Português (Passo Estratégico) Flashcards

1
Q

Questão 1
FGV - ALE MA - Assistente Legislativo Administrativo - Área: Agente Legislativo - 2023

Assinale a frase em que a utilização do acento grave indicativo da crase é realizada de forma errada.

A) Seis horas de sono, seis horas no estudo das leis, quatro passadas em oração, as restantes dedicadas à natureza.

B) As datas, só elas dão verdadeira consistência à vida e à sorte.

C) O futuro é algo que todos nós atingimos à velocidade de sessenta minutos por hora.

D) À medida que tenho menos tempo para praticar as coisas, menos curiosidade tenho por aprendê-las.

E) O futuro não pertence à ninguém. Não há precursores, apenas há atrasados.

A

Vejamos as alternativas:

A) CERTA. O acento grave indicativo de crase é utilizado antes de “à natureza” porque há a fusão da preposição “a” com o artigo feminino “a” (a + a = à).

B) CERTA. O acento grave é usado antes de “à vida” e “à sorte” porque ocorre a fusão da preposição “a” com os artigos femininos “a” (a + a = à).

C) CERTA. O acento grave indica a fusão da preposição “a”, obrigatória pela regência do verbo, com o artigo feminino “a” (a + a = à).

D) CERTA. O acento grave é empregado antes de “à medida” e “às coisas” devido à fusão da preposição “a” com os artigos femininos “a” (a + a = à).

E) ERRADA. A forma correta é “a ninguém,” sem o uso da crase, já que “ninguém” é uma palavra masculina. A frase correta seria: “O futuro não pertence a ninguém.”

Gabarito: E

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2
Q

Questão 2
FGV - TJ SE - Analista Judiciário - Área Medicina do Trabalho - 2023

Nas alternativas abaixo, observa-se sempre a mesma estrutura: à esquerda, há uma passagem do texto 1; à direita, há uma proposta de reescritura dessa passagem.

O único caso em que essa reescritura NÃO apresenta erro em relação ao uso do acento grave é:

A) “Ele também queria ser naturalista.” > Ele também aspirava à ser naturalista;

B) “[…] ele abandonou a fé religiosa e abraçou de vez a evolução por seleção natural.” > Ele abandonou a fé religiosa e aderiu de vez a evolução por seleção natural;

C) “[…] começou a traçar imensas árvores da vida na Terra […]” > Passou à traçar imensas árvores da vida na Terra;

D) […] as células filtradoras […] têm exatamente a mesma arquitetura de micróbios aquáticos chamados coanoflagelados.” > As células filtradoras têm arquitetura idêntica a de micróbios aquáticos chamados coanoflagelados;

E) “Além disso, análises filogenéticas estão sujeitas a alguma incerteza […]” > Além disso, análises filogenéticas estão sujeitas a dúvidas.

A

Vejamos as alternativas:

A) ERRADA. Não é possível o uso do acento grave indicativo de crase antes de “ser,” pois “ser” é verbo - uso proibido da crase.

B) ERRADA. O acento grave deve ser empregado antes de “a evolução” para indicar a fusão da preposição “a” com o artigo feminino “a” (a + a = à).

C) ERRADA. Não é possível o uso do acento grave indicativo de crase antes de “traçar,” pois “traçar” é verbo - uso proibido da crase.

D) ERRADA. O acento grave deve ser usado quando o “a” tiver função de pronome demonstrativo.

E) CERTA. O acento grave não deve ser usado antes de “a dúvidas,” pois não há a presença de artigo feminino plural.

Gabarito: E

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3
Q

Questão 3
FGV - TJ BA - Juiz Leigo - 2023

Todas as alternativas abaixo são reescrituras de alguma passagem do texto 1. O único caso em que NÃO se verifica erro relativo ao emprego do acento grave é:

A) Todos os testes foram conduzidos em animais que receberam 6-hidroxidopamina, uma toxina indutora de manifestações semelhantes as da doença de Parkinson;

B) O grupo que manteve essas células registrou perdas menos significativas de neurônios e de movimento quando comparado as demais cobaias;

C) “Esses resultados sugerem um possível alvo para o tratamento da doença no futuro”, disse a doutoranda Carolina Parga à esta assessoria de imprensa;

D) A descoberta constitui uma contradição em relação a observações feitas anteriormente pelos próprios pesquisadores do ICB e outros estudiosos da área;

E) Outra característica, a negativa, que impulsiona essa perda neuronal, vai predominando a proporção que a doença vai evoluindo.

A

Vejamos as alternativas:

A) ERRADA. O acento grave deve ser usado quando o “a” tiver função de pronome demonstrativo.

B) ERRADA. O acento grave deve ser usado antes de “as demais cobaias,” pois há uma estrutura de comparação, que se constitui de “comparado a”.

C) ERRADA. O acento grave não deve ser usado antes do pronome “esta”.

D) CERTA. O acento grave não é usado antes de “observações”, pois não há ocorrência do artigo feminino plural.

E) ERRADA. O acento grave deve ser usado antes de “a proporção,” pois não a fusão da preposição “a” com
um artigo feminino ou a palavra “aquela.”

Gabarito: D

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4
Q

Questão 4
FGV - TJ SE - Técnico Judiciário - Área: Administrativa - 2023
“A vitória sobre Jaqueline Cristian, por 2 sets a 1, nesta quinta-feira, alçou Bia Haddad Maia a uma inédita terceira rodada […].” (Texto 1, 1º parágrafo)

A reescritura da passagem acima que NÃO apresenta erro quanto ao uso do acento grave é:

A) A vitória sobre Jaqueline Cristian, por 2 sets a 1, nesta quinta-feira, conduziu Bia Haddad Maia à uma inédita terceira rodada;

B) A vitória sobre Jaqueline Cristian, por 2 sets a 1, nesta quinta-feira, alçou Bia Haddad Maia àquela inédita terceira rodada;

C) Em relação a partida desta quinta-feira, a vitória sobre Jaqueline Cristian, por 2 sets a 1, alçou Bia Haddad Maia a uma inédita terceira rodada;

D) Bia Haddad Maia foi alçada, graças a vitória sobre Jaqueline Cristian, por 2 sets a 1, nesta quinta-feira, a uma inédita terceira rodada;

E) Bia Haddad Maia chegou à essa inédita terceira rodada em virtude da vitória sobre Jaqueline Cristian, por 2 sets a 1, nesta quinta-feira.

A

Vejamos as alternativas:

A) ERRADA. Utiliza o acento grave de maneira inadequada. O correto seria sem o acento grave.

B) CERTA.

C) ERRADA. Falta crase antes de “partida”.

D) ERRADA. Falta crase antes de “vitória”.

E) ERRADA. Não há crase antes de pronome demonstrativo.

Gabarito: B

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5
Q

Questão 5

FGV - SEE-MG - Professor de Educação Básica (PEB) - 2023

Assinale a opção em que só um dos vocábulos mostra forma gráfica correta.

A) enfarte / enfarto.
B) chipanzé / chimpanzé.
C) rubrica / rúbrica.
D) assovio / assobio.

A

Note que não existe o par rubrica / rúbrica.

A única forma correta é a sem acento (rubrica).

Nas demais alternativas,

As duas formas estão corretas: chimpanzé / chipanzé; enfarte / enfarto; assovio / assobio.

Gabarito: C

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6
Q

Questão 6
FGV - Prefeitura de São José dos Campos - SP - Agente Educador - 2023

Assinale a frase em que todas as palavras estão corretamente escritas.

A) Nesta casa não há previlégios.
B) Devemos revindicar o que nos cabe.
C) Os adolecentes sempre dão trabalho.
D) As galinhas vivem no poleiro.
E) Os clientes procuraram agaxar-se ante o perigo.

A

Vejamos as alternativas:

A) ERRADA. O correto é “privilégios”.

B) ERRADA. O correto é “reivindicar”.

C) ERRADA. O correto é “adolescentes”.

D) CERTA.

E) ERRADA. O correto é “agachar-se”.

Gabarito: D

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7
Q

Questão 7
FGV - FHEMIG - Analista de Gestão e Assistência à Saúde (AGAS) - 2023

Assinale a opção em que todos os vocábulos grafados com e ou i estão escritos corretamente.

A) adiante / lampião / crâneo.
B) veado / pior / casimira.
C) palitó / Pireneus / arrepio.
D) irriquieto / digladiar / dilapidar.
E) crioulo / pátio / confissionário..

A

Vejamos as alternativas:

A) ERRADA. O correto é “ crânio”.

B) CERTA.

C) ERRADA. O correto é “ paletó”.

D) ERRADA. O correto é “irrequieto”

E) ERRADA. O correto é “ confessionário”.

Gabarito: B

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8
Q

Questão 8
FGV - Prefeitura de São José dos Campos - SP - Guarda Civil Municipal - 2023

Sabendo-se que se escrevem com -EZ os substantivos derivados de adjetivos e com -ÊS os substantivos não derivados de adjetivos, assinale a opção em que todos os vocábulos estão grafados corretamente.

A) aridez / marquêz / viuvez.
B) camponês / acidez / escassês.
C) freguez / montanhês / mudez.
D) burguez / xadrez / pequinês.
E) tirolês / altivez / honradez.

A

Vejamos as alternativas:

A) ERRADA. O correto é “ marquês”.

B) ERRADA. O correto é “escassez”

C) ERRADA. O correto é “freguês”.

D) ERRADA. O correto é “burguês”

E) CERTA.

Gabarito: E

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9
Q

Questão 9
FGV - SMF-RJ - Fiscal de Rendas - 2023

A frase abaixo em que as duas palavras sublinhadas mostram acento gráfico devido à mesma regra, é:

A) Quando a infância morre, seus cadáveres são chamados de adultos;

B) A adolescência é o período da vida em que os jovens se recusam a acreditar que um dia virão a ser tão tolos quanto os pais;

C) A melhor maneira de formar crianças boas é fazê-las felizes;

D) Insanidade é hereditária. Você pode pegá-la de suas crianças;

E) A metafísica é a tentativa de provar o inacreditável apelando para o incompreensível.

A

Vejamos as alternativas:

A) “Infância” (paroxítona terminada em ditongo); “cadáveres” (proparoxítona)

B) “Adolescência” (paroxítona terminada em ditongo); “Período” (proparoxítona)

C) “é” (monossílaba tônica); “fazê” (oxítona terminada em E)

D) “Você” (oxítona terminada em E); “pegá” (oxítona terminada em A)

E) “metafísica” (proparoxítona); “inacreditável” (paroxítona terminada em L)

Gabarito: D

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10
Q

Questão 10
FGV - SME - SP - Professor de Ensino Fundamental II e Médio - 2023

As questões notacionais da Língua Portuguesa se referem, entre outras coisas, a palavras e expressões que frequentemente provocam dúvidas em relação à sua ortografia.

A esse respeito, assinale a opção ortograficamente correta.

A) A cerca de vinte carros enguiçados na avenida.
B) Os livros foram vendidos há cerca de dez semanas.
C) Os clientes esperaram o médico a cerca de duas horas.
D) O padre falou por horas há cerca do pecado original.
E) Os policiais estavam acerca de cem metros do assaltante.

A

Vejamos as alternativas:

A) ERRADA. O correto é “HÁ” (no sentido de existem).

B) CERTA. “Há cerca de” tem sentido de “faz aproximadamente” e indica tempo decorrido

C) ERRADA. O correto é “há cerca de”.

D) ERRADA. O correto é “acerca”, no sentido de “sobre”.

E) ERRADA. No sentido de “aproximadamente”, o correto é “a cerca de”.

Gabarito: B

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11
Q

Questão 11
FGV - 2021 - PC-RJ - Inspetor de Polícia Civil

A frase abaixo em que o vocábulo destacado está bem empregado é:

A. absolver / absorver – O juiz decidiu absorver todo o grupo já que todas as provas eram circunstanciais;

B. aprender / apreender – O grupo de policiais aprendeu uma grande quantidade de drogas no galpão da empresa;

C. delatar / dilatar – O delegado resolveu delatar o prazo da investigação a fim de ajudar o trabalho dos agentes;

D. despensa / dispensa – A administração do presídio guardava numa espécie de dispensa todas as frutas;

E. fluir / fruir – Após o conserto a água fluía da torneira com toda a facilidade.

A

Questão bem típica que alia grafia e paronímia. É muito comum confundir palavras parônimas, pois são palavras muito parecidas na grafia, embora bem diferentes no sentido. A questão pede que sejam avaliadas as palavras dentro do contexto. Vejamos:

A) absolver / absorver – O juiz decidiu absorver todo o grupo já que todas as provas eram circunstanciais;
Incorreta. O correto é o uso da forma “absolver”;
“Absolver” - dar alguém por inocente;
“Absorver” - sugar;

B) aprender / apreender – O grupo de policiais aprendeu uma grande quantidade de drogas no galpão da
empresa;
Incorreta. O correto é o uso da forma “apreendeu”;
“Aprender” - adquirir conhecimento;
“Apreender” - realizar apreensão, tomar do possuidor algo ilícito;

C) delatar / dilatar – O delegado resolveu delatar o prazo da investigação a fim de ajudar o trabalho dos
agentes;
Incorreta. O correto é o uso da forma “dilatar”;
“Delatar” - denunciar a responsabilidade de alguém por ato ilegal;
“Dilatar” - tornar maior, mais largo;

D) despensa / dispensa – A administração do presídio guardava numa espécie de dispensa todas as frutas;
Incorreta. O correto é o uso da forma “despensa”;
“Despensa” - local próprio para o acondicionamento de mantimentos;
“Dispensa” - ato de dispensar;

E) fluir / fruir – Após o conserto a água fluía da torneira com toda a facilidade.
Correta. O termo está corretamente empregado;
“Fluir” - o liquido quando corre com abundância por um percurso determinado;
“Fruir” - desfrutar;

Gabarito: E

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12
Q

Questão 12
FGV - 2021 - Câmara de Aracaju - SE - Técnico em Taquigrafia

Escrever de forma ortograficamente correta é dever de todos aqueles que trabalham com a língua portuguesa; a forma abaixo que está graficamente correta é:

A. enfarto;
B. irriquieto;
C. rúbrica;
D. mantegueira;
E. ponteagudo.

A

A. enfarto; CORRETA. Palavra com diferentes grafias, enfarte, infarte, enfarto e infarto.

B. irriquieto; GRAFIA CORRETA: Irrequieto

C. rúbrica; GRAFIA CORRETA: Rubrica

D. mantegueira; GRAFIA CORRETA: Manteigueira

E. ponteagudo. GRAFIA CORRETA: Pontiagudo

Gabarito: A

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13
Q

Questão 1
FGV – Assistente Legislativo Municipal (CM Salvador)/ Auxiliar em Saúde Bucal/2018

….Por outro lado, nas sociedades complexas, a violência deixou de ser uma ferramenta de sobrevivência e passou a ser um instrumento da organização da vida comunitária. Ou seja, foi usada para criar uma desigualdade social sem a qual, acreditam alguns teóricos, a sociedade não se desenvolveria nem se complexificaria. Essa desigualdade social é o fenômeno em que alguns indivíduos ou grupos desfrutam de bens e valores exclusivos e negados à maioria da população de uma sociedade…

A forma verbal “complexificaria” aparece sublinhada de vermelho no corretor de texto, o que mostra que não é uma palavra dicionarizada; isso significa que essa palavra:

a) não deve ser usada;
b) mostra erros em sua estrutura;
c) deve ser um arcaísmo;
d) pode tratar-se de um neologismo;
e) representa uma variação coloquial de linguagem.

A

A alternativa correta é:

d) pode tratar-se de um neologismo

✔️ Explicação:

A palavra “complexificaria” não é comum nos dicionários tradicionais, mas foi formada a partir de um processo válido da língua portuguesa, derivando de “complexificar” (tornar algo mais complexo). Essa palavra não está dicionarizada, mas segue regras de formação de palavras e é compreensível no contexto — o que é característico de um neologismo.

O que é neologismo?

Neologismo é o criação de uma palavra nova ou uso novo de uma palavra já existente, geralmente para atender a uma necessidade de expressão em determinado contexto.

Por que as outras estão incorretas?

  • a) não deve ser usada → ❌ palavras não dicionarizadas podem ser usadas se fizerem sentido e seguirem a lógica da língua.
  • b) mostra erros em sua estrutura → ❌ a formação é válida.
  • c) deve ser um arcaísmo → ❌ arcaísmo é uma palavra antiga, em desuso, e não o caso aqui.
  • e) representa uma variação coloquial → ❌ não é informal ou regional, é apenas uma palavra nova.

✅ Gabarito: d) pode tratar-se de um neologismo

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14
Q

Questão 2
FGV - Assistente Legislativo Municipal (CM Salvador)/Auxiliar em Saúde Bucal/2018

A palavra abaixo que NÃO segue o mesmo processo de formação que as demais é:

a) agressão;
b) imposição;
c) repressão;
d) familiar;
e) desgaste.

A

Todas as alternativas apresentam palavras formadas por derivação, mas somente a letra E traz um vocábulo formado por derivação regressiva. A formação por derivação regressiva se dá quando se tem uma supressão em uma palavra primitiva e a partir daí se forma outra palavra. As demais palavras foram
adicionadas de sufixos.

Explicando melhor cada palavra, temos:

A - agressão é um substantivo derivado do verbo agredir e se forma pelo acréscimo do sufixo -ssão ao radical agred, que tem o –d suprimido por uma questão de sonoridade.

B - imposição é substantivo, vem do verbo impor e é formado pela adição do sufixo -ição ao radical + vogal temática impo. Há a inclusão do “s” entre o morfema e o sufixo para melhor sonoridade.

C - repressão deriva do verbo reprimir e é um substantivo. Tal vocábulo é formado pelo acréscimo do sufixo -ssão ao radical “reprim”. Mais uma vez por conta de melhor sonoridade, a vogal temática –i- é substituída por –e- e o -m é substituído pelo sufixo.

D - o adjetivo familiar deriva do substantivo família. Ele é formado pela adição do sufixo -r ao substantivo.

E – CORRETA - o substantivo desgaste vem do verbo desgastar e é formado pela substituição do sufixo –ar por –e, havendo, portanto, uma supressão de -ar.

Gabarito: E

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15
Q

Questão 3
FGV - Analista Legislativo (ALERO)/Redação e Revisão/2018

A frase em que a forma sob/sobre está corretamente empregada é:

A “Os maiores males sempre se infiltraram na vida dos homens sob a ilusória aparência do bem.”

B “A verdade reside sob os lábios dos moribundos.”

C “E muitas vezes as coisas que me pareceram verdadeiras quando comecei a concebê-las tornaram-se falsas quando quis coloca-las sob o papel.”

D “A mentira, como o óleo, está sob a superfície da verdade.”

E “Quem viaja está sempre sobre céu alheio.”

A

A alternativa correta é:

A) “Os maiores males sempre se infiltraram na vida dos homens sob a ilusória aparência do bem.”

✔️ Explicação:

A preposição “sob” é usada com o sentido de “embaixo de”, “sob a influência de”, “sob o disfarce de”. Já “sobre” tem o sentido de “acima de”, “a respeito de”.

Vamos analisar:

✅ Alternativa A – CORRETA
> “…sob a ilusória aparência do bem.”
✔️ Correto. Aqui, “sob” é usado com o sentido de “debaixo de”, “disfarçado por”. A frase significa que os males vinham disfarçados de bem — uso adequado da preposição.

❌ Alternativa B
> “A verdade reside sob os lábios dos moribundos.”
✖️ O uso de “sob” aqui está confuso. O correto seria algo como “nos lábios” ou “através das palavras” — “sob” não transmite bem a ideia desejada.

❌ Alternativa C
> “…quando quis colocá-las sob o papel.”
✖️ A expressão correta é “colocar no papel”, no sentido de escrever. “Sob o papel” significaria literalmente embaixo da folha, o que não faz sentido aqui.

❌ Alternativa D
> “…a mentira, como o óleo, está sob a superfície da verdade.”
✖️ O óleo flutua sobre a superfície, e não “sob” ela. O correto seria “sobre a superfície”.

❌ Alternativa E
> “…sempre sobre céu alheio.”
✖️ O correto é “sob céu alheio” (ou seja, sob outro céu, em terras estrangeiras). “Sobre céu” não é usado nesse contexto.

✅ Gabarito: A) “Os maiores males sempre se infiltraram na vida dos homens sob a ilusória aparência do bem.”

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16
Q

Questão 4
FGV - Assistente Legislativo (ALERO)/”Sem Especialidade”/2018

Assinale a opção que mostra uma substituição inadequada para a expressão sublinhada.

a) “As tradições matrimoniais se transformaram através dos tempos …” / sucessivamente.

b) “…o tempo gasto nas preliminares do casamento - ” / prématrimonialmente.

c) “Com o passar do tempo este método foi sendo abandonado,” / cronologicamente.

d) “…não admitiam um período pré-conjugal tão curto.” / abreviadamente.

e) “…mordiscar a sua orelha e só então, quando ela estivesse distraída,” / finalmente.

A

A opção em que a expressão em destaque não pode ser substituída corretamente é a letra D.

Isso porque “abreviadamente” significa algo feito de maneira abreviada, sentido que não se encaixa no contexto em questão.

Nele, “tão curto” é uma expressão adjetiva que significa algo abreviado.

Gabarito: D

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17
Q

Questão 5
FGV - Analista Legislativo (ALERO)/Redação e Revisão/2018

Assinale a frase em que a substituição de um termo anterior por um pronome pessoal oblíquo é feita de forma graficamente inadequada:

a) ”Conheceríamos muito melhor muitas coisas se não quiséssemos identificá-las com tanta precisão.”

b) “Quem respeita a bandeira desde pequeno saberá defendê-la quando grande.”

c) “Se eu conhecesse alguma coisa que fosse útil à minha pátria, mas prejudicial à Europa, ou que fosse útil à Europa, mas prejudicial ao gênero humano, considerá-la-ia um crime.”

d) “Dou liberdade às minhas mãos errantes e deixo-las andar.”

e) “Os vícios: é mais fácil desarraigá-los do que refreá-los.”

