GINECOLOGIA Flashcards

1
Q

Quais as características propedeuticas que devemos questionar no ciclo menstrual? Quais as características de um ciclo eumenorreico?

A

Duração
Fluxo
Intervalo

Ciclo eumenorreico: é aquele que ocorre em um intervalo de 25-35 dias, com fluxo de 50-80ml e duração de 3-5 dias.

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2
Q

O que é um ciclo opsomenorreico?

A

Ciclo que dura de 35 a 45 dias

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3
Q

O que é um ciclo Espaniomenorreico?

A

Ciclo é o que dura mais de 45 dias. Devemos sempre pensar em ciclos anovulatórios nesses casos.

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4
Q

O que é um ciclo Amenorreico?

A

Amenorreico é o ciclo que dura mais 180 dias sem menstruar. Novamente, a própria anovulação deve ser cogitada. Na menina que ainda não menstruou, chamamos de amenorreia se ela tem mais de 14 anos sem caracteres secundários ou 16 anos com caracteres secundários.

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5
Q

O que é um ciclo proiomenorreico?

A

20 a 25 dias

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6
Q

O que é um ciclo polimenorreico?

A

15 a 20 dias

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7
Q

O que é um ciclo metrorragia?

A

Ciclo sem ciclicidade, isto é, que ocorrem sangramentos fora do período normal do ciclo.

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8
Q

O que é um ciclo menostase?

A

Menostase é a parada abrupta da menstruação.

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9
Q

O que é menorragia?

A

Fluxo acima de 80 mL

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10
Q

O que é oligorragia?

A

Fluxo abaixo de 50mL

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11
Q

O que é hipermenorreia?

A

Fluxo maior de 5 dias

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12
Q

O que é hipomenorreia?

A

Fluxo menor de 3 dias.

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13
Q

Conceitue dismenorreia primária e secundária

A

Dismenorreia: a dor ao menstruar (cólica menstrual) deve ser dividida em primária e secundária. A primária (também chamada de fisiológica) é aquela que sempre esteve presente no histórico ginecológico da paciente. Ao contrário, a secundária é aquela que deve mais chamar atenção e é aquela que se modificou em intensidade ou frequência.

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14
Q

Quais os métodos de avaliação do trato vaginal feminino?

A
  1. Exame do conteúdo vaginal a fresco
  2. Exame citopatológico (Papanicolau)
  3. Exame colposcópico
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15
Q

O que podemos diagnosticar no exame de conteúdo vaginal a fresco?

A

Avalia em microscópio. Alguns exemplos: - Candidíase: vemos pseudohifas e bastóporos

- Tricomoníase: vemos tricomonas.
- Vaginose (gardinerela vaginalis): vemos pontinhos pretos.
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16
Q

O que podemos diagnosticar no exame do Papanicolau?

A
  • Exame para triagem de câncer de colo de útero e de vagina.
    • Objetivo: diagnóstico de neoplasia ou lesões precursoras de neoplasias; diagnóstico de processos inflamatórios específicos ou inespecíficos; acompanhamento de processos terapêuticos.
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17
Q

qual o melhor período para coletar o papa?

A
  • Época para melhores resultados: período ovulatório, sem infecção, sem atividade sexual nos últimos 3 dias, sem tratamento vaginal, sem lavagem vaginal e sem uso de lubrificante (nem no espéculo).
18
Q

Quando devemos realizar o Exame colposcópico?

A

sempre que notamos alguma alteração de vagina ou colo do útero (por exame citológico ou clínico) fazemos:

a) Primeira fase: é só a observação. Avaliação do colo do útero, do muco, do orifício externo, da superfície e da coloração.
b) Segunda fase: uso de “reagentes” que ajudam a identificar regiões de proliferação.

19
Q

Quais reagentes podemos utilizar na colposcopia? descreva para que eles servem.

A
  • Ácido acético: aglutina DNA, ou seja, áreas com mais DNA (com mais atividade proliferativa) ficam brancas.
    Identifica melhor a junção escamo-colunar. A porção da função de acordo com a proximidade da vagina. A ectopia é quando a zona de transição está muito para fora.
    • Teste de Schiller: solução de iodo. O tecido Malpighiano (epitélio da vagina e do ectocérvice) é rico em glicogênio. Dizemos que o teste é negativo quando o tecido impregna com iodo (é o normal). As regiões iodo-negativas (ou Schiller positivas) são regiões que não coram. Em geral coincidem com as regiões que ficaram brancas com o ácido acético e vão exigir biópsia.
20
Q

O que o exame de ultrassom permite avaliar ginecologicamente? QUais os tipos de Ultrassom mais comuns na propedeutica ginecologica?

