Questões Basilares Cirurgia Geral Flashcards

1
Q

Quais são as opções emergenciais para o tratamento de colangite?

A

Administrar antibiotico antes da cirurgia.
Fazer papilotomia retrógrada endoscopica- caracterização da papila para retirada do cálculo no colédoco ou tratar colangite- facilita a operação porque depois é só retirar a vesícula

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2
Q

Afora o biotipo mais comum (4Fs), quais outras situações podem levar a doença calculosa das vias biliares

A

4fs : FAT, FEMALE, FERTILITY, FORTY

Emagrecimento rápido por dietas restritivas- diminuição da liberação de CCK-> maior retenção da bile

Predisposição genética

Drogas

Ressecação do íleoterminal

Esferocitose e anemias hereditárias

Estase de vesícula

Cirrose hepática

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3
Q

Paciente com história pregressa de colecistopatia crônica calculosa, apresenta-se com dor em hipocôndrio direito e icterícea, quais são os prováveis diagnosticos

A

Síndrome de Mirizzi- colecistite aguda acompanhada por icterícea -> obstrução do colédoco por processo inflamatório local (não é calculo)
Coledocolitiase
Pancreatite aguda
Colangite

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4
Q

Quais exames de imagem são indicados para confirmação de diagnostico de calculose das vias biliares e da coledocolitiase respectivamente

A

Calculose das vias biliares- USG abdominal

Coledocolitíase- colangioressonância ou CPRE

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5
Q

Quais as indicações para a realização de CPRE

A

CPRE- Colangioressonância retrógrada endoscópica

Diagnóstico e eventual tratamento de coledocolitíase
Avaliação diagnóstica de carcinoma de cabeça de pâncreas

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6
Q

Quais os fatores de risco para câncer de vesícula biliar?

A

Inflamação crônica da vesícula biliar- causado por :

Litíase biliar
Vesícula em porcelana- inflamação crônica da vesícula com deposição de cálcio
Colangite esclerosante- autoimune
Pólipos adenomatosos da vesícula
Malformações- cistos de colédoco
Idade e sexo feminino

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7
Q

O que é tumor de Klastkin?

A

Neoplasia de maior prevalência entre os colangiocarcinomas perhilar.

Ocorrem na região hilar do figado, na junção dos ductos hepáticos D e E até a inserção da vesícula no ducto hepático comum.

Sintomas: icterícea, hepatomegalia, perda de peso, anorexia e dor

Diagnóstico por colangioressonância

Ressecação cirúrgica

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8
Q

Qual é o quadro clínico do colangiocarcinoma?

A

Intra hepático

Dor em hipocôndrio direito
Fadiga
Anorexia
Perda de peso

Extra hepática e peri hilar

Icterícea
Hepatomegalia
Perda de peso
Prurido
Anorexia
Dor

Extra hepáticos distais
Predomínio de ictericea

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9
Q

Qual a opção terapêutica das neoplasias da vesícula biliar?

A

Fazer de acordo com estadiamento, mas a cirurgia é o único tratamento curativo.

Pode fazer QT e RT
Colecistectomia laparoscópica
Colecistoctomia radical
Linfadenectomia radical
Ressecação hepática
Ressecação das vias biliares

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10
Q

Quadro clínico de câncer no estômago

A

Inicialmente incaracterístico- dispepsia
Dor epigástrica
Plenitude pós prandial
Anorexia
Eructações
Fraqueza
Perda de peso
Vômito e náuseas
Disfagia
Hematêmese e melena

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11
Q

Quais exames são necessários para diagnóstico e estadiamento do câncer de estômago?

A

EDA com biópsia- principal para diagnóstico

TC abdominal
Laparoscopia

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12
Q

Quais técnicas cirúrgicas que podem ser realizadas com intenção curativa para tratar esta afecção? (Câncer de estômago)

A

Tumores de antro-> gastrectomia subtotal radical+ gastrojejunoanastomose (reconstrução do trânsito intestinal)

Tumores de corpo, fundo e cárdia-> gastrectomia total radical+ esôfago jejuno anastomose

Com linfadenectomia

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13
Q

Para avaliar o prognóstico e programar terapêutica adjuvante, é utilizado o estadiamento TNM. Explique o significado do T, do N e do M

A

T - grau de invasão do tumor
N - acometimento linfonodal
M- metástases

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14
Q

Quais os fatores de risco para desenvolvimento do adenocarcinoma do estômago?

A

Fatores ambientais: alimentos defumados, sal, nitritos e nitratos, tabagismo, h pylori.

Hospedeiro: gastrectomia prévia, pólipos adenomatosos, anemia perniciosa, gastrite atrófica, metaplasia intestinal

Genéticos- histórico familiar, ativação de oncogenes, inativação de genes de supressão celular, sangue tipo A

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15
Q

Quais os tipos histológicos mais frequentes de câncer de esôfago?

