REPRODUÇÃO Flashcards

Aprender conceitos importantes das técnicas de reprodução

1
Q

Qual o eixo responsável por controlar o ciclo menstrual?

A

Eixo hipotálamo- hipófise- ovariano. Esse eixo leva a uma série de eventos que culminam com a ovulação e a preparação dos genitais para a implantação embrionária e, então, para a gestação. O objetivo do ciclo menstrual é, portanto, produzir um oócito viável para perpetuar a espécie.

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2
Q

Qual a duração normal do ciclo? Quantos dias de fluxo? Com quantos ml de perda sanguínea?

A

Duração do ciclo: 21-35 dias (normalmente 28 dias)
Duração do fluxo: 2-6 dias
Perda sanguínea de 20 a 60ml

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3
Q

explique a função do hipotálamo no ciclo menstrual:

A

o Hipotálamo é uma estrutura neural situada na base do encéfalo, abaixo do tálamo e acima de hipófise. O hipotálamo produz, além do GnRH, o hormônio liberador do hormônio do crescimento (GHRH), hormônio liberador de corticotrofinas (CRF) e hormônio liberador de tireotrofinas (TRH)
- O hipotálamo libera o hormônio GnRH (liberador de gonadotrofina) em pulsos. Esse hormônio age na hipófise anterior que, em resposta, libera FSH e LH. Esses agem nos ovários, estimulando o crescimento folicular e a liberação do óvulo, além do estímulo da produção de estrógeno e de progesterona para se preparar para receber o óvulo fecundado.

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4
Q

Como funciona a ação de agentes peptidérgicos?

A

Peptidérgicos: Os componentes adrenérgico e catecol-estrogênio estimulam o núcleo arqueado para a liberação de GnRH. Essas substâncias inibem a enzima tirosina-hidroxilase e ativam a enzima catecol-o-metil-transferase. Como consequência, ocorre um aumento da NE e a diminuição da dopamina.

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5
Q

Como funciona a ação de agentes aminérgicos?

A
  • Aminérgicos: As monoaminas (particularmente a dopamina) inibem o núcleo arqueado a, também, a hipófise anterior na liberação de GnRH
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6
Q

Como funciona a ação da serotonina?

A

Diminui a secreção de GnRH e, portanto, do FSH e do LH

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7
Q

Como funciona a ação das endorfinas?

A

Diminuem a secreção de gonadotrofinas, agindo em neuronios dopaminérgicos,

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8
Q

Explique a ação da hipófise anterior

A

O FSH (hormônio folículo estimulante) e o LH (hormônio luteinizante) são as gonadotrofinas produzidas pela hipófise. Essas são muito parecidas estruturalmente entre si e também com o hCG.

- É interessante ter a noção que, enquanto no homem a liberação das gonadotrofinas ocorre de forma tônica/acíclica, na mulher isso é cíclico.
- No início do ciclo existe um aumento do FSH para estimular o crescimento do óvulo. Quando esse crescimento é suficiente, ou seja, o folículo está produzindo estrógeno o suficiente, ocorre um pico de LH e o óvulo é liberado. 
- O ovário possui um sistema próprio que também pode ajudar na regulação.
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9
Q

Explique a teoria das duas células

A

LH: o hormônio luteinizante age na célula da teca. Nessa célula existem receptores de LH que, quando estimulados, levam à transformação de colesterol em testosterona/androstenediona. Esses produtos vão tanto para a circulação sistêmica como para a célula da granulosa.
FSH: age nas células da granulosa. Nessas células a androstenediona/testosterona produzida das células da teca sob estímulo do LH é convertida em estradiol/estroma, que vai para a circulação sistêmica e fica no líquido folicular. Essa conversão depende da ativação da enzima aromatase sob ação do FSH.

