Pontos chave parte 3- Toxoplasmose e Neutropenia febril Flashcards
Diagnóstico Toxoplasmose
A confirmção diagnóstica poderá ser estabelecida diretamente pela pesquisa do parasita nos tecidos,por meio da histopatologia,ou pela demonstração do seu material genético-DNA- pela PCR nos tecidos ou feridas corporais.Também,de maneira indireta,utilizando a sorologia ,por meio da pesquisa de anticorpos séricos .
Vários testes sorológicos estão disponíveis para detecção de imunoglobulinas igA,igE e igM são marcadores de infecção recente ou aguda,enquanto os igG,de infecção passada ,crônica ou latente
Testes sorológicos toxoplasmose
1)Imunofluorescência indireta
2)Aglutinação
3)Testes imunoenzimáticos ELISA E ELFA
4)Testes de Avidez de igG
Screening sorológico para diagnóstico de toxoplasmose em gestantes
Screening sorológico, inciado o mais precocemente possível, com pesquisa das classes igM e igG trimestralmente para as mães soronegativas.A soroconversão ou o aumento seriado dos títulos de anticorpos praticamente confirma a infecção aguda
Teste de avidez IgG
Diagnóstico de infecção fetal pela toxoplasmose
PCR–> a sensibilidade do teste é maior quando a infecção materna ocorre entre 17a e a 21a semana de gravidez
**Além da AMNIOCENTESE,o controle com USG para detecção de anomalias fetais como micro ou macrocefalia,hidrocefalias,calcificações cerebrais ou outras deve ser realizado.
Na gestante, a combinação de testes como westem-blot,detecção de igM e igA**,tem se mostrado mais sensível para o diagnóstico nos três primeiros meses
Diagnóstico de toxoplasmose pós-natal
O diagnóstico de toxoplasmose pós-natal pode ser estabelecido pela existência de anticorpos igM e igA sendo a detecção de igA mais sensível . Já os de classe igG detectados logo após o nascimento,geralmente resultam de transferência passiva dos anticorpos maternos que podem permanecer por 6 a 18 meses após o nascimento
Outra consideração relevantes para casos de infecção materna no final da gestação , nos quais o RN são sorologicamente negativos ao nascimento: o acompanhamento sorológico se faz necessário,uma vez qu a soroconversão poderá ser mais tardia.
Tratamento da toxoplasmose no imunocompetente
Sulfadiazina (4a 6g/dia) + Pirimetamina (50mg/dia ou em dias alternados) + Ácido folínico (10 a 20mg/dia) por 4 a 6 semanas
OBS: Aassociação de corticoesteróides sistêmicos está indicada principalmente,quando há envolvimento macular,peripapilar e neural
OBS2:O tratamento das lesões ativas está associado a redução das recaídas , não raro observadas em alguns indivíduos.Nesses casos, a profilaxia com associação de SMX-TMP,800/160 mg , 3x semana reduz tais eventos
Tratamento da toxoplasmose no imunocomprometido
Sulfadiazina 4 a 6g/dia + Pirimetamina 50mg/dia,podendo utilizar 200 mg no primeiro dia como dose de ataque ,por 4 a 6 semanas ,associando ácido folínico 15 a 20mg/dia
OBS: Após o tratamento, a profilaxia secundária deve ser instituída para evitar reicidivas até que haja recuperação da imunidade. No caso da AIDS, até que a contagem de linfócitos TCD4 alcance valores acima de 200 células/mm3 em duas medidas consecutivas. combinação SMX + TMP 800/160 é o esquema mais indicado
Tratamento toxoplasmose congênita
Sulfadiazina 100mg/kg/dia + Pirimetamina 2mg/kg/dia por 3 dias
1 mg/kg/dia por 6 meses e, a seguir, 1 mg/kg dias alternados + ácido folínico, por 1 ano.
Em casos de intolerância, pode-se alternar, a cada 4 semanas, com espiramicina 100 mg/kg/dia, por 1 ano.
Tratamento toxoplasmose na gestação
Profilxia da transmissão materno-fetal: Espiramicina 3g/dia por 4 a 6 semanas
Para casos de infecção fetal confirmada ou suspeita, até a confirmação –> sulfadiazina 4g/dia + pirimetazina 25mg/dia + ácido folínico 10 a 20mg/dia devem ser indicados
Definição de neutropenia febril
**1)Febre;Temperatura axilar >38oC
ou Temperatura oral >38,3oC ou 38,0oC por mais de 1hora
2)Neutropenia:Total de neutrófilos <1000 células/mm3
Severa <500 células/mm3
Profunda<100 células/mm3
Manejo especifico neutropenia febril(exames laboratoriais)
1)Realizar anamnese e exame físico completo, verificar sinais vitais e sinais de sepse,** perguntar ativamente sobre colonização prévia e exposição **
2)Revisar dispositivos como fontes de infecção(cateteres,sondas e drenos,por exemplo)
3)Coletar culturas:2 pares de hemoculturas (aeróbias e anaeróbias),sumário de urina com urocultura,cultura de via respiratória.
4)Iniciar antibioticoterapia empírica considerando fatores de risco e apresentação clínica do paciente.
5)Realizar radiografia de tóraxpara todos os pacientes
6)Coletar provas de disfunção:hemograma,função renal,função hepática com transaminases e proteina C reativa
7)Se precisar,prosseguir investigação de sítios suspeitos a partir dos sintomas(TC abdome,USG de vias urinárias,LCR, etc.)
Tratamento empírico de pacientes não colonizados
Cefepima (2 g/frasco) 2 g EV de 8/8 horas
Tratamento pacientes colonizados ou com MASCC < 21 PONTOS
Meropeném (1 g/frasco) 1 g EV de 8/8 horas;
Tratamento neutropenia febril MASCC >=21 PONTOS
Amoxicilina + clavulanato (500 mg/cp) 500 mg VO de 8/8 horas; + Levofloxacino (750 mg/cp) 750 mg VO de 24/24 horas.