A

CEC e adenocarcinoma

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16
Q

Quais os fatores de risco para cada tipo histológico de câncer de esôfago?

A

CEC: Álcool, fumo, bebidas quentes, megaesôfago, lesão cáustica

Adenocarcinoma: obesidade e DRGE (Esôfago de Barret)

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17
Q

Qual o quadro clínico de câncer de esôfago?

A

Disfagia
Odinofagia
Perda de peso
Regurgitação
Engasgos
Disfonia
Tosse com expectoração

18
Q

Quais exames são necessários para o diagnóstico e tratamento no câncer de esôfago?

A

RX contrastado e EDA para diagnóstico.

TC, broncoscopia, ultrassom endoscópico e PET-CT para estadiamento

19
Q

Cite os procedimentos para tratamento paliativo e curativo no câncer de esôfago

A

Curativo: mucosectomia endoscópica, esofagectomia+ esofagogastroplastia, esofagectomia + esofagocoloplastia

20
Q

O que são divertículos colônicos e como se formam?

A

Saculação anormal que faz uma protusão na parede do cólon

21
Q

Divertículos tipos

A

Congênitos: são os verdadeiros

Adquiridos podem ser

Hipotônicos: complicam com sangramento. (Se formam por exemplo em indivíduos idosos- colon sigmoide sofre enfraquecimento com o passar do tempo e ocorre protusão da mucosa)

Hipertônicos: complicam com inflamação-> acontece mais do lado esquerdo do cólon porque é mais espesso. Se formam por exemplo por causa da dieta pobre em fibras -> precisa de mais força de propulsão-> aumenta a pressão e gera protusão da mucosa.

Verdadeiros: todas as damadas da parede intestinal: serosa, muscular e mucosa

Falsos: protusão da mucosa e serosa em locais de penetração vascular

22
Q

Qual a diferença entre moléstia diverticular e diverticulite e qual é a localização mais comum de ambas?

A

Moléstia diverticular- presença do divertículo (saculação que faz protusão na parede do órgão oco)

A maioria dos divertículos está no cólon sigmoide (lado esquerdo do intestino grosso) e no cólon descendente.

Diverticulite: inflamação com perfuração do divertículo, infecção e extravasamento de bactérias nas fezes- cólon sigmoide é o mais acometido

23
Q

Descreva o mecanismo de desenvolvimento da diverticulite

A

Se associa principalmente com dieta pobre em fibras.

Divertículos hipertônicos são os que mais acarretam diverticulite-> porque estão mais propensos a infecção e extravasamento de bactérias.

Diverticulite pode ser causada por

Abscesso pericólico ou hiperemia da alça intestinal

Abscesso de grandes proporçôes

Peritonite purulenta por rompimento de abscesso

Peritonite fecal

24
Q

Em que casos de diverticulite é mais comum a realização de cirurgia de Hartmann?

A

Diverticulite na classificação III e IV de Hinchey

III- rompimento de abscesso causando peritonite purulenta

IV - peritonite fecal por extravasamento de fezes na cavidade

25
Q

Qual tipo de divertículo é mais propenso ao sangramento e por que ocorre o sangramento?

A

Divertículo adquirido hipotônico- ocorre erosão vascular junto ao divertículo. A parede intestinal é mais fina e se rompe mais fácil

26
Q

Quais são as origens do câncer colorretal?

A

Hereditário- síndrome de Lynch, síndrome de Gardner.

Esporádico- progressão de um pólipo adenomatoso evolui como carcinoma (envolve principalmente os genes KRAS e APC)

Maioria dos CCR esporádicos e hereditários:

Acúmulo progressivo de mutações
Progressão de uma lesão pré neoplásica (pólipo adenomatoso) para neoplásica (carcinoma)

Neoplasia serrilhada
Instabilidade de microsatélites
Característico do câncer colorretal hereditário não polipoidse relaciona em 15% de CCR esporádicos

27
Q

Principais tipos de câncer colorretal hereditário

A

Síndrome de Lynch- carcinoma de cólon e reto hereditário não polopoide

Síndrome de Gardner

PAF

28
Q

Princípios de tratamento do câncer de cólon

A

Ressecação do tumor com margens e linfonodos regionais

Restauração do trânsito intestinal

29
Q

Princípios do tratamento de câncer do reto

A

Ressecação do tumor com margens- canal anal

Ressecação dos linfonodos regionais- excisão total do mesorreto

Restauração do transito intestinal quando possível ou cirurgia mutilante
Neoadjuvancia- RT e QT para neoplasia do reto inferior- evita recidiva

30
Q

Principais sintomas de pacientes com tumor de reto, cólon E e cólon D

A

Reto- alteração do hábito intestinal, hematoquezia, puxo, tenesmo, afilamento das fezes.