A

permite uma avaliação da cavidade abdominal sem invasão.
- Morfologia uterina: espessura endometrial, conteúdo da cavidade uterina
- Morfologia de tubas e ovários: permite uma avaliação da função (por rastreamento da ovulação) e também da morfologia.
US trans-abdominal: deve ser feito com a bexiga cheia para ter o benefício da janela acústica.
US trans-vaginal: da melhor definição e deve ser feito com a bexiga vazia.

21
Q

O que é um leiomioma?

A

O leiomioma uterino é um tumor benigno do miométrio. Também é chamado de mioma, fibroma, fibromioma e leiomiofibroma. É o tumor mais frequente da pelve feminina.

22
Q

qual a fisiopatologia do mioma? Qual a ação da progesterona e do estrógeno sobre ele?

A

depois do surgimento dessas células a partir de uma expansão clonal, é importante ter a ideia de que essas células são sensíveis a estrógeno e a progesterona e, portanto, se desenvolvem durante a idade reprodutiva da mulher. Um ambiente rico em estrógeno é fundamental para o crescimento e a manutenção do leiomioma. O estrógeno está presente em 100% dos tumores. Isso é importante para compreender o tratamento farmacológicos desses tumores. Além disso, a prescrição de hormônios sexuais para mulheres deve levar em conta o efeito estimulatório para o crescimento do leiomioma que esse hormônio pode ter. A progesterona tem uma ação dupla sobre o tumor, podendo estimular ou inibir, a depender das condições de fatores locais de crescimento.

23
Q

Quais os fatores de risco?

A
  • Miomas são raros em adolescentes e sua incidência aumenta durante o desenvolvimento reprodutivo.
    • A incidência é maior em negros
  • A amamentação, multiparidade e gestação recente diminuem o risco.
24
Q

Classificação pela localização dos miomas?

A

a) Subserosos: são tumores que crescem para fora. Eles podem estar ligados ao miométrio apenas por um “fio” e são chamados de pedunculados.
b) Intramurais: crescem nas paredes do útero.
c) Submucosos: são tumores próximos do endométrio e que, por isso, crescem para a cavidade. Também podem ser pedunculados. Os submucosos pedunculados são os miomas que podem “parir”.

25
Q

Classificação pelo tamanho dos miomas:

A

a) Pequenos: são os tumores que não saem da pelve.
b) Médios: são tumores que alcançam a linha média pubo-umbilical.
c) Grandes: são os tumores que ultrapassam a linha do umbigo.

26
Q

Quais os sinais e sintomas mais relevantes nas mulheres com leiomiomas?

A

a) Sangramento: é comum, especialmente o aumento do fluxo menstrual (menorragia). A desregulação de fatores de crescimento e vasoativos promovem esse sangramento. As alterações menstruais estão presentes em 60% dos casos. Os tumores submucosos e intramurais podem sangrar. Os tumores subserosos não costuamm alterar o hábito menstrual. Por isso a mulher pode aparecer com anemia.
b) Dor: um útero muito aumentado pode causar aumento da frequência urinária, incontinência e constipação. Dismenorreia e dispareunia podem aparecer. No leiomioma que está degenerando pode aparecer algia pélvica aguda. A torção de um tumor pedunculado ou a parturição de um mioma também pode causar dor.
c) Infertilidade e aborto
d) Complicações na gestação: pelas alterações locais e hormonais da gestação, o tumor sofre alterações.

e) complicações no parto
. - Apresentação anômala
	- Distócia funcional
	- Rotura uterina
- Apresentação anômala
	- Distócia funcional
	- Rotura uterina
27
Q

Como é feito o diagnóstico dos leiomiomas?

A

a) Clinicamente: em geral os leiomiomas são encontrados por exame da pelve, com um útero aumentado e de superfície irregular. Obviamente, em mulheres jovens com esse achado vamos pedir beta-hCG.

b) US: o US trans-vaginal da uma resolução melhor, porém se o tumor foi muito grande precisamos fazer o trans-abdominal.
- A RNM pode se pedida em caso de dúvida e para definição da abordagem.

c) Histeroscopia: é o diagnóstico definitivo. Além disso, ajuda na classificação da invasão da cavidade uterina. O T0 é o que não invadiu. O T1 é o que invadiu menos de 50%. O T2 é o que invadiu mais de 50%.

