CEFALEIAS Flashcards
Quais são os sinais de alarme nas cefaleias?
1)Padrão–> Mudança evidente no padrão de uma cefaleia pré existente,cefaleia em piora progressiva ou refratária ao tratamento
2)Inicio--> súbito/primeiro episódio de cefaleia intensa
3)Sistêmico–>febre ,toxemia,rigidez nucal
4)Idade–>Início após os 40 anos
5)Neurológicos–>déficit focal/papiledema
OBS:É importante destacar o padrão de instalação da cefaleia, a intensidade da dor e a resposta ao tratamento sistêmico. Além disso, deve-se averiguar outras caracteristicas que sejam diferentes dos episódios prévios.
Exame clínico cefaleias
1)Avalia-se o nível de consciência,os sinais vitais,a presença de toxemia e de lesões da pele
2)Ao exame neurológico verifica-se o estado cognitivo,**sinais focais com ênfase na avaliação dos pares cranianos e sinais meníngeos **
3)Avaliação do fundo do olho na avaliação inicial os principais achados patológicos são papiledema,palidez de papilas e hemorragia retiniana
Exames a serem solicitados nas cefaleias
O primeiro exame a ser solicitado é a **TOMOGRAFIA DE CRÂNIO SEM CONSTRATSE .Na suspeita de infecção(meningite ou meningoencefalite) , a punção lombar para análise do líquor **deve ser realizada caso não haja nenhuma contraindicação como hipertensão intracraniana por lesão com efeito expansivo
Manifestações clínicas cefaleia tipo tensão
Cefaleia de leve a moderada intensidade,BILATERAL OU HOLOCRANIANA,não pulsátil,sem outros sintomas associados
Pode ser acompanhado de** foto ou fonofobia.**Geralmente cursa com náusea e outro aspecto que diferencia das crises típicas de enxqueca é que **não costuma piorar com esforços e nem limitar as atividades usuais dos pacientes. **
Tratamento do episódio agudo de cefaleia tensional
O tratamento do episódio agudo é feito com analgésicos comuns/dipirona e paracetamol ou anti-inflamatórios não hormonais(cetoprofeno,ibuprofeno,nimesulida)
Manifestações clínicas enxqueca
Dor unilateral,pulsátil de moderada a forte intensidade,associada a foto e/ou fonofobia,náusea e/ou vômitos e piora com esforço
Tipicamente a duração é de 4 a 72 horas e crises mais prolongadas são chamadas de estado migranoso. A investigação complementar deve ser realizada quando são identificadas sinais de alarme,como mudança no padrão da crise ou alterações ao exame neurológico
Obs: pcts com história bem definida e exame neurológico normal não necessitam de exames complementares para investigação
Tratamento agudo da enxaqueca
Deve ser realizado em ambiente calmo e com pouca luminosidade
Estabelecimento de hidratação adequada
O tratamento medicamentoso deve ser estabelecido de preferência por via paraenteral ou com spray nasal no caso dos triptanos
As classes de medicações disponíveis, alem dos triptanos(medicações específicas para o tratamento da crise aguda de enxaqueca,contraindicados na presença de doença arterial prévia ou HAS mal controlada) , são os analgésicos comuns(dipirona e paracetamol) , os antinflamatórios não hormonais (cetoprofeno,diclofenaco,ibuprofeno,naproxeno,cetorolaco), os bloqueadores dopaminérgicos (metoclopramida,clorpromazina), os anticonvulsivantes (valproato de sódio ) e em segunda linha o sulfato de magnésio
Paciente com náusea ou vômito se beneficiam do uso de bloqueadores dopaminérgicos,dimenidrato ou ondansetrona
O corticóide pode ser utilizado para pacientes com história de recidiva precoce ou crise prolongada . A formulação mais estudade é a dexametadona ,8 a 12 mg iv
Se houver piora ou não houver melhora com a primeira medida o que deve ser feito?
Se houver piora ou não houver melhora com a primeira medida,deve-se associar a outra classe de droga(p.ex, se o paciente não apresenta melhora com analgésico ou anti-inflamatório não hormonal , associa-se bloqueador dopaminérgico e/ou triptanos parenteral. nesses casos deve-se também considerar a necessidade de investigação de patologias secundárias sobrepostas e a possibilidade de internação para controle de crises refratárias
Tratamento preventivo da enxaqueca
Para o tratamento preventivo da enxaqueca , as principais opções** são betabloqueadores candesartana,topiramato,ácido valpróico,amitriptilina,venlafaxina,toxina botulínica**(para enxaqueca crônica) e anticorpos monoclonais antagonistas do CGRS ligante ou receptor). O tratamento preventivo é indicado para todos os pacientes que apresentam crises recorrentes incapacitantes , ou que apresentem mais de três dias de dor por mês por mais de três meses
O tratamento preventivo é indicado para quem?
O tratamento preventivo é indicado para todos os pacientes que apresentam crises recorrentes incapacitantes , ou que apresentem mais de três dias de dor por mês por mais de três meses
Quais são as manifestações clínicas da cefaleia em salvas?
Entre as cefaleias trigêmino-autonômicas, a cefaleia em salvas é a mais frequente. Predomina na população do sexo masculino e tem pico de incidência entre a terceira e a quinta décadas. A apresentação clínica **é de cefaleia de forte intensidade, unilateral, acometendo região periorbitária e temporal, acompanhada de sintomas autonômicos ipsilaterais (hiperemia conjuntival, lacrimejamento e ptose, congestão nasal unilateral e rubor facial) e sensação de agitação ou inquietação durante a crise. **A duração de cada episódio é curta (entre 15 e 180 minutos) e os surtos duram entre 1 e 3 meses na forma episódica, com frequência de um episódio a cada 2 dias até oito por dia.
Tratamento agudo da cefaleia em salvas
As duas opções de primeira linha para o tratamento da crise aguda em salvas são: oxigênio a 100%, com fluxo de 10 a 12 L/min em máscara não reinalante por 10 a 20 minutos, e sumatriptano 6 mg via subcutânea, ou 20 mg spray nasal – formulação oral tem menor efetividade. Uma opção para pacientes refratários é o uso de lidocaína intranasal (ipsilateral ao lado dos sintomas) a 4 a 10%.
Abordagem inicial do paciente grave
Após resolução deve-se encaminhar o paciente para acompanhamento neurológico, informar sobre fatores desencadeantes de crises (bebidas alcoólicas, tabagismo, substâncias voláteis com odor intenso), considerar a necessidade de tratamento de ponte com corticoide e profilaxia.