normal do ciclo? Quantos dias de fluxo? Com quantos ml de perda sanguínea?
Duração do ciclo: 21-35 dias (normalmente 28 dias)
Duração do fluxo: 2-6 dias
Perda sanguínea de 20 a 60ml
explique a função do hipotálamo no ciclo menstrual:
o Hipotálamo é uma estrutura neural situada na base do encéfalo, abaixo do tálamo e acima de hipófise. O hipotálamo produz, além do GnRH, o hormônio liberador do hormônio do crescimento (GHRH), hormônio liberador de corticotrofinas (CRF) e hormônio liberador de tireotrofinas (TRH)
- O hipotálamo libera o hormônio GnRH (liberador de gonadotrofina) em pulsos. Esse hormônio age na hipófise anterior que, em resposta, libera FSH e LH. Esses agem nos ovários, estimulando o crescimento folicular e a liberação do óvulo, além do estímulo da produção de estrógeno e de progesterona para se preparar para receber o óvulo fecundado.
Como funciona a ação de agentes peptidérgicos?
Peptidérgicos: Os componentes adrenérgico e catecol-estrogênio estimulam o núcleo arqueado para a liberação de GnRH. Essas substâncias inibem a enzima tirosina-hidroxilase e ativam a enzima catecol-o-metil-transferase. Como consequência, ocorre um aumento da NE e a diminuição da dopamina.
Como funciona a ação de agentes aminérgicos?
- Aminérgicos: As monoaminas (particularmente a dopamina) inibem o núcleo arqueado a, também, a hipófise anterior na liberação de GnRH
Como funciona a ação da serotonina?
Diminui a secreção de GnRH e, portanto, do FSH e do LH
Como funciona a ação das endorfinas?
Diminuem a secreção de gonadotrofinas, agindo em neuronios dopaminérgicos,
Explique a ação da hipófise anterior
O FSH (hormônio folículo estimulante) e o LH (hormônio luteinizante) são as gonadotrofinas produzidas pela hipófise. Essas são muito parecidas estruturalmente entre si e também com o hCG.
- É interessante ter a noção que, enquanto no homem a liberação das gonadotrofinas ocorre de forma tônica/acíclica, na mulher isso é cíclico. - No início do ciclo existe um aumento do FSH para estimular o crescimento do óvulo. Quando esse crescimento é suficiente, ou seja, o folículo está produzindo estrógeno o suficiente, ocorre um pico de LH e o óvulo é liberado. - O ovário possui um sistema próprio que também pode ajudar na regulação.
Explique a teoria das duas células
LH: o hormônio luteinizante age na célula da teca. Nessa célula existem receptores de LH que, quando estimulados, levam à transformação de colesterol em testosterona/androstenediona. Esses produtos vão tanto para a circulação sistêmica como para a célula da granulosa.
FSH: age nas células da granulosa. Nessas células a androstenediona/testosterona produzida das células da teca sob estímulo do LH é convertida em estradiol/estroma, que vai para a circulação sistêmica e fica no líquido folicular. Essa conversão depende da ativação da enzima aromatase sob ação do FSH.
explique as fases do ciclo ovariano:
a) Fase folicular:
- O óvulo sob ação do FSH cresce, matura e produz estrógeno. Esse estrógeno age na hipófise inibindo a liberação de gonadotrofinas. O hipotálamo, porém, continua estimulando a hipófise. Dessa forma, as gonadotrofinas são produzidas e não são liberadas (são armazenadas na hipófise). Esse controle existe para que a mulher só libere um óvulo.
- O folículo continua produzindo estrógeno até que atinge um determinado nível e ocorre o pico de LH (e também de FSH), com a liberação de todo o estoque.
b) Fase ovulatória:
- Começa com o pico de LH e a liberação do óvulo. Quando ocorre esse pico de LH ocorre a retomada da meiose e também a liberação de outras substâncias que coordenam a liberação do óvulo.
c) Fase lútea: - Após o pico de LH inicia-se a produção de progesterona. A progesterona é o único hormônio capaz de inibir o GnRH. A diminuição do GnRH diminui tanto FSH como LH. Isso, por fim, diminui também estrógeno e progesterona e a mulher menstrua. Quando ocorre a fecundação o hCG mimetiza a ação das gonadotrofinas e induz a produção de progesterona.
Descreva o ciclo uterino:
a) Endométrio proliferativo:
- Com o aumento do estrógeno, a atividade mitótica do útero aumenta muito. Todos os tecidos (glândulas, estroma e células endoteliais) demonstram proliferação com o pico nos dias 8-10 do ciclo, ou seja, quando o estrógeno está mais elevado, logo antes do pico de LH.
- A progesterona do corpo lúteo é a responsável. Existe uma limitação do crescimento endometrial, um edema estromal e os vasos espiraldos se colabam. É o que ocorre durante a fase lútea do ciclo ovariano.
b) Endométrio secretor:
Qual a definição de infertilidade conjugal?
infertilidade conjugal é a incapacidade de um casal obter uma gestação após um ano de relações sexuais frequentes, desprotegidas e bem distribuídas ao longo do ciclo. (número de relações não entra).
Classifique a infertilidade segundo a dificuldade do casal em engravidar:
Primária: quando a dificuldade é na obtenção do primeiro filho.
Secundária: quando a dificuldade é em se obter uma nova
O que deve ser avaliado na anamnese do fator masculino de um casal com diagnóstico de infertilidade?