28
Q

Tratamentos do leiomioma?

A

Conduta expectante (wait and see): - Nas pacientes assintomáticas, de crescimento lento, com úteros ainda não volumosos e já na fase de transição menopausal. Nas mulheres próximas da menopausa ficamos ainda mais tentados a aguardar já que a esperança é que na menopausa o tumor diminua.

c) Cirurgia: a histerectomia é a cirurgia. Pode ser total, sub-total ou parcial. Quando a paciente não tem prole definida evitamos essa abordagem. Quando o sagramento uterino não respondem ao tratamento medicamentoso e é muito volumoso e quando existe a suspeita de neoplasia maligna a tendência é operar.

d) Conduta conservadora:
Clínico: controle dos sintomas. Em geral o que se usa é AINH, antifibrinolíticos, anti- progesterona e agonistas GnRH.
Miomectomia: tira só o mioma
Embolização das artérias uterinas: bastante urilziado, especialmente quando existe contra-indicação para a miomectomia
Terapia térmica
Ablação endometrial
existe a suspeita de neoplasia maligna a tendência é operar.

29
Q

Cite 6 critérios para a escolha do tratamento de um leiomioma?

A
  • Sintomatologia é o principal critério.
    • Comportamento de crescimento do tumor
    • Idade
    • Tamanho e localização
    • Capacidade reprodutiva da mulher
    • Desejo da manutenção do útero.
30
Q

Quais as características das mulheres com alto risco de cancer de mama?

A

Mulheres de alto risco:

- História familiar de 1o grau positiva. Especialmente quando esses casos são atípicos (muito jovem, homem, triplo-negativos e bilateral). Nesses casos devemos suspeitar de hereditariedade (responsável por apenas 5-10% do total), ou seja, BRCA 1 e BRCA 2. Sendo essa transmissão autossômica dominante, a história familiar deve nos fazer pensar em profilaxia. 
- Biópsia prévia com neoplasia lobular in situ: essas mulheres tem um risco aumentado de 2%/ano. Assim como o próximo, recebem terapia profilática para redução de risco por via oral com tamoxifeno. 
- Biópsia prévia com hiperplasia atípica.
31
Q

O que deve chamar a atenção na inspeção mamária?

A
  • A alteração da pele em casca de laranja já classifica a doença como avançada (T4b);
    • Havendo lesão papilar, devemos pensar em:
      Carcinoma de Paget. É uma lesão unilateral, de evolução lenta, destrutiva, sem prurido e persistente. É um tipo de carcinoma ductal in situ.
      Eczema areolar: lesão bilateral, de evolução rápida, descamativa, com prurido e que melhora com o de CE tópico.
32
Q

O que deve chamar a atenção do médico na expressão mamária?

A
  • A expressão que deve chamar a atenção é aquela hemorrágica ou em água de pedra, espontânea, unilateral, uniductual, intermitente e persistente.
    Na paciente jovem, a expressão hemorrágica é um papiloma intraductal até que se prove o contrário. Já na idosa é importante pensar que pode ser um carcinoma papilífero.
    • Ponto gatilho: se houver expressão positivo vou verificando ao redor do mamilo até encontrar qual o ducto acometido.
    • Mesmo secreções esverdeadas ou escurecidas não devem chamar a atenção se não forem passivas.
33
Q

Qual o principal exame que deve ser feito a fim de rastreamento de neoplasias mamárias?

A

: é o principal exame para rastreamento, reduzindo em 30-40% a mortalidade. Nas mulheres em geral começamos com 40 anos de idade e repetimos anualmente. Nas de alto risco, diferentemente, começa aos 30-35 anos e faz RNM.

34
Q

Classificação BIRADS:

A

0: não foi avaliado, precisa de complementação diagnóstico.
1: sem achados benignos
2: achados certamente benignos
3: achados provavelmente benignos (<2% de chance de maligno). Normalmente é um fibroadenoma. Repede o exame em 2 anos. Se não mudar é um BIRADS 2 (certeza benigno).
4: achados suspeitos (3-95%).
5: muito suspeito (>95% de chance de malignidade)
6: carcinoma (100% de chance).