A

A alternativa correta (em que há erro gramatical) é:

Letra D)
> “Dou liberdade às minhas mãos errantes e deixo-las andar.”
Erro: a forma “deixo-las” está graficamente inadequada.
Vamos entender por quê:

🔎 Explicação:

Em português, quando um verbo termina em vogal (e não em R, S ou Z), o pronome oblíquo não sofre alteração, ou seja, deve-se usar a forma “as”, e não “-las”.

  • O verbo “deixar” perde o R final ao receber o pronome, então:
    • “deixar” + “as” = deixá-las (com acento!)
    • Mas aqui foi usado “deixo” (1ª pessoa do singular, presente do indicativo), que não termina em R.
    • Portanto, o certo seria: “e deixo-as andar”.

Demais alternativas estão corretas:

  • a) “identificá-las” — correto: verbo termina em R, e o uso de “-las” está adequado.
  • b) “defendê-la” — correto: verbo termina em R, usa-se “-la”.
  • c) “considerá-la-ia” — correto: verbo com R + pronome + ênclise.
  • e) “desarraigá-los” / “refreá-los” — ambos os verbos terminam em R, e o uso de “-los” está certo.

✅ Gabarito: Letra D.

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18
Q

Questão 6
FGV - Técnico Médio da Defensoria (DPE RJ)/2019

“Perseguido pelo branco, o negro no Brasil escondeu as suas crenças nos terreiros das macumbas e dos candomblés. O folclore foi a válvula pela qual ele se comunicou com a civilização branca, impregnando-a de maneira definitiva. As suas primitivas festas cíclicas – de religião e magia, de amor, de guerra, de caça e de pesca… – entremostraram-se assim disfarçadas e irreconhecíveis. O negro aproveitou as instituições aqui encontradas e por elas canalizou o seu inconsciente ancestral:
nos autos europeus e ameríndios do ciclo das janeiras, nas festas populares, na música e na dança, no carnaval…”

(Luís da Câmara Cascudo. Antologia do folclore brasileiro - Volume I. São Paulo, Martins, 1956)

Os termos sublinhados no texto são conectores; o sentido INADEQUADO de um desses conectores é:

a) pelo / agente de ação;
b) nos / lugar;
c) com / companhia;
d) e / adição;
e) por / meio.

A

A - pelo / agente de ação;

  • a preposição “pelo”, no contexto “Perseguido pelo branco”, insere, ideia de que o “branco” é o agente que pratica a ação de perseguir. Portanto a relação que consta na opção está adequada.

B - nos / lugar;

  • a preposição “nos” inicia um adjunto adverbial de lugar no contexto. Sendo assim a relação trazida na alternativa está adequada.

C - com / companhia; (alternativa correta)

  • nesse caso, a preposição “com” não traz ideia de companhia. No contexto “ele se comunicou com a civilização branca”, tal termo faz apenas uma relação, uma ligação entre dois termos “comunicar” e “civilização branca”. Essa, por conter inadequação na relação entre a palavra e o seu significado, é a alternativa correta.

D - e / adição;

  • a conjunção “e”, no contexto em que se encontra no texto, exerce o valor semântico de adição. A relação trazida na opção, então, está adequada.

E - por / meio.

  • no contexto “as instituições aqui encontradas e por elas canalizou o seu inconsciente ancestral”, a preposição destacada insere ideia de que “as instituições” foram o meio pelo qual o “inconsciente ancestral” foi canalizado. A relação que consta na alternativa está adequada, portanto.

Gabarito: C

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19
Q

Questão 7
FGV - Técnico Superior Jurídico (DPE RJ)/2019

A oposição de termos construída com as preposições com/sem gera um possível paradoxo em:

a) Com dinheiro ou sem dinheiro, vou passar o carnaval em Salvador;

b) Com amigos ou sem amigos, vou divertir-me nas férias;

c) Com bebida ou sem bebida, vou embebedar-me de felicidade;

d) Com motivo ou sem motivo, vou comprar roupas novas;

e) Com vontade ou sem vontade, vou viajar com a família.

A

Aqui se faz necessário relembrar o conceito de paradoxo. Há paradoxo quando, no sentido do que está sendo dito se percebe uma quebra da lógica esperada. E isso é o que acontece na alternativa C, na medida que a ideia é que “sem bebida” não há como alguém se embebedar, mas após a vírgula é exatamente isso que é afirmado: “vou embebedar-me”.

Nas demais alternativas, não há paradoxos porque nas proposições não há quebra da lógica esperada.

Vejamos:

A – a decisão de “passar o carnaval em Salvador” não está diretamente ligada ao fato de se ter dinheiro ou não.

B – a diversão nas férias não depende necessariamente de se estar com amigos.

D – o fato de se decidir “comprar roupa novas” não depende de motivação.

E – pode-se “viajar com a família” independente de se estar com vontade ou não.

Gabarito: C

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20
Q

Questão 8
FGV - Técnico Superior Especializado (DPE RJ)/Administração de Empresas/2019

“Os modelos pedagógicos de nossas escolas ainda são muito mais direcionados ao ensino teórico para passar no funil do vestibular, obrigando os alunos a decorar fórmulas matemáticas…”; o gerúndio “obrigando” poderia ser adequadamente substituído pela seguinte forma desenvolvida:

a) e obrigam;
b) e para obrigar;
c) mesmo que obriguem;
d) quando obrigam;
e) à medida que obrigam.

A

Analisando as alternativas, temos:

A – essa é a mais indicada para substituir o verbo “obrigando”. Isso porque a conjunção “e”, que, na maioria das vezes, é aditiva, nesse contexto assume valor semântico de explicativa, podendo, inclusive, ser substituída por ‘pois’: Os modelos pedagógicos de nossas escolas ainda são muito mais direcionados ao ensino teórico para passar no funil do vestibular, pois obrigam os alunos a decorar fórmulas matemáticas, afluentes de rios…

B – em “e para obrigar” há uma ideia de finalidade, a substituição proposta nessa alternativa não estaria correta porque no trecho em questão não se encaixaria tal ideia.

C – a expressão conjuntiva “mesmo que” traz ideia de concessão, valor semântico que também não se encaixaria no contexto.

D – “quando” é uma conjunção que tem valor semântico de tempo, o qual não se encaixaria no contexto.

E – nessa alternativa, a conjunção “à medida que” pode deixar alguém com dúvida por conta da similar ‘na medida que’. A questão é que a primeira tem valor de proporcionalidade e a segunda tem valor de causa, o qual se encaixaria no contexto.

Gabarito: A

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Questão 9
FGV - Técnico Superior Especializado (DPE RJ)/Administração de Empresas/2019

Sobre uma nova espécie de droga, as smart drugs, a chamada para um texto de jornal diz o seguinte:

“Drogas apelidadas de smart drugs por supostamente aumentarem a inteligência ganham cada vez mais adeptos, apesar de pesquisas desmentirem seus efeitos”.

A substituição de um conectivo que está corretamente realizada é:

a)“por supostamente aumentarem” / já que supostamente aumentassem;

b)“por supostamente aumentarem” / visto que supostamente aumentavam;

c)“apesar de pesquisas desmentirem” / embora pesquisas desmentissem;

d)“apesar de pesquisas desmentirem” / ainda que pesquisas desmintam;

e)“apesar de pesquisas desmentirem” / mesmo que pesquisas desmentem.

A

Atenção ao enunciado! É solicitado que se encontre entre as alternativas aquela que substituiria a expressão destacada sem perda de sentido, até aí tudo bem. Mas não é somente isso, deve-se procurar também aquela que substitua de forma gramaticalmente correta, portanto dois pontos devem ser
analisados nas opções. Cientes disso, vejamos:

Nas letras A e B, a expressão “por supostamente aumentarem” insere ideia de justificativa no contexto em que se encontra, mas “já que” e “visto que” têm valor de causa. Então nem A nem B estariam corretas. Além disso a forma verbal “aumentassem” estaria incoerente no contexto, o que confirma a incorreção.

Em C, D e E, a expressão “apesar de pesquisas desmentirem” tem ideia de concessão, a mesma ideia verificamos em ‘embora”, “ainda que” e em “mesmo que”. Porém, como estamos analisando dois quesitos em cada uma das opções, a expressão adequada em relação ao sentido e a correção gramatical dela no contexto, verificamos que apenas a alternativa D é adequada pois a forma verbal e a expressão se encaixam perfeitamente no contexto.

Nas letras C e E, as formas verbais “desmentissem” e “desmentem” estão em tempos verbais inadequados para o contexto, uma vez que deve haver uma correlação verbal com
“aumentarem”.

Gabarito: D

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Q

Questão 10
FGV - Técnico Médio da Defensoria (DPE RJ)/2019

“Nos anos que antecederam a Segunda Guerra Mundial, alguns escritores, pressentindo certamente a era tecnológica que se avizinhava e o conflito bélico que abalaria as raízes de um universo ainda estruturado com base na Nação-Estado, dedicaram-se à antevisão do mundo do futuro. H.G. Wells, Aldous Huxley, George Orwell, entre outros, iniciando a série de sciencefiction, procuraram descrever a sociedade do futuro,
como uma projeção das linhas que as descobertas científicas indicavam como prováveis. Em todas essas profecias havia uma constante: o mundo novo não conheceria mais a liberdade, pelo menos com a latitude e o conceito que dela então se tinha”.

(L. G. Nascimento Silva. A liberdade e o computador. Revista brasileira de estudos pedagógicos. Rio de Janeiro, nº 116, 1969)

O emprego do tempo verbal “abalaria” mostra o seguinte valor semântico:

a) denotação de uma ação passada vista como futura;

b) expressão de incerteza sobre fatos atuais;

c) sinalização de uma ação que ocorreu antes de outra ação passada;

d) indicação de um fato que seria consequência certa e imediata de outro, que não ocorreu;

e) anunciação de um fato atual, que ocorre no momento em que se fala.

A

Retomando o trecho do texto, temos:“Nos anos que antecederam a Segunda Guerra Mundial, alguns escritores, pressentindo certamente a era tecnológica que se avizinhava e o conflito bélico que abalaria as raízes de um universo ainda estruturado com base na Nação-Estado, dedicaram-se à antevisão do mundo do futuro.”.

Tal trecho é iniciado com uma contextualização temporal, que indica se tratar do período anterior à Segunda Guerra Mundial.

Esse período é retomado no trecho como “conflito bélico”. Consta na fonte do texto, que ele foi escrito em 1969, então, no referido ano, escrevia-se um texto que discursava sobre um período anterior à Segunda Guerra, ocorrida entre 1939 e 1945, em que já se percebia que poderia haver uma guerra.

Trata-se de um tempo no passado em que se fala do futuro, o que justifica o emprego do verbo no futuro do pretérito: “abalaria”.

Sendo assim, a alternativa correta é a letra A.

Gabarito: A

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Questão 11
FGV - 2021 - Câmara de Aracaju - SE - Redator

“Não é coisa reprovável, mas altamente louvável, tomar emprestadas de uma língua estrangeira as sentenças e palavras e incorporá-las na própria”.

A frase abaixo em que o estrangeirismo sublinhado mostra uma incorporação completa ao nosso idioma é:

A. Após o cinema, fui comer um hamburger;
B. O show foi um sucesso absoluto;
C. O shopping fica aberto até as 22h;
D. Faço ginástica no meu clube;
E. Gosto de jogar videogame.

A

A resposta certa é a letra D, pois “clube” é a palavra que sofreu alteração e se “adaptou” ao português, inclusive na pronúncia.

“Clube” vem da palavra “club” em inglês.

As outras palavras se incorporaram a língua portuguesa, mas em nada se “aportuguesaram”, pois são escritas do mesmo jeito que em sua língua “mãe” (inglês, no caso): hamburguer, show, shopping e videogame.

Gabarito: D

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Questão 12
FGV - SEFAZ MG - Auditor Fiscal da Receita Estadual - Área: Tributação - 2023

“As pessoas de classe deixam à plebe tanto a preocupação de pensar, quanto o temor de pensar erroneamente.”

Na frase acima, o termo sublinhado traz implícito um adjetivo (alta classe).

Assinale a opção em que a expressão sublinhada não mostra a mesma situação.

A) Meu pai sempre aconselhava que procurássemos uma menina de família para casar.

B) Sempre devemos respeitar as pessoas de idade.

C) As pessoas do interior são mais francas.

D) A empregada trouxe do mercado um pacote de manteiga de qualidade.

E) Os dois times mostraram um futebol de categoria.

A

A única alternativa que não traz um adjetivo implícito é a Letra C: a locução adjetiva “do interior” indica apenas que as pessoas são da zona rural.

As demais alternativas deixam um adjetivo implícito: “boa” família, em A; idade “elevada”, em B; “boa” qualidade, em D; e “boa” categoria, em E.