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10
Q

explique as fases do ciclo ovariano:

A

a) Fase folicular:
- O óvulo sob ação do FSH cresce, matura e produz estrógeno. Esse estrógeno age na hipófise inibindo a liberação de gonadotrofinas. O hipotálamo, porém, continua estimulando a hipófise. Dessa forma, as gonadotrofinas são produzidas e não são liberadas (são armazenadas na hipófise). Esse controle existe para que a mulher só libere um óvulo.
- O folículo continua produzindo estrógeno até que atinge um determinado nível e ocorre o pico de LH (e também de FSH), com a liberação de todo o estoque.

b) Fase ovulatória:
- Começa com o pico de LH e a liberação do óvulo. Quando ocorre esse pico de LH ocorre a retomada da meiose e também a liberação de outras substâncias que coordenam a liberação do óvulo.

c) Fase lútea: - Após o pico de LH inicia-se a produção de progesterona. A progesterona é o único hormônio capaz de inibir o GnRH. A diminuição do GnRH diminui tanto FSH como LH. Isso, por fim, diminui também estrógeno e progesterona e a mulher menstrua. Quando ocorre a fecundação o hCG mimetiza a ação das gonadotrofinas e induz a produção de progesterona.

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11
Q

Descreva o ciclo uterino:

A

a) Endométrio proliferativo:
- Com o aumento do estrógeno, a atividade mitótica do útero aumenta muito. Todos os tecidos (glândulas, estroma e células endoteliais) demonstram proliferação com o pico nos dias 8-10 do ciclo, ou seja, quando o estrógeno está mais elevado, logo antes do pico de LH.
- A progesterona do corpo lúteo é a responsável. Existe uma limitação do crescimento endometrial, um edema estromal e os vasos espiraldos se colabam. É o que ocorre durante a fase lútea do ciclo ovariano.

b) Endométrio secretor:

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12
Q

Qual a definição de infertilidade conjugal?

A

infertilidade conjugal é a incapacidade de um casal obter uma gestação após um ano de relações sexuais frequentes, desprotegidas e bem distribuídas ao longo do ciclo. (número de relações não entra).

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13
Q

Classifique a infertilidade segundo a dificuldade do casal em engravidar:

A

Primária: quando a dificuldade é na obtenção do primeiro filho.
Secundária: quando a dificuldade é em se obter uma nova

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14
Q

O que deve ser avaliado na anamnese do fator masculino de um casal com diagnóstico de infertilidade?

A
  • Paternidade pregressa: o fato do homem já ter filhos é um fator de bom prognóstico, mas não o isenta de uma investigação complementar.
  • Duração infertilidade: quanto maior for o tempo de infertilidade, maior é a gravidade da situação.
  • Anomalias congênitas, neoplasias e torções testiculares:
    • A criptorquidia está relacionada com infertilidade em 30% dos casos. Quando bilateral esse número se eleva para 50%, mesmo tendo sido corrigida rapidamente.
    • As torções de cordão, mesmo que unilaterais, têm associação com alteração da função seminal na ordem de 30-40%.
    • As hipospádias e epispádias podem levar a infertilidade por fatores mecânicos.

Cirurgias pregressas: obviamente devemos pesquisar se o paciente já foi submetido a vasectomia. Outras

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15
Q

Quais as principais etiologias que causam infecções no homem infertil?

A

Infecções:
- A principal infecção viral é a orquite causada pelo vírus da caxumba. Quando ocorre após a puberdade (e só depois da puberdade), mesmo que unilateral, pode resultar em azoespermia por prováveis mecanismos imunológicos. Antes da puberdade não causa infertilidade pois o testículo está quiescente.

  • A principal infecção bacteriana é a Chlamydia. No homem a uretrite não gonocócica (assintomática em 25% dos casos) não leva a infertilidade.
    cirurgias escrotais ou inguinais devem sempre ser pesquisadas.
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16
Q

Como fatores ocupacionais podem afetar a fertilidade dos homens?

A

Fatores ocupacionais:
Calor excessivo: metalúrgicos, padeiros, cozinheiros, siderúrgicos..
Substâncias tóxicas: agricultores…
Radiação: técnicos de raio X, dentistas…
Medicamentos: existem algumas drogas que afetam a espermatogênese. Alguns protetores gástricos, antibióticos, AINEs, antidepressivos…
Estilo de vida:
Tabagismo: afeta a espermatogênese, altera parâmetros seminais, eleva prolactina e estradiol e aumenta a produção de espécies reativas de oxigênio. Altera também a mobilidade.
Maconha e cocaína: diminuem mobilidade e pioram a morfologia
Álcool: quando usado em excesso pode diminuir a testosterona circulante. Quando em associação com o tabaco parece ter um efeito sinérgico.
Anabolizantes: inibem o eixo hipotálamo-hipófise-gônadas (hipogonadismo hipogonadotrógico secundário).
Obesidade: por hipertemia testicular e por conversão de androgênio em estradiol nos adipócitos

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17
Q

a ausência bilateral dos ductos deferentes está relacionada ao que?
E ausência unilateral?

