Propedêutica Neurológica Flashcards

1
Q

Doenças de instalação súbita são mais características de quais tipos de etiologia?

A

1) Vasculares (AVEs)

2) Inflamatórias (surto de Esclerose Múltipla)

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2
Q

Doenças de instalação progressiva são mais características de quais tipos de etiologia?

A

1) Degenerativas

2) Hipertensão Intra-craniana

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3
Q

Neuropatias periféricas são mais observadas em qual fase da vida?

A

Adultos

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4
Q

Síndrome de Beckman e Duchenne são mais observadas em qual fase da vida?

A

Crianças

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5
Q

Qual a importância da idade do paciente no diagnóstico das doenças neurológicas?

A

A idade ajuda a direcionar o tipo de doença

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6
Q

Qual a importância da avaliação de pele e anexos, no exame físico, para diagnóstico de doenças neurológicas?

A

Pode haver sinais que indiquem doenças neurológicas:

1) Neurofibroma (TU benigno de nervos periféricos)
2) Manchas de café com leite (manifestação neuro-cutânea de doenças que acometem o SNC)

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7
Q

Qual a importância da avaliação de crânio, no exame físico, para diagnóstico de doenças neurológicas?

A

Pode haver sinais que indiquem doenças neurológicas:

1) Macro/microcefalia
2) Crânio-estenoses (fechamento precoce de suturas)
3) Meningomielocele (não fechamento adequado do tubo neural)
4) Sinal do sol poente (crianças com hidrocefalia, pelo aumento da PIC)

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8
Q

Qual a importância da avaliação de extremidades no exame físico para diagnóstico de doenças neurológicas?

A

Pode haver sinais que indiquem doenças neurológicas:

1) Acromegalia
2) Sindactilia

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9
Q

O que é e quais as principais repercussões neurológicas da Doença de Von Recklinghausen?

A

Neurofibromatose tipo I (TU em cérebro, medula e nervos)

Retardo mental e epilepsia

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10
Q

Qual a importância da avaliação da fácies, no exame físico, para diagnóstico de doenças neurológicas?

A

1) Fácies sindrômica
2) Alteração de mímica facial
3) Assimetrias
4) Movimentos involuntários
5) Ptose
6) Alterações do estado emocional

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11
Q

Quais as principais marchas patológicas que podem estar presentes no exame físico?

A

1) Hemiplégica (Ceifante)
2) Escavante
3) Miopática (Anserina)
4) Parkinsoniana (Simiesca, em bloco, em pequenos passos)

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12
Q

O que caracteriza a marcha hemiplégica (ceifante)? Representa qual patologia, principalmente?

A

Rotação interna do quadril, pé rodado para dentro. Braço do lado acometido rente ao corpo, antebraço flexionado e mão fechada.
São comuns em AVCs, TCEs ou massas tumorais.

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13
Q

O que caracteriza a marcha escavante? Representa qual patologia, principalmente?

A

Não faz flexão dorsal do pé (pé caído). Ao andar, o paciente raspa a ponta do pé no chão. Mais comum unilateral.
Lesão de nervo fibular ou raiz de nervo ciático (L5-S1)

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14
Q

O que caracteriza a marcha miopática (anserina)? Representa qual patologia, principalmente?

A

Fraqueza muscular proximal nas curvaturas pélvica e escapular. Paciente não consegue erguer a perna (não faz flexão da coxa). Jogo de quadril, arrastando a perna, com hiperlordose.
Doença muscular periférica (Miopatias)

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15
Q

O que caracteriza a marcha Parkinsoniana? Representa qual patologia, principalmente?

A

Bradicinesia (lentidão de movimento), instabilidade postural. Inclinação do tronco para frente, tremor das mãos e marcha de pequenos passos. Grande dificuldade para virar o corpo (mudar de direção). Vira em bloco. Parece que o pé está grudado ao chão.
Doença de Parkinson

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16
Q

Quais são os sinais meníngeos?

A

1) Sinal de Brudzinski
2) Sinal de Kernig
3) Sinal de Lasègue

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17
Q

O que é o sinal de Brudzinski?

