Epilepsia Flashcards

1
Q

Qual a definição de epilepsia?

A

Crises espontâneas e recorrentes, convulsivas ou não-convulsivas, causadas por descargas elétricas focais ou generalizadas no cérebro.

2 ou mais crises epilépticas nos últimos 12 meses, com intervalos assintomáticos de no mínimo 24 horas.

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2
Q

Do que resulta a crise epiléptica?

A

Disfunção temporária do cérebro causada por descarga elétrica anormal e auto-limitada dos neurônios corticais

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3
Q

Sobre a fisiopatologia da epilepsia, quais os principais mecanismos fisiopatológicos que resultam nas crises?

A

1) Excesso de excitação mediada por glutamato (NT excitatório)
2) Falta de GABA (NT inibitório)
3) Neurônios com padrão epiléptico de comportamento (limiar mais baixo de excitabilidade)
Obs: a excitação se dissemina por rede de neurônios interconectados

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4
Q

Quais são os critérios de exclusão de uma epilepsia primária ou idiopática?

A

1) Múltiplas crises em 24 horas, como um evento único
2) Status epiléptico, como um evento único
3) Crise febril (comum em crianças de 5 meses a 5 anos)
4) Crises neonatais (nos primeiros 30 dias de vida, por distúrbios metabólicos)
5) Crises sintomáticas (por doenças sistêmicas)
6) Crise única

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5
Q

Por que a crise febril nas crianças pode resultar em crise epiléptica?

A

A febre diminui o limiar de excitabilidade dos neurônios

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6
Q

Por que as crises neonatais podem resultar em crise epiléptica?

A

Distúrbios metabólicos, como a deficiência de sódio ou cálcio

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7
Q

A epilepsia tem preferência por sexo?

A

Sim, é um pouco mais frequente em homens

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8
Q

Quais as faixas etárias mais acometidas? Quais as principais causas?

A

1) Crianças e adolescentes: epilepsia primária

2) >50 anos: epilepsia secundária (AVC, lesões expansivas)

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9
Q

Qual tipo de crise convulsiva é mais traumática?

A

Crises convulsivas tônico-clônicas

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10
Q

Qual a conduta inicial quando um paciente está em crise convulsiva?

A

1) Colocar algo sobre a cabeça
2) Retificar vias aéreas, lateralizando a cabeça
3) Remoção de objetos perigosos do local
4) Deixar o pescoço livre (afrouxar colarinho)
5) Fique ao lado do paciente até que a respiração volte ao normal
6) Certifique-se de que o paciente acordou
Obs: confusão pós-crise pode ocorrer

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11
Q

Qual a duração média de uma crise convulsiva?

A

5 a 10 minutos, podendo chegar até 30 minutos

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12
Q

A intensidade da crise se altera com o passar do tempo?

A

Sim, a crise se inicia mais intensa e vai diminuindo de intensidade até cessar

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13
Q

O que nunca se deve fazer quando um paciente estiver em crise convulsiva?

A

1) Não introduzir nada na boca do paciente
2) Não segurar a língua do paciente
3) Não tentar fazer o paciente voltar a si
4) Não jogar água ou qualquer outro líquido no paciente
5) Não obrigar o paciente a tomar água
6) Não conter o paciente a fim de imobilizá-lo ou mantê-lo quieto

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14
Q

Quais são as principais situações de risco de uma crise epiléptica?

A

1) Crise prolongada (>10-15 minutos)
2) Crises subentrantes (mal acabou a primeira crise e já começa outra)
3) Não recuperação do nível de consciência
4) Gravidez
5) DM
6) Lesões geradas durante a crise

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15
Q

Quando deve-se levar o paciente para o hospital após uma crise convulsiva?

A

Quando apresentar as situações de risco

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16
Q

Quais os principais risco de morte de uma crise epiléptica?

A

1) O local que ocorre a crise (escadas, piscinas)
2) Estado do Mal Epiléptico
3) Morte súbita

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17
Q

O que é Estado do Mal Epiléptico?