A

Ausência bilateral dos ductos: fibrose cística

A ausência unilateral é malformação congênita associada com a malformação do ducto de Wolff.

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18
Q

Como o médico pode fechar o diagnóstico de varicocele?

A

Plexo pampiniforme: a dilatação deve ser classificada como leve, moderada ou grave (para o diagnóstico de varicocele). A identificação da dilatação associada com refluxo na manobra de Valsalva já fecha o diagnóstico de varicocele. É a doença mais comum e tratável que leva à infertilidade masculina.

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19
Q

Qual o principal exame subsidiário na análise do fator masculino?

A

ESPERMOGRAMA.
Um espermograma normal já nos garante uma produção adequada, uma via pérvia, um funcionamento adequado das glândulas acessórias e integridade do eixo hipotálamo-hipófise-gonadal. Porém, o espermograma deve sempre ser tido como uma análise do potencial fértil do homem, mas não é capaz de avaliar questões funcionais intrínsecas desse espermatozoide.

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20
Q

Quais os critérios para realização do espermograma?

A

Abstinência sexual: o volume e a concentração decaem em ejaculações consecutivas, voltando ao nível normal após 3 dias. Assim, a para o exame é recomentado um período de abstinência de 2-7 dias.
Local de coleta: idealmente no laboratório para que possa ser analisado em menos de 60 minutos.
Modo de coleta: por masturbação, com a mãe seca e limpa. Nunca fazer por coito interrompido.
Condição clínica e variabilidade pessoal: a espermatogênese dura 74 dias e a maturação e transporte mais 15. Assim, o espermatozoide ejaculado hoje começou a ser produzido há 3 meses. Por isso, algumas doenças que acometam os testículos podem ter impacto no espermograma até 6 meses depois.

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21
Q

Interprete o espermograma:
quantidade: - 1.5mL por ejaculação

  • concentração de 15milhoes/mL
  • motilidade acima de 32%
  • 58% dos sptzs vivos
A

1.5mL por ejaculação. Menos do que isso é chamado de hipoespermia. A ausência é chamada de aspermia.

15 milhões/mL (mas esperamos mais de 50 em um homem jovem saudável). Menos do que isso estamos diante de uma oligozoospermia. A ausência de espermatozoide é a azoospermia.
A motilidade deve estar acima de 32%, menos do que isso denominamos ASTENOZZOSPERMIA.

58% dos sptzds devem estar vivos. Menos do que isso é NECROZOOSPERMIA

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22
Q

Conceitue hipoespermia e aspermia

A

baixa quantidade de líquido ejaculado. a ausencia é chamada aspermia.

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23
Q

Conceitue oligozoospermia e azoospermia

A

Concentração de sptzs inferior a 15mi/L

A ausencia de sptz é chamada azoospermia

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24
Q

Conceitue astenozoospermia

A

motilidade abaixo do que 32%

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25
Q

Conceitue necrozoospermia

A

Menos de 58% dos sptzs estão vivos

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26
Q

Conceitue teratozospermia

A

Mais de 4% de sptzds mal formados

27
Q

O que devemos solicitar se o espermograma vem alterado?

A

Avaliação hormonal, dosando FSH, LH, ESTRADIOL e TESTO.

28
Q

Quais as causas do fator de infertilidade feminino?

A

Causas: O primeiro fator prognóstico na mulher é a idade > 35 anos. Na mulher, dividimos didaticamente as causas de infertilidade em:
Fator ovulatório: 30% dos casos
Fator tubário: 30% dos casos
Endometriose: 30% dos casos
Outras (genéticas, malformações, idiopáticas…): 10%.

29
Q

Descreva o fator de infertilidade ovulatório. Classifique os 4 grupos:

A

: é um comprometimento anatômico ou funcional do eixo hipotálamo-hipófise-ovário.

- Grupo I: falência hipotalâmica hipofisária, ou seja, o hipogonadismo hipogonadotrófico. 
- Grupo II: disfunção hipotalâmina hipofisária. O principal representante é a SOP (síndrome do ovário policístico). 
- Grupo III: falência ovariana, isso é, o hipogonadismo hipergonadotrófico da menopausa. 
- O tabagismo adianta, em média, a gravidez em 4 anos
30
Q

como se confirma a ovulação por uma paciente?