Gabarito: C

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Questão 13 FGV - SME - Professor Ensino Fundamental e Médio - Área Língua Portuguesa - 2023 “Ouviríamos juntos as melodias *mais* gostosas e lhe falaria sobre os instrumentos que fazem a música.” Nesse segmento do texto 1, a palavra “mais” exemplifica a mesma classe gramatical e significado que ocorre em: A) “O mercado está prisioneiro de *mais* um círculo vicioso: piora porque piorou e porque piorou, piora”. (Miriam Leitão) B) “Não é *mais* possível aprender tudo de cor. Um homem instruído não é mais o homem que sabe muitas coisas; é o homem que sabe onde buscar informações”. (Jacques Arsac) C) “Os ingleses conquistaram o mundo porque não aguentavam *mais* a própria cozinha”. (Citação francesa) D) “Quanto *mais* estrangeiros vejo, mais amo a minha pátria”. (De Belloy) E) “Muda-se *mais* facilmente de religião do que de café”.
Questão com bastante maldade!! Lembre-se que temos que olhar para a classe da palavra e seu valor semântico. No enunciado da questão, o "mais" em destaque é um advérbio, pois modifica o sentido de um adjetivo, "gostosas" e tem valor semântico de intensidade. Vejamos as alternativas: A) ERRADA. "Mais" é um pronome indefinido. B) ERRADA. "Mais" é um advérbio, pois modifica o verbo ser, mas tem valor semântico temporal. C) CERTA. D) ERRADA. "Mais" é um pronome indefinido. E) ERRADA. "Mais" é uma conjunção subordinativa comparativa. Gabarito: C
26
Questão 14 FGV - Prefeitura de Jaboatão dos Guararapes - Professor - 2023 Assinale a frase em que o possessivo indica a propriedade material de algo. A) Muitas pessoas perdem seu (o) humor meramente por perceber que você não perdeu o seu. B) Aceite meu conselho. Eu não o uso mesmo. C) Precisando de dinheiro, venda seus pertences. D) Os homens amam com seus (os) olhos e as mulheres com seus (os) ouvidos. E) Atrás de todo homem bem-sucedido existe uma mulher. E atrás desta, a mulher dele.
Vejamos as alternativas: a) ERRADA. A forma pronominal "seu" está se referindo a "humor", que não é algo físico, logo, não podemos falar em posse/propriedade. b) ERRADA. A forma pronominal "meu" está se referindo a "conselho", que não é algo físico, logo, não podemos falar em posse/propriedade. c) CERTA. A forma pronominal "seus" está se referindo a "pertences", que pode ser algo físico, logo, a ideia de posse/propriedade se concretiza. d) ERRADA. A forma pronominal "seus" está se referindo a uma parte do corpo humano. e) ERRADA. A forma pronominal "desta" está se referindo a uma pessoa. Gabarito: C
27
Questão 15 FGV - Banestes Seguros - Assistente Securitário - 2023 Assinale a frase abaixo em que o vocábulo menos mostra uma classe gramatical diferente das demais. A) O candidato estava com menos disposição para o estudo. B) Os operários trabalham menos a cada ano. C) Os atletas treinaram menos para essa prova. D) Meus filhos sempre leram menos que os primos. E) Os estrangeiros sempre se mostraram menos animados.
A única alternativa em que o vocábulo "menos" tem classe gramatical diferente é a letra A: ''menos'' nesse contexto é um pronome indefinido, pois acompanha o substantivo ''disposição''. Nas demais alternativas, a palavra ''menos'' pode ser classificada um advérbio, pois modifica verbo (Letras B, C e D) ou adjetivo (Letra E). Gabarito: A
28
Questão 16 FGV - ALE MA - Assistente Legislativo Administrativo - Área: Agente Legislativo - 2023 Em muitos adjetivos pátrios compostos, o primeiro termo mostra uma forma alatinada e reduzida. Assinale a opção em que o adjetivo citado corresponde corretamente aos países indicados. A) anglo-germânico (Irlanda e Alemanha). B) austro-inglês (Austrália e Inglaterra). C) euro-americano (Europa e América). D) teuto-nipônico (Filipinas e Japão). E) sino-hispânico (Japão e Espanha).
Vejamos as alternativas: a) ERRADA. O adjetivo "anglo-germânico" corresponde à Grã-Bretanha e à Alemanha. b) ERRADA. A forma reduzida do adjetivo pátrio que representa a Inglaterra é "anglo". c) CERTA. d) ERRADA. O adjetivo "teuto-nipônico" corresponde à Alemanha e ao Japão. e) ERRADA. O adjetivo "sino-hispânico" corresponde à China e à Espanha. Gabarito: C
29
Questão 17 FGV - DPE RS - Analista - Área: Engenharia Elétrica - 2023 Os artigos definidos indicam uma realidade conhecida; a frase abaixo em que o artigo sublinhado acompanha uma realidade que é do conhecimento do leitor ou ouvinte, não por seu conhecimento de mundo, mas por ter sido mencionado antes, é: A) Alguns indígenas aproximaram-se da canoa, mas a um pedido do comandante, os índios se afastaram; B) O carro entrou no estacionamento do prédio com os faróis acesos; C) O dicionário tinha as páginas amareladas por ser antigo; D) Quando os piratas esconderam o imenso tesouro na ilha, não esperavam que a riqueza fosse atrair a atenção de outros navegantes; E) Um baralho é um objeto interessante e as figuras nele inseridas mostram valor histórico.
Esta questão exige conhecimento de artigos e interpretação. Ela exige que você se atente para algo que já foi mencionado na frase. Na letra A os índios referem-se aos indígenas que se aproximaram da canoa. Gabarito: A
30
Questão 18 FGV - Prefeitura do Rio de Janeiro - Fiscal de Rendas - 2023 Em todas as alternativas abaixo há duas palavras com o sufixo -eiro. Esse sufixo mostra o mesmo valor semântico nas duas palavras em: A) brasileiro – fuzileiro; B) engenheiro – caseiro; C) saleiro – cinzeiro; D) marinheiro – certeiro; E) chaveiro – cozinheiro.
Vejamos as alternativas: A) ERRADA. "Brasileiro" remete à origem e "Fuzileiro" a profissão; B) ERRADA. "Engenheiro" remete a profissão e "caseiro" a feito em casa; C) CERTO. Tanto "saleiro" quanto "cinzeiro" remetem a um local para se colocar algo (sal e cinzas, respectivamente). D) ERRADA. "Marinheiro" remete a profissão e "certeiro" a uma qualidade. E) ERRADO. "Chaveiro" remete a um objeto e "cozinheiro" a uma profissão. Gabarito: C
31
Questão 19 FGV - BBTS - Técnico - Área: Perfil Interno - 2023 Assinale a frase em que, ao contrário das demais, os adjetivos sublinhados mostram valores diferentes, mas não opostos. A) A moda é válida em coisas menores, como roupa. No pensamento e na arte é abominável. B) Em cada homem gordo está preso um homem magro querendo desesperadamente se libertar. C) Mente sã em corpo são. D) O estilo é um modo muito simples de dizer coisas complicadas. E) Desonestidade é o abandono de uma vantagem permanente por uma vantagem temporária.
Note que a única alternativa que traz adjetivos somente diferentes, sem ser opostos é a Letra A: não há nenhuma relação semântica entre "válida" e "abominável". Nas Letras B, D e E há uma relação de oposição entre os adjetivos: gordo x magro; simples x complicado; permanente x temporário. Já na Letra C, “são” e “sã” são a mesma palavra e dizem respeito à sanidade. Gabarito: A
32
Questão 21 FGV - ALE MA - Assistente Legislativo Administrativo - Área: Agente Legislativo - 2023 Os adjetivos podem indicar qualidades positivas ou negativas, características, estados ou relações dos substantivos. Assinale a frase em que o adjetivo destacado indica uma característica. A) Esse é um mundo *pequeno*, mas eu não queria ter que pintá-lo. B) As pessoas, como os metais, têm apenas uma superfície *brilhante*. C) A Terra é mais *nobre* que o mundo que colocamos sobre ela. D) O mundo pode ser um palco, mas o elenco é um *horror*. E) Para este mundo ficar *bom*, é preciso fazer outro.
Vejamos as alternativas: A) ERRADA. "Pequeno" denota qualidade negativa. B) CERTA. C) ERRADA. A "nobreza" é uma qualidade atribuída a Terra. D) ERRADA. O adjetivo "horror" apresenta uma qualidade negativa sobre o substantivo "elenco". E) ERRADA. O adjetivo "bom" indica um estado de ser. Gabarito: B
33
Questão 1 FGV - SEE-MG - Analista Educacional - 2023 O Conselheiro Vale morreu *às 7 horas da noite de 25 de abril de 1859*. Morreu *de apoplexia fulminante*, pouco depois de cochilar a sesta, — segundo costumava dizer, — e quando se preparava a ir jogar a usual partida de voltarete *em casa de um desembargador*, seu amigo. O Dr. Camargo, chamado à pressa, nem chegou a tempo de empregar os recursos da ciência; o Padre Melchior não pôde dar-lhe as consolações da religião: a morte fora instantânea. Assinale o termo a seguir que exerce função sintática *diferente* da dos demais A) às 7 horas da noite. B) de 25 de abril de 1859. C) de apoplexia fulminante. D) em casa de um desembargador.
Vejamos os trechos marcados: às 7 horas da noite: adjunto adverbial de tempo de 25 de abril de 1859: adjunto adnominal especificativo de apoplexia fulminante: adjunto adverbial de modo em casa de um desembargador: adjunto adverbial de lugar. Gabarito: B
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Questão 2 FGV - Prefeitura de São José dos Campos - SP - Guarda Civil Municipal - 2023 Assinale a frase em que o termo sublinhado exerce a função de complemento nominal e não de adjunto adnominal. A) A necessidade *de dinheiro* é universal. B) É falta *de educação* calar um idiota e crueldade deixá-lo prosseguir. C) Espírito é o sal *da conversação*, não o alimento. D) O segredo *do demagogo* é fazer-se passar por distraído. E) O objetivo *da oratória* não é a verdade, mas a persuasão.
A alternativa correta é: ✅ **Letra A) A necessidade *de dinheiro* é universal.** --- 📘 **Explicação:** A questão pede que você identifique **um complemento nominal**, não um **adjunto adnominal**. Vamos relembrar: --- 🔹 **Complemento Nominal:** - Completa o sentido de **um nome (substantivo, adjetivo ou advérbio)**. - É sempre **preposicionado**. - O termo principal geralmente **não pratica** a ação, **recebe**. **Exemplo clássico:** - “A necessidade **de carinho**.” → “Necessidade” é um substantivo abstrato, e quem tem a necessidade não pratica, mas **sente falta de** algo. --- 🔸 **Adjunto Adnominal:** - Caracteriza, determina ou especifica um **substantivo concreto ou abstrato**. - Pode ou não vir com preposição. - O termo principal normalmente **pratica** ou possui a ação. **Exemplo:** - “A casa **do João**.” → João **possui** a casa. João é o agente → adjunto adnominal. --- 🔍 **Análise das alternativas:** **A) A necessidade *de dinheiro* é universal.** ✔️ “Necessidade” é um substantivo abstrato. “De dinheiro” completa o sentido da palavra “necessidade” → **Complemento nominal**. ✅ **Gabarito.** **B) É falta *de educação* calar um idiota…** ✖️ Aqui, “educação” pode ser entendida como agente da falta — ou seja, é **quem** está em falta. Atribui-se à **educação** o papel de agente → **Adjunto adnominal**. **C) sal *da conversação*** ✖️ “Conversação” **possui** o sal (no sentido figurado). Relação de posse = **Adjunto adnominal**. **D) segredo *do demagogo*** ✖️ “O demagogo” **possui** o segredo. Relação de posse = **Adjunto adnominal**. **E) objetivo *da oratória*** ✖️ “A oratória” **possui** o objetivo. Relação de posse = **Adjunto adnominal**. --- ✅ Gabarito: **Letra A** – “de dinheiro” exerce a função de **complemento nominal**.
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Questão 3 FGV - TJ-BA - Juiz Leigo - 2023 “Até então acreditava-se o contrário, pois, quando elas eram bloqueadas por fármacos, os sintomas do Parkinson eram mitigados.” (Texto 1, 5º parágrafo) A frase em que a partícula “se” serve à mesma função comunicativa do “se” presente na passagem acima é: A) Dentre os presentes, cerca de 20% *se* animaram com o plano descrito pelo anfitrião. B) Você não vai *se* arrepender de ter tentado. C) Desta vez, eles *se* viram muito rapidamente. D) Depois que Marcelo *se* acabou de chorar é que eu entendi o tamanho do problema. E) Aqui, sempre *se* procede a uma fiscalização rigorosa no início da semana.
O enunciado traz "se" seguido de VTI ("acreditar"), logo, o "se" é índice de indeterminação do sujeito. Vejamos as alternativas: A) ERRADA. "se animar com algo", logo, "se" é parte integrante do verbo. B) ERRADA. "se arrepender de", logo, "se" é parte integrante do verbo. C) ERRADA. A ideia é de que eles viram um ao outro, logo "se" é pronome recíproco. D) ERRADA. A ideia é que a achou ocorreu consigo, logo "se" é pronome reflexivo. E) CERTA. "proceder" é VTI, logo "se" é índice de indeterminação do sujeito. Gabarito: E
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Questão 4 FGV - CGE-SC - Auditor do Estado Administração - 2023 Em todas as frases abaixo há a presença do vocábulo SE, sublinhado. Assinale a frase em que a função desse vocábulo é diferente da função presente nas demais frases A) ... considere *se* as informações em uma área específica são suficientemente transparentes, claras e seguras. B) Para determinar *se* sua empresa precisa de uma auditoria. C) É preciso *se* livrar da convicção de que uma auditoria só é necessária quando as coisas não vão bem. D) Eles sabem melhor do que ninguém *se* os processos são seguidos. E) ...e *se* os requisitos burocráticos e legais são cumpridos.
Vamos analisar a função do vocábulo **"se"** em cada alternativa. --- **A) ... considere *se* as informações em uma área específica são suficientemente transparentes, claras e seguras.** ➡️ Aqui, “*se*” introduz uma **oração subordinada substantiva objetiva direta**, funcionando como **conjunção integrante**. --- **B) Para determinar *se* sua empresa precisa de uma auditoria.** ➡️ “*Se*” também é uma **conjunção integrante**, pois introduz a oração subordinada substantiva (objeto direto do verbo “determinar”). --- **C) É preciso *se* livrar da convicção de que uma auditoria só é necessária quando as coisas não vão bem.** ➡️ Aqui, o “*se*” é um **pronome oblíquo átono**, fazendo parte do verbo **pronominal** "livrar-se". ✅ 👉 **Função diferente das demais**. --- **D) Eles sabem melhor do que ninguém *se* os processos são seguidos.** ➡️ “*Se*” = **conjunção integrante**, introduzindo uma oração subordinada substantiva objetiva direta. --- **E) ...e *se* os requisitos burocráticos e legais são cumpridos.** ➡️ Também temos aqui uma **conjunção integrante**. --- ✅ Gabarito: **C)** (A única em que o **“se”** não é uma conjunção integrante, mas sim **pronome oblíquo**.)
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Questão 5 FGV - Prefeitura de São José dos Campos - SP - Assistente Técnico em Saúde - 2023 Assinale a frase abaixo em que a palavra SE está corretamente classificada. A) Freud explica pelo menos uma coisa: o número absurdo de divãs que *se* vendem no mundo. / pronome reflexivo. B) Ensina-me a vencer, *se* puderes; se não puderes, ensina-me a perder bem. / conjunção condicional. C) Só *se* deve beber por gosto: beber por desgosto é uma cretinice. / pronome apassivador. D) Basta um drinque para me deixar mal. Mas nunca sei *se* é o 13º. Ou o 14º. / conjunção causal. E) Turista: alguém que viaja para ver coisas diferentes e então *se* queixa que elas não são iguais. / partícula de realce.
Vamos analisar a função da palavra **"se"** em cada alternativa para identificar qual está **corretamente classificada**: --- **A) Freud explica pelo menos uma coisa: o número absurdo de divãs que *se* vendem no mundo.** ➡️ Aqui temos uma construção **passiva sintética**: **"divãs que *se* vendem"** = divãs **são vendidos**. 🔸 O *se* é **partícula apassivadora**, e **não pronome reflexivo**, como está classificado na alternativa. ❌ **Classificação incorreta.** --- **B) Ensina-me a vencer, *se* puderes; se não puderes, ensina-me a perder bem.** ➡️ O “*se*” introduz uma **condição**: "*se* puderes...". 🔸 Correto: **conjunção condicional**. ✅ **Classificação correta.** --- **C) Só *se* deve beber por gosto: beber por desgosto é uma cretinice.** ➡️ "*Se* deve beber" = construção impessoal. 🔸 O “*se*” é **índice de indeterminação do sujeito**, pois o verbo **deve** é transitivo indireto (deve-se beber **por** gosto). ❌ Classificação errada: o item diz "pronome apassivador", mas é **índice de indeterminação do sujeito**. --- **D) Basta um drinque para me deixar mal. Mas nunca sei *se* é o 13º. Ou o 14º.** ➡️ O “*se*” introduz uma dúvida, **não causa**. 🔸 É uma **conjunção integrante**, não causal. ❌ Classificação errada. --- **E) Turista: alguém que viaja para ver coisas diferentes e então *se* queixa que elas não são iguais.** ➡️ O verbo “*queixar-se*” é **pronominal**, e o “se” é **pronome reflexivo**. 🔸 Classificar como “partícula de realce” está errado. ❌ Classificação errada. --- ✅ **Gabarito: B** A única frase em que a classificação da palavra **"se"** está correta (conjunção condicional).
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Questão 6 FGV - TJ-BA - Juiz Leigo - 2023 “Estudo revela novo alvo para busca *de terapias contra doença de Parkinson*” (Texto 1, Título) No título do texto 1, a preposição “de” introduz um complemento nominal. Em todas as alternativas abaixo, está sublinhado um termo introduzido pela preposição “de”. O único caso em que esse termo NÃO funciona como complemento nominal é: A) “[...] pode limitar a perda *de capacidade motora e a morte neuronal*”; B) “uma toxina indutora de sintomas semelhantes aos *da doença de Parkinson*”; C) “[...] o que sugere que a micróglia pode ser responsável pela modulação *da expressão de genes*”; D) “[...] um tipo de célula imunológica *do sistema nervoso*”; E) “[...] além de propor terapias que consistem na manipulação *deles*”..
Vamos analisar a função sintática dos termos introduzidos pela preposição **“de”** em cada alternativa, buscando aquele que **não funciona como complemento nominal**. --- 🌟 **Revisando: o que é complemento nominal?** É o termo que completa o sentido de **um nome (substantivo, adjetivo ou advérbio)** e **tem relação passiva** com esse nome. --- **A) “[...] pode limitar a perda *de capacidade motora e a morte neuronal*”** - "Perda **de capacidade motora**" → o nome *perda* está sendo completado. - "Perda" é um substantivo abstrato, e *capacidade motora* é o complemento de quem sofre a perda. ✅ **Complemento nominal.** --- **B) “uma toxina indutora de sintomas semelhantes aos *da doença de Parkinson*”** - "Semelhantes aos **da doença de Parkinson**" → “sintomas semelhantes” a quê? - A preposição "de" liga o substantivo "sintomas" a "doença de Parkinson". ✅ **Complemento nominal.** --- **C) “o que sugere que a micróglia pode ser responsável pela modulação *da expressão de genes*”** - "Modulação **da expressão de genes**" → quem é modulado? A *expressão*. - "Expressão" é um nome que exige complemento. ✅ **Complemento nominal.** --- **D) “um tipo de célula imunológica *do sistema nervoso*”** - Aqui temos uma relação **de posse ou pertencimento**: a célula é **do sistema nervoso**. ❌ **Não é complemento nominal**, e sim **adjunto adnominal** (relação de posse). ✅ **Esta é a correta — termo NÃO funciona como complemento nominal.** --- **E) “além de propor terapias que consistem na manipulação *deles*”** - "Manipulação **deles**" → quem é manipulado? *Eles* (objeto da manipulação). - A palavra "manipulação" precisa de complemento. ✅ **Complemento nominal.** --- ✅ Gabarito: **D** **"do sistema nervoso"** é **adjunto adnominal** (indica origem, posse), **não complemento nominal**.
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Questão 7 FGV - TJ-BA - Juiz Leigo - 2023 O texto 1 pertence ao gênero textual notícia de divulgação científica. Um reflexo formal desse fato na superfície do texto 1 é a recorrência de: A) orações subordinadas substantivas, como em “O grupo *que manteve essas células* registrou perdas menos significativas [...]”; B) pronomes relativos, como em “Todos os testes foram conduzidos em animais *que* receberam 6-hidroxidopamina [...]”; C) sujeitos pospostos ao verbo, como em "[...] disse *a doutoranda Carolina Parga* à assessoria de imprensa do ICBUSP”; D) apostos explicativos, como em "São dois genes relacionados à transmissão por dopamina [*substância que influencia nossas emoções, aprendizado e locomoção, além de outras funções*] [...]”; E) verbos flexionados no gerúndio, como em “[...] mas *sendo* mitigadas pela micróglia e outros mecanismos"..
Vejamos as alternativas: A) ERRADA. A oração é subordinada adjetiva, pois o "que" exerce função de pronome relativo. B) ERRADA. O pronome relativo não possui relação direta com o gênero notícia. C) ERRADA. Não há qualquer relação direta sobre a posição do sujeito com o gênero notícia. D) CERTA. O termos destacados explicam sobre os “dois genes", funcionando como um aposto. O aposto é um termo de valor explicativo e a notícia de divulgação científica é um gênero jornalístico que tem como objetivo comunicar de forma acessível e compreensível ao público em geral os avanços, descobertas e desenvolvimentos na área da ciência, tecnologia e pesquisa. E) ERRADA. Não há qualquer característica particular do gerúndio com o gênero notícia científica. Gabarito: D
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Questão 8 FGV - MPE-SP - Analista de Promotoria - 2023 Assinale a frase que mostra os seus termos sintáticos em ordem direta. A) Se você está gostando da viagem, provavelmente não vai gostar do destino. B) A Inglaterra é o paraíso das mulheres, o purgatório dos homens e o inferno dos cavalos. C) Homens realmente educados são os autodidatas. D) São as perguntas que fazem o filósofo. E) Para o biólogo, o homem é um animal como os demais.
Vejamos as alternativas: A) ERRADA. A ordem direta seria "Você não vai gostar do destino se está gostando da viagem". B) CERTA. C) ERRADA. A ordem direta seria "Os autodidatas são homens realmente educados". D) ERRADA. A ordem direta seria "Quem é que faz as perguntas? O filósofo" E) ERRADA. A ordem direta seria "O homem é um animal como os demais para o biólogo". Gabarito: B
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Questão 9 FGV - MPE-SP - Analista de Promotoria - Assistente Social - 2023 Os dicionários se formam normalmente com definições dos verbetes neles inseridos. Entre as definições a seguir, assinale aquela que apresenta um modelo *diferente* das demais. A) Vadiagem s. f.: ação de vadiar. B) Conservação s. f.: ação de conservar, de manter intacto ou no mesmo estado. C) Displicentemente adv.: de uma maneira displicente. D) Antropófago adj. e s.: que se alimenta de carne humana. E) Obséquio s. m. favor, gentileza.
A resposta correta é a letra E, porque o enunciado pela opção que tem um "modelo" diferente. Sendo assim, ao apresentar a definição da palavra "obséquio" não se colocou o sinal de dois-pontos após a abreviação do sujeito masculino (s.m.). Todos os demais itens têm o sinal de dois-pontos. Gabarito: E
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Questão 10 FGV - CÂMARA DOS DEPUTADOS - Analista Legislativo - 2023 Assinale a frase em que a preposição sublinhada tem valor gramatical, ou seja, é exigida por um termo anterior. (A) Você não é nada até ser odiado *por* todos. (B) Esse ignóbil baile *de* máscaras que se chama sociedade. (C) Não há nenhum grande homem para o seu criado *de* quarto. (D) Quem vive bem *com* a pobreza é rico. (E) Um homem é rico na medida do número de coisas de que ele é capaz *de* abrir mão.
