Psicopatologia Flashcards

1
Q

O que e psicopatologia?

A

Conjunto de conhecimentos referentes ao adoecimento mental do ser humano. Inclui grande número de fenômenos humanos associados ao que se denominou historicamente de doença mental.

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2
Q

Quais as funções psíquicas elementares?

A

Consciência, atenção, orientação, sensopercepção, memoria, afetividade, pensamento, linguagem, vontade, psicomotricidade, consciência do eu, inteligencia

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3
Q

O que é consciência?

A

É o estado de estar desperto, mas, além disso, é a capacidade de entrar em contato com a realidade, perceber e conhecer os objetos

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4
Q

O que são alterações quantitativas da consciência?

A

Dizem respeito ao nível de consciência: obnubilação, torpor e coma

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5
Q

O que são alterações qualitativas da consciência?

A

Dizem respeito ao campo da consciência. Dissociação da consciência, estado crepuscular, transe, estado hipnótico

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6
Q

O que é dissociação da consciência (alteração qualitativa da consciência)?

A

Refere-se à fragmentação ou divisão do campo da consciência, na qual observa-se um estado semelhante ao sonho e pode ocorrer em estados dissociativos e de ansiedade intensa

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7
Q

O que é estado crepuscular ou estreitamento da consciência (alteração qualitativa da consciência)?

A

↓amplitude da consciência: observado em quadros dissociativos agudos, crises epilépticas e intoxicações.

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8
Q

O que é atenção? O que é vigilância e tenacidade?

A

Pode ser definida como a direção da consciência e depende do interesse que o indivíduo tem em determinado objeto. A vigilância refere-se ao estado de alerta para estímulos vindos do ambiente, e tenacidade é definida pela concentração da atenção ou foco da consciência.

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9
Q

O que é hipoprosexia?

A

Diminuição global da atenção

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10
Q

O que é hiperprosexia?

A

Estado de atenção exacerbada

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11
Q

O que é distração?

A

Superconcentração ativa sobre determinados objetos com inibição do restante.

Hipertenacidade + hipovigilância.

Ex.: alguns quados obsessivos e síndromes depressivas.

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12
Q

O que é distraibilidade?

A

Instabilidade e mobilidade acentuada da atenção voluntária, com dificuldade para se fixar em objeto; a atenção é facilmente desviada.

Hipotenacidade + hipervigilância.

Ex.: estados maníacos, uso de anfetaminas e situações de intensa ansiedade.

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13
Q

O que é orientação?

A

É a capacidade de situar-se quanto a si mesmo (orientação autopsíquica - temporal e espacial) e quanto ao ambiente (orientação alopsíquica).

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14
Q

Quais os tipos de desorientação?

A

Segundo a alteração de base a condiciona: desorientação torporosa, por déficit de memória, por apatia e/ou desinteresse profundo, desorientação esquizofrênica, oligo frênica e dissociativa.

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15
Q

O que é sensação e percepção?

A

Define-se sensação como fenômeno elementar gerado por estímulos físicos, químicos ou biológicos variados, que produzem alterações nos órgãos receptores. Percepção é a tomada de consciência do estímulo sensorial.

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16
Q

Quais as alterações quantitativas da sensopercepção?

A

Hiperestesia (ex.: intoxicações por alucinógenos e alguns
tipos de epilepsia)

Hipoestesia (ex.: quadros depressivos).

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17
Q

O que são ilusões? (alt qualitativas da sensopercepção)

A

Ilusões: percepções alteradas de um objeto real e presente. Podem ocorrer basicamente em três condições: rebaixamento do nível de consciência, estados de fadiga grave e estados de acentuada carga afetiva.

18
Q

O que são alucinações? Como são classificadas?

A

Alucinações: vivências de percepção de um objeto, sem que este objeto esteja presente.

Classificação: auditivas, visuais, táteis, olfativas/gustativas, cenestésicas (sensações anormais no corpo, ex.: “a cabeça está encolhendo”), cinestésicas (alucinações de movimentos, ex.: “corpo flutuando”), e sinestésicas (envolvem mais de um sentido).