A

Avaliação clínica: se a mulher tem ciclos eumenorreicos e ocorre um aumento da temperatura basal em 0.5-1oC, isso é muito indicativo de que ela ovula.
Avaliação laboratorial: pelo acesso, é a melhor forma. Fazemos US seriado, dosagem de progesterona e biopsia de endométrio. A biopsia é a melhor forma de comprovar avaliando as alterações secretórias esperadas.

31
Q

Descreva o fator tubário de infertilidade feminina?

A

Fator tubário: decorrente de processos infecciosos, inflamatórios ou aderenciais.

- As salpingites são adquiridas por via canalicular ascendente, sendo a Chlamydia o principal agente etiológico (porém nunca podemos deixar de pensar do gonococo). Esses processos inflamatórios podem levar a infertilidade, gravidez ectópica e abortamentos. 
- As aderências são processos infecciosos, endometriose ou cirúrgicas pélvicas que causam. 
- O principal exame é sempre a histerossalpingografia.
32
Q

Qual a relação do tabagismo com o fator tubário?

A

o tabagismo diminui os movimentos ciliares e, portanto, aumenta a chance de gravidez ectópica

33
Q

Quais as consequencias principais da endometriose e como é feito o diagnóstico desta doença?

A

A endometriose é uma importante causa de infertilidade e de dor pélvica. O diagnóstico padrão ouro é feito por videolaparoscopia com anatomopatológico.

34
Q

Avaliação da reserva ovariana:

A

É importante para o diagnóstico da infertilidade, a avaliação do potencial fértil, a avaliação prognóstica do método de tratamento escolhido e para a escolha do protocolo de estimulação que usaremos em um eventual método
assistido.

Idade: apensar de pouco sensível, reflete mais a qualidade do que a quantidade de óvulos. A idade da mulher é inversamente proporcional à taxa de gravidez e diretamente proporcional ao risco de abortamento e aneuploidias.

35
Q

Como podemos avaliar a reserva ovariana com base nas taxas de FSH e estradiol?

A

FSH basal e estradiol: a dosagem feita entre o 2o-4o dia do ciclo mede, indiretamente, a reserva ovariana. O ovário que tem dificuldade em produzir estrógeno precisa de mais FSH. Assim, FSH > 15 no início do ciclo indica reserva baixa. O FSH > 10 já é um sinal de mal prognóstico.
Contagem de folículos: é um teste simples e pouco invasivo
Imagem: quanto maior o ovário, maior é a reserva. Um ovário < 3ml é sinal de baixa reserva.

36
Q

Qual o melhor teste para avaliar a reserva ovariana?

A

Dosagem do hormônio antimulleriano: é o melhor teste para a avaliação da reserva ovariana pois é produzido pelo próprio folículo. Pode ser feito em qualquer dia do ciclo menstrual. Quando mais hormônio, maior é a quantidade de folículos disponíveis, isso é, maior a reserva.

37
Q

Defina varicocele:

A

: é uma dilatação anormal das veias testiculares do plexo pampiniforme com presença de refluxo venoso.

38
Q

Como a varicocele se relaciona com a infertilidade nos homens?

A
  • Não se sabe ao certo qual a razão da varicocele acometer a espermatogênese. Porém, acredita-se que isso esteja associada ao aumento da temperatura.
    • Ocorre por uma incompetência ou ausência das válvulas das veias espermáticas.
39
Q

Qual a etiologia da varicocele?

A

Surgimento: ocorre no período peripuberal, sendo raro o diagnóstico abaixo dos 10 anos. É uma doença progressiva, evoluindo a partir da adolescência.
- Costuma afeitar os testículos bilateralmente em 70-80% dos casos, sendo o lado esquerdo mais atingido quando unilateral (sempre que acharmos uma varicocele unilateral do lado direito devemos buscar processos expansivos do retroperitônio, isso é muito raro).

40
Q

Como é feito o diagnóstico da varicocele?

A

Exame físico: todo homem em investigação para infertilidade deve ter a bolsa escrotal palpada. A aparência física da varicocele exuberante é a de “bolsa de vermes”. Deve ser feito o exame com luz diretamente para a bolsa testicular e em posição ortostática.