A forma mais fácil de resolver esta questão é olhar para o termo anterior à preposição e ver se ele necessita obrigatoriamente de preposição ou não. Note que as palavras "odiado" (A), "baile" (B), "criado" (C) e "viver bem" (D) subsistem e têm sentido completo sem o complemento dado pela preposição. O mesmo não ocorre com "capaz": você quase que automaticamente se pergunta "capaz de que?". Gabarito: E
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Questão 11 FGV - Analista do Ministério Público (MPE AL)/Administrador de Banco de Dados/2018 Assinale a opção em que o termo sublinhado funciona como sujeito. a) “Em um regime de liberdades, há sempre *o risco de excessos*”. b) “Sempre há, também, *o oportunismo político-ideológico* para se aproveitar da crise”. c) “Não faltam, também, *os arautos do quanto pior, melhor*, ...”. d) “A greve atravessou vários sinais ao estrangular as vias de suprimento que mantêm o *sistema produtivo* funcionando”. e) “Numa democracia, é livre a expressão”
Analisando as alternativas, temos: Na letra A, o termo sublinhado é objeto direto do verbo “há”, já que este, com sentido de existir, é impessoal, ou seja, não possui sujeito. Em B e em D, as expressões em destaque são também objetos diretos dos verbos “há” e “mantêm”, respectivamente. Em E, “livre” é o predicativo do sujeito “a expressão”. Já na letra C: “Não faltam, também, os arautos do quanto pior, melhor, ...”, se colocarmos a frase na sua ordem original (sujeito, verbo e predicado), encontramos: Os arautos do quanto pior, melhor também não faltam. Assim, a expressão sublinhada pode ser reconhecida, portanto, como sujeito. Gabarito: C
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Questão 12 FGV - Analista Legislativo (ALERO)/Redação e Revisão/2018 Assinale a opção que apresenta a frase em que o termo sintático sublinhado tem função sintática diferente das demais. a) “Toda a sabedoria consiste em desconfiar **dos nossos sentidos**.” b) “O modo mais correto **de esconder dos outro**s os limites do próprio saber é não ultrapassá-los jamais.” c) “Quem não tem necessidades próprias dificilmente se lembra das alheias.” d) “Pode-se prescindir de tudo. Desde que não se deva.” e) “Deus nunca perturba a alegria dos seus filhos.”
Analisando as alternativas: Na letra A, “dos nossos sentidos” é complemento verbal indireto, assim como o são as outras expressões sublinhadas nas alternativas B, C e D. Na opção E, porém, o elemento “dos seus filhos” é adjunto adnominal de “alegria”. Essa alternativa é, portanto, o gabarito dessa questão. Gabarito: E
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Questão 13 FGV - Técnico Judiciário (TJ AL)/Judiciária/2018 “Tenho comentado aqui na Folha em diversas crônicas, os usos da internet, que se ressente ainda da falta de uma legislação específica que coíba não somente os usos mas os abusos deste importante e eficaz veículo de comunicação”. Sobre as ocorrências do vocábulo que, nesse segmento do texto, é correto afirmar que: a) são pronomes relativos com o mesmo antecedente; b) exemplificam classes gramaticais diferentes; c) mostram diferentes funções sintáticas; d) são da mesma classe gramatical e da mesma função sintática; e) iniciam o mesmo tipo de oração subordinada.
Vamos analisar com atenção o trecho citado: > “Tenho comentado aqui na Folha em diversas crônicas, os usos da internet, **que se ressente ainda da falta de uma legislação específica que coíba não somente os usos mas os abusos deste importante e eficaz veículo de comunicação**”. Identificando os dois "que": 1. **Primeiro “que”**: > “os usos da internet, **que se ressente ainda da falta de uma legislação específica** [...]” - Esse "que" **retoma "internet"**, e introduz uma oração subordinada adjetiva **restritiva**, pois especifica que a internet **se ressente** da falta de legislação. - Classe gramatical: **pronome relativo** - Função sintática: **sujeito da oração "que se ressente"**. --- 2. **Segundo “que”**: > “falta de uma legislação específica **que coíba não somente os usos mas os abusos** [...]” - Esse "que" **retoma "legislação"**, e introduz também uma oração subordinada adjetiva **restritiva**, explicando que tipo de legislação se espera. - Classe gramatical: **pronome relativo** - Função sintática: **sujeito da oração "que coíba os usos..."** --- Análise das alternativas: **a) são pronomes relativos com o mesmo antecedente** ❌ Errado. O primeiro "que" retoma **internet**, o segundo, **legislação**. **b) exemplificam classes gramaticais diferentes** ❌ Errado. Ambos são **pronomes relativos**. **c) mostram diferentes funções sintáticas** ❌ Errado. Ambos exercem a função de **sujeito** em suas orações. **d) são da mesma classe gramatical e da mesma função sintática** ✅ **Correto.** Ambos são **pronomes relativos** e ambos exercem a função de **sujeito** em suas respectivas orações. **e) iniciam o mesmo tipo de oração subordinada** ❌ Errado. Embora ambos iniciem orações subordinadas adjetivas **restritivas**, essa não é a **função comunicativa central da questão**, já que a alternativa **D** é mais completa e correta. --- ✅ Gabarito: **D** **"são da mesma classe gramatical e da mesma função sintática."**
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Questão 01 FGV - Técnico Médio da Defensoria (DPE RJ)/2019 “Em linhas gerais a arquitetura brasileira sempre conservou a boa tradição da arquitetura portuguesa. De Portugal, desde o descobrimento do Brasil, vieram para aqui os fundamentos típicos da arquitetura colonial. Não se verificou, todavia, uma transplantação integral de gosto e de estilo, porque as novas condições de vida em clima e terras diferentes impuseram adaptações e mesmo improvisações que acabariam por dar à do Brasil uma feição um tanto diferente da arquitetura genuinamente portuguesa ou de feição portuguesa. E como arquitetura portuguesa, nesse caso, cumpre reconhecer a de característica ou de estilo barroco”. (Luís Jardim, Arquitetura brasileira. Cultura, SP: 1952) Carlos Roberto Correa No texto há uma série de adjetivos que se referem a substantivos e com eles concordam; a opção em que essa relação de concordância está errada é: a) integral / transplantação; b) novas / condições; c) terras / diferentes; d) diferente / feição; e) barroco / característica ou estilo.
Analisando cada alternativa no seu contexto correspondente em busca da concordância nominal incorreta, temos: A - integral / transplantação Em “Não se verificou, todavia, uma transplantação integral...”, a concordância entre o nome “transplantação” e o adjetivo “integral” está correta. B - novas / condições No fragmento “...porque as novas condições de vida...”, o adjetivo “novas” está concordando corretamente com “condições”. C - terras / diferentes Visto que o enunciado da questão solicita a alternativa em que a relação de concordância não está correta, concluímos que a letra C é o gabarito. Isso porque, apesar de a concordância entre “diferentes” e “terras” estar correta, o adjetivo não concorda somente com “terras”, no trecho “...novas condições de vida em clima e terras diferentes...”, o adjetivo “diferentes” está grafado no plural para concordar com dois referentes: ”clima” e “terras”. D - diferente / feição No trecho “...dar à do Brasil uma feição um tanto diferente...”, notamos que a relação de concordância entre “diferente” e “feição” é correta. E – barroco / característica ou estilo No excerto “E como arquitetura portuguesa, nesse caso, cumpre reconhecer a de característica ou de estilo barroco”, o termo “barroco” concorda com dois elementos: “característica” e “estilo”. Diferentemente do que ocorreu na alternativa C, em que o elemento entre os dois referentes nominais do adjetivo “diferentes” é o “e”, que expressa ideia de adição, situação em que a concordância deve ser feita obrigatoriamente com os dois substantivos, aqui o elemento que liga os referentes no contexto é “ou”, que expressa alternância. Isso significa que “barroco” concorda alternadamente com “característica” e com “estilo”. A dúvida surge porque a primeira ideia é de que ele deveria estar no plural, mas, quando se tem um adjetivo posposto se referindo a mais de um substantivo, tal adjetivo pode concordar tanto com todos eles, sendo grafado no masculino plural se houver substantivos de gêneros diferentes, ou com apenas o mais próximo, como ocorreu nesse caso. Gabarito: C
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FGV - Contador (SEFIN RO)/2018 A geração pós-1980 e início de 1990 só conhece os tempos militares pelos livros de História e pelas séries da TV. Para a maioria dela, as palavras “democracia” e “liberdade” têm sentido diferente daquele para quem conheceu a falta desses direitos e as consequências de brigar por eles. Se hoje é possível existir redes sociais; se é possível que pessoas se organizem em grupos ou movimentos e digam ou escrevam o que querem e o que pensam, devem-se essas prerrogativas a quem no passado combateu as arbitrariedades de uma ditadura violenta, a custo muito alto. Apesar de bem escrito, o primeiro parágrafo do texto apresenta uma incorreção, segundo a norma padrão. Assinale a opção que a apresenta. a) O segmento “Para a maioria dela” deveria ser substituído por “Para a maioria delas”. b) O segmento “têm sentido diferente” deveria ser substituído por “têm sentidos diferentes”. c) O segmento “a falta desses direitos” deveria ser substituído por “a falta desse direito”. d) O segmento “É possível existir” deveria ser substituído por “É possível existirem”. e) O segmento “devem-se essas prerrogativas” deveria ser substituído por “deve-se essas prerrogativas”.
A alternativa **correta** é: **d) O segmento “É possível existir” deveria ser substituído por “É possível existirem”.** --- Análise: Vamos revisar o trecho: > “**Se hoje é possível existir redes sociais** [...]” Nesse caso, o verbo **"existir"** é impessoal (não tem sujeito) **quando usado sozinho**, como em *"Existe justiça?"*. Mas **quando ele vem seguido de um sujeito no plural**, como *"redes sociais"*, **ele deve concordar com esse sujeito**. O correto é: > **“Se hoje é possível existirem redes sociais”** Ou seja, o verbo "existir" deve ir **para o plural**, acompanhando o sujeito "redes sociais". --- Por que as outras estão erradas? **a) “Para a maioria dela” deveria ser substituído por “Para a maioria delas”.** ❌ **Errada.** “A maioria” é singular e pode ser retomada com o pronome **“dela”** (referente à geração). “Delas” mudaria o sentido e indicaria outro grupo. **b) “Têm sentido diferente” deveria ser substituído por “têm sentidos diferentes”.** ❌ **Errada.** A construção “têm sentido diferente” está correta, já que se refere ao mesmo conceito com um significado que **muda** conforme a experiência — não necessariamente múltiplos sentidos. **c) “A falta desses direitos” deveria ser substituído por “a falta desse direito”.** ❌ **Errada.** O texto se refere a dois direitos: democracia e liberdade. Então, “**desses direitos**” (plural) está certo. **e) “Devem-se essas prerrogativas” deveria ser substituído por “deve-se essas prerrogativas”.** ❌ **Errada.** O verbo “dever” aqui está **pronominal** (dever-se algo a alguém). O sujeito é “essas prerrogativas”, então o verbo concorda: **“devem-se essas prerrogativas”** está certo. --- ✅ **Gabarito: d)**
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Questão 03 FGV - Analista Judiciário (TJ AL)/Oficial de Justiça Avaliador/2018 O segmento do texto em que há um erro gramatical na forma verbal sublinhada é: a) “No post, que teve mais de 16 mil compartilhamentos e 26 mil curtidas no Twitter, o internauta chega a especular que *seriam* deputados,...”; b) “...mas a direção da casa esclareceu *tratarem*-se de assessores”; c) “Votação importante hoje (19/02) e os deputados ao invés de *estarem* trabalhando e fazendo jus ao salário superior a 25 mil reais...”; d) “...*estão* trocando e colando figurinha da Copa do Mundo em meio à votação”; e) “Se eu falasse, ninguém *acreditaria*”, diz o post.
A alternativa **correta** é: **b) “...mas a direção da casa esclareceu tratarem-se de assessores”** --- ✔️ Análise do erro: A forma verbal **"tratarem-se"** está **incorreta** nesse contexto. Vamos explicar por quê. O trecho é: > “...mas a direção da casa esclareceu **tratarem-se de assessores**.” **Verbo: tratar-se (verbo pronominal impessoal).** Quando usado no sentido de **“ser”** ou **“dizer respeito a”**, ele é **impessoal** (sem sujeito) e fica sempre na **3ª pessoa do singular**, **mesmo que o termo posterior esteja no plural**. O correto seria: > **“...esclareceu tratar-se de assessores.”** --- Por que as outras estão corretas? **a) “...o internauta chega a especular que seriam deputados...”** ✅ Correta. A forma “seriam” está adequadamente no **futuro do pretérito**, exprimindo hipótese ou dúvida. **c) “...os deputados ao invés de estarem trabalhando...”** ✅ Correta. Apesar de haver discussão estilística sobre o uso de “ao invés de” (melhor seria “em vez de”), **não há erro gramatical na forma verbal** “estarem”. **d) “...estão trocando e colando figurinha da Copa...”** ✅ Correta. Forma progressiva do presente com verbos no gerúndio está correta. **e) “Se eu falasse, ninguém acreditaria”, diz o post.** ✅ Correta. Estrutura condicional está bem formada com **pretérito imperfeito do subjuntivo + futuro do pretérito**. --- ✅ **Gabarito: b)**
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Questão 04 FGV - Advogado (ALERO)/2018 Assinale a frase a seguir em que a concordância verbal com porcentagens está incorreta. a) 25,7% do total de calouros se matricularam. b) 30% da imprensa mostraram esse mesmo dado. c) 1,7% do jornal se ocuparam dessa notícia. d) 5,8% do público leitor comentou os dados fornecidos. e) 1,3% dos leitores se interessaram pela notícia.
Para lembrar, a concordância com porcentagem pode ocorrer de duas maneiras: - com o numeral - com o complemento do numeral Agora vejamos as alternativas em busca da concordância verbal incorreta: A - 25,7% do total de calouros se matricularam. O verbo “matricularam” está concordando corretamente com o numeral. B - 30% da imprensa mostraram esse mesmo dado. O verbo “mostraram” está também concordando corretamente com o numeral. C - 1,7% do jornal se ocuparam dessa notícia. INCORRETA – o verbo “ocuparam” deveria estar grafado no singular para concordar com o numeral, que no caso é 1, ou com o substantivo “jornal”. D - 5,8% do público leitor comentou os dados fornecidos. Aqui o verbo “comentou” está concordando com o substantivo “público”. E - 1,3% dos leitores se interessaram pela notícia. O verbo “interessaram” está concordando corretamente com o substantivo “leitores”. Gabarito: C
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Questão 05 FGV - Analista Legislativo (ALERO)/Redação e Revisão/2018 Em todas as frases a seguir foram sublinhados o adjetivo e o termo substantivo a que ele se refere e com que concorda; assinale a frase em que essa referência está indicada corretamente. a) “Ser marido é um trabalho de tempo integral.” b) “A cachaça de Minas é das mais saborosas do país.” c) “Os maridos das mulheres de que gostamos são sempre uns imbecis.” d) “É preciso realmente que um homem morra para que outros possam apurar o seu justo valor.” e) “Há quem esteja disposto a morrer para fazer com que morram os seus inimigos.”
Buscamos entre as alternativas aquela em que a concordância nominal está correta. Vejamos então: A - “Ser marido é um trabalho de tempo integral.” Incorreta – o termo “integral” concorda com “tempo” e não com “trabalho”. B - “A cachaça de Minas é das mais saborosas do país.” Incorreta - adjetivo “saborosas” concorda com a expressão “das mais” e não com “cachaça”. C - “Os maridos das mulheres de que gostamos são sempre uns imbecis.” Incorreta – “imbecis” concorda com “maridos” e não com “mulheres”. D - “É preciso realmente que um homem morra para que outros possam apurar o seu justo valor.” Incorreta – o adjetivo “justo” está concordando com “valor” e não com “homem”. E - “Há quem esteja disposto a morrer para fazer com que morram os seus inimigos.” CORRETA – o termo “disposto” está grafado no singular concordando corretamente com “quem”, que é o seu sujeito. Gabarito: E
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Questão 06 FGV - Técnico Superior Especializado (DPE RJ)/Administração de Empresas/2019 O pensamento abaixo em que há uma forma de voz passiva com a indicação do agente é: a) “A natureza só é comandada se é obedecida”; b) “Dada a causa, a natureza produz o efeito no modo mais breve em que pode ser produzido”; c) “O mundo será julgado pelas crianças. O espírito da infância julgará o mundo”; d) “Existe alguma religião cujos fiéis possam ser apontados como nitidamente mais amáveis e dignos de confiança do que os de qualquer outra?”; e) “A sabedoria não pode ser transmitida. A sabedoria que um sábio tenta transmitir soa mais como loucura”.
Só lembrando, a voz passiva ocorre de duas maneiras: - com o verbo na terceira pessoa, no tempo verbal do contexto, acompanhado da partícula apassivadora, caracterizando a voz passiva sintética. - com locução verbal formada por verbo auxiliar ser, no tempo verbal do contexto, mais verbo transitivo no particípio, o que caracteriza a voz passiva analítica. Com a voz passiva analítica é mais comum aparecer o agente da passiva, que é quem pratica a ação indicada pelo verbo, o que não ocorre na voz passiva sintética. Vejamos as alternativas: A - “A natureza só é comandada se é obedecida” Opção incorreta - Nesse segmento observamos que há voz passiva analítica, mas não há o agente da passiva. O verbo obedecer assim como desobedecer são exceções à regra de que a voz passiva somente ocorre com verbos transitivos diretos ou bitransitivo, ambos são transitivos indiretos, mas aceitam a apassivação. B - “Dada a causa, a natureza produz o efeito no modo mais breve em que pode ser produzido” Opção incorreta – no final da frase, observamos uma estrutura em voz passiva “pode ser produzido”, mas também não está explícito o agente da passiva. O outro verbo da frase “produz” está na voz ativa. C - “O mundo será julgado pelas crianças. O espírito da infância julgará o mundo” OPÇÃO CORRETA – a primeira frase está na voz passiva com a formação verbal “será julgado” e possui o agente da passiva “pelas crianças”. Na oração seguinte, o verbo está na voz ativa. D - “Existe alguma religião cujos fiéis possam ser apontados como nitidamente mais amáveis e dignos de confiança do que os de qualquer outra?” Opção incorreta – a estrutura “possam ser apontados” está na voz passiva, mas também não está especificado, no contexto, quem apontaria. E - “A sabedoria não pode ser transmitida. A sabedoria que um sábio tenta transmitir soa mais como loucura” Opção incorreta – na primeira oração, a locução “pode ser transmitida” está na voz passiva, mas sem o agente. Devemos ser cuidadosos, porém, com essa alternativa porque o sentido da segunda oração é parecido com o da primeira e nela aparece uma expressão que poderia ser considerada como o agente da passiva: “um sábio”. Alguém desatento poderia fazer uma junção mental das duas frases e marcar essa alternativa como correta indevidamente. Gabarito: C
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Questão 07 FGV - Técnico Superior Especializado (DPE RJ)/Administração de Empresas/2019 O segmento do texto em que a forma de apassivação é INADEQUADA é: a) “Um homem acorda gravemente ferido” / Um homem é acordado gravemente ferido; b) “para sentir sua falta” / para sua falta ser sentida; c) “para dar vazão” / para ser dada vazão”; d) “começar uma nova vida” / uma nova vida ser começada; e) "executar criminosos” / criminosos serem executados.
Vale lembrar que o objeto direto do verbo na voz ativa será o sujeito do verbo na voz passiva. Vejamos as alternativas: A - “Um homem acorda gravemente ferido” / Um homem é acordado gravemente ferido INADEQUADA – Atenção ao enunciado! Aqui a segunda oração está na voz passiva, porém ela não é a apassivação da primeira, uma vez que o sujeito de ambas é o mesmo. Não há como apassivar a primeira oração porque o verbo “acorda” é intransitivo. B - “para sentir sua falta” / para sua falta ser sentida Correta – verbo “sentir” é transitivo direto e o objeto “sua falta” é o sujeito da oração na voz passiva. C - “para dar vazão” / para ser dada vazão” Correta – verbo “dar” é bitransitivo e o seu objeto direto “vazão” é o sujeito da oração na voz passiva. D - “começar uma nova vida” / uma nova vida ser começada Correta – verbo “começar” é transitivo direto e o objeto “uma nova vida” é o sujeito da oração na voz passiva. E - "executar criminosos” / criminosos serem executados. Correta – verbo “executar” é transitivo direto e o objeto “criminosos” é o sujeito da oração na voz passiva. Gabarito: A
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Questão 09 FGV - Analista Judiciário (TJ AL)/Oficial de Justiça Avaliador/2018 “O flagrante de dois assessores trocando figurinhas durante uma sessão foi divulgado pelas redes sociais e a cena se espalhou”. O segmento “foi divulgado pelas redes sociais” do texto é exemplo de voz passiva; se a mesma frase fosse colocada na voz ativa, a forma verbal adequada seria: a) divulgaram; b) divulgaram-se; c) divulgou-se; d) divulgam-se; e) divulga-se.
A forma correta da frase na **voz ativa** é: ✅ **a) divulgaram** --- ✔️ Explicação: A frase original está na **voz passiva analítica**: > "**foi divulgado pelas redes sociais**" Vamos identificar: - **Verbo**: "foi divulgado" → tempo **pretérito perfeito**, voz passiva (locução com o verbo auxiliar **foi** + particípio **divulgado**). - **Sujeito paciente**: "O flagrante" - **Agente da passiva**: "pelas redes sociais" --- Transformando para a **voz ativa**: - O **agente da passiva** vira o **sujeito agente**: - **"As redes sociais"** agora são o sujeito da frase. - O **sujeito paciente** vira o **objeto direto**: - **"O flagrante"** passa a ser o objeto direto. - O verbo deve concordar com o novo sujeito (plural: **as redes sociais**) e manter o tempo (pretérito perfeito). --- 🔁 **Voz ativa resultante:** > "**As redes sociais divulgaram o flagrante de dois assessores trocando figurinhas durante uma sessão.**" --- ✅ Alternativa correta: **a) divulgaram** Verbo no pretérito perfeito, 3ª pessoa do plural, como exige o novo sujeito (“as redes sociais”).
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Questão 09 FGV - Recenseador (IBGE)/2017 A frase abaixo que mostra uma voz verbal diferente das demais é: a) “...desestabilizando completamente o ecossistema”; b) “...afloram as várias atividades humanas que as provocaram, ou estão provocando”; c) “Dentre essas ações, as principais talvez sejam...”; d) “... todos esses animais, de uma forma ou de outra, rendem expressivos lucros”; e) “Atualmente, quando se mencionam ‘espécies em extinção’...”.