Alucinações funcionais: desencadeadas por estímulos sensoriais (ex.: ouvir vozes ao abrir o chuveiro)

Alucinações visuais extracampinas: ocorrem fora do campo visual

Ex. de alucinações auditivas: sonorização do pensamento (paciente escuta os próprios pensamentos); publicação do pensamento (paciente tem a sensação de que as pessoas escutam o que ele pensa)]

19
Q

Quais outras alterações da sensopercepção podem ser citadas?

A

Pareidolias, heautoscopias, alucinações hipnagógicas (ao adormecer) e hipnopômpicas (ao despertar).

20
Q

O que são alucinoses?

A

Quadros alucinatórios sem perda de consciência da realidade. Ex.: alcoolismo

21
Q

O que é memória?

A

Define-se pela capacidade de registrar, manter e evocar fatos passados, e está intimamente relacionada com o nível de consciência, atenção e interesse afetivo.

22
Q

Como a memória pode ser dividida?

A

Memória imediata: capacidade de reter a informação imediatamente após ser percebida.

Memória recente ou de curto prazo: capacidade de reter a informação por um período curto, de minutos a uma hora.

Memória remota ou de longo prazo: capacidade de evocação de acontecimentos ocorridos no passado, após meses ou anos.

23
Q

Quais as alterações quantitativas da memória?

A

Hipermnésia (geralmente relacionada a uma aceleração psíquica global).

Amnésias ou hipomnésias: podem ser classificadas em psicogênicas ou orgânicas; e anterógrada (perda da capacidade de fixação) ou retrógrada (perda da capacidade de evocação). Pode também haver amnésias lacunares (ou seletivas).

24
Q

Quais as alterações qualitativas da memória?

A

Ilusões mnêmicas: acréscimo de elementos falsos a uma lembrança verdadeira.

Confabulações: dados fantasiosos que preenchem vazios de memória. Ex.: síndrome de Korsakoff*

Criptamnésias: registros de memória que aparecem como se fossem ideias novas

Déjà vu / jamais vu

25
Q

O que é afetividade? Como pode ser dividida?

A

A vida afetiva é a dimensão psíquica que confere o tom a todas as vivências humanas. Divide-se basicamente em humor e afeto. São observados através da expressão facial, do tom de voz e dos movimentos corporais.

Humor: tônus afetivo do indivíduo em um determinado momento.

Afeto: qualidade emocional que acompanha uma ideia ou representação mental.

26
Q

Como a afetividade pode ser classificada?

A

Eutimia, hipertimia, hipotimia ou modificada.

Hipertimia: ocorre reação emocional desproporcional ao estímulo

Hipotimia: estado de apatia e redução global das emoções

27
Q

Quais as principais alterações afetivas?

A

(1) Labilidade afetiva: estado de instabilidade emocional com mudanças súbitas e imotivadas do humor. O indivíduo oscila de forma abrupta, rápida e inesperada de um estado afetivo para outro. Na incontinência afetiva, o indivíduo não consegue conter suas reações afetivas.
(2) Ambivalência afetiva: situação de coexistência de estados emocionais incompatíveis, de forma cindida, desagregada, caracteristicamente esquizofrênica.
(3) Ambitimia: refere-se aos estados de simultaneidade de sentimentos opostos, conflituosos, porém sem que haja cisão da personalidade.
(4) Puerilismo: estado de regressão ao comportamento infantil, que pode ocorrer em quadros hebefrênicos ou dissociativos.
(5) Paratimia: inadequação afetiva do esquizofrênico, apresentando reações emocionais incompreensíveis ou paradoxais.
(6) Neotimia: surgimento repentino de sentimentos novos, inusitados, vivenciados por pacientes esquizofrênicos. São afetos muito estranhos e bizarros para a própria pessoa que os experimenta.
(7) Embotamento afetivo: ausência dos nexos afetivos que pode vir a ocorrer em certos casos de lesão cerebral, em quadros autísticos e nos quadros de esquizofrenia com sintomas negativos. É a perda profunda de todo tipo de vivência afetiva.
(8) Apatia: é a diminuição da excitabilidade emotiva e afetiva. O paciente torna-se hiporreativo. Estado afetivo próprio dos quadros depressivos.
(9) Hipomodulação do afeto: incapacidade do paciente de modular a resposta afetiva, indicando rigidez do indivíduo na sua relação com o mundo.
(10) Anedonia: incapacidade total ou parcial de obter e sentir prazer com determinadas atividades e experiências da vida. É um sintoma central das síndromes depressivas, podendo também ocorrer em quadros esquizofrênicos.