41
Q

Quais os exames sunsidiários para confirmar o diagnóstico?

A

Exames subsidiários: normalmente o diagnóstico é clínico. Havendo dúvida devemos fazer o doppler. Não existe indicação para a realização de método de imagem sem achados no EF.

42
Q

Qual o tratamento da varicocele?

A

a infertilidade é a principal indicação de tratamento. A varicocelectomia melhora os parâmetros seminais de concentração, morfologia, motilidade e reduz a fragmentação.
Tratamento cirúrgico: o objetivo é a ligadura das veias varicosas, porém com a preservação dos vasos linfáticos, da artéria espermática e de todo o compartimento posterior do cordão espermático, compreendendo o ducto deferente, a artéria deferente e as veias deferenciais. Existem vias radiológicas, laparoscópicas e aberta.

43
Q

Qual a abordagem feita com adolescentes que apresentam varicocele?

A
  • Enquanto em adultos a abordagem cirúrgica deve ser feita sempre que existe alteração da análise seminal ou em provas funcionais, em adolescentes isso é diferente. Recomenda-se um acompanhamento para aferição do volume testicular e para a realização do US da bolsa. Havendo varicocele clinicamente diagnosticável e redução do volume testicular de 20% com relação ao testículo contralateral, existe a indicação de abordagem cirúrgica.
44
Q

A vasectomia diminui o volume ejaculado e diminui a libido e capacidade de ereção. Esta frase está correta ou errada?

A

Errada.
A vasectomia não diminui o volume ejaculado e nem diminui a libido/capacidade de ereção. Paciente apresenta azoospermia.

45
Q

Qual a classificação da azoospermia?

A

Classificação: a azoospermia pode ser dividida em pré-testicular, testicular ou pós-testicular.
As causas testiculares são as mais graves e irreversíveis.
As pós-testiculares incluem a obstrução do sistema dutal, incluindo a vasectomia.

46
Q

Quais os principais fatores que influenciam no sucesso da reversao da vasectomia?

A

Intervalo entre obstrução e a reversão (mais do que 15 anos é muito difícil reverter)
A técnica utilizada e a qualidade do líquido seminal avaliado no coto epididimário (espermatozoides inteiros em pelo menos um dos cotos dá uma chance de mais de 90% de sucesso)

47
Q

Reconstrução x MESA+ FIV

A
  • A aspiração microcirúrgica de espermatozoides no epidídimo (MESA) e o uso na FIV é uma possibilidade imediata de gravidez com resultados satisfatórios. Porém, a reconstrução permite ao casal uma restituição do potencial de fertilidade, permitindo a chance de gravidez espontânea.
    • De forma geral, recomenda-se que tente a reconstrução antes da realização da MESA.
48
Q

Quais as técnicas de obtenção de EZ epididimário? quando pode ser realizado?

A

A obtenção de espermatozoides do epidídimo só é realizada em casos obstrutivos. Enquanto isso, a obtenção do testículo pode ser feita em ambas as situações.

PESA: aspiração percutânea de espermatozoides epididimários. É um método pouco invasivo, realizado com anestesia local. Em comparação com a técnica aberta (MESA), esse método diminui o desconforto do paciente, não exige anestesia geral e é mais fácil de fazer.
MESA: aspiração microcirúrgica de espermatozoides epididimários. Permite uma grande quantidade de EZ. É mais difícil de fazer e exige anestesia geral. Caso a MESA não consiga obter EZ móveis, fazemos no epidídimo contra-lateral. Caso isso ainda não seja possível devemos abordar o outro testículo.

49
Q

Quando podemos realizar a obtenção de EZ testiculares? Quais as técnicas?

A

Pode ser utilizado tanto para os casos obstrutivos (não é a melhor opção) como não obstrutivo.
TESA: aspiração de EZ no testículo.

TESE: extração de EZ do testículo. Embora seja uma cirurgia aberta, o seu tempo não difere muito daquela da TESA.

Micro-TESE: com o uso de um microscópio cirúrgico o urologista consegue visualizar diretamente os túbulos seminíferos (é uma microdissecação testicular). Essa técnica é muito útil nos ANO, já que permite o reconhecimento de áreas de espermatogênese ainda intactas. É, dessas 3, a que tem a maior probabilidade de recuperação de EZ.