A

Leve flexão de coxas e joelho pelo paciente, reflexas à flexão passiva do pescoço (pelo examinador). Ocorre pelo estiramento da meninge cervical, que causa dor.

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18
Q

O sinal de Brudzinski serve para diagnóstico diferencial de quais doenças?

A

Meningite e AVE hemorrágico (hemorragia subaracnóidea)

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19
Q

O que é o sinal de Kernig?

A

Dor em região posterior da coxa ou lombar em resposta à extensão passiva das pernas (pelo examinador)

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20
Q

O sinal de Kernig serve para diagnóstico diferencial de quais doenças?

A

Meningite e radiculopatias (hérnias de disco comprimindo o nervo ciático)

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21
Q

O que é o sinal de Lasègue?

A

Dor lombar irradiada para região posterior do membro inferior, em resposta à elevação passiva do membro com a perna em extensão (pelo examinador)

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22
Q

O sinal de Lasègue serve para diagnóstico de quais doenças?

A

Radiculopatias

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23
Q

O equilíbrio depende da interação de quantos sistemas? Quais são eles?

A

5 sistemas

1) Sistema motor (tônus e força muscular)
2) Propriocepção (posição dos segmentos)
3) Aparelho vestibular (posição e movimentos da cabeça)
4) Visão
5) Cerebelo (coordenação dos músculos)

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24
Q

Quais são os 12 pares cranianos?

A

1) Olfatório
2) Óptico
3) Oculomotor
4) Troclear
5) Trigêmeo
6) Abducente
7) Facial
8) Vestibulococlear
9) Glossofaríngeo
10) Vago
11) Acessório
12) Hipoglosso

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25
Q

Como deve ser feito o exame do I par craniano?

A

Tampa uma narina e dar um frasco com algo para o paciente identificar. Após, troca a narina e faz o mesmo teste.

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26
Q

Quais as formas de lesão do I par craniano?

A

1) Periférica, por destruição das fímbrias na narina (tabagistas, usuários de drogas, rinite crônica)
2) Central (tumor, TCE)

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27
Q

Como deve ser feito o exame do II par craniano?

A

1) Fundo de olho

2) Campo visual

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28
Q

Como deve ser feito o exame do III par craniano?

A

1) Motilidade ocular extrínseca. Pede para o paciente acompanhar seu dedo com o olho em todas as direções.
2) Reflexo fotomotor
3) Reflexo consensual
4) Reflexo de acomodação visual

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29
Q

Quais são os músculos inervados pelo III par craniano?

A

1) Músculo constritor da pupila
2) Músculo elevador da pálpebra superior
3) Músculos oblíquo inferior, reto superior, reto inferior, reto medial

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30
Q

Quais os principais sinais quando há lesão do III par craniano?

A

1) Midríase fixa (anisocoria)
2) Ptose
3) Estrabismo divergente

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31
Q

Como deve ser feito o exame do IV par craniano?

A

Pede para o paciente olhar para baixo

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32
Q

Qual o músculo inervado pelo IV par craniano?

A

Músculo oblíquo superior

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33
Q

Quando ocorre a oftalmoplegia completa? Quais as principais causas?

A

Quando há lesão dos pares III, IV e VI.

Lesões expansivas, isquêmicas ou metabólicas.

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34
Q

O que é a síndrome de Tolosa-Hunt? Quais são as principais manifestações clínicas?

A

Doença rara, autoimune e inflamatória. Há inflamação do seio cavernoso, envolvendo III, IV, V e VI pares cranianos.
Cefaleia severa unilateral com paralisia da musculatura periorbitária.

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35
Q

Como deve ser feito o exame do V par craniano?

A

1) Reflexo córneo-palpebral (estimula a córnea com algodão e o olho fecha - via aferente)
2) Reflexo profundo mandibular (boca entreaberta e percussão de mento, se houver resposta intensa de fechamento, indica lesão pontina)
3) Teste de sensibilidade dos 3 ramos: maxilar, oftálmico e mandibular

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36
Q

Pelo que é responsável o V par craniano?