28
Q

Quais as principais alterações de humor?

A

(1) Distimia: designa a alteração básica do humor, tanto no sentido de inibição quanto de exaltação. *Obs.: não confundir o sintoma distimia com o transtorno distimia, que é um transtorno depressivo leve e crônico.
(2) Humor triste e ideação suicida: ideias relacionadas à morte, ideias suicidas, planos e tentativas de suicídio devem ser sempre avaliadas com cuidado em pacientes com o humor deprimido.
(3) Disforia: tonalidade afetiva desagradável, mal-humorada, acompanhada de irritabilidade.
(4) Irritabilidade patológica: hiper-reatividade desagradável, hostil e, eventualmente, agressiva a estímulos do meio exterior.
(5) Ansiedade: estado de humor desconfortável, apreensão negativa em relação ao futuro.

29
Q

O que é pensamento? Como é dividido?

A

Consiste na organização do fluxo das ideias e está dividido didaticamente em curso, forma e conteúdo.

Alterações do curso:

30
Q

Quais as principais alterações de curso do pensamento?

A

Aceleração (taquipsiquismo)

Lentificação (bradipsiquismo)

Aumento do tempo de latência da resposta e bloqueio do pensamento (súbita interrupção, que pode ser evidência de atividade alucinatória).

Roubo do pensamento: uma vivência frequentemente associada ao bloqueio do pensamento, na qual o indivíduo tem a sensação de que seu pensamento foi roubado de sua mente.

31
Q

Quais as principais alterações de forma do pensamento?

A

(1) Fuga de ideias: secundária à aceleração, na qual uma ideia se segue à outra de forma extremamente rápida, deixando de seguir uma lógica e passando a ocorrer por assonância. Alteração característica dos quadros maníacos.
(2) Afrouxamento das associações: apesar de menos articuladas, as ideias ainda apresentam uma concatenação lógica.

(3) Descarrilhamento do pensamento: o pensamento
passa a extraviar-se de seu curso normal e
pode ser observado nos quadros esquizofrênicos.

(4) Desagregação do pensamento: profunda e radical perda dos nexos associativos com total perda da coerência. Alteração típica das formas graves e avançadas de esquizofrenia.
(5) Arborização: perda da direcionalidade, sem conclusão do raciocínio, encontrada na mania.
(6) Perseveração: dificuldade de mudança do tema, observada em alguns quadros demenciais.
(7) Circunstancialidade: raciocínio do paciente “dá voltas em torno do tema”, sem entrar na questão essencial, pode ocorrer em casos de transtorno obsessivo-compulsivo.

Outras alterações: tangencialidade, prolixidade,
pensamento vago e concretude (dificuldade
de abstração) do pensamento.

32
Q

O que são alterações de conteúdo do pensamento? Quais as principais?

A

Dizem respeito ao tema do pensamento e, quando este se distancia da realidade compartilhada, temos
o delírio.

Ideias delirantes primárias: juízos patologicamente falseados e têm características essenciais: convicção extraordinária, irremovível, seu conteúdo é impossível e incompreensível, e são particulares ao indivíduo, inserindo-se de maneira inteiramente nova em determinado instante da curva vital daquela pessoa.

  • Sistematizados / não sistemarizados
  • Tipos: persecutório, de autorreferência, de influência, de grandeza, místico, de culpa, de ruína, de ciúme, etc.

Delírios secundários ou ideias deliroides: se caracterizam por não se originarem de uma alteração primária do pensamento, mas de alterações de outras áreas da atividade mental (afetividade, consciência), que indiretamente produziram juízos falsos. Ex.: podem ocorrer em transtornos do humor.