As vozes do verbo podem ser: ativa, passiva e reflexiva. Vamos analisar as alternativas procurando aquela que apresenta voz verbal diferente das demais: A - “...desestabilizando completamente o ecossistema” O verbo “desestabilizando” está grafado no gerúndio e está na voz ativa. B - “...afloram as várias atividades humanas que as provocaram, ou estão provocando” As formas verbais “provocaram” e “estão provocando” estão grafadas em tempos verbais diferentes (pretérito e presente contínuo), mas estão na voz ativa. C - “Dentre essas ações, as principais talvez sejam...” O verbo “sejam” também está na voz ativa. D - “... todos esses animais, de uma forma ou de outra, rendem expressivos lucros” A forma verbal “rendem”, assim como as demais até aqui, está na voz ativa. E - “Atualmente, quando se mencionam ‘espécies em extinção’...”. CORRETA – aqui verificamos que a expressão verbal “se mencionam” está na voz passiva sintética, cujo sujeito é “espécies em extinção”. Gabarito: E
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Questão 10 FGV - Auxiliar (Pref. Salvador)/Desenvolvimento Infantil/2017 Se colocarmos a frase “havia um menino” no plural, a forma correta será a)“haviam uns meninos”. b)“haviam meninos”. c)“haviam os meninos”. d)“havia os meninos”. e)“havia uns meninos”.
As opções “haviam uns meninos”; “haviam meninos” e “haviam os meninos” (letras A, B e C, respectivamente) estão incorretas porque sabemos que o verbo haver, nesse contexto em que tem sentido de existir: existia um menino, é impessoal, não tem sujeito, portanto é grafado na terceira pessoa do singular: “havia”. A expressão “um menino” é o objeto direto do referido verbo. Quanto às alternativa D e E: “havia os meninos” e “havia uns meninos”. A primeira está incorreta porque o artigo “os” é definido, enquanto que o empregado no trecho do enunciado é indefinido “um”. Sendo assim, a opção E é a correta porque todos os termos estão grafados corretamente no plural. Gabarito: E
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Questão 01 FGV - Técnico Judiciário (TJ CE)/Judiciária/2019 “Todos aqueles que devem deliberar sobre questões dúbias devem também manter-se imunes ao ódio e à simpatia, à ira e ao sentimentalismo”. A única substituição inadequada entre as propostas nas opções abaixo é: a) deliberar = decidir; b) dúbias = duvidosas; c) manter-se = tornar-se; d) imunes = isentos de; e) sentimentalismo = subjetivismo.
Vamos analisar as alternativas em busca daquela que está inadequada no que diz respeito à sinonímia. A – incorreta - o termo “deliberar” tem como sentido decidir após determinada discussão, sendo a substituição é possível. B – incorreta – a substituição é possível porque dúbias tem como sinônimos incertas, indefinidas e duvidosas. C – CORRETA – a substituição aqui não é possível porque “manter-se” significa conservar-se e “tornarse” significa mudar, transformar-se. D – incorreta – o termo “imunes” tem como um de seus sinônimos o termo isentos, que rege preposição de, portanto, a substituição é possível. E – incorreta – o termo “sentimentalismo” pode ser substituído por subjetivismo, ambos significam a qualidade do que é sentimental, íntimo. Gabarito: C
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Questão 03 FGV - Técnico Médio da Defensoria (DPE RJ)/2019 Há uma série de palavras em língua portuguesa que modificam o seu sentido em função de uma troca vocálica; esse fato só NÃO ocorre em: a) deferir / diferir; b) infarte / infarto; c) emergir / imergir; d) descrição / discrição; e) eminente / iminente.
A – incorreta - deferir e diferir são parônimas, têm como significados atender ao que é solicitado e diferenciar, respectivamente. B – CORRETA – infarte e infarto são dois vocábulos existentes na língua portuguesa, são parônimos e sinônimos ao mesmo tempo porque têm grafias quase iguais e significados iguais. C – incorreta - emergir e imergir são parônimas, uma significa vir à tona e a outra significa afundar, estar imerso, respectivamente. D – incorreta – descrição é a representação oral ou escrita de algo e discrição é a qualidade de ser discreto. E – incorreta – eminente significa alto, acima do esperado, já iminente tem como significado o que está prestes a acontecer. Gabarito: B
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Questão 06 FGV - Analista Legislativo (ALERO)/Redação e Revisão/2018 Assinale a frase que apresenta um erro de regência. a)“Todos amam os bons, mas os exploram. Todos detestam os maus, mas os temem e lhes obedecem.” b)“Toda arte aspira continuamente à condição da música.” c)“Não quero que as pessoas sejam muito gentis: isso me poupa do trabalho de gostar muito delas.” d)“Culpamos as pessoas que não gostamos pelas gentilezas que nos demonstram.” e)“A embriaguez excita e traz à luz todos os vícios.”
A alternativa que **apresenta erro de regência** é: ✅ **d) “Culpamos as pessoas que não gostamos pelas gentilezas que nos demonstram.”** --- ✔️ Explicação: O erro está na construção: > **"as pessoas que não gostamos"** O verbo **"gostar"** exige **preposição "de"**. Portanto, o correto seria: > **“Culpamos as pessoas de quem não gostamos pelas gentilezas que nos demonstram.”** --- As demais estão corretas quanto à regência: - **a)** Correta: "obedecer" exige a preposição "a" → **lhes obedecem** - **b)** Correta: "aspirar à condição" (no sentido de desejar) exige preposição → **aspira à condição** - **c)** Correta: coerente com o sentido e regência dos verbos - **e)** Correta: "trazer à luz" está bem construído --- ✅ Gabarito: **d)**
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Questão 07 FGV - Analista Legislativo (ALERO)/Redação e Revisão/2018 A frase abaixo em que o emprego da preposição *de* é fruto da regência de um termo anterior é: a)“A saúde de todo o corpo provém da oficina *do* estômago.” b)“Quem come *do* fruto da árvore da sabedoria sempre é arrojado de algum paraíso.” c)“A fé move montanhas *do* chão, mas não se esqueça de ficar empurrando enquanto você reza.” d)“Não gosto de Deus, porque não o conheço, nem *do* próximo, porque o conheço.” e)“A voz do povo é a voz *de* Deus.”
A alternativa correta é: ✅ **d) “Não gosto de Deus, porque não o conheço, nem *do* próximo, porque o conheço.”** --- ✔️ Explicação: A preposição **"de"** em **"do próximo"** é exigida pelo verbo **"gostar"**, que é um verbo **transitivo indireto** e exige a preposição **"de"**: - **gostar de Deus** - **gostar do próximo** Ou seja, o uso da preposição **é fruto da regência verbal**. --- Análise das outras alternativas: - **a) “da oficina do estômago”** – o "de" aqui é apenas indicativo de posse (não regência); - **b) “do fruto”** – a preposição "de" pode vir com "comer", mas nesse caso tem valor partitivo, não necessariamente por regência obrigatória; - **c) “montanhas do chão”** – "do chão" está apenas qualificando “montanhas”, sem relação de regência; - **e) “voz de Deus”** – “de” está marcando posse, não regência. --- ✅ Gabarito: **d)**
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Questão 08 FGV - Especialista Legislativo de Nível Superior (ALERJ)/Registro de Debates/2017 A regência verbal está correta na seguinte frase: a) Os imigrantes aspiram uma vida mais tranquila; b) Os alunos obedeciam rigorosamente o inspetor; c) O guarda presenciou ao assalto de longe; d) O assaltante agrediu a vítima sem necessidade; e) Os patrões pagaram a faxineira o serviço feito.
A alternativa correta é: ✅ **d) O assaltante agrediu a vítima sem necessidade;** --- ✔️ Explicação: O verbo **"agredir"** é **transitivo direto**, ou seja, **não exige preposição**. Logo, a construção **"agrediu a vítima"** está correta: - ✅ **agrediu a vítima** (sem "a" preposicionado) --- ❌ Análise das demais alternativas: **a)** *Os imigrantes aspiram uma vida mais tranquila* 🔴 **Errado**. O verbo **"aspirar"**, no sentido de **"desejar"**, é **transitivo indireto** e exige a preposição **"a"**: - Correto: **aspiram a uma vida mais tranquila**. **b)** *Os alunos obedeciam rigorosamente o inspetor* 🔴 **Errado**. O verbo **"obedecer"** é **transitivo indireto**, exige preposição **"a"**: - Correto: **obedeciam ao inspetor**. **c)** *O guarda presenciou ao assalto de longe* 🔴 **Errado**. O verbo **"presenciar"** é **transitivo direto**, **não exige preposição**: - Correto: **presenciou o assalto**. **e)** *Os patrões pagaram a faxineira o serviço feito* 🔴 **Errado**. O verbo **"pagar"**, com pessoa como objeto, exige **preposição "a"**: - Correto: **pagaram à faxineira o serviço feito**. --- ✅ Gabarito: **d)**
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Questão 2. FGV - Analista Legislativo Municipal (CM Salvador)/Taquigrafia/2018 “A sociedade é que produz cultura. O Estado não pode produzir cultura, nem substituir a sociedade nessa tarefa. Mas ao Estado cabe o papel de animador, de difusor e promotor da democratização dos bens culturais”. (Celso Furtado) Em termos de língua culta, a substituição do termo sublinhado é INADEQUADA em: A) “é que produz cultura” / é que a produz; B) “não pode produzir cultura” / não a pode produzir; C) “nem substituir a sociedade” / nem substituí-la; D) “Mas ao Estado cabe” / Mas lhe cabe; E) “cabe o papel de animador” / cabe-lhe.
A alternativa **incorreta**, ou seja, **inadequada em termos de língua culta**, é: ✅ **E) “cabe o papel de animador” / cabe-lhe.** --- ✔️ Explicação: Na norma culta, o **pronome oblíquo átono “lhe”** **não pode substituir termos que exercem a função de objeto direto**, e **“o papel de animador”** é **objeto direto** do verbo **“caber”**. O verbo **"caber"**, nesse contexto, tem sentido de **"competir"** ou **"ser incumbência de"**, e exige **sujeito**. A construção: - “**Cabe ao Estado o papel de animador**” → sujeito: **"o papel de animador"** - Na inversão: “**O papel de animador cabe ao Estado**” → continua sendo sujeito o termo “o papel...” 👉 Portanto, **“cabe-lhe”** (como se “lhe” substituísse o sujeito “o papel”) **é inadequado**, pois o sujeito não pode ser substituído por um **pronome oblíquo** como **“lhe”**. --- ✔️ Por que as outras estão corretas? **A)** “é que produz cultura” / **é que a produz** ✅ Correto. "Cultura" é objeto direto do verbo "produzir", e “a” é o pronome oblíquo adequado. **B)** “não pode produzir cultura” / **não a pode produzir** ✅ Correto. Mesma explicação da alternativa anterior. **C)** “nem substituir a sociedade” / **nem substituí-la** ✅ Correto. "Substituir" exige objeto direto, e "la" é o pronome oblíquo correspondente a "a sociedade". **D)** “Mas ao Estado cabe” / **Mas lhe cabe** ✅ Correto. Aqui o pronome "lhe" retoma **“ao Estado”**, que é **objeto indireto**, o que está de acordo com a norma culta. --- ✅ Gabarito: **E**.
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Questão 3. FGV - Especialista Legislativo de Nível Superior (ALERJ)/Arquitetura/2017 (e mais 6 concursos) Independentemente da posição no texto, se substituíssemos os complementos dos verbos abaixo por pronomes pessoais oblíquos enclíticos, a única forma INADEQUADA seria: A) impregna a vida cotidiana / impregna-a; B) entender os debates / entendê-los; C) ganha destaque / ganha-o; D) supõe um conhecimento / supõe-lo; E) marcaram sua história / marcaram-na.
A forma **inadequada** entre as alternativas é: ✅ **D) supõe um conhecimento / supõe-lo** --- ✔️ Explicação: A forma **“supõe-lo”** está **inadequada**, pois o verbo **"supor"** termina com **"r"**, e o pronome **"o"** (usado para substituir "um conhecimento") deve ser unido ao verbo **com modificação** da forma verbal. Quando usamos **pronomes oblíquos átonos enclíticos** com verbos terminados em **r, s ou z**, essas letras **caem**, e o pronome é **precedido de "l"**. --- No caso de **"supor" + o**, a forma correta é: - **supor + o = supô-lo** ✅ Mas o que aparece na alternativa é **“supõe-lo”**, o que está errado, pois: - **“supõe”** já é a forma conjugada do presente do indicativo, - E **não se usa a forma enclítica com verbo já conjugado assim sem ênfase específica, além de ser gramaticalmente incorreta neste caso.** --- ✔️ As demais estão corretas: **A)** impregna a vida cotidiana → **impregna-a** ✅ **B)** entender os debates → **entendê-los** ✅ **C)** ganha destaque → **ganha-o** ✅ **E)** marcaram sua história → **marcaram-na** ✅ --- ✅ Gabarito: **D**.
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Questão 4. FGV - Especialista Legislativo de Nível Superior (ALERJ)/Registro de Debates/2017 A frase abaixo que apresenta ERRO no uso de pronome é: A) Em se tratando de eleições, aquela foi a mais difícil; B) Amemo-nos uns aos outros; C) Alguém deseja segui-lo; D) Ele foi-se afastando devagar; E) Eu tinha examinado-o vagarosamente.
A alternativa que apresenta **erro no uso de pronome** é: ✅ **E) Eu tinha examinado-o vagarosamente.** --- ✔️ Explicação: A frase **“Eu tinha examinado-o”** está **gramaticalmente incorreta** segundo a norma culta, porque **não se usa o pronome oblíquo átono (o, a, os, as)** em **posição enclítica** (depois do verbo) quando este está em **locução verbal com o auxiliar no tempo composto** (como o **pretérito mais-que-perfeito composto**: "tinha examinado"). Nesses casos, a posição **mais adequada e aceita** para o pronome oblíquo átono é **antes do verbo auxiliar** (próclise): - **Correto**: Eu **o tinha examinado** vagarosamente. ✅ --- ✔️ As demais estão corretas: **A)** *"Em se tratando de eleições..."* – Expressão cristalizada, aceita pela gramática normativa. **B)** *"Amemo-nos uns aos outros."* – Uso correto do pronome oblíquo enclítico com verbo no imperativo afirmativo. **C)** *"Alguém deseja segui-lo."* – Uso correto do pronome com infinitivo. **D)** *"Ele foi-se afastando devagar."* – Forma correta de uso enclítico com verbo em locução verbal com ideia de continuidade. --- ✅ Gabarito: **E**.
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Questão 5. FGV - Analista Técnico (MPE BA)/Letras Vernáculas/2017 Uma frase de Francis Bacon aparece em língua portuguesa da seguinte forma: “Só se pode vencer a natureza obedecendo-a” (Duailibi das Citações, p. 319) A frase mostra alguns problemas de norma culta que, consertados, fariam a mesma frase ficar, de forma mais adequada, do seguinte modo: A) Só se pode vencer a natureza obedecendo-lhe; B) Só se pode vencer a natureza, obedecendo-a; C) Só se pode vencer a natureza, obedecendo-lhe; D) Só pode vencer-se a natureza, obedecendo-a; E) Só se pode vencer a natureza, obedecendo a ela.
A frase base para análise é “Só se pode vencer a natureza obedecendo-a”, nela observemos que o verbo "obedecendo" é transitivo indireto e rege, pois, complemento indireto. Observemos também que o pronome agregado ao verbo está incorreto porque é indicativo de objeto direto. Outra observação é de que está faltando sinal de pontuação: faltou uma vírgula após "natureza" para isolar a oração subordinada adverbial condicional que está antecipada à oração principal. Sendo assim, devemos buscar a alternativa que mostra o pronome 'lhe' ou a especificação 'a ele(a)' como complemento verbal, além de termos que encontrar aquela alternativa que apresenta o sinal de pontuação na posição correta. Verificando as alternativas, encontramos o pronome correto nas letras A, C e E, portanto podemos descartar as assertivas B e D. Na alternativa A, vemos que falta a vírgula na posição indicada, sendo assim ela também está incorreta. Nas alternativas C e E, observemos que a vírgula está na posição correta e que o pronome está correto. E agora? Há duas assertivas corretas? Não. Um outro critério que deve ser avaliado na análise da colocação pronominal é a eufonia, que é a combinação de sons na fala de forma harmônica. Na assertiva C, ao pronunciarmos a combinação "obedecendo-lhe" em conjunto com o restante da frase, vemos que nos soa estranho. Percebemos, então, que a escolha de "a ela" é mais adequada para esse contexto. Dessa forma, a alternativa correta a ser marcada é a letra E. Gabarito: E
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Questões 6. FGV - Analista (TJ SC)/Administrativo/2015 (e mais 5 concursos) “Ao se apresentarem os projetos, chegou-se à seguinte conclusão: pôr em discussão *esses projetos* com outros menos caros equivaleria a julgar melhor o valor *desses projetos*, em vista do princípio geral que vem julgando *os mesmos projetos*”. Transcrevendo o texto, substituindo as expressões sublinhadas por pronomes pessoais que lhes sejam correspondentes e efetuando as alterações necessárias, as formas adequadas seriam, respectivamente: A) pô-los / julgar-lhes / os vem julgando; B) por-los / julgá-los / vem julgando-os; C) pô-los / julgar melhor o seu valor / vem-nos julgando; D) por em discussão eles / julgar-lhes / os vem julgando; E) por-los / julgar o seu melhor valor / vem julgando-os.
O trecho base para fazermos as devidas substituições é: "...pôr em discussão esses projetos com outros menos caros equivaleria a julgar melhor o valor desses projetos, em vista do princípio geral que vem julgando os mesmos projetos.". Observemos que nele há a repetição desnecessária do termo "projetos". O que a questão propõe é que consertemos isso utilizando os pronomes oblíquos adequados. Destrinchando esse trecho, vejamos: "pôr em discussão esses projetos" - "pôr" é verbo transitivo direto e rege, então, o pronome os como complemento. Ele está no infinitivo, então perderá o r e o pronome sofrerá variação passando a los, gerando a estrutura pô-los. "julgar melhor o valor desses projetos" - o verbo "julgar" nesse contexto tem sentido de reputar e é bitransitivo, regendo "o valor" como objeto direto e "desses projetos" como objeto indireto. Como o complemento grifado é "desses projetos", o pronome correto para a substituição é o lhes, no plural porque o complemento está no plural, gerando a estrutura julgar-lhes. "que vem julgando os mesmos projetos" - a locução verbal "vem julgando" é transitiva direta e rege, pois, objeto direto como complemento. O pronome o deve ser colocado como substituição, no plural por conta de o complemento estar no plural, e na posição de próclise, devido à atração do pronome "que" anterior à locução. Essa combinação de fatores obrigatórios gera a construção que os vem julgando. Encontramos essas três estruturas na alternativa A, que é o nosso gabarito. Vejamos o que se passa de errado nas demais alternativas: B) por-los / julgá-los / vem julgando-os - por-los - não foi feita a adaptação do verbo para receber o pronome. - julgá-los - o pronome correto seria o lhe. - vem julgando-os - posição do pronome incorreta. C) pô-los / julgar melhor o seu valor / vem-nos julgando - pô-los - correto - julgar melhor o seu valor - correto, essa é uma outra forma de reescrita que poderia ser adotada para tirar a repetição. - vem-nos julgando - posição incorreta do pronome. D) por em discussão eles / julgar-lhes / os vem julgando - por em discussão eles - o pronome eles não pode assumir a posição de objeto direto. - julgar-lhes - correto - os vem julgando - correto E) por-los / julgar o seu melhor valor / vem julgando-os. - por-los - não foi feita a adaptação do verbo para receber o pronome. - julgar o seu melhor valor - alteração de sentido, significaria escolher o melhor valor no lugar do sentido. original que é o de fazer um julgamento melhor do valor. - vem julgando-os - posição incorreta do pronome. Gabarito: A
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Questão 7. FGV - Técnico Judiciário Auxiliar (TJ SC)/2015 Na frase “Abrace-me, meu filho, antes de eu ir embora!”, se colocada na forma negativa, a opção correta seria: A) Não me abraces; B) Não me abraça; C) Não me abraças; D) Não me abrace; E) Não me abraceis.
Grifei na frase original da questão a expressão que deve ser analisada: "Abraça-me", que, na forma negativa ficaria "Não me abrace", que encontramos na assertiva D. Precisamos observar para a resolução dessa questão as regras de emprego do modo verbal imperativo. Em "Abrace-me", temos o verbo no imperativo afirmativo e conjugado na terceira pessoa do singular, que no caso aqui é 'você'. Sendo assim, a forma no imperativo negativo deve ser conjugada na mesma pessoa para estar correta. Além disso, a posição do pronome deve ser em próclise devido ao advérbio de negação que compõe a expressão, portanto temos "Não me abrace". Sobre as demais alternativas, temos: Na letra A o verbo está na segunda pessoa do singular. Na B o verbo está na segunda pessoa também, mas a terminação do verbo está incorreta. Na C o modo verbal não é o imperativo, trata-se de uma proposição no modo indicativo e o verbo está na segunda pessoa do singular. Já na assertiva E, o verbo está na segunda pessoa do plural. Gabarito: D
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Questão 8. FGV - Analista da Defensoria Pública (DPE RO)/Analista em Redação/2015 Indique a frase em que a utilização do pronome pessoal é típica da linguagem coloquial: A) Foi-se deitar às sete horas da noite; B) Encontrou elas na saída do shopping; C) Ele estava descrevendo-se pior do que era; D) Ele se estava descrevendo pior do que era; E) Ele e ela se distanciaram do grupo.
A alternativa **correta** é: ✅ **B) Encontrou elas na saída do shopping** --- ✔️ Análise: A linguagem **coloquial** (ou informal) frequentemente apresenta construções que **não seguem a norma-padrão**, como é o caso do **uso incorreto de pronomes pessoais**. Explicação da opção correta: - **“Encontrou elas na saída do shopping”** → **Coloquial** e **incorreta segundo a norma culta**. → O correto, na norma-padrão, seria: **“Encontrou-as na saída do shopping”** (com o uso do **pronome oblíquo átono “as”** como objeto direto). --- As demais estão **de acordo com a norma padrão**: - **A) Foi-se deitar às sete horas da noite** ✅ Correta, uso padrão da ênclise. - **C) Ele estava descrevendo-se pior do que era** ✅ Correta, uso aceitável da próclise com gerúndio. - **D) Ele se estava descrevendo pior do que era** ✅ Correta, próclise por causa do início da oração. - **E) Ele e ela se distanciaram do grupo** ✅ Correta, uso pronominal padrão. --- ✅ Gabarito: **B) Encontrou elas na saída do shopping**.
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Questão 9. FGV - Fiscal de Posturas (Niterói)/2015 “A publicidade cerca-*nos* de todos os lados - na TV, nas ruas, nas revistas e nos jornais – e força-*nos* a ser mais consumidores que cidadãos”. Se, em lugar do pronome “nós”, empregássemos o pronome “eles”, as formas sublinhadas deveriam ser substituídas, respectivamente, por: A) lhes/lhes; B) os/lhes; C) lhes/os; D) os/os; E) a eles/a eles.
Essa é relativamente fácil! Temos que observar a transitividade dos verbos. Então, "cerca" é um verbo transitivo. Sendo assim, as opções que aparecem o pronome lhe, que é indicativo de objeto indireto, antes da barra já podem ser descartadas, são as letras A e C. A alternativa E também pode ser descartada porque há uma preposição antes do pronome que indica complemento indireto. Sobra-nos as letras B e D. O verbo "força", nesse contexto, é bitransitivo (força alguém a algo) e tem como objeto direto o pronome "nos" e como objeto indireto a oração "a ser mais consumidores que cidadãos". O elemento grifado é o que nos interessa para verificar a substituição, e ele, como dito, é o objeto direto, portanto podemos descartar a opção B, que contém o "lhes" após a barra e adotar como gabarito a letra D. Seria, então, 'cerca-os' e 'força-os'. Gabarito: D