A

Nervo motor e sensitivo, responsável pela inervação da musculatura da face, mastigação e sensibilidade facial

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37
Q

Quantos são os ramos do V par craniano? Quais são eles?

A

3 ramos

1) Ramo mandibular
2) Ramo maxilar
3) Ramo oftálmico

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38
Q

Como é feito o exame do VI par craniano?

A

Motilidade extrínseca ocular

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39
Q

Qual músculo é inervado pelo VI par craniano?

A

Músculo reto lateral do olho

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40
Q

Como é feito o exame do VII par craniano?

A

1) Reflexo orbicularis-oculi (percussão da glabela: se houver picada extensa -> patológico (lesão em tronco cerebral))
2) Reflexo orbicularis-oris (percussão acima do lábio superior: se houver movimento tipo beijo -> patológico (lesão em tronco cerebral)
3) Mímica facial

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41
Q

Pelo que é responsável o VII par craniano?

A

Nervo motor que faz a mímica da face

Nervo sensitivo dos 2/3 anteriores da língua

42
Q

Quais são os tipos de paralisia facial? Quais são suas características?

A

1) Periférica: ipsilateral, acometendo toda a hemiface. A testa não enruga, sobrancelha não se eleva, há paralisia do terço inferior da face. Presença do sinal de Bell.
2) Central: contralateral, acomete terço inferior de face, poupando testa. Pode haver discreta paresia de olho.

43
Q

O que é o sinal de Bell? É indicativo de qual patologia?

A

O olho não fecha e o globo ocular gira para cima. Indicativo de paralisia facial periférica.

44
Q

Como é feito o exame do VIII par craniano?

A

1) Teste de Rinne (colocar diapasão no processo mastóide; quando o indivíduo parar de sentir a vibração, coloca ao lado da orelha e pergunta se a pessoa escuta) -> condução aérea
2) Teste de Weber (colocar o diapasão no vértice da cabeça; o paciente deve ouvir igual nas 2 orelhas) -> condução óssea
3) Teste de audição (vê se o paciente escuta)
4) Examinar nistagmo e equilíbrio

45
Q

Pelo que é responsável o VIII par craniano?

A

Audição (ramo coclear) e equilíbrio (ramo vestibular)

46
Q

Como é feito o exame do IX par craniano?

A

Pede para o paciente colocar a língua para fora e fazer “Ah!” -> o normal é que haja elevação simétrica do palato

47
Q

Pelo que é responsável o IX par craniano?

A

Gustação do terço posterior da língua e motilidade do palato mole, reflexo do vômito e sensibilidade da laringe

48
Q

O que é o sinal da cortina? Indica lesão de qual par craniano?

A

Lesão ipsilateral; o palato do lado lesado não se eleva, e o lado são se eleva e desvia a úvula para o lado são. Indica lesão de IX par craniano (glossofaríngeo)

49
Q

Pelo que é responsável o X par craniano?

A

Sensibilidade de conduto auditivo externo, laringe e faringe
Sensibilidade do 1/3 posterior da língua
Inervação motora de faringe e laringe (deglutição)

50
Q

Como é feito o exame do X par craniano?

A

Pede para o paciente deglutir (água)

51
Q

Pelo que é responsável o XI par craniano?

A

Motilidade de trapézio e esternocleidomastoideo

52
Q

Como é feito o exame do XI par craniano?

A

Trapézio: Coloca a mão nos ombros do paciente e pede para ele levantar os ombros.
Esternocleidomastoideo: coloca a mão na face do paciente e pede para ele virar a cabeça.

53
Q

Pelo que é responsável o XII par craniano?

A

Inervação motora da língua

54
Q

Como é feito o exame do XII par craniano?

A

Pede para o paciente movimentar a língua.

Se há lesão: desvio da língua para o lado lesado (atrofiado)

55
Q

No exame da motricidade, como é avaliada a força do paciente?