Humor delirante: paciente experimenta aflição e ansiedade intensas, como se algo terrível fosse acontecer, apresentando grande perplexidade e estranheza, caracterizando-se como um estado
pré-delirante.

Percepções delirantes e representações delirantes: atribuições de significados delirantes a percepções reais ou fatos ocorridos.

Cognições delirantes: um significado delirante se impõe à consciência, como uma espécie de intuição.

Ideias sobrevaloradas ou prevalentes: são aquelas em que ocorre uma distorção da realidade (que não chega a se configurar delírio), causada por uma predisposição afetiva.

33
Q

O que é linguagem?

A

Atividade especificamente humana, fundamental na elaboração e expressão do pensamento.

34
Q

Quais alterações de linguagem são secundárias à lesão neurológica (AVE, tumor cerebral, malformações vasculares, etc.)?

A

Afasias e disartrias

35
Q

Quais alterações de linguagem são associadas a transtornos psiquiátricos?

A

(1) Logorreia e taquifasia: produção aumentada da linguagem verbal, podendo haver “pressão ao falar”, isto é, atividade linguística na qual há pressão incoercível para falar sem parar. Frequente nos episódios maníacos.

(2) Bradifasia: comum nos quadros depressivos, esquizofrenia com sintomas negativos e quadros demenciais;
(3) Mutismo: na maioria das vezes, é uma forma verbal de negativismo, de tendência automática a se opor às solicitações do ambiente, no que concerne à resposta e à produção verbal. Observado em quadros de estupor catatônico ou depressivo grave. Pode haver também mutismo seletivo, de caráter psicogênico, e mutismo
acinético, ou coma vígil.

(4) Perseveração e estereotipia verbal: repetição automática de palavras ou trechos de frases, de forma quase mecânica, comum em alguns casos de esquizofrenia.
(5) Ecolalia: repetição da última ou das últimas palavras que o entrevistador falou ao paciente, encontrada principalmente nos quadros de esquizofrenia catatônica.
(6) Palilalia e logoclonia: repetição da última ou das últimas palavras que o próprio paciente falou, encontrada principalmente nos quadros demenciais.
(7) Tiques verbais: produções de fonemas ou palavras de forma recorrente, imprópria e irresistível. A coprolalia é a emissão involuntária e repetitiva de palavras obscenas. São sintomas característicos da síndrome de Tourette.
(8) Verbigeração: repetição de forma monótona e sem sentido aparente de palavras ou trechos de frases.
(9) Mussitação: produção repetitiva de uma voz muito baixa, murmurada, sem significado comunicativo, o paciente “fala para si”. Verbigeração e mutismo são formas de automatismos verbais comuns na esquizofrenia.
(10) Pararrespostas: respostas diferentes do que foi perguntado.
(11) Neologismos: criação de palavras novas, desprovidas de sentido comum.
(12) Jargonofasia: fala incompreensível, incoerente, ininteligível, também denominada salada de palavras.

36
Q

O que é vontade?

A

Representa o livre-arbítrio no direcionamento da ação, ou seja, a capacidade de cada indivíduo determinar-se, mesmo que em desacordo com suas tendências ou hábitos, e está relacionada à expressão e execução dos desejos. Relaciona-se às esferas instintiva, afetiva e intelectiva.

Pragmatismo: capacidade de exercer plenamente o ato volitivo.

37
Q

Quais as principais alterações da vontade?

A

(1) Hiperbulia: pacientes sentem-se dotados de poder e disposição extraordinários, tipicamente observada nos quadros maníacos.
(2) Hipobulia: caracteriza-se por um sentimento de completa impotência e tudo parece ser inalcançável, cansativo e desanimador, como nos casos de depressão.
(3) Negativismo: oposição do indivíduo às solicitações do ambiente. Resistência automática e obstinada. Na forma ativa, o paciente faz o oposto ao solicitado; na forma passiva, o paciente simplesmente nada faz quando solicitado. Observado nos quadros catatônicos. A sitiofobia, definida por uma recusa sistemática de alimentos, pode estar associada a formas graves de negativismo.
(4) Obediência automática: é o oposto ao negativismo, revela uma profunda alteração da atividade volitiva, na qual perde a autonomia e a capacidade de conduzir seus atos volitivos.
(5) Fenômenos em eco: o indivíduo repete de forma automática as palavras ou ações do entrevistador, denominadas ecolalia e ecopraxia, respectivamente. Frequentes nos quadros catatônicos e orgânicos.