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Questão 10. FGV - Técnico de Nível Superior (ALBA)/Redação e Revisão Legislativa/Letras/2014 Assinale a opção em que a reescritura da frase inicial está correta. A) Tu sempre pões o prato sobre a mesa. / Tu sempre põe‐no sobre a mesa. B) Amemos a nós como aos demais. / Amemos‐nos como aos demais. C) Respondi aos inquisidores rapidamente. / Respondi‐os rapidamente. D) Carta de quem quer muito a você. / Carta de quem lhe quer muito. E) Eu respondi à carta ontem. / Eu lhe respondi ontem.
Analisando cada alternativa, temos: A) Tu sempre pões o prato sobre a mesa. / Tu sempre põe‐no sobre a mesa. Incorreta - o erro está na posição do pronome. Como temos um advérbio antes do verbo, o pronome o, que está na forma variada "no" para se adaptar ao verbo terminado em ditongo nasal, deve ser colocado na posição proclítica. B) Amemos a nós como aos demais. / Amemos‐nos como aos demais. Incorreta - o erro está na não adaptação do verbo para receber o pronome. No lugar de "Amemos-nos" o verbo deveria estar sem o s final: amemo-nos. C) Respondi aos inquisidores rapidamente. / Respondi‐os rapidamente. Incorreta - o verbo "Respondi" é transitivo indireto, portanto o pronome para a substituição não pode ser o "os", deve ser o lhes ou a colocação a eles: respondi-lhes. D) Carta de quem quer muito a você. / Carta de quem lhe quer muito. CORRETA - nesse contexto, o verbo "quer" tem sentido de 'ter afeição por alguém', nesse caso ele é transitivo indireto. Portanto a adoção do pronome "lhe" está correta. Também a posição em próclise do pronome está correta e é devida ao pronome indefinido "quem" anterior ao verbo. E) Eu respondi à carta ontem. / Eu lhe respondi ontem. Incorreta - apesar de a proximidade com o sujeito poder ensejar a próclise, ela não é obrigatória e isso, portanto, tornou essa opção incorreta em relação à letra D, que tem a próclise obrigatória. No caso, porém, essa questão poderia ter sido contestada. Gabarito: D
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Questão 11 FGV - 2021 - IMBEL - Cargos de Nível Médio - Reaplicação “Quando nos casamos, tudo aquilo que gostávamos era muito caro e tudo aquilo que podíamos comprar era muito feio.” Segundo a gramática tradicional, na formulação desse texto há um erro gramatical. Assinale a opção que o apresenta. A. A vírgula após a primeira oração. B. A ausência da preposição de antes de “que gostávamos”. C. A má colocação do pronome pessoal em “nos casamos”. D. A presença desnecessária de “tudo”. E. A falta da preposição a antes de “que podíamos comprar”.
Comentário: o verbo "gostar" rege a preposição "de", por isso, o correto é "tudo aquilo de que gostávamos". Gabarito: B
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Questão 01 FGV - Técnico Médio da Defensoria (DPE RJ)/2019 O jornal O Globo, de 15/2/2019, publicou o seguinte texto: “Sem equipamentos, previsão de tempo no Rio é falha. Dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) mostram que o Rio tem apenas sete estações meteorológicas na capital, insuficientes para prever ou monitorar com precisão o volume de chuvas. Pelo padrão internacional, seriam necessárias 84 no município. Falta de pessoal também é problema”. Sendo um texto informativo, o texto apresenta a seguinte *falha*: a) mostra dois problemas sem dar detalhes; b) deixa de indicar o problema mais grave; c) não indica a razão de a previsão ser falha; d) anexa uma frase final não previsível no título; e) confusão semântica entre Rio, capital e município.
Um texto informativo deve ser o mais objetivo possível, fornecendo informações completas a respeito do assunto que trata. No texto em comento, o assunto é previsão do tempo falha no Rio de Janeiro. Analisando as alternativas, temos: A - mostra dois problemas sem dar detalhes; Errada – o texto apresenta dois problemas: um é a falha na previsão do tempo no Rio de Janeiro e outro é a falta de pessoal. Para o primeiro, há detalhes: apenas sete estações meteorológicos onde deveria haver 84, o que já elimina essa alternativa como correta para a questão. Já para o segundo, não há nenhum detalhe. B - deixa de indicar o problema mais grave; Errada – a comparação de gravidade entre os problemas apontados não é uma característica de texto informativo. C - não indica a razão de a previsão ser falha; Errada – segundo o texto, a previsão é falha devido à baixa quantidade de estações meteorológicas no município. D - anexa uma frase final não previsível no título; CORRETA – essa é a falha. Por se tratar de um texto informativo, todas as informações colocadas devem ser justificadas ou, pelo menos, interligadas com o assunto tratado. O que não ocorre com a afirmação de que a “falta de pessoal também é problema”, pois não tem ligação direta com o problema da falha na previsão do tempo. E - confusão semântica entre Rio, capital e município. Errada – no trecho “o Rio tem apenas sete estações meteorológicas na capital, insuficientes para prever ou monitorar com precisão o volume de chuvas. Pelo padrão internacional, seriam necessárias 84 no município”, percebemos que não há confusão alguma. As expressões “capital” e “município” referem-se à cidade do Rio de Janeiro. Já “Rio” refere-se ao estado. Gabarito: D
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Questão 02 FGV - Técnico Médio da Defensoria (DPE RJ)/2019 “Em linhas gerais a arquitetura brasileira sempre conservou a boa tradição da arquitetura portuguesa. De Portugal, desde o descobrimento do Brasil, vieram para aqui os fundamentos típicos da arquitetura colonial. Não se verificou, todavia, uma transplantação integral de gosto e de estilo, porque as novas condições de vida em clima e terras diferentes impuseram adaptações e mesmo improvisações que acabariam por dar à do Brasil uma feição um tanto diferente da arquitetura genuinamente portuguesa ou de feição portuguesa. E como arquitetura portuguesa, nesse caso, cumpre reconhecer a de característica ou de estilo barroco”. (Luís Jardim, Arquitetura brasileira. Cultura, SP: 1952) Pela estrutura geral do texto, ele deve ser incluído entre os textos: a) descritivos; b) narrativos; c) dissertativo-expositivos; d) dissertativo-argumentativos; e) injuntivos.
Vejamos as alternativas: A - descritivos; Incorreta - o texto descritivo tem como característica a formação de uma imagem, a partir das palavras, de determinado objeto, espaço ou situação. Não se percebe essa característica no texto em análises. B - narrativos; Incorreta – as principais características de um texto narrativo são a presença de personagem, narrador, espaço, tempo e enredo. Não há a narração de uma história, portanto o texto não é do tipo narrativo. C - dissertativo-expositivos; Incorreta - um texto dissertativo-expositivo tem como característica a transmissão de informações de forma didática, o que também não percebemos no texto em análise. D - dissertativo-argumentativos; CORRETA – o autor empregou o argumento “Não se verificou, todavia, uma transplantação integral de gosto e de estilo porque as novas condições de vida em clima e terras diferentes impuseram adaptações” para convencer de que a arquitetura portuguesa não permaneceu a mesma quando foi implantada no Brasil. O pequeno texto pode ser encaixado no tipo de texto dissertativo-argumentativo. E - injuntivos. Incorreta – textos injuntivos têm como característica principal passar instruções sobre como concretizar uma determinada ação. Gabarito: D
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Questão 03 FGV - Técnico Médio da Defensoria (DPE RJ)/2019 O texto descritivo abaixo que se fundamenta predominantemente em elementos gustativos é: a)“De uma mesa distante no restaurante, a única ocupada ainda, vinha o ruído de vozes de homens. Uma gargalhada rebentou sonora em meio de vozes exaltadas. E a palavra cabrito saltou dentre as outras que se arrastavam pastosas”. (Lygia Fagundes Telles, A ceia) b)“Deitado, ele beliscou dois ou três grãos. Chupou o sumo azedo, deixou cair a casca no prato. Apanhou outro bago, mais doce”. (Dalton Trevisan, As uvas) c)“Nas barcas, os armazéns tresandavam a lixo e peixe podre, a latas vazias de óleo, como cheiro de homens esfarrapados”. (Autran Dourado, A barca dos homens) d)“O pai comprou o sapato de couro áspero, dois números maiores (....) Enfiou no pé frio o sapato branco de tênis. Ao pentear-lhe o louro cabelo, a cabeça ainda em fogo”. (Dalton Trevisan, Pedrinho) e)“A dona era uma velha balofa, de peruca mais negra que a asa da graúna. Vestia um pijama desbotado de seda japonesa e tinha as unhas aduncas recobertas por uma crosta de esmalte vermelho-escuro, descascado nas pontas encardidas”. (Lygia Fagundes Telles, As formigas)
A alternativa **correta** é: ✅ **b) “Deitado, ele beliscou dois ou três grãos. Chupou o sumo azedo, deixou cair a casca no prato. Apanhou outro bago, mais doce”. (Dalton Trevisan, As uvas)** --- ✔️ Justificativa: O trecho de **Dalton Trevisan** descreve **ações diretamente relacionadas ao gosto e ao sabor**, como "chupou o sumo azedo" e "mais doce". Essas palavras e ações estão **fundamentadas na percepção gustativa**, ou seja, na sensação de sabor. --- Análise das demais alternativas: - **a) "De uma mesa distante no restaurante, a única ocupada ainda, vinha o ruído de vozes de homens..."** ❌ O foco aqui está no **som** e na **fala** das pessoas, não em elementos gustativos. - **c) "Nas barcas, os armazéns tresandavam a lixo e peixe podre..."** ❌ Esta descrição está focada **nos odores** (olfativo), e não no gosto. - **d) "O pai comprou o sapato de couro áspero..."** ❌ O foco está no **tato** (sensação do sapato) e não em elementos gustativos. - **e) "A dona era uma velha balofa, de peruca mais negra que a asa da graúna..."** ❌ Aqui temos uma descrição focada **na aparência física** (visual), não nos sentidos gustativos. --- ✅ Gabarito: **b) “Deitado, ele beliscou dois ou três grãos. Chupou o sumo azedo, deixou cair a casca no prato. Apanhou outro bago, mais doce”.**
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Questão 04 FGV - Assistente Legislativo (ALERO)/"Sem Especialidade"/2018 Assinale a opção que indica as palavras da charge que mostram variação popular de pronúncia. a) Ai – Sinhô. b) Sinhô – ah. c) Sinhô – tô. d) tô – manda. e) manda – ela.
A charge apresenta uma linguagem não verbal aliada à verbal. Na linguagem verbal predomina, nesse tipo de texto, o registro informal da língua. Dentre as alternativas, o par que é exemplo de linguagem coloquial está na letra C: “Sinhô”, que na linguagem padrão é Senhor, e “tô”, que é uma redução do verbo ‘estou’. Nas demais alternativas, “Ai” e “ah” são interjeições empregadas tanto na linguagem padrão quanto na coloquial, “manda” e “ela” também são empregadas nos dois tipos de linguagem. Gabarito: C
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Questão 06 FGV - Assistente Legislativo Municipal (CM Salvador)/Auxiliar em Saúde Bucal/2018 “Foram 61.619 pessoas que perderam a vida devido à violência”. Nesse segmento, o autor do texto utilizou um tipo de linguagem figurada na expressão “perderam a vida”; esse tipo de figura se caracteriza por: a) substituir um termo por outro de significado semelhante; b) comparar dois termos por meio de alguma semelhança; c) deslocar um termo sintático para uma ordem inversa; d) atribuir uma ação humana a um ser inanimado; e) modificar um termo para que se torne menos agressivo.
A figura de linguagem que observamos no trecho em comento é o eufemismo, que ocorre quando se emprega palavras com sentido atenuado para se referir a algo chocante, como dizer “perderam a vida” no lugar de ‘foram mortas’. Essa característica do eufemismo, está sinalizada na alternativa E. Nas demais alternativas, temos as seguintes figuras de linguagem: A - substituir um termo por outro de significado semelhante; - sinonímia. B - comparar dois termos por meio de alguma semelhança; - comparação. C - deslocar um termo sintático para uma ordem inversa; - hipérbato. D - atribuir uma ação humana a um ser inanimado; - personificação ou prosopopeia. Gabarito: E
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Questão 07 FGV - Analista Legislativo Municipal (CM Salvador)/Tecnologia da Informação/2018 No Brasil caminha-se ainda lentamente, mas caminha-se, o que faz com que os produtos ainda sejam caros e fora do alcance da maioria. Mas o fato é que a produção vem aumentando ano a ano e os preços, de maneira geral, diminuindo. Ao dizer que “O mundo caminha para um consumo cada vez maior de alimento orgânico”, o autor do texto apela para um tipo de figura de linguagem caracterizada pela: a) personificação de seres inanimados; b) utilização de um todo significando uma parte; c) comparação entre um termo real e um figurado; d) repetição enfática de termos; e) presença de termos de significação oposta.
Vejamos as figuras de linguagem apresentadas nas opções de acordo com suas características: A - personificação de seres inanimados; Incorreta – não ocorre no trecho em comento. Essa é uma característica da prosopopeia. B - utilização de um todo significando uma parte; CORRETA – ocorre na utilização de “mundo” (um todo) para significar as pessoas do mundo (uma parte). Trata-se da figura de linguagem chamada metonímia. C - comparação entre um termo real e um figurado; Incorreta – essa é uma característica da metáfora. D - repetição enfática de termos; Incorreta – essa a tradução do que é anáfora. E - presença de termos de significação oposta. Incorreta – trata-se da antítese. Gabarito: B
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Questão 08 FGV - Analista Legislativo Municipal (CM Salvador)/Tecnologia da Informação/2018 O segmento do texto que NÃO apresenta uma marca metalinguística é: a)“Resumidamente, o alimento orgânico também pode ser chamado de agroecológico"; b)“a agroecologia pode ser definida como o estudo da agricultura a partir de uma perspectiva ecológica”; c)“É aquele produzido de forma sustentável”; d)“e, muito menos, os defensivos agrícolas químicos, os chamados agrotóxicos”; e)“inclusive vários que são proibidos em diversas partes do planeta”.
A alternativa **correta** é: ✅ **e) “inclusive vários que são proibidos em diversas partes do planeta”.** --- ✔️ Justificativa: A **linguagem metalinguística** é aquela que fala sobre a **própria linguagem ou sobre os códigos usados na comunicação**. Ou seja, quando um texto explica termos, define palavras, ou esclarece o significado de expressões, ele está usando a **função metalinguística** da linguagem. --- Análise das alternativas: - **a) “Resumidamente, o alimento orgânico também pode ser chamado de agroecológico";** ✅ **Metalinguística** – está explicando uma **possível denominação** de um conceito. - **b) “a agroecologia pode ser definida como o estudo da agricultura a partir de uma perspectiva ecológica”;** ✅ **Metalinguística** – define o **significado** do termo "agroecologia". - **c) “É aquele produzido de forma sustentável”;** ✅ **Metalinguística** – explicação de um termo anterior (implícito: o alimento orgânico). - **d) “e, muito menos, os defensivos agrícolas químicos, os chamados agrotóxicos”;** ✅ **Metalinguística** – explica que “defensivos agrícolas” são “chamados agrotóxicos”. - **e) “inclusive vários que são proibidos em diversas partes do planeta”.** ❌ **Não é metalinguístico** – trata-se de uma **informação factual**, sem explicar termos ou linguagem. --- ✅ Gabarito: **e)**
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Questão 09 FGV - Técnico Médio da Defensoria (DPE RJ)/2019 Muitas frases publicitárias ou poéticas utilizam repetições ou semelhanças fônicas a fim de melhorar o seu efeito; a frase em que essa utilização NÃO está presente é: a)“Quem te viu, quem te vê”; b)“Príncipe veste hoje o homem de amanhã”; c)“O rato roeu a roupa do rei de Roma”; d)“Air France: vá e volte voando”; e)“Um rei fraco faz fraca a forte gente”.
O recurso estilístico em que se emprega repetição de fonemas é chamado de aliteração. Lembrando que fonemas são a menor unidade sonora da língua e que uma combinação de fonemas gera uma palavra pronunciada. Visto isso, analisemos as alternativas em busca daquela que não possui repetição de fonemas: A - “Quem te viu, quem te vê”; Incorreta – ocorre a repetição de palavras e do fonema /v/. B - “Príncipe veste hoje o homem de amanhã”; CORRETA – não há repetições nessa frase. C - “O rato roeu a roupa do rei de Roma”; Incorreta – o fonema /r/ é repetido em quase todas as palavras. D - “Air France: vá e volte voando”; Incorreta – após a vírgula ocorre a repetição do fonema /v/. E - “Um rei fraco faz fraca a forte gente”. Incorreta – ocorre a repetição do fonema /f/. Gabarito: B
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Questão 11 FGV - 2022 - SSP-AM - Técnico de Nível Superior Os textos podem pertencer a diferentes tipos ou gêneros; a opção abaixo que mostra um texto predominantemente expositivo é A. “Depois desses dias na juventude, meu amigo desapareceu de minha vida e eu só tornei a encontrá-lo na semana passada, em um restaurante”. B. “Defendo a ideia de que as pessoas podem dizer tudo o que querem, e, quando isso trouxer qualquer prejuízo a alguém, que esse alguém as processe”. C. “O barco atracou ontem no Rio de Janeiro, com muitas turistas a bordo, o que certamente vai trazer a alegria para muitos comerciantes”. D. “O rio estava transbordando, em função das fortes chuvas, com as margens derrubadas pela força das águas e muitos detritos levados pela correnteza”. E. “O deputado fez o seu discurso, foi ovacionado, agradeceu os aplausos e dirigiu-se a seu gabinete”.
A questão pede um trecho PREDOMINANTEMENTE expositivo, sendo assim, o gabarito é letra C. Esse " predominantemente" foi o que fez a banca manter o gabarito, mesmo vários candidatos tendo questionado, dizendo que o "certamente" deixa o trecho argumentativo. Então: A letra A traz texto narrativo. A letra B traz texto argumentativo. A letra C traz texto EXPOSITIVO. A letra D traz texto descritivo. A letra traz texto narrativo. Gabarito: C
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Questão 12 FGV - 2021 - Câmara de Aracaju - SE - Técnico em Taquigrafia Leia abaixo um verbete de um dicionário de língua portuguesa: “EXTREMOSO (ex.tre.mo.so) (ô) Adj. S. m. 1. Extremamente afetuoso. marido extremoso. 2. Exagerado, descomedido.” A afirmativa INADEQUADA sobre os componentes desse verbete é: A. (ex.tre.mo.so) indica a formação do vocábulo; B. Adj. S. m. indica as possibilidades de classificação; C. os números indicam os possíveis significados; D. marido extremoso exemplifica um dos significados; E. (ô) mostra a pronúncia da vogal tônica do vocábulo.
Vamos analisar as alternativas: a) INCORRETA - Trata-se da separação silábica da palavra e não a sua formação. A formação seria extremo + -oso b) Adj. S. m = Abreviação de adjetivo e substantivo masculino - Classificação da palavra c) 1 e 2 trazem os significados possíveis no dicionário d) Aplicação da palavra na sua função de adjetivo e) Indicação da vogal tônica, podendo ser expressado também com barra vertical (pipe) - |ô| Gabarito: A
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Questão 02 FGV - Contador (SEFIN RO)/2018 Um dos conselhos para uma boa escrita é que as frases de um texto tenham a mesma organização sintática numa enumeração. No fragmento “Se hoje é possível existir redes sociais; se é possível que pessoas se organizem em grupos...”, para que as duas frases tenham a mesma organização, a mudança adequada seria: a) a primeira frase deveria ser “Se é possível que existam redes sociais”. b) a primeira frase deveria ser “Se é possível a existência de redes sociais”. c) a segunda frase deveria ser “se é possível a organização de pessoas em grupos”. d) a segunda frase deveria ser “se é possível que pessoas sejam organizadas em grupos”. e) a segunda frase deveria ser “se é possível pessoas organizando-se em grupos”.
A alternativa **correta** é: ✅ **a) a primeira frase deveria ser “Se é possível que existam redes sociais”.** --- ✔️ Justificativa: A pergunta trata de **paralelismo sintático**, ou seja, manter a **mesma estrutura gramatical** nas orações coordenadas ou comparáveis em um texto — especialmente em enumerações. --- 🔍 Analisando o trecho original: > “**Se hoje é possível existir redes sociais**; **se é possível que pessoas se organizem em grupos...**” Aqui há uma **quebra de paralelismo**: - A **primeira oração** está estruturada como: → “é possível **existir redes sociais**” → incorreta sintaticamente, pois o verbo **"existir"** é intransitivo e não aceita sujeito direto ("redes sociais" deveria ser o sujeito). Correção: “é possível **que existam redes sociais**”. - A **segunda oração** está corretamente estruturada como: → “é possível **que pessoas se organizem**...” – oração subordinada substantiva subjetiva. --- ✅ A alternativa **a)** corrige a primeira oração com **a mesma estrutura da segunda**: > “**Se é possível que existam redes sociais**; se é possível que pessoas se organizem em grupos...” Assim, o paralelismo está mantido: ambas têm a estrutura **“se é possível que + oração subordinada”**. --- ❌ Por que as demais estão erradas: - **b)** “Se é possível a existência...” – muda para uma estrutura nominal, quebrando o paralelismo. - **c)** “se é possível a organização...” – mesma quebra, vira frase com substantivo abstrato. - **d)** “se é possível que pessoas sejam organizadas...” – altera a voz ativa para a passiva, quebra o paralelismo lógico. - **e)** “se é possível pessoas organizando-se...” – construção gerundiva informal, com erro de coesão sintática. --- ✅ Gabarito: **a)**
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Questão 04 FGV - Consultor Legislativo Especial (ALEMA)/Direito Constitucional Assinale a alternativa cuja oração sublinhada exemplifica o processo de coordenação. a) “É dever do Estado (em atendimento a um direito inalienável) *prover crianças e adolescentes com cuidados, segurança, oportunidades, inclusive de recuperação diante de deslizes sociais”.* b) “Neste sentido, o ECA mantém dispositivos importantes, *que asseguram proteção a uma parcela da população em geral incapaz de discernir entre o certo e o errado à luz das regras sociais”.* c) “Mas, *se estes são aspectos consideráveis*, por outro lado é condenável o viés paternalista de uma lei orgânica que mais contempla direitos do que cobra obrigações daqueles a quem pretende proteger”. d) “É um tipo de interpretação *que anaboliza espertezas da criminalidade, como o emprego de menores em ações – inclusive armadas – de quadrilhas organizadas*, ou serve de salvo‐conduto a jovens criminosos para afrontar a lei”. e) “É um tipo de interpretação que anaboliza espertezas da criminalidade, como o emprego de menores em ações – inclusive armadas – de quadrilhas organizadas, *ou serve de salvo‐conduto a jovens criminosos* para afrontar a lei”.