A

Escala de avaliação da Força Muscular (MRC - Medical Research Council)

5: Força normal
4: Realiza movimento contra a resistência externa moderada e gravidade (vence resistência)
3: Realiza movimento contra a gravidade, porém sem resistência adicional (contra gravidade)
2: Contração fraca, produzindo movimento com a eliminação da gravidade (contração muscular com deslocamento do segmento)
1: Traço de contração sem produzir movimento (contração muscular sem movimento)
0: Paralisia

Obs: sempre comparar os 2 lados

56
Q

Qual a definição de plegia?

A

Paralisia total

57
Q

Qual a definição de paresia?

A

Perda de força muscular (sem paralisia)

58
Q

Como deve ser feita a avaliação da força segmentar?

A

Deve ser realizada no ambulatório (e não no PS)

1) Flexão do antebraço: C5, C6 e Bíceps
2) Extensão do antebraço: C6, C7, C8 e Tríceps
3) Extensão do punho: C6, C7, C8 e Radial
4) Abertura dos dedos: C8, T1 e nervo ulnar
5) Pressão Palmar: C7, C8 e T1
6) Oponência do polegar: C8, T1 e Nervo mediano
7) Flexão do quadril: L2, L3, L4 e iliopsoas
8) Extensão do joelho: L2, L3, L4 e quadríceps
9) Flexão do joelho: L4, L5, S1, S2 e gastrocnemio
10) Adução dos quadris: L2, L3, L4 e adutores
11) Abdução dos quadris: L4, L5, S1 e glúteos
12) Dorsiflexão plantar: L4, L5
13) Flexão plantar: S1

59
Q

Quais as manobras deficitárias que devem ser realizadas quando não há possibilidade da avaliação segmentar completa?

A

1) Manobra dos braços estendidos
2) Manobra de Mingazzini
3) Manobra de Barré
4) Prova da queda do MI em abdução (realizado na UTI)

60
Q

Como deve ser feita a manobra dos braços estendidos?

A

Ver se o paciente consegue sustentar os braços estendidos. Se houver lesão de sistema piramidal, a queda dos braços é em abdução e devagar. Se houver síndrome conversiva (fingimento), a queda dos braços é rápida e reta.

61
Q

Como deve ser feita a manobra de Mingazzini?

A

Indivíduo em decúbito dorsal, mantém as coxas fletidas, formando ângulo reto com o tronco; as pernas fletidas sobre as coxas, horizontalmente, formando ângulo reto com as coxas; os pés formando ângulo reto com as pernas na vertical. Normalmente essa posição pode ser mantida por 2 minutos. Em condições déficit ocorrem oscilações ou quedas progressivas do pé, da perna ou da coxa, combinadas ou isoladas, caracterizando déficits distais, proximais ou combinados.

62
Q

Como deve ser feita a manobra de Barré?

A

Indivíduo em decúbito ventral, mantém as pernas fletidas sobre as coxas. O déficit da musculatura flexora da perna leva a oscilações ou queda da perna parética.

63
Q

Como deve ser feita a prova da queda do membro inferior em abdução (UTI)?

A

Fletir a perna do paciente, segurar o tornozelo e soltar a perna; A perna que cair é a que está parética.

64
Q

Quais são as principais manobras para avaliar coordenação?

A

1) Romberg
2) Index-Nariz/Index-Index
3) Calcanhar-Joelho
4) Marcha
5) Prova de movimentos alternados com as mãos/dedos

65
Q

Como são chamadas as alterações na prova Index-Nariz ou Index-Index?

A

Dismetria

66
Q

Como são chamadas as alterações na prova de movimentos alternados com mãos/dedos?

A

Disdiadococinesia

67
Q

Quais os tipos de ataxias?

A

1) Ataxia sensitiva: incoordenação; perda de propriocepção; perda de inervação profunda sensitiva por alguma neuropatia (diabética ou alcoólica)
2) Ataxia cerebelar
- Axial ou de tronco: o paciente não consegue nem sentar
- Apendicular: membros superiores/inferiores

68
Q

Quais os principais tipos de movimentos involuntários?