A

Quando a crise epiléptica se prolonga por mais de 30 minutos, sem recuperar a consciência. Cursa com hipoxemia, que pode gerar edema cerebral, compressão de estruturas e morte.

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18
Q

Em quais pacientes é mais comum morte súbita por uma crise epiléptica?

A

Pacientes fármaco-resistentes (que não respondem bem aos medicamentos)

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19
Q

Quando o paciente é classificado como fármaco-resistente?

A

Quando mesmo na utilização de 2 ou mais fármacos, não há o controle da crise

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20
Q

Como são classificadas em crises epilépticas?

A

1) Focais
a. Sem perda de consciência
b. Com perda de consciência
c. Secundariamente generalizadas (focal -> generalizada)
2) Generalizadas
a. Ausência
b. Mioclônicas
c. Tônicas
d. Clônicas
e. Tônico-clônicas
f. Atônicas

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21
Q

Fisiopatologicamente, como se inicia uma crise epiléptica focal?

A

Se inicia em uma única região do cérebro, sem haver disseminação

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22
Q

Fisiopatologicamente, como se inicia uma crise epiléptica generalizada?

A

Se inicia em 2 pontos simultaneamente (1 em cada hemisfério), ou em 1 único ponto, mas que se dissemina para ambos os hemisférios

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23
Q

Há perda de consciência em toda crise epiléptica generalizada?

A

Não, crises convulsivas generalizadas mioclônicas ocorrem sem a perda de consciência

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24
Q

Em qual crise epiléptica generalizada não há perda de consciência?

A

Mioclônica

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25
Q

Quais tipos de crise epiléptica generalizada há aumento da contração?

A

Tônicas, clônicas, mioclônicas, tônico-clônicas

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26
Q

Quais tipos de crise epiléptica generalizada há diminuição da contração?

A

Atônicas

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27
Q

Quais as principais manifestações clínicas das crises epilépticas focais sem perda de consciência?

A

1) Sinais motores
2) Sinais sensitivos (visual, auditivo, olfativo, somatosensitivo)
3) Sintomas psíquicos (alucinatórios, alterações afetivas)
4) Sintomas autonômicos (dilatação pupilar, liberação de esfíncteres)

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28
Q

Quais as principais manifestações clínicas das crises epilépticas focais com perda de consciência?

A
  • Crise descognitiva
  • Pode começar como uma crise focal sem perda de consciência (aura), evoluindo para perda de consciência
  • Pode iniciar com perda de consciência desde o início
  • Pode ter automatismos (movimentos repetitivos)
  • Mesmos sintomas/sinais das crises sem perda de consciência, mas com perda de consciência
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29
Q

Automatismo é característico de crise epiléptica de qual lobo cerebral?

A

Lobo frontotemporal

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30
Q

Quais as principais manifestações clínicas das crises epilépticas focais evoluindo secundariamente para generalizadas?

A
  • Crises focais evoluindo para crises bilaterais convulsivas
  • Começa em um ponto no cérebro e passa para o outro hemisfério cerebral pelo corpo caloso
  • 60% se iniciam em lobo temporal (+ frequente no adulto), seguidos de frontal, parietal e occipital
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31
Q

Em qual lobo cerebral é mais comum se iniciar as crises epilépticas focais que evoluem secundariamente para generalizadas?

A

Lobo temporal (60%)

2º frontal
3º parietal
4º occipital

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32
Q

Quais as principais manifestações clínicas das crises epilépticas generalizadas de ausência?

A
O paciente para, pisca, tem uma hiperventilação e rapidamente volta ao normal, em segundos;
É mais comum em infância/adolescência;
Ocorre várias vezes ao dia;
Crianças com baixo rendimento escolar;
Há perda de consciência;
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33
Q

Em qual faixa etária é mais comum as crises epilépticas generalizadas de ausência?

A

Crianças e adolescentes

34
Q

Quais as principais manifestações clínicas das crises epilépticas generalizadas mioclônicas?