A alternativa correta é: ✅ **e) “ou serve de salvo‐conduto a jovens criminosos para afrontar a lei”.** --- ✔️ Justificativa: A questão pede que se identifique uma oração que **exemplifique o processo de coordenação**. 📌 Coordenação É o processo em que duas ou mais orações ou termos da mesma função sintática são ligados por **conjunções coordenativas**, como: - **aditivas** (e, nem), - **adversativas** (mas, porém), - **alternativas** (ou, ora... ora), - **conclusivas** (logo, portanto), - **explicativas** (porque, que). --- ✅ Analisando a alternativa **e)**: > “...como o emprego de menores em ações – inclusive armadas – de quadrilhas organizadas, **ou serve de salvo‐conduto a jovens criminosos** para afrontar a lei”. - Temos aqui **duas orações coordenadas** ligadas pela conjunção **“ou”** (coordenativa alternativa): - oração 1: “o emprego de menores...” - oração 2: “serve de salvo-conduto...” 👉 Portanto, é um claro exemplo de **coordenação entre orações**. --- ❌ Por que as demais não são: - **a)** A oração sublinhada tem estrutura de objeto direto com complementos, não envolve coordenação. - **b)** A oração é subordinada adjetiva (“que asseguram proteção...”), não coordenada. - **c)** Trata-se de **subordinação**: “se estes são aspectos consideráveis” é subordinada condicional. - **d)** A parte sublinhada é uma **oração subordinada adjetiva** explicando “espertezas da criminalidade”. --- ✅ Gabarito: **e)**
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Questão 05 FGV - Analista (DPE MT)/Advogado/2015 As frases de um texto são organizadas em relações semânticas. No caso da frase “Assim que pisa em solo estrangeiro, todo turista logo é descoberto.”, as duas orações que compõem o período apresentam a seguinte relação: a) localização espacial / causa da oração anterior. b) localização temporal / consequência. c) afirmação / explicação. d) situação temporal / ação posterior. e) situação espacial / ação anterior.
Analisando sintaticamente as orações do período, temos: “Assim que pisa em solo estrangeiro” – essa é uma oração subordinada adverbial em cuja expressão “Assim que” expressa ideia de tempo, podendo, inclusive, ser substituída por ‘quando’. “todo turista logo é descoberto” – essa é a oração principal em relação à primeira e expressa uma ação posterior a ela. Temos, então, relação de temporalidade e ação posterior. A opção correta é a letra D, portanto. Gabarito: D
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Questão 06 FGV - Analista Judiciário (TRE PA)/Judiciária É importante desmistificar a ideia de que política é uma sujeira só e sem utilidade. Em relação ao período acima, analise as afirmativas a seguir: I. É possível deslocar o vocábulo só para antes do verbo sem provocar alteração de sentido. II. Há uma oração subjetiva. III. Há uma oração completiva nominal. Assinale a) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas. b) se nenhuma afirmativa estiver correta. c) se todas as afirmativas estiverem corretas. d) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas. e) se apenas as afirmativas I e III estiverem corretas.
Vamos analisar cuidadosamente o período: > **"É importante desmistificar a ideia de que política é uma sujeira só e sem utilidade."** --- ✅ **Afirmação I: "É possível deslocar o vocábulo *só* para antes do verbo sem provocar alteração de sentido."** 🔎 **Análise:** - No trecho: “política é uma sujeira **só**”, o advérbio **“só”** tem o valor de **ênfase/totalidade** (uma sujeira total, completamente suja). - Se colocarmos **“só é uma sujeira”**, o sentido muda totalmente: parece que **“a única coisa que é”** seria sujeira, o que é uma **ênfase de exclusão**, não de intensidade. 👉 **❌ Incorreta.** O deslocamento altera o sentido. --- ✅ **Afirmação II: "Há uma oração subjetiva."** 🔎 **Análise:** - O trecho: **"É importante desmistificar a ideia de que política é uma sujeira só..."** - O sujeito da oração **“É importante...”** é a oração **“desmistificar a ideia de que política é uma sujeira só...”**. - Esse tipo de estrutura é uma **oração subordinada subjetiva**. 👉 **✅ Correta.** --- ✅ **Afirmação III: "Há uma oração completiva nominal."** 🔎 **Análise:** - No trecho: **“a ideia de que política é uma sujeira só...”** - “de que política é uma sujeira só” complementa o nome “ideia”. - Isso é um exemplo de **oração subordinada substantiva completiva nominal**. 👉 **✅ Correta.** --- ✅ **Gabarito: Letra A** > **a) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas.**
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Questão 07 FGV - Fiscal da Receita Estadual (AP) Deve-se isso ao fato de as instituições brasileiras terem sido concebidas de forma coercitiva e unilateral, não havendo diálogo entre governantes e governados, mas apenas a imposição de uma lei e de uma ordem consideradas artificiais, *quando* não inconvenientes aos interesses das elites políticas e econômicas de então. A respeito do uso do vocábulo quando no fragmento acima, pode-se afirmar que se trata de uma conjunção: a) subordinativa com valor semântico de condição. b) coordenativa com valor semântico de tempo. c) coordenativa com valor semântico de finalidade. d) subordinativa com valor semântico de concessão. e) coordenativa com valor semântico de explicação.
A conjunção subordinativa adverbial “quando”, no geral, encerra ideia de tempo, mas, no contexto “apenas a imposição de uma lei e de uma ordem consideradas artificiais, quando não inconvenientes aos interesses das elites políticas e econômicas de então”, ela está funcionando como advérbio de condição. Se fizermos uma reorganização nas orações e a substituição dessa conjunção por uma usualmente empregada como condicional, conseguimos perceber melhor essa relação: (as instituições brasileiras,) se não (são) inconvenientes aos interesses das elites políticas e econômicas de então, (são) apenas a imposição de uma lei e de uma ordem consideradas artificiais. Gabarito: A
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Questão 08 FGV - Técnico Superior Jurídico (DPE RJ)/2019 “Pensar mal amiúde significa tornar mau. Na vida das nações (1) não menos que na dos indivíduos (2) os primeiros momentos de uma trajetória imprimem (3) no que está nascendo (4) traços de teimosa permanência”. (Eduardo Giannetti, O Elogio do Vira-Lata e outros ensaios. 1ª. ed. São Paulo: Companhia das Letras, 2018. p. 13) Nesse segmento inicial de um texto, poderiam ser usadas vírgulas nas posições dos seguintes números: a) apenas em (1) e (2); b) apenas em (2) e (4); c) apenas em (3) e (4); d) apenas em (1), (2) e (4); e) em (1), (2), (3) e (4).
Analisando as posições sugeridas para as vírgulas, temos: Caso 1: “Na vida das nações (1) não menos que na dos indivíduos” – aqui a vírgula estaria correta por estar isolando adjunto adverbial antecipado à oração principal. Caso 2: “Na vida das nações (1) não menos que na dos indivíduos (2) os primeiros momentos de uma trajetória imprimem” – nesse caso, a vírgula também seria correta porque o trecho sublinhado é um aposto. Caso 3 e 4: “os primeiros momentos de uma trajetória imprimem (3) no que está nascendo (4) traços de teimosa permanência” – a inserção de vírgulas nas posições 3 e 4 estaria correta porque as tais estariam isolando um adjunto adverbial intercalado na oração principal. Sendo assim, podemos concluir que todas as vírgulas sugeridas estariam corretas. Gabarito: E
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Questão 09 FGV - Analista de Comunicação (BANESTES)/2018 Em artigo publicado no jornal carioca O Globo, 19/3/2018, com o nome Erros do passado, o articulista Paulo Guedes escreve o seguinte: “Os regimes trabalhista e previdenciário brasileiros são politicamente anacrônicos, economicamente desastrosos e socialmente perversos. Arquitetados de início em sistemas políticos fechados (na Alemanha imperial de Bismarck e na Itália fascista de Mussolini), e desde então cultivados por obsoletos programas socialdemocratas, são hoje armas de destruição em massa de empregos locais em meio à competição global. Reduzem a competitividade das empresas, fabricam desigualdades sociais, dissipam em consumo corrente a poupança compulsória dos encargos recolhidos, derrubam o crescimento da economia e solapam o valor futuro das aposentadorias”. (adaptado) No texto, os termos inseridos nos parênteses – na Alemanha imperial de Bismarck e na Itália fascista de Mussolini – têm a finalidade textual de: a) enumerar os sistemas políticos fechados do passado; b) destacar os sistemas onde se originaram os regimes trabalhista e previdenciário; c) criticar o atraso político de alguns sistemas da História; d) condenar nossos regimes trabalhista e previdenciário por serem muito antigos; e) exemplificar alguns dos nossos erros do passado.
No trecho: “Os regimes trabalhista e previdenciário brasileiros são politicamente anacrônicos (...). Arquitetados de início em sistemas políticos fechados (na Alemanha imperial de Bismarck e na Itália fascista de Mussolini), e desde então cultivados por obsoletos programas socialdemocratas, são hoje armas de destruição em massa...”, o fragmento destacado no texto especifica a expressão “sistemas políticos fechados”, que, por sua vez, são a origem dos regimes trabalhista e previdenciário no Brasil. Observando as alternativas, temos: A - enumerar os sistemas políticos fechados do passado; Incorreta – se não houvesse uma resposta mais completa, essa poderia ser marcada, mas a resposta da alternativa B está mais completa. B - destacar os sistemas onde se originaram os regimes trabalhista e previdenciário; CORRETA – essa alternativa dá uma resposta aprofundada no contexto, pois, como vimos, as informações entre parênteses são a especificação dos sistemas fechados que deram origem aos citados regimes. C - criticar o atraso político de alguns sistemas da História; Incorreta – nesse trecho não observamos crítica. Mas há sim, mais adiante no texto, friso: não no fragmento em análise, uma crítica a programas socialdemocratas. D - condenar nossos regimes trabalhista e previdenciário por serem muito antigos; Incorreta – essa informação também não ocorre nesse trecho do texto. E - exemplificar alguns dos nossos erros do passado. Incorreta – outra informação que não tem respaldo no trecho em análise. Gabarito: B
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Questão 12 FGV - 2022 - MPE-BA - Estagiário de Direito - Edital nº 01 Se colocarmos todas as vírgulas necessárias na frase “Não me importo de me atribuírem todos os pecados do mundo mas por favor não digam que eu seria capaz de comer pizza de soja.”, a forma correta será: A. “Não me importo de me atribuírem todos os pecados do mundo, mas, por favor, não digam que eu seria capaz de comer pizza de soja.”; B. “Não me importo de me atribuírem todos os pecados do mundo, mas por favor, não digam que eu seria capaz de comer pizza de soja.”; C. “Não me importo de me atribuírem todos os pecados do mundo mas por favor, não digam que eu seria capaz de comer pizza de soja.”; D. “Não me importo de me atribuírem todos os pecados do mundo, mas por favor, não digam, que eu seria capaz de comer pizza de soja.”; E. “Não me importo, de me atribuírem todos os pecados do mundo, mas por favor, não digam que eu seria capaz de comer pizza de soja".
Vamos analisar com atenção a frase original: > **“Não me importo de me atribuírem todos os pecados do mundo mas por favor não digam que eu seria capaz de comer pizza de soja.”** Pontos importantes: 1. **Antes de "mas"** — Deve haver vírgula, pois está ligando orações coordenadas adversativas. 2. **Expressão intercalada "por favor"** — Deve vir entre vírgulas, já que é uma **oração ou expressão de apelo** intercalada. 3. **Não se deve colocar vírgula entre o verbo e o complemento**, a não ser que haja algum termo intercalado ou um aposto, o que **não é o caso de “não digam que eu seria capaz...”**. --- Reescrevendo corretamente com todas as vírgulas necessárias: > **“Não me importo de me atribuírem todos os pecados do mundo, mas, por favor, não digam que eu seria capaz de comer pizza de soja.”** --- ✅ Gabarito: **A** > **A. “Não me importo de me atribuírem todos os pecados do mundo, mas, por favor, não digam que eu seria capaz de comer pizza de soja.”**
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1. Aponte o item em que há ofensa à ortografia oficial e à acentuação gráfica: a) As obras modernistas não se distinguem apenas pela temática inovadora, mas igualmente pela apreensão do ritmo alucinante da existência moderna. b) Ainda que celebrassem as máquinas e os aparelhos da civilização moderna, a ficção e a poesia modernista também valorizavam as coisas mais quotidianas e prosaicas. c) Longe de ser uma excessão, a pintura modernista foi responsável, antes mesmo da literatura, por intensas polêmicas entre artistas e críticos conservadores. d) No que se refere à poesia modernista, nada parece caracterizar melhor essa extraordinária produção poética do que a opção quase incondicional pelo verso livre. e) O escândalo não era apenas uma consequência da produção modernista: parecia mesmo um dos objetivos precípuos de artistas dispostos a surpreender e a chocar.
Vamos analisar cada uma das opções: a) Item certo. Destaco a palavra “existência”, grafada com “X”. b) Item certo. Mencione-se serem admitidas as seguintes formas: quotidiana e cotidianas. c) Item errado. Correto seria: “exceção”. d) Item certo. Atente à grafia de “extraordinário”. e) Item certo. Atente ao fato que o trema deixou de existir em todas as palavras da língua portuguesa. Por isso, correta a grafia de “consequência”. Gabarito: letra C.
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2. As palavras estão corretamente grafadas na seguinte frase: a) Que eles viajem sempre é muito bom, mas não é boa a ansiedade com que enfrentam o excesso de passageiros nos aeroportos. b) Comete muitos deslises, talvez por sua espontaneidade, mas nada que ponha em cheque sua reputação de pessoa cortês. c) Ele era rabugento e tinha ojeriza ao hábito do sócio de descançar após o almoço sob a frondoza árvore do pátio. d) Não sei se isso influe, mas a persistência dessa mágoa pode estar sendo o grande impecilho na superação dessa sua crise. e) O diretor exitou ao aprovar a retenção dessa alta quantia, mas não quiz ser taxado de conivente na concessão de privilégios ilegítimos.
Vamos analisar cada uma das opções: a) Item correto. Destaco a grafia da palavra “viajem”, que, no caso, é verbo. Não confundir com viagem (substantivo). Bom também repisar a grafia correta: “excesso”. b) O correto é “deslize”. Além disso, o correto é “pôr em xeque”, que, no contexto, escreve-se com “X”. “Cheque” é o documento bancário. Item errado. c) “Rabugento” e “ojeriza” estão corretos. Contudo, escreve-se “descansar” e “frondosa”. Item errado. d) Correto seria: “influi” e “empecilho”. Item errado. e) Vários erros. Reescrevendo: O diretor hesitou ao aprovar a retenção dessa alta quantia, mas não quis ser tachado de conivente na concessão de privilégios ilegítimos. Taxa é espécie de tributo. No sentido empregado pela frase, o correto é “tachado”, sinônimo de qualificado, considerado, julgado, etc. Item errado. Gabarito: letra A.
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3. Quanto à ortografia, está plenamente correta a frase: a) Em fraglante contraste com a iniciativa da Galeria, há pessoas que não creem nas potencialidades desses artistas. b) Não são pequenos deslises os preconceitos contra os que sofrem, são graves falhas humanas. c) Ainda que analizadas apenas esteticamente, muitas obras desses expositores mereceriam todo o aplauso. d) A gerente Marina Leite expôs, de forma concisa, as razões pelas quais se deve enaltecer a iniciativa da Galeria. e) Tem gente que obstrue as aspirações alheias, alimentando preconceitos contra as potencialidades desses artistas.
Vamos analisar cada uma das opções: a) O correto é “flagrante”. Item errado. b) A grafia correta é “deslizes”. Item errado. c) Escreve-se “analisada”, forma derivada do verbo analisar. Item errado. d) Item certo. e) Acompanhem a conjugação do verbo obstruir no presente do indicativo: - Eu obstruo - Tu obstruis - Ele obstrui - Nós obstruímos - Vós obstruís - Eles obstruem Logo, a forma correta é “obstrui”. Item errado. Gabarito: letra D.
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4. Mesmo concordando que a maioria desses 1.445 verbetes são de artigos sobre "ironia em..." algum texto ou obra de algum artista, a quantidade de energia gasta ao se tentar compreender como e *por que as pessoas escolhem se expressar dessa maneira bizarra continua a me espantar*. Está correto o emprego de ambos os elementos sublinhados em: a) Se o *por quê* da importância primitiva de Paraty estava na sua localização estratégica, a importância de que goza atualmente está na relevância histórica *porque* é reconhecida. b) Ninguém teria *porque* negar a Paraty esse duplo merecimento de ser poesia e história, *por que* o tempo a escolheu para ser preservada e a natureza, para ser bela. c) Os dissabores *por que* passa uma cidade turística devem ser prevenidos e evitados pela Casa Azul, *porque* ela nasceu para disciplinar o turismo. d) *Porque* teria a cidade passado por tão longos anos de esquecimento? Criou-se uma estrada de ferro, eis *porque*. e) Não há *porquê* imaginar que um esquecimento é sempre deplorável; veja-se como e *por quê* Paraty acabou se tornando um atraente centro turístico.
Vamos analisar cada uma das opções: a) No primeiro caso (“o por quê da importância primitiva”), a forma correta seria “porquê”. Representa um substantivo e significa "causa", "razão", "motivo". Já no segundo (“relevância histórica porque é reconhecida”), a forma correta é “por que”, junção da preposição e do pronome relativo, equivalendo a "pela qual. Item errado. b) Em “Ninguém teria porque”, a forma correta é “por que”, sequência da preposição (por) e um pronome interrogativo (que) e que equivale a "por qual razão", "por qual motivo”. Já no segundo caso (“por que o tempo a escolheu”), o “porque” está correto, conjunção que equivale a: pois, já que, uma vez que, porquanto, etc. Item errado. c) É o nosso gabarito. Em “Os dissabores por que passa”,“por que” é sinônimo de “pelos quais”, o que explica a sua escrita. Em “porque ela nasceu para disciplinar o turismo”, de fato, a forma correta é “porque”, introduzindo uma oração explicativa. Item certo. d) Em “Porque teria a cidade passado”, a forma correta é “por que”, visto que introduz uma interrogativa direta, com o sentido de “por qual razão”. Em “eis porque”, o certo é “por quê”, empregado ao final de frases, imediatamente antes de um ponto (final, de interrogação, de exclamação) ou de reticências. Item errado. e) Em ambos os casos, aplica-se o “por que”: como sinônimo de “razão” e de “por qual motivo”, respectivamente. Item errado. Gabarito: letra C.
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5. Considere as frases abaixo: I. Os horrores trazidos pela II Guerra Mundial marcaram o porquê da criação de um documento internacional que garantisse o respeito aos direitos humanos. II. Sem conhecer seus direitos, os indivíduos não saberão dispor dos instrumentos nem apresentar razões porque reivindicar sua efetiva aplicação. III. Por falta de divulgação dos termos previstos na Declaração Universal, grupos minoritários se tornam mais vulneráveis à violação de seus direitos, sem mesmo saber por quê. IV. São inúmeros os benefícios trazidos pela Declaração Universal, embora exista desrespeito aos direitos nela previstos, como a persistência da pobreza, por que passa um terço da população mundial. Estão escritos corretamente os termos que aparecem grifados em a) I, II, III e IV. b) I, II e III, apenas. c) I, III e IV, apenas. d) II, III e IV, apenas. e) I, II e IV, apenas.
Vamos analisar cada uma das sentenças: I) De fato, a forma correta é “porquê”, substantivo, e que significa "causa", "razão", "motivo". Item certo. II) Aqui o correto seria “por que”, junção da preposição e do pronome relativo, equivalendo a "pelas quais”. Item errado. III) Correto o uso do “por quê”, empregado ao final de frases, imediatamente antes de um ponto (final, de interrogação, de exclamação) ou de reticências. Item certo. IV) No mesmo sentido do item II, correto o uso do “por que”, sinônimo de “pela qual”. Assim, estão corretos os itens I, III e IV. Gabarito: letra C.
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Atente para as afirmativas abaixo. I. Em ... presta homenagem às potências dominantes.., o sinal indicativo de crase pode ser suprimido excluindo-se também o artigo definido, sem prejuízo para a correção. II. O acento em "têm" é de caráter diferencial, em razão da semelhança com a forma singular "tem", diferentemente do acento aplicado a "porém", devido à tonicidade da última sílaba, terminada em "em". III. Os acentos nos termos "excelência" e "necessário" devem-se à mesma razão. Está correto o que consta em a) I, II e III. b) I, apenas. c) I e III, apenas. d) II, apenas. e) II e III, apenas.
Analisando, caso a caso: I. De fato, o sinal pode ser retirado sem prejuízo à correção gramatical. Contudo, o sentido do texto será alterado. Para que você entenda esse ponto, é necessário recordar que os artigos definidos determinam os substantivos aos quais se referem, de forma particular, objetiva e precisa, individualizando seres e objetos. No caso, quando há crase (havendo, portanto, o artigo) individualizam-se as “potências dominantes”. Ao passo que, sua ausência, transmite a mensagem de se tratar de “potências dominantes” em geral, indeterminadas. Assim, não há erro com a supressão da crase, mas o sentido é alterado. II. Há acento diferencial em "têm" (verbo ter, 3ª pessoal do plural do presente do indicativo), diferenciandoo de “tem” (3ª pessoal do singular do presente do indicativo). A regra é diferente da que justifica a acentuação da palavra “porém”, que recebe acento devido ao fato de ser oxítona terminada em “em”. Por isso, item correto. III. Também é certo que a regra que justifica a acentuação das palavras excelência e necessário é a mesma: acentuam-se as paroxítonas terminadas em ditongos crescentes. Assim, estão corretos os itens I, II e III. Gabarito: letra A.
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7. Seguindo-se a regra determinada pelo novo acordo ortográfico, tal como referida no primeiro quadrinho, também deixaria de receber o acento agudo a palavra: a) Tatuí. b) graúdo. c) baiúca. d) cafeína. e) Piauí.
Recordemos as seguintes regras: 1. Acentuam-se o “i” e o “u” tônicos dos hiatos, com ou sem “s”, quando não forem seguidos de “nh”, não repetirem a vogal e não formarem sílaba com consoante que não seja o “s”. Essa regra justifica a acentuação de: “graúdo” e “cafeína”. 2. Continuam a ser acentuados i e u, seguidos ou não de s, quando em vocábulos oxítonos e não formarem sílaba com consoantes. Por isso, os acentos de: “Tatuí” e “Piauí”. 3. Nos vocábulos paroxítonos, não se acentuam o i e o u tônicos quando vierem depois de ditongo decrescente. Eis o motivo pelo qual a forma correta é “baiuca”. Gabarito: letra C.