A

1) Coreia
2) Mioclonia
3) Distonia
4) Fasciculação
5) Tremor
6) Tique

69
Q

O que caracteriza as coreias?

A

Movimentos aleatórios involuntários. Lesão extrapiramidal. Pode ser adquirida ou hereditária.
Pode ser por acúmulo de ferro nos núcleos da base.

70
Q

O que caracteriza as mioclonias?

A

Contração de um grupo muscular, rápida e abrupta.

71
Q

O que caracteriza as distonias?

A

Alteração de tônus muscular. Câimbras.

72
Q

O que caracteriza as fasciculações?

A

Parecidas com as mioclonias, mas não são repuxos. Consegue ver o movimento de uma fibra muscular. Pode ser benigna (depois do esforço, stress), ou patológica (comum no ELA). Perda de inervação e tentativa de reinervação. Vê o músculo “pulando”.

73
Q

Como são classificados os tremores?

A

1) Essencial

2) Parkinsoniano

74
Q

O que caracteriza a “Câimbra do escrivão”?

A

Hipertonia da musculatura da mão. Conforme escreve, vai piorando. Específica (só acontece ao escrever). Trata com toxina botulínica (relaxamento).

75
Q

O que caracteriza a Síndrome de Gilles de La Tourette?

A

Inicia-se na adolescência. Apresenta múltiplos tiques, que podem ser motores ou vocais. Quando é vocal, o paciente pode repetir sons não verbais ou verbais (palavrões - constrangedor). Doença genética com remissão espontânea em 50% até os 20 anos. Tratamento cirúrgico se não houver remissão.

76
Q

Quais são os principais reflexos profundos de face e o que indicam?

A

1) Nasopalpebral (VII-VII): percute glabela
2) Oro-orbicular (V-VII): percute lábio superior
3) Massetérico (V-VII): percute mento (boca entreaberta)
- Indicam lesão de ponte se houver exacerbação

77
Q

Qual é o principal reflexo profundo de tronco?

A

Costoabdominais (T6-T10): percute o rebordo costal. A resposta normal é ter contração do músculo abdominal, elevando a cicatriz umbilical.
Exacerbação do reflexo é sinal patológico

78
Q

Quais são os principais reflexos profundos de membros superiores?

A

1) Estilo-radial (C5-C6): desvio radial
2) Cúbito-pronador (C6-T1): desvio ulnar
3) Biciptal (C5-C6): flexão do antebraço
4) Triciptal (C7-C8): extensão do antebraço
5) Flexor dos dedos (C7-T1): percute o dedo. Se houver flexão -> Sinal de Hoffmann

79
Q

O que é o sinal de Hoffmann?

A

Flexão do dedo à percussão

80
Q

Quais os principais reflexos profundos de membros inferiores?

A

1) Patelar (L2-L4): extensão da perna
2) Aquileu (L5-S2): flexão do pé
3) Plantar-profundo (L5-S2): percute a planta do pé, se flexionar o dedo é patológico

81
Q

O que é o reflexo cutâneo abdominal?

A

Reflexo por estímulo superficial de abdome superior, médio e inferior. Se hiperativo, indica lesão medular. T6-T12
- Desvio da linha alba

82
Q

O que é o reflexo cremastérico?

A

L1-L2

Estímulo na região medial da coxa causa elevação de testículo

83
Q

O que é o reflexo cutâneo plantar?

A

L5-S2
Estímulo da planta do pé. Se tiver flexão ou não tiver resposta é normal.
Extensão de hálux, seguida ou não do outros dedos -> patológico (Sinal de Babinski)

84
Q

O que são clônus?

A

Contração muscular reflexa produzida por extensão brusca do tendão de um determinado músculo. Ocorre por lesão de via piramidal. Pode ser esgotável ou inesgotável.

85
Q

O que é Asterix ou tremor Flapping?

A

Transtorno motor caracterizado por tremor grosseiro (bater de asas), produzido por movimentos sucessivos de extremidades. Especialmente visível em extremidades superiores, particularmente nas mãos. Faz a extensão da mão, com braço estendido e separa os dedos.