Cólon E- alteração do hábito intestinal, obstrução, hematoquezia, afilamento das fezes, constipação, dor abdominal em cólica, sangramento eventual, sem anemia, sem emagrecimento.

Cólon D- anemia, alteração do hábito intestinal, emagrecimento, massa palpável, raramente sintomas de suboclusão.

31
Q

Paciente de 78 anos com queixa de tosse, com alteração da voz e pirose de longa data, veio ao consultório trazendo nasofaringolaringoscopia com edema de cordas vocais e de aritenoides. Qual seria sua conduta?

A

Pesquisar DRGE

Endoscopia digestiva alta com biópsia e teste de urease

32
Q

Considerando sua resposta anterior, se uma endoscopia informasse que o paciente afirma ter o diagnóstico de gastrite leve. Quais exames complementares poderiam ser solicitados para elucidação do diagnostico?

A

Phmetria de 24 horas
Manometria esofágica
Impedâncio phmetria

33
Q

O mesmo paciente é portador de doença renal crônica não dialitica, discuta a indicação de cirurgia, justificando os prós e contras e no final qual a sua indicação?

A

Indicar tratamento clinico e farmacológico : medidas comportamentais como evitar alimentos que estimulem a pirose, dormir com a cabeça um pouco mais elevada), Ibuprofeno e procinéticos.

Pacientes com intratabilidade clínica, lesão esofágica grave, manutenção de tratamento clinico prolongado- indicação cirurgica (hiatoplastia, válvula anti refluxo).

Prós- melhora sintomas e qualidade de vida

Contras- complicações (lesão esplênica, perfuração esofágica, disfagia pós operação, recidivas por desgarramento da válvula)

Se atentar para idade- nesse caso não faria cirurgia por causa da idade, comorbidade- tratamento clínico

34
Q

Os pacientes portadores de megaesôfago na américa do sul tem como causa mais comum um agente etiologico bem conhecido, qual é esse agente, onde ocorrem as alterações e quais são os mecanismos alterados na motilidade esofágica, descrevendo nome e alteração, que no conjunto resultam no que chamamos de megaesôfago

A

Trypanosoma cruzi, causador da doença de Chagas-> possui tropismo pelos plexos mioentéricos do esôfago (Auerbach e Meissner)

Destruição das células ganglionares dos plexos mioentéricos intramurais do esôfago-> disfagia insidiosa e progressiva, emagrecimento, pirose, sialorreia, regurgitação

Acalasia-> falha no relaxamento do EIE

Aperistalse- incoordenação do peristaltismo esofágico

Esses dois combinados causam disfagia crônica

35
Q

Um paciente de 80 anos, com disfagia, sialorreia, halitose e que apresentam massa na região cervical que pode ser reduzida por manobras manuais, deve ser portador de qual patologia? Quais exames devem ser solicitados para diagnóstico justificando cada um deles? O tratamento é cirurgico ou apenas expectante?

A

Divertículos esofágicos- provavelmente divertículo de Zenker (faringoesofágico)

Rx contrastado (Principal), EDA, videoglutograma

RX contrastado- identificação da evaginação esofágica

Videoglutograma- visualização da fase de deglutição

Cirurgico- eversão ou ressecação do divertículo

36
Q

Indicações de cirurgia urgência em retocolite ulcerativa

A

Megacólon tóxico
Enterorragia maciça
Perfuração intestinal

37
Q

Indicações de cirurgia eletiva para retocolite ulcerativa

A

Intratabilidade clinica
Retardo do desenvolvimento
Risco de câncer
Degeneração

38
Q

Indicações de cirurgia de urgência em doença de Crohn

A

Abscesso perianal
Abscesso intra abdominal
Obstrução intestinal
Fístula abdominal/perfuração
Megacólon tóxico
Apendicite aguda
Perfuração de alça para cavidade livre

39
Q

Indicação de cirurgia eletiva para doença de Crohn

A

Instabilidade clínica
Estenoses
Suboclusão intestinal
Fístulas anais
Fístulas entéricas ou colônicas entre alças ou outras vísceras
Risco de câncer

40
Q

Princípios técnicos em cirurgia de urgência em retocolite e doença de Crohn

A

Retocolite : cirurgia de grande ressecção, mas não aborda o reto na urgência

Colectomia total com ileostomia total

Doença de Chron: cirurgia de pequenas ressecções
Ressecção do segmento acometido com ou sem anastomose
Drenagem de abscessos abdominais ou perineais
Fistulotomias perianais com colocação de sedenho
Apendicectomia e colectomia

41
Q

Sintomas da doença hemorroidaria

A

Sangramento
Prolapso
Prurido
Exsudação
Desconforto
Dor- apenas na crise de inflamação ou trombótica
Sem alteração de habito intestinal