- Paternidade pregressa: o fato do homem já ter filhos é um fator de bom prognóstico, mas não o isenta de uma investigação complementar.
- Duração infertilidade: quanto maior for o tempo de infertilidade, maior é a gravidade da situação.
- Anomalias congênitas, neoplasias e torções testiculares:
- A criptorquidia está relacionada com infertilidade em 30% dos casos. Quando bilateral esse número se eleva para 50%, mesmo tendo sido corrigida rapidamente.
- As torções de cordão, mesmo que unilaterais, têm associação com alteração da função seminal na ordem de 30-40%.
- As hipospádias e epispádias podem levar a infertilidade por fatores mecânicos.
Cirurgias pregressas: obviamente devemos pesquisar se o paciente já foi submetido a vasectomia. Outras
Quais as principais etiologias que causam infecções no homem infertil?
Infecções:
- A principal infecção viral é a orquite causada pelo vírus da caxumba. Quando ocorre após a puberdade (e só depois da puberdade), mesmo que unilateral, pode resultar em azoespermia por prováveis mecanismos imunológicos. Antes da puberdade não causa infertilidade pois o testículo está quiescente.
- A principal infecção bacteriana é a Chlamydia. No homem a uretrite não gonocócica (assintomática em 25% dos casos) não leva a infertilidade.
cirurgias escrotais ou inguinais devem sempre ser pesquisadas.
Como fatores ocupacionais podem afetar a fertilidade dos homens?
Fatores ocupacionais:
Calor excessivo: metalúrgicos, padeiros, cozinheiros, siderúrgicos..
Substâncias tóxicas: agricultores…
Radiação: técnicos de raio X, dentistas…
Medicamentos: existem algumas drogas que afetam a espermatogênese. Alguns protetores gástricos, antibióticos, AINEs, antidepressivos…
Estilo de vida:
Tabagismo: afeta a espermatogênese, altera parâmetros seminais, eleva prolactina e estradiol e aumenta a produção de espécies reativas de oxigênio. Altera também a mobilidade.
Maconha e cocaína: diminuem mobilidade e pioram a morfologia
Álcool: quando usado em excesso pode diminuir a testosterona circulante. Quando em associação com o tabaco parece ter um efeito sinérgico.
Anabolizantes: inibem o eixo hipotálamo-hipófise-gônadas (hipogonadismo hipogonadotrógico secundário).
Obesidade: por hipertemia testicular e por conversão de androgênio em estradiol nos adipócitos
a ausência bilateral dos ductos deferentes está relacionada ao que?
E ausência unilateral?
Ausência bilateral dos ductos: fibrose cística
A ausência unilateral é malformação congênita associada com a malformação do ducto de Wolff.
Como o médico pode fechar o diagnóstico de varicocele?
Plexo pampiniforme: a dilatação deve ser classificada como leve, moderada ou grave (para o diagnóstico de varicocele). A identificação da dilatação associada com refluxo na manobra de Valsalva já fecha o diagnóstico de varicocele. É a doença mais comum e tratável que leva à infertilidade masculina.
Qual o principal exame subsidiário na análise do fator masculino?
ESPERMOGRAMA.
Um espermograma normal já nos garante uma produção adequada, uma via pérvia, um funcionamento adequado das glândulas acessórias e integridade do eixo hipotálamo-hipófise-gonadal. Porém, o espermograma deve sempre ser tido como uma análise do potencial fértil do homem, mas não é capaz de avaliar questões funcionais intrínsecas desse espermatozoide.
Quais os critérios para realização do espermograma?
Abstinência sexual: o volume e a concentração decaem em ejaculações consecutivas, voltando ao nível normal após 3 dias. Assim, a para o exame é recomentado um período de abstinência de 2-7 dias.
Local de coleta: idealmente no laboratório para que possa ser analisado em menos de 60 minutos.
Modo de coleta: por masturbação, com a mãe seca e limpa. Nunca fazer por coito interrompido.
Condição clínica e variabilidade pessoal: a espermatogênese dura 74 dias e a maturação e transporte mais 15. Assim, o espermatozoide ejaculado hoje começou a ser produzido há 3 meses. Por isso, algumas doenças que acometam os testículos podem ter impacto no espermograma até 6 meses depois.
Interprete o espermograma:
quantidade: - 1.5mL por ejaculação
- concentração de 15milhoes/mL
- motilidade acima de 32%
- 58% dos sptzs vivos
1.5mL por ejaculação. Menos do que isso é chamado de hipoespermia. A ausência é chamada de aspermia.
15 milhões/mL (mas esperamos mais de 50 em um homem jovem saudável). Menos do que isso estamos diante de uma oligozoospermia. A ausência de espermatozoide é a azoospermia.
A motilidade deve estar acima de 32%, menos do que isso denominamos ASTENOZZOSPERMIA.
58% dos sptzds devem estar vivos. Menos do que isso é NECROZOOSPERMIA
Conceitue hipoespermia e aspermia
baixa quantidade de líquido ejaculado. a ausencia é chamada aspermia.
Conceitue oligozoospermia e azoospermia
Concentração de sptzs inferior a 15mi/L
A ausencia de sptz é chamada azoospermia
Conceitue astenozoospermia
motilidade abaixo do que 32%
Conceitue necrozoospermia
Menos de 58% dos sptzs estão vivos