86
Q

Quais são os reflexos mucosos?

A

1) Corneopalpebral
- Via aferente V par: estimula a córnea
- Via eferente VII par: pisca
Lesão unilateral de trigêmeo não tem resposta do lado afetado, mas tem do contralateral

2) Velopalatino: estimula o palato com espátula. O normal é ter o reflexo do vômito. Se estiver ausente, indica lesão em IX e X par craniano

87
Q

Quais são os tipos de sensibilidade superficial?

A

1) Tátil (feixe espinotalâmico anterior)
2) Dolorosa (feixe espinotalâmico lateral)
3) Térmica (feixe espinotalâmico lateral)

88
Q

Ao testar a sensibilidade dolorosa, é necessário testar a sensibilidade térmica?

A

Não. Ambos testam o feixe espinotalâmico lateral.

89
Q

Quais são os tipos de sensibilidade profunda?

A

1) Cinético-Postural (propriocepção)
2) Vibratória (palestésica)
3) Pressão
4) Tátil discriminatória (feixe espinocerebelar): pede para o paciente determinar a forma de um objeto (estereognosia)
5) Dor profunda: apenas paciente em coma ou consciência rebaixada

90
Q

O que caracteriza polineuropatia periférica?

A

Distúrbio simultâneo de diversos nervos periféricos. Pode ser aguda ou crônica, de desenvolvimento gradativo.
Manifestações clínicas:
- Formigamento
- Dormência
- Dor em queimação em distribuição de bota ou luva
- Incapacidade de sentir vibrações ou posição de membros
- Sensação dolorosa se intensifica a noite
- Pode se tornar mais severa quando a área sensível é palpada ao à mudança de temperatura

91
Q

Nas funções cerebrais superiores, o que deve ser examinado em relação ao estado mental?

A

1) Coma
2) Estado confusional
3) Comportamento (adequado ou não)
4) Estado emocional
5) Orientação tempo-espaço
6) Memória

92
Q

Nas funções cerebrais superiores, o que deve ser examinado em relação à linguagem?

A

1) Disartria: dificuldade de articular palavras, mesmo sabendo o que deve falar -> lesão de IX, XII ou cerebelar
2) Disfasias:
- Motora: área de Broca (giro frontal inferior esquerdo); Sabe o que tem que falar, mas a pronúncia sai errada ou cortada, ou não consegue pronunciar
- Sensitiva: área de Wernick (giro temporal superior esquerdo); tem dificuldade de compreensão da linguagem, não compreende comandos e a fala é desconexa
- Afasia: não emite nenhum som

93
Q

Nas funções cerebrais superiores, o que deve ser examinado em relação à gnosia?

A

1) Agnosia tátil: não reconhecimento de objetos de uso corrente em contato com a mão e olhos fechados
2) Agnosia auditiva: incapacidade de reconhecer determinados sons -> lesão em parte posterior do giro temporal superior
3) Agnosia visual: incapacidade de reconhecer ao olhar objetos e pessoas -> lesão em lobo occipital do hemisfério dominante

94
Q

Nas funções cerebrais superiores, o que deve ser examinado em relação à praxia?

A

1) Apraxia: dificuldade em executar o movimento, mesmo com força íntegra (Ex: Parkinson)

95
Q

Quais são as funções cerebrais superiores?

A

1) Estado mental
2) Linguagem
3) Gnosia
4) Praxia

96
Q

Disartria indica lesões em quais nervos?

A

IX, XII ou cerebelar

97
Q

Disfasia motora indica lesão em qual área cerebral?

A

Área de Broca (giro frontal inferior)

98
Q

Disfasia sensitiva indica lesão em qual área cerebral?

A

Área de Wernick (giro temporal superior)

99
Q

Agnosia auditiva indica lesão onde?

A

Parte posterior do giro temporal superior

100
Q

Agnosia visual indica lesão onde?

A

Lesão em lobo occipital do hemisfério dominante

101
Q

Apraxia é característico de qual doença?

A

Doença de Parkinson, por exemplo