Os atos impulsivos são ações automáticas súbitas e incoercíveis as quais o indivíduo tem dificuldade de resistir, como a dromomania (impulso de “fuga”), a piromania (impulsos incendiários), a cleptomania (impulso de furtar), a frangofilia (impulsos destrutivos), a dipsomania (embriaguez periódica) e as toxicomanias.

Perversões alimentares, disfunções sexuais e parafilias também são consideradas alterações da vontade.

38
Q

O que é psicomotricidade? Como pode ser classificada?

A

Relacionada à execução do ato volitivo.

Pode estar aumentada (hipercinesia), diminuída (hipocinesia) ou abolida (acinesia).

39
Q

Quais as principais alterações da psicomotricidade?

A

Agitação psicomotora: implica aceleração e exaltação de toda a atividade motora do indivíduo, e está comumente associada a hostilidade e heteroagressividade.

Lentificação psicomotora: reflete uma inibição de toda a atividade psíquica, podendo haver um período de latência entre uma solicitação ambiental e a resposta motora.

Inibição psicomotora com perda de toda a atividade espontânea caracteriza o estupor, que pode ser catatônico, maníaco, depressivo ou dissociativo.

Na catatonia, podem ocorrer outras alterações psicomotoras, a catalepsia (hipertonia com redução da mobilidade) e flexibilidade cérea (tendência do paciente a se manter na posição em que é colocado).

Cataplexia: perda abrupta do tônus muscular, geralmente acompanhada de queda; está presente na narcolepsia.

Estereotipias motoras: repetições automáticas e uniformes, realizadas mecanicamente muitas vezes em um mesmo dia. Maneirismos são um tipo de estereotipia motora caracterizada por movimentos bizarros, repetitivos e geralmente complexos. Movimentos estereotipados podem ser observados em pacientes esquizofrênicos.

Tiques motores e alterações da marcha também são considerados alterações da psicomotricidade.

40
Q

Como a consciência do eu pode ser dividida?

A

Pode ser dividida em atividade, unidade, identidade e oposição do eu em relação ao mundo.

41
Q

Quais as principais alterações da consciência do eu?

A

Atividade do eu: Suspensão da sensação normal do próprio eu, corporal e psíquico. Além disso, o paciente pode sentir que seus pensamentos são feitos e impostos por alguém ou algo externo. São também denominados vivências de influência.

Unidade: O indivíduo sente que é mais de uma pessoa ao mesmo tempo.

Identidade: o paciente não reconhece a si próprio, podendo considerar que é outra pessoa, ou experimentar um sentimento de estranheza em relação a si próprio, este último chamado despersonalização. Frequentemente, apresenta-se associada ao fenômeno de desrealização, é caracterizada pela perda de relação da familiaridade com o mundo, no sentido de um estranhamento ao que era familiar.

Oposição do eu em relação ao mundo: desaparecem os limites entre o indivíduo e o mundo externo. Inclui vivências de publicação, sonorização, eco e roubo do pensamento.

42
Q

O que é inteligência? Como pode ser avaliada?

A

Podemos definir a inteligência simplesmente como a capacidade de resolver problemas, de qualquer natureza. Deve-se considerar sempre, na avaliação, o contexto sociocultural e a escolaridade do paciente, e as questões devem ser relevantes à sua bagagem cultural e educacional.

Alguns testes podem ser realizados, como solicitar ao paciente que realize contas simples, que poderemos complicar à medida que ele responde corretamente.

Pensamento abstrato: capacidade para lidar com conceitos. Os pacientes podem explicar semelhanças e o significado de provérbios simples.

Os principais quadros que são caracterizados por déficit intelectivo incluem o retardo mental e quadros demenciais.