A

Crise caracterizada por repuxos/sustos;
É a única crise generalizada que não há perda de consciência;
São rápidas, durando poucos segundos;
Podem ocorrer várias vezes consecutivas (reentrantes);
Podem ocorrer em quadros de demência;

35
Q

Quais as principais manifestações clínicas das crises epilépticas generalizadas atônicas?

A

O paciente perde o tônus (como em uma síncope);
Duração de segundos;
Mais frequente em crianças;

36
Q

Em qual faixa etária é mais comum as crises epilépticas generalizadas atônicas?

A

Crianças

37
Q

Quais as principais manifestações clínicas das crises epilépticas generalizadas tônicas?

A

Há hipertonia muscular (em extensão) com perda de consciência

38
Q

Quais as principais manifestações clínicas das crises epilépticas generalizadas clônicas?

A

Há contração da musculatura com perda de consciência

39
Q

Quais as principais manifestações clínicas das crises epilépticas generalizadas tônico-clônicas?

A

Alternância de movimentos tônicos e clônicos, com movimentos oculares e perda de consciência

40
Q

A aura pode ocorrer em qual tipo de crise epiléptica?

A

Crises epilépticas focais

41
Q

Qual tipo de crise epiléptica é mais comum?

A

Crise epiléptica focal

42
Q

Pode haver aura em crises epilépticas generalizadas?

A

Não

43
Q

Qual o melhor método de monitoramento da epilepsia?

A

Eletroencefalograma

44
Q

Como são dispostos os eletrodos do eletroencefalograma?

A

Eletrodos ímpares à esquerda da linha média, eletrodos pares à direita da linha média, eletrodos Z no vértice do crânio

45
Q

Como é o resultado do EEG no paciente com epilepsia focal?

A

Somente eletrodos de determinado lobo captam a descarga elétrica

46
Q

Como é o resultado do EEG no paciente com epilepsia generalizada?

A

Todos os eletrodos captam a descarga elétrica

47
Q

O que é a Paralisia de Todd?

A

Se manifesta com perda de função transitória da área do cérebro responsável pela descarga epiléptica;
Os pacientes podem apresentar desde paralisia de um membro até paralisia de um hemicorpo (forma clássica da Paralisia de Todd);
Anestesia com distribuição similar, cegueira, sintomas disfásicos com incapacidade para falar ou compreender;
Os sintomas se desvanecem após algumas horas;
Principal diagnóstico diferencial: AVC

48
Q

Ao que está relacionados o lobo temporal? (funções)

A

1) Memória
2) Audição
3) Processamento e percepção de informações sonoras
4) Capacidade de entender linguagem
5) Processamento visual de ordem superior

49
Q

O que caracteriza a crise epiléptica focal do lobo temporal?

A

Mais comum em adultos
60% das crises
Sequencia de eventos relativamente fixa:
1) Aura: fenômeno sensorial consciente
2) Reação de parada e fixação do olhar
3) Automatismo simples e alterações motoras
4) Automatismo complexo ou generalização secundária

50
Q

O que caracteriza a crise epiléptica focal do lobo temporal na porção médio-basal?

A

Descarga elétrica originada na amigdala e hipocampo

1) Sensações viscerais: sensação epigástrica ascendente e mal-estar de difícil caracterização na região retroesternal
2) Sintomas autonômicos: midríase, palidez, sudorese, taquicardia
3) Sintomas psíquicos: manifestações disfásicas, dismnésicas ou afetivas
4) Alucinações e ilusões olfatórias

51
Q

Quais as principais etiologias das crises epilépticas?

A

1) Genética (focal e generalizada)
2) Sintomática (estruturais, metabólicas, imunes, infecciosas)
3) Desconhecida
- Idiopática
- Criptogênica (causa “escondida” que não consegue documentar)

52
Q

O que é aura na crise epiléptica? Quais os tipos de aura?