TEFNA: mapeamento testicular percutâneo com agulha fina. Em princípio, a aspiração por agulha fina em homens com ANO seria um desafio, já que estaríamos utilizando nenhuma técnica de busca das ilhas de produção de EZ. Essa técnica detecta os pontos onde há presença de EZ para uma posterior abordagem por TESE, TESA ou MicroTESE.

50
Q

Pq os EZ de um homem com azoospermia não obstrutiva são piores para a reprodução?

A

Isso ocorre, pois, os esses EZ tendem a apresentar mais alterações genéticas, estruturais e funcionais. Essas gestações apresentam também um maior risco de abortamento.

51
Q

Quais terapias são recomendadas para melhora da recuperação de EZ testiculares?

A
  • Preconiza-se o uso de abordagens cirúrgicas e medicamentosas em pacientes com ANO. Até o momento não se estabelece nenhum tratamento hormonal que reverta o quadro de ANO.
    • Alguns homens possuem defeito na enzima da aromatase, isso é, uma atividade aumentada dessa enzima

O uso de hCG também é utilizada antes do procedimento para aumentar a chance de recuperação de EZ. A hCG aumenta os níveis testiculares de testosterona.
- Em suma, o uso de adjuvantes (inibidores da aromatase e hCG) podem aumentar os EZ no ejaculado e também aumentar as chances de recuperação de EZ em uma TESE, TESA ou micro-TESE.

52
Q

Pq as TRA aumentam a chance de gravidez?

A

Porque aumentam a chance de fecundação pelo aumento do número de óvulos.
A estimulação dos ovários realizado em todas as técnicas aumenta o número de oócitos disponíveis e, por isso, aumenta a chance de fecundação. As TRA não melhoram a qualidade do embrião, isso depende apenas do casal.

53
Q

Qual a classificação das TRA?

A

Baixa complexidade: Inseminação intrauterina (IIU)
Alta complexidade: para o casal não difença para qual das 2 técnicas será utilizado, mas sim para o laboratório.
- fertilização in vitro clássica
- injeção intracitoplasmática de espermatozoides (ICSI)

54
Q

O que é a inseminação intrauterina?

A

é a deposição do sêmen processado no interior da cavidade uterina no dia da ovulação.

55
Q

Para quais casais está indicada a inseminação intrauterina?

A

em geral é realizado para casais que tem fator cervical, oligo/anovulação, endometriose graus I ou II, distúrbios ejaculatórios e uso de sêmen de doador.

56
Q

Quais os pré- requisitos para a inseminação intrauterina?

A
  • Homem: amostra seminal com mais de 5M de EZ móveis e morfologia > 4%.
    • Feminino: boa reserva ovariana, cavidade uterina adequada e tuba normal avaliada por histerossalpigografia. Não deve ser utilizado em mulheres acima dos 35 anos. Nas jovens a chance é de 30%, quanto nas mulheres acima de 37 anos isso é próximo do natural (17%).
57
Q

explique a técnica da inseminação ovariana:

A

Procedimento de IIU: A estimulação ovariana controlada é feita com clomifeno e/ou gonadrotrofinas. Isso é feito a partir do 2o dia do ciclo menstrual e monitorização US a partir do 5o ou 6o dia até que pelo menos um folículo atinja o padrão triaminar acima de 8mm. Nesse momento utilizamos o hCG. O ideal é que se formem 4 folículos para evitar a gestação múltipla. O sêmen é depositado 36 horas depois da ovulação. diâmetro médio de 18mm e o endométrio apresenta o padrão trilaminar acima de 8mm. Nesse momento utilizamos o hCG. O ideal é que se formem 4 folículos para evitar a gestação múltipla. O sêmen é depositado 36 horas depois da ovulação.

58
Q

Como podemos realizar a estimulação ovariana?

A

Estimulação ovariana controlada: pode ser feito com ou sem o uso de medicamentos. O ideal é que tenhamos entre 3-4 folículos. Se fizermos o procedimento em uma mulher que respondeu demais, a chance de gestação com múltiplos gêmeos é muito grande.
Citrato de clomifeno: tem ação antiestrogênica, ocupando os receptores de estradiol, levando a um aumento de FSH. Age também no endométrio trazendo efeitos indesejáveis
Gonadotrofina: O FSH endógeno pode ser utilizado associado ao LH em partes iguais.
Gonadotrofina coriônica: utilizada para ultimar a maturação oocitária e produzir ovulação. É semelhante ao LH, porém mais potente. A ovulação começa 36 horas após à administração.