35
Q

Quais os tipos de Biópsias que podem ser realizadas ao encontrarmos achados classificados em BIRADS>4?

A

a) Core biopsy: é a biopsia por agulha grossa. Ainda que tire um pedaço grande, é um método diagnóstico e não terapêutico. Se na biópsia encontramos atipia, tem que encontrar todo o um setor para fazer o diagnóstico.
b) Mamotomia: é a biópsia percutânea por agulha grossa váuco-assistida. Conseguimos fragmentos maiores, permitindo uma introdução única e mobilizando menos tecido. Apesar de mais cara é mais confortável e mais fácil de mexer.

36
Q

Qual o tipo de carcinoma de mama mais comum?

A

Carcinoma invasivo não especial: é o antigo carcinoma ductal. É o mais comum. É um adenocarcinoma. É uma situação na qual as células cancerígenas invadem o sistema ductal, porém sem atravessar a membrana basal. É responsável por 25-30% de todos os cânceres de mama e normalmente é diagnosticado por mamografia com achados pleomórficos, lineares ou espiculares. Se não tratado pode recorrer e, em 50% casos, a recorrências são associadas com carcinomas invasivos.
- O carcinoma ductal infiltrativo é o tipo mais comum de câncer infiltrativo, correspondendo a 80%.

37
Q

Quais os marcadores tumorais avaliados na suspeita de Cancer de mama?

A
  • Receptores para estrógeno e para progesterona. Quando esses receptores estão presentes isso é bom, pois, conseguimos utilizar medicações específicas. Aproximadamente 2/3 dos tumores possuem esses receptores.
    • KI-67
  • Her-2/neu: é uma tirosina-kinase se membrana que auxiliam na proliferação e sobrevivências das células neoplásicas. Aproximadamente 25% dos cânceres de mama possuem esse receptor.
38
Q

Qual o tratamento para sanar um cancer de mama?

A
  • Fazemos a quadrantectomia quando a lesão é pequena e nos permite a ressecção completa com margens de segurança avaliada no intraoperatório. O carcinoma in situ precisa de 2mm de bordas livres, enquanto o carcinoma invasivo só precisamos que não enconste. Além disso, deve permitir uma reconstrução adequada (as vezes esteticamente é melhor tirar tudo)
    • Mastectomia: quando tem várias lesões ou lesões extensas.
     Linfonodos: quando os linfonodos são positivos à palpação já esvaziamos tudo. Se for negativa à palpação fazemos sempre o linfonodo sentinela e, se positivo, tiramos.

b) QT
c) RT: o objetivo é o complemento do tratamento local. Sempre que a abordagem for conservadora fazemos. Mesmo se fizermos mastectomias fazemos se o tumor for muito grande (T3 ou T4) ou se tinha linfonodo.

d) Endocrinoterapia: fazemos junto com a QT para complementar a abordagem sistêmica. Usamos, obviamente, depois de testar quais receptores o tumor tem.
- SERMS: moduladores do receptor de estrógeno. É o tamoxifeno.
- Inibidor da aromatase: inibe a conversão de androgênio em estrogênio. Só usamos na pós menopausa.

39
Q

Para que pacientes está indicada a QT?

A
  • Mais de 1cm;
    • Lifonodos positivos;
    • Fatores adversos: grau 3, Her-2, invasão angoilinfática
40
Q

Cite uma causa intrínseca da incontinencia urinaria de esforço?

A
Defeito esfincteriano (intrínseco da uretra). 
	- O que deve manter a uretra fechada é: musculatura periuretral (não é um esfíncter verdadeiro), tecido elástico e conjuntivo, vascularização, mucosa vesical e receptores alfa-adrenáergico. Nessa condição esses mecanismos não funcionam adequadamente e a uretra se abre com o aumento da pressão intrabdominal.
41
Q

Cite um defeito extrínseco de incontinência urinária:

A

Hipermobilidade Cervical: é um problema na localização do colo cervical. O normal é o colo vesical e a bexiga abaixo da sínfise púbica, de forma que como aumento da pressão intra-abdominal isso aumente a pressão tanto na uretra como na bexiga. Porém, o que ocorre aqui é que o colo vesical está abaixo da sínfise púbica e não recebe o aumento da pressão intra-abdominal. Como consequência, quando aumenta a pressão intra-abdominal isso recai somente sobre a bexiga e a urina sai.