A

Sensações referidas pelo paciente que indicam um início focal para a crise epiléptica;
Geralmente duram segundos e precedem o início da crise;
O paciente pode se lembrar ou não que teve a aura;

Tipos de aura:

1) Somatosensitiva
2) Auditiva
3) Olfatória
4) Abdominais
5) Visuais
6) Gustativas
7) Psíquicas

Obs: se o paciente tiver uma crise epiléptica focal sem perda de consciência, que generaliza secundariamente, pode-se chamar a primeira de “aura”

53
Q

Como deve ser feito o diagnóstico da Epilepsia?

A

Clínico: anamnese detalhada com as manifestações presentes na crise (pelo paciente e por alguém que viu)
Obs: se o paciente percebe que vai ter a crise = AURA (crise epiléptica focal)
- EEG ajuda no diagnóstico

54
Q

Um EEG normal descarta Epilepsia? Por que?

A

Não. Epilepsia é paroxística.

55
Q

Qual a importância do EEG na Epilepsia?

A

1) Localizar o foco epiléptico
2) Diagnóstico da epilepsia
3) Ajuda no diagnóstico diferencial entre epilepsia generalizada e focal
4) Revela padrões característicos que apontam determinada crise
5) Monitorar evolução do tratamento medicamentoso

56
Q

Qual a utilidade da prova de ativação? Em qual tipo de crise epiléptica é mais útil?

A

Estimulam um foco epiléptico
Crise epiléptica generalizada mioclônica e de ausência
Obs: as provas são fotoestimulação e hiperpneia

57
Q

Qual a utilidade de realizar o EEG em sono, privação do sono e vigília? Em qual tipo de crise epiléptica é mais útil?

A

Aumentam a sensibilidade do exame

Crise epiléptica generalizada de ausência

58
Q

O que são alterações interictais?

A

Quando não há redução completa da atividade elétrica, mas ela não é suficiente para gerar manifestação clínica

59
Q

Qual a utilidade dos exames de neuroimagem no diagnóstico de Epilepsia?

A

TC (fundamental) e RNM;

São úteis para descartar diagnósticos diferenciais e causas secundárias;

60
Q

Quais os principais diagnósticos diferenciais da Epilepsia?

A

1) AVC e AIT: o diferencial está na duração
2) Síncope
3) Crise conversiva ou psicogênica (paciente mimetiza a crise convulsiva)
4) Crise de perda de fôlego (criança chora até entrar em hipóxia)
5) Enxaqueca com aura
6) Síndrome do pânico
7) Amnésia global transitória
8) Quadro confusional agudo (comum em idosos - infecções, AITs)

61
Q

Como diferenciar uma crise epiléptica de uma crise psicogênica?

A
1) Na crise epiléptica: 
Pouca variação dos eventos
EEG alterado
Pós-ictal alterado
Mordedura de língua
Incontinência urinária
Pode ocorrer durante o sono
2) Na crise psicogênica:
Comportamento bizarro e incomum
EEG normal
Pós-ictal normal
Não tem mordedura de língua
Não tem incontinência urinária
Não ocorre durante o sono
62
Q

O tratamento da epilepsia é curativo?

A

Não, apenas neuromodulador

63
Q

Quando deve ser instituído o tratamento? Qual a exceção?

A

O tratamento deve ser instituído após a segunda crise epiléptica;
A exceção são pessoas que correm alto risco se tiver uma crise (ex: caminhoneiros);

64
Q

No que se baseia a escolha do medicamento para o tratamento da epilepsia?

A
Depende:
1) Do tipo de crise
2) Idade do paciente
3) Eficácia
4) Efeitos colaterais
Obs: sempre que possível preferir monoterapia
65
Q

Quais são os 3 principais mecanismos de ação das drogas antiepilépticas?

A

1) Potencialização da ação do GABA
2) Inibição da função de canais de sódio
3) Inibição da função de canais de cálcio

66
Q

Qual o medicamento de escolha para epilepsia generalizada?