59
Q

Para quais casais devemos indicar a FIX?

A
  • Indicações: fatores femininos como cervical, ovariano, uterino e tuboperitoneal.
60
Q

Qual a técnica envolvida na FIV?

A

Preparo seminal: o objetivo é remover toxinas, contaminantes e outros elementos celulares do plasma seminal, selecionar os EX com melhor morfologia e melhorar a capacidade de fertilização dos EZ que serão utilizados.
- A amostra seminal deve estar libre de contaminantes (bactérias fungos e vírus), que podem lesar a membrana plasmática ou causar um aumento de leucócitos e consequente aceleração da produção de ERO. Assim, devemos separar os EZ do líquido seminal em até 1 horas após a ejaculação.
- Apenas EZ ejaculados podem ser preparados. As amostras são ejaculadas após 2-7 dias de abstinência ejaculatória.
Estímulo ovariano controlado: a recuperação de múltiplos oócitos permite a seleção//p de embriões com maior potencial de implantação para transferência. Os embriões não transferidos devem ser criopreservados. Independente do protocolo utilizado, a estimulação sempre consiste em 3 fases: bloqueio hipofisário, desenvolvimento multifolicular e maturação folicular final.

61
Q

Explique as fases de estimulação ovariana para realização da FIV

A

Bloqueio hipofisário: agonista do GnRH são utilizados para prevenir o pico de LH e, portanto, o a ovulação anterior à punção.
Desenvolvimento multifolicular: usamos uma gonadotrofina (a escolha da gonadotrofina depende do protocolo utilizado) com início no 2o ou 3o dia de menstruação. Fazemos a monitorização com US a cada dois dias a partir do 5o dia até o 10o.
Maturação final: feito com hCG. Fazemos a aplicação quando visualizamos pelo menos 3 folículos > 18mm para que um número satisfatório de oócitos seja obtido. Relembrando, ao US transvaginal o útero deve ter um padrão trilaminar e o canal vaginal deve apresentar-se entreaberto. 35 horas (na prática 2 dias, o que seria o 12o dia) após a aplicação fazemos a punção folicular e, no mesmo dia, o suporte de fase lútea com o uso de progesterona.
Inseminação: A amostra seminal é adicionada a uma placa contendo um meio de cultura preparado. Essa mistura é, então, incubada a 37oC durante 30 minutos. Em seguida os oócitos são adicionados (3 oócitos por gota no máximo).

62
Q

Explique a técnica de inseminação

A

A amostra seminal é adicionada a uma placa contendo um meio de cultura preparado. Essa mistura é, então, incubada a 37oC durante 30 minutos. Em seguida os oócitos são adicionados (3 oócitos por gota no máximo).

63
Q

Para quais casais está indicada a injeção intracitoplasmática de espermatozoide?

A
  • Antigamente a ICSI era utilizada apenas para os casos de infertilidade masculina, no entanto, hoje em dia a ICSI é utilizada praticamente em qualquer contexto. Pacientes com amostras seminais com menos de 1Mi de EZ móveis/mL devem ser submetidos a ICSI.
    • Além dessa indicação, o ICSI deve ser utilizado quando a FIV clássica falhou repetidamente.
64
Q

Explique a técnica de injeção intracitoplasmática de espermatozoides

A

Preparo seminal: diferente da FIV clássica que só pode utilizar EZ obtidos por ejaculação, na ICSI podemos utilizar EZ recuperados de testículos ou de epidídimos.
Preparo dos óvulos: os oócitos para a ICSI, ao contrário das demais técnicas, devem estar desnudos de células da granulosa. Essa denudação é feita de forma enzimática e em seguida mecânica.
Injeção do EZ: o procedimento é realizado sobre uma placa de Petri, por meio de microscópio com micromanipuladores e microinjetoras. A ICSI propriamente dita ocorre sob um aumento de 400X, com EZ viáveis selecionados e imobilizados. A microinjetora deve ser introduzida no oócito e libera o EZ.
Injeção de EZ morfologicamente selecionados: uma técnica de observação morfológica dos EZ permitiu a ICSI modificado, ou seja, a injeção intracitoplasmática de EZ selecionados morfoloficamente (IMSI).