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8. Quanto ao emprego do sinal indicativo de crase, respeitado o padrão culto escrito, a única alternativa correta é: a) Essa foi uma estratégia que serviu ao Brasil e a maioria dos países inseridos na turma dos remediados. b) O estudo dá ênfase à educação e às telecomunicações, ajudando à entender por que o Brasil cresce pouco em comparação à outras nações de economia emergente. c) O país tem de fazer a transição à um sistema que premie o desempenho de professores e que garanta à todos os alunos talentosos resultados de excelência em exames internacionais. d) Vimos uma estratégia equivocada à época da reserva de informática. O país pagou um preço, porque a reserva não gerou “campeões nacionais” e ainda deixou os usuários atrasados em relação à população de outros países. e) O processo de urbanização levou à transferir atividades dos setores de subsistência, de baixo valor de mercado, para atividades mais modernas, que envolvem mais capital e mais tecnologia. Mas isso ocorreu sem novos requisitos à novas estratégias educacionais.
Apontando os erros das assertivas: a) Deve haver crase em “à maioria”. No contexto, quem serve, serve A algo, requerendo o emprego da preposição, que se funde com o artigo definido feminino "a", que antecede o termo regido “maioria”, resultando no fenômeno da crase. Note que há essa preposição antes de “ao Brasil”, portanto a sua ausência implica, ainda, em quebra de paralelismo. Por isso, item errado. b) Em “ajudando à entender” verifica-se o uso inadequado da crase, visto que não pode haver crase antes de verbos. Em “comparação à outras nações” também se verifica o uso incorreto da crase, visto que o “a” está no singular e a palavra seguinte (outras) está no plural. Item errado. c) Em “à um sistema”, há incorreção, visto que a crase é proibida antes do artigo indefinido “um/uma”. Incorreto também “à todos”, visto que “a” está no singular e a palavra seguinte (todos) está no plural. Item errado. d) Em “à época”, correto o emprego da crase, exigida pela locução adverbial feminina. Em “à população”, também é devida a crase, decorrente da junção: “em relação a” + “a população”. Item certo. e) Em “à transferir”, equivocada a crase antes de verbo. Em “à novas”, também infeliz o uso do acento, visto que “a” está no singular e a palavra seguinte (novas) está no plural. Por isso, item errado. Gabarito: letra D.
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9. NÃO se justificam as ocorrências do sinal de crase em: a) Não me reporto à impunidade de um caso particular, mas àquela que se generaliza e dissemina a descrença na justiça dos homens. b) É difícil admitir que vivem à solta tantos delinquentes, sobretudo quando se sabe que pessoas inocentes são levadas à barra dos tribunais. c) O autor do texto faz menção à uma série de princípios de interdição, à qual teria proveniência na vontade divina. d) Assiste-se hoje à multiplicação de casos de impunidade, à descabida proliferação de maus exemplos de conduta social. e) Quem dá crédito à ação da justiça não pode deixar de trabalhar para que não se furtem às sanções os mais poderosos.
Vamos analisar cada alternativa com atenção às **regras de uso da crase** (a fusão da preposição **"a"** com o artigo definido feminino **"a"**, ou com **aquela**, **à qual**, etc.). --- ✅ **a)** **"Não me reporto à impunidade de um caso particular, mas àquela que se generaliza..."** ✔️ O verbo “reportar-se” exige a preposição “a” + o substantivo feminino **impunidade** → **à impunidade**. ✔️ “àquela” também está corretamente usado. ✅ **Uso da crase justificado.** --- ✅ **b)** **"É difícil admitir que vivem à solta tantos delinquentes..."** ✔️ A expressão “à solta” é uma **locução adverbial feminina**, o que justifica a crase. ✔️ “levadas à barra dos tribunais” → crase justificada (preposição + substantivo feminino com artigo). ✅ **Correto.** --- ❌ **c)** **"O autor do texto faz menção à uma série de princípios..."** ⚠️ **Erro!** Não se usa crase **antes de artigo indefinido** ("uma"). A forma correta seria: **“...menção a uma série...”** ❌ **Uso da crase injustificado.** --- ✅ **d)** **"Assiste-se hoje à multiplicação de casos de impunidade, à descabida proliferação..."** ✔️ O verbo “assistir”, no sentido de “ver”, é transitivo indireto e exige **preposição “a”**. ✔️ Tanto “multiplicação” quanto “proliferação” são femininos e precedidos de artigo → crase justificada. ✅ **Correto.** --- ✅ **e)** **"Quem dá crédito à ação da justiça..."** ✔️ Verbo “dar” com “crédito” exige preposição **a**, e “ação” é feminino com artigo → **à ação**. ✔️ “se furtem às sanções” → Verbo **furtar-se a** algo → exige a preposição **a**, e “sanções” é feminino plural com artigo. ✅ **Correto.** --- ✅ **Gabarito: c)** **C. O autor do texto faz menção à uma série de princípios de interdição, à qual teria proveniência na vontade divina.** → **Uso incorreto da crase antes de "uma"**.
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10. Ao comparar o processo de avaliação do ensino brasileiro ...... estranha narrativa de Borges, o autor visa ...... despertar os responsáveis para os males de uma educação que se acomoda ...... condições mínimas estabelecidas para o funcionamento das instituições. Para ele, é fundamental que ...... instituições se adequem ...... necessidades das mudanças sociais e ...... metas do crescimento econômico. A alternativa que completa corretamente as lacunas é a) à - a - às - as - às - às b) a - à - às - as - às - às c) à - à - as - às - as - as d) a - a - às - as - a - a e) à - a - as - às - à – as
Analisando, caso a caso: - Quem compara, compara a algo (no caso, “a estranha narrativa”). Essa preposição se funde com o artigo definido feminino "a", que antecede o termo regido " estranha ", resultando no fenômeno da crase. - No contexto, visar é verbo transitivo indireto, regendo a preposição. Contudo, como não há crase antes de verbo, tem-se: “visa a despertar”. - O verbo “acomodar” também rege preposição (se acomodar A algo). Essa preposição se funde com o artigo definido feminino "a", que antecede o termo regido " condições ", resultando no fenômeno da crase. - Não há justificativa para haver preposição após o “que”, havendo somente o artigo “as” acompanhando “instituições”. Assim, não há crase. - As instituições devem se adequar a algo, exigindo a existência da preposição. Essa preposição se funde com o artigo definido feminino "a", que antecede os termos regidos “necessidades” e “metas”, resultando no fenômeno da crase. Assim, a sequência é: “à - a - às - as - às - às”. Gabarito: letra A.
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11. A palavra “recém-criadas” sofre, em sua formação, um tipo de processo de derivação. O mesmo que ocorre em: a) extravagantes. b) guarda-florestal. c) sombreada. d) causos. e) entardecer.
A derivação consiste em formar uma palavra nova (derivada), a partir de outra já existente (primitiva). Pode ocorrer de acordo com as seguintes maneiras: prefixal, sufixal, prefixal e sufixal, regressiva, imprópria e parassintética. A palavra “recém-criadas” é formada por derivação prefixal, pela adição do prefixo “recém” ao particípio “criadas”. Tendo isso como base, vamos às opções. a) Em "extravagantes" temos a junção do prefixo "extra" ao adjetivo “vagantes”. Assim, é palavra formada por derivação prefixal. Item certo. b) O substantivo "guarda-florestal" é formada pela junção das palavras “guarda” e “florestal”. Note que não há qualquer modificação fonética ou gráfica. Logo, é formada pelo processo de composição por justaposição. Item errado. c) A palavra “sombreada” é composta pelo substantivo “sombra” e o sufixo "eada". Assim, é palavra formada por derivação sufixal. Item errado. d) A palavra causos é primitiva. Logo não é formada nem por derivação nem por composição. Item errado. e) “Entardecer” é composta pela adição simultânea do prefixo “en” e do sufixo "ecer", incorporadas ao radical "tarde". Observe que, se for retirado o prefixo ou o sufixo, não haverá uma palavra com sentido completo, sendo, por isso, formada por derivação parassintética. Item errado. Gabarito: letra A.
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12. Foi formada por composição a palavra da alternativa: a) micróbios. b) antibiótico. c) epidemias. d) laboratório. e) descoberta.
Vamos analisar cada uma das opções: a) Em “micróbios”, tem-se a junção de dois radicais: "micro", que significa pequeno e "bio", que significa vida. Como se trata da junção de dois radicais já existentes, estamos diante de um caso de composição. Item certo. b) Em “antibiótico”, tem-se a junção do prefixo "anti", indicando oposição; o radical"bio", que significa vida e o sufixo "ico", que indica participação, referência, relação, procedência. Item errado. c) Em “epidemia”, tem-se a junção do prefixo "epi", que significa posição superior, com o radical "demos", que significa povo. Item errado. d) Em “laboratório”, tem-se a união do radical "labor", que significa trabalho, e o sufixo "ário", que significa relação, posse, ofício, lugar. Item errado. e) Em “descoberta”, tem-se a união do prefixo "des", que significa oposição, afastamento, com o vocábulo "coberta", que equivale a protegida, tapada. Item errado. Gabarito: letra A.
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13. O plural das palavras terminadas em “ão” sofre variações. Normalmente se faz em “ões”, como em vulcões. Por vezes, contudo, aceita-se mais de uma forma. É o que ocorre com: a) tufão b) tostão c) vilão d) cidadão e) alemão
De acordo com as normas gramaticais, o plural de substantivos terminados em “ão” pode ser construído de três maneiras: * Troca-se o “ão” por “ãos” (Exemplos: cidadão/cidadãos; irmão/irmãos; ancião/anciãos; bênção/bênçãos); * Troca-se o “ão” por “ões” (Exemplos: espião/espiões; mamão/mamões; limão/limões; botão/botões); * Troca-se o “ão” por “ães” (Exemplos: cão/cães; pão/pães; capitão/capitães; escrivão/escrivães). Via de regra, o plural de cada nome admite apenas uma forma. Contudo, há alguns casos em que se admitem múltiplas formas (exemplos: ancião/anciãos/anciães/anciões, anão/anões/anãos). Um dessas palavras é vilão, que admite vilãos e vilões. Nas outras alternativas, há palavras que a aceitam somente uma forma de flexão em número: a) Tufão: tufões; b) Tostão: tostões; d) Cidadão: cidadãos; e) Alemão: alemães. Gabarito: letra C.
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14. As palavras destacadas a seguir qualificam outras no trecho, exceto em: a) “Vejamos o que o filósofo francês Jean-Paul Sartre disse sobre isso [...]” b) “[...] um se torna um criminoso e o outro não.” c) “[...] o homem está condenado a ser livre.” d) “[...] sabem que existem determinações externas e internas [...]”
No fim das contas, a questão pede que se indique uma alternativa em que o termo destacado não seja adjetivo. Vamos às opções: a) A palavra “francês” qualifica o substantivo filósofo. Item errado. b) A palavra “criminoso” é substantivo, sendo precedido pelo artigo indefinido “um”. Item certo. c) A palavra “condenado” qualifica o substantivo “homem”. É adjetivo também. Item errado. d) A palavra “internas” também é adjetivo, qualificando o substantivo “determinações”. Item errado. Gabarito: letra B.
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15. Sobre recursos linguísticos atinentes às flexões de número e gênero dos nomes, em termos da escrita culta, assinale a afirmativa INCORRETA. a) As palavras notável e importante são exemplos de adjetivos que se flexionam em número, mas não em gênero. b) O termo cidadãos exemplifica o grupo de substantivos que admite mais de um plural: cidadãos e cidadães. c) No substantivo composto fotos-símbolo, somente o primeiro elemento se pluraliza porque o segundo indica finalidade. d) No trecho as classes intelectuais, o adjetivo caracteriza um substantivo feminino plural; se caracterizasse um substantivo masculino plural, não se flexionaria diferentemente.
Vamos à análise de cada uma das alternativas. a) “Notável” e “importante” são dois exemplos de adjetivos que não se flexionam em gênero, também chamados de uniformes. Item certo. b) É o nosso gabarito. “Cidadão” tem como plural, apenas, “cidadãos”, não admitindo, portanto, outra construção. Item errado. c) No que se refere ao plural dos substantivos compostos, um dos casos em que se pluraliza apenas o primeiro elemento ocorre quando o segundo elemento limita o primeiro, numa relação de tipo, finalidade (exemplos: bananas-prata; salários-família; cidades-satélite; alunos-modelo). Em “fotos-símbolo”, verifica-se essa relação de tipo/finalidade, motivo pelo qual apenas o primeiro termo se flexionará. Item certo. d) Correto também. Observe que se tivéssemos, por exemplo, “os níveis intelectuais” (“níveis”, substantivo masculino plural), isso não acarretaria nenhuma alteração no adjetivo “intelectuais”. Item certo. Gabarito: letra B.
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16. Assinale a alternativa em que a forma de superlativação do adjetivo está identificada incorretamente. a) O Everest é altíssimo – presença de um sufixo b) Heitor é alto, alto, alto – repetição do mesmo adjetivo c) O Pico da Colina é alto pra burro – locução adverbial d) O balão está muito alto – auxílio de outro adjetivo e) O novo edifício é superalto – junção de um prefixo
Analisemos cada uma das alternativas. a) Há o emprego do superlativo absoluto analítico, em que o adjetivo se intensifica por meio de um sufixo, no caso, “-íssimo”. Assim, ocorre a superlativação do adjetivo, o que torna o item está correto. b) Há estrutura de superlativação pelo emprego da repetição do adjetivo (“alto, alto, alto”). Item correto. c) A expressão “pra burro”, de fato, é uma locução adverbial, utilizada na linguagem informal. Semanticamente, equivale a “muito”. Item correto. d) O vocábulo “muito”, nesse contexto, não é adjetivo. Assim, temos um superlativo absoluto analítico pelo emprego do advérbio de intensidade "muito". Item errado. e) Nessa alternativa, temos o acréscimo do prefixo "super" ao adjetivo "alto". Item certo. Gabarito: letra D.
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17. Sobre o estudo das classes gramaticais, é CORRETO afirmar que a palavra “a” em “correspondendo *a* uma das mais antigas” exerce a mesma função morfológica que o termo destacado nas seguintes expressões. a) O modelo atual de sociedade digital os bens já não representam *a* extrema medida da riqueza. b) Com efeito, em tempos de um admirável mundo cibernético, ainda de todo não conhecido, *a* informação e o conhecimento são as principais fontes de poder. c) [...] deriva de dispositivos expressos no texto da Lei Maior, que, inicialmente, declara ser "livre *a* manifestação do pensamento". d) [...] e, em seguida, garante ser "assegurado *a* todos o acesso à informação". e) Conforme salientam Gilmar Ferreiras Mendes e Paulo Gustavo Gonet *a* liberdade de expressão constitui "um dos mais relevantes e preciosos direitos fundamentais, [...]
Em “correspondendo a uma das mais antigas”, o “a” exerce o papel de preposição, introduzindo o objeto indireto. Então, nossa tarefa é encontrar em qual outra expressão o “a” também exerce a função de preposição. Vamos a ela! a) Em “não representam a extrema medida”, “extrema medida” é objeto direto, complementando o sentido do verbo “representar”. Assim, o termo "a" antes de "extrema" é um artigo definido que determina o substantivo "medida", e não uma preposição. Item errado. b) Em “a informação e o conhecimento são as principais fontes de poder.”, o termo “a informação e o conhecimento” exerce função sintática de sujeito, termo que não admite regência por preposição. Logo o “a” também é artigo. Item errado. c) Em “ser livre a manifestação do pensamento”, “manifestação do pensamento” é o sujeito do verbo “ser”. Pela mesma justificativa dada no item anterior, o “a” é artigo, não preposição. Item errado. d) Em "assegurado a todos o acesso à informação", o termo “a todos o acesso à informação” é objeto indireto do verbo garantir (transitivo direto e indireto: quem garante, garante algo a alguém). Assim, nesse caso, temos que o “a” exerce o papel de preposição, introduzindo o objeto indireto. Item certo. e) No trecho “a liberdade de expressão constitui”, o termo “a liberdade de expressão” é o sujeito dessa oração, termo não regido por proposição. Logo, trata-se, mais uma vez, de artigo. Item errado. Gabarito: letra D.
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18. O termo “até”, em destaque nas frases: “... instituições como previdência e *até* democracia representativa podem entrar em colapso.” / “*Até* o começo do século 19, filhos eram um ativo econômico.” expressa circunstância de: a) inclusão e de tempo, respectivamente. b) modo, em ambas as ocorrências. c) tempo e de modo, respectivamente. d) inclusão, em ambas as ocorrências. e) tempo, em ambas as ocorrências.
Em “e até democracia representativa”, o “até” expressa circunstância de inclusão, por meio da qual se indica que a democracia representativa está entre as instituições que podem entrar em colapso. Já em “Até o começo do século 19”, o “até” denota circunstância de tempo, demarcando o período em que os filhos eram representados um ativo econômico. Logo, a alternativa correta será aquela em que constar, respectivamente, inclusão e tempo. Gabarito: letra A.
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19. Assinale a alternativa em que o vocábulo sublinhado deve ser classificado como advérbio. a) “Muitas vezes o medo de um *mal* nos leva a um pior”. (Boileau) b) “O bem é aquele que trabalha pela unidade, o *mal* é aquele que trabalha pela separação”. (Aldous Huxley) c) “O pior *mal* é aquele ao qual nos acostumamos”. (Sartre) d) “Uma boa coisa que nos impede de desfrutar de algo ainda melhor é, na verdade, um *mal*”. (Spinoza) e) “Quem *mal* trabalha, não merece bom pagamento”. (Nouailles)
O advérbio é uma palavra invariável que modifica o sentido do verbo, do adjetivo e do próprio advérbio. Indicam circunstâncias (tempo, modo, lugar, dúvida, causa etc.) em que ocorrem as ações verbais. Vejamos o que cada opção nos apresenta. a) Nessa alternativa, o vocábulo "mal" está empregado como substantivo, antecedido pelo artigo indefinido “um”. Item errado. b) Aqui, também está sendo empregado como substantivo, antecedido pelo artigo definido “o”. Item errado. c) Mais uma vez, “mal” como substantivo, cujo sentido é modificado pelo adjetivo “pior”. Item errado. d) Idem às três anteriores: “mal” como substantivo, antecedido pelo artigo indefinido “um”. Item errado. e) Finalmente chegamos ao nosso gabarito, pois o vocábulo "mal" modifica o verbo "trabalha", exercendo a função de advérbio. Item certo. Gabarito: letra E
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20. Assinale a alternativa que traz, respectivamente, um substantivo cujo plural se faz a exemplo de “bem-estar” (termo presente no 1º primeiro parágrafo); e outro substantivo, destacado em expressão do texto, com sentido de coletivo. a) Alto-falante / “Quase metade da população mundial não tem acesso...” b) Saca-rolha / “... a base da assistência universal.” c) Bomba-relógio / “... o progresso em saúde tem sido desigual...” d) Louva-a-deus / “... em detrimento da prevenção de doenças...” e) Arco-íris / “... e participação das pessoas e da comunidade...”
A alternativa **correta** é: ✅ **a) Alto-falante / “Quase metade da população mundial não tem acesso...”** --- Explicação: Parte 1: Substantivo com plural como "bem-estar" O substantivo **"bem-estar"** é um **substantivo composto por justaposição**, formado por **duas palavras ligadas por hífen**, e seu plural é feito **apenas no primeiro elemento**, resultando em **"bens-estar"**. Esse tipo de plural ocorre com compostos em que o **segundo elemento não é substantivo**, por exemplo: - **bem-estar → bens-estar** - **alto-falante → altos-falantes** - **saca-rolha → saca-rolhas** - **bomba-relógio → bombas-relógio** - **louva-a-deus → louva-a-deuses** - **arco-íris → invariável (os arco-íris)** Assim, o substantivo **"alto-falante"** tem o plural formado como "altos-falantes", igual ao modelo de "bem-estar" → "bens-estar". --- Parte 2: Substantivo com sentido de coletivo A expressão: > “**Quase metade da população mundial** não tem acesso...” O termo “**população**” é um substantivo **coletivo**, pois designa **um conjunto de pessoas**. Outros exemplos de coletivos: - cardume (de peixes), - bando (de pássaros), - população (de indivíduos), - flora (de plantas), - fauna (de animais), etc. --- ✅ Gabarito: **a) Alto-falante / “Quase metade da população mundial não tem acesso...”**
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21. Considere o fragmento abaixo para responder à questão. “Nos sete primeiros assaltos, Raul foi *duramente* castigado. Não era de espantar: estava *inteiramente* fora de forma.” Os advérbios destacados expressam, respectivamente, as seguintes circunstâncias: a) modo e modo. b) intensidade e tempo. c) intensidade e intensidade. d) modo e intensidade.
Vamos por partes. No período “Nos sete primeiros assaltos, Raul foi duramente castigado.”, a palavra em realce é adverbio de modo, modificando o sentido do adjetivo castigado. Semanticamente, exprime ideia de como Raul fora castigado. No entanto, no período “Não era de espantar: estava inteiramente fora de forma.”, a palavra em realce é advérbio de intensidade. Equivale a “completamente”, “totalmente”, “absolutamente”, outros advérbios de intensidade. Semanticamente, denota a intensidade com que Raul estava fora de forma. Gabarito: letra D.
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27. Considere o texto abaixo para responder à questão. Sob nomes que não vêm ao caso para nós, essas são questões atualíssimas na história humana, e surgem mais fortes e polêmicas na escala temporal mais longa da evolução. A história evolutiva pode ser representada como uma espécie depois da outra. *Mas(a)* muitos biólogos hão de concordar comigo que se trata de uma ideia tacanha. *Quem(b)* olha a evolução dessa perspectiva deixa passar a maior parte do que é importante. A evolução rima, padrões se repetem. E não simplesmente por acaso. Isso ocorre por razões bem compreendidas, sobretudo razões darwinianas, pois a biologia, ao contrário da evolução humana ou mesmo da física, já tem a sua grande teoria unificada, aceita por todos os profissionais bem informados no ramo, *embora(c)* em várias versões e interpretações. Ao *escrever(d)* a história evolutiva, não me esquivo a buscar padrões e princípios, mas *procuro (e)* fazê-lo com cautela. [...] No parágrafo acima, a alteração que mantém o sentido e a correção originais é a de: a) Mas por “Apesar de”. b) Quem por “Muitos biólogos”. c) Embora por “não obstante”. d) Ao escrever por “Salvo se escrever”. e) mas procuro por “ainda que procure”.
a) “Mas” é conjunção adversativa e “apesar de”, concessiva. Por isso, item errado. b) O vocábulo “quem” não remete, necessariamente, a “muitos biólogos”. Na verdade, a palavra “quem” dá ao fragmento ideia de indeterminação. Item errado. c) É o nosso gabarito. “Embora” e “não obstante” são conjunções de valor concessivo. Lembrando que “não obstante” pode também ter valor adversativo. Item certo. d) O termo “ao escrever” transmite uma ideia de tempo, ao passo que “salvo se escrever” passa ideia de condição. Item errado. e) “Mas” é conjunção adversativa e “ainda que”, conjunção concessiva. Por isso, item errado. Gabarito: letra C.