A

1ª opção: Valproato e Divalproato

2ª opção: Lamotrigina

67
Q

Qual o medicamento de escolha para epilepsia focal?

A

1ª opção: Carbamazepina, Oxcarbazepina, Fenitoína

2ª opção: Lamotrigina e Valproato

68
Q

Qual o medicamento de escolha para epilepsia em gestantes e lactentes?

A

1ª opção: Carbamazepina ou Oxcarbazepina

2ª opção: Lamotrigina

69
Q

Qual o medicamento de escolha para epilepsia em RN?

A

1ª opção: Fenobarbital

70
Q

Qual o medicamento de escolha para o estado de mal epiléptico?

A

1ª opção: Fenitoína

71
Q

Quais os medicamentos adjuvantes para o tratamento de epilepsia?

A

Gabapentina, Topiramato, Pregabalina

72
Q

Qual a porcentagem de sucesso no tratamento da Epilepsia?

A

63% dos pacientes

73
Q

Combinação de 2 ou mais drogas é eficaz no tratamento da epilepsia?

A

Não. A associação de um outro medicamento auma monoterapia aumenta apenas 3% de eficácia;

74
Q

Qual a definição de epilepsia controlada?

A

Ausência de sintomas por pelo menos 1 ano da última crise ou pelo menos 3 vezes o maior período que ficou sem crises

75
Q

Qual a indicação para cirurgia no tratamento da epilepsia?

A

Crises focais em lobo temporal e parietal

- Causa sequelas menores -> esquecimento, perda de sensibilidade, alteração de comportamento

76
Q

Quais os principais fatores que influenciam no prognóstico?

A

1) Tipo de epilepsia
2) Etiologia
3) Tipo de crise
4) Tempo de diagnóstico

77
Q

O prognóstico da epilepsia é bom?

A

Razoavelmente bom. Cerca de 50-70% dos pacientes entram em remissão total da doença (meta terapêutica);

78
Q

A partir de quando deve ser considerada a retirada das drogas?

A

A partir de pelo menos 2 anos sem crise, se for uma epilepsia primária; Casos de epilepsia secundária nunca retiram o medicamento;

79
Q

Quais os principais fatores desencadeantes de crise epiléptica?

A

Fatores que diminuem o limiar para crises epilépticas e facilitam seu aparecimento

1) Stress ou emoções intensas
2) Privação do sono
3) Infecções
4) Menstruação
5) Jejum prolongado
6) Desidratação
7) Exposição a luz estroboscópica (balada)
8) Medicamentos
9) Álcool
10) Febre (crianças)

80
Q

Qual a relação dos medicamentos antiepilépticos com anticoncepcionais orais? Qual indicação deve ser feita às mulheres que utilizam ambos?

A

Alguns medicamentos antiepilépticos reduzem o nível sérico e eficácia do contraceptivo oral; Recomendação para usar outro método (de barreira - preservativo, diafragma, DIU)

81
Q

Qual o risco que os medicamentos antiepilépticos apresentam à gestação? Quais as principais alterações? Quais as principais recomendações?

A

Os antiepilépticos aumentam em 3x o risco de malformações congênitas;
As principais malformações são: lábio leporino, fenda palatina, malformações cardíacas e defeitos de tubo neural (mielomeningocele)

As principais recomendações que devem ser feitas são:

1) Não suspender medicações em uso (o risco da epilepsia é maior que o do medicamento)
2) Prevenção dos fatores desencadeantes
3) Não fumar, não ingerir bebidas alcoólicas e nem cafeína
4) Preferência da monoterapia, com a menor dose possível e fracionada
5) Ácido fólico 5 mg/dia 3 meses antes da gestação

82
Q

Qual a relação dos medicamentos antiepilépticos e a amamentação?

A

Medicações antiepilépticas estarão presentes no leite materno e sintomas de sonolência, irritabilidade, dificuldade de sucção podem ocorrer no bebe (indicando ocasionalmente a suspensão da amamentação);
A amamentação pode, na maioria das vezes, se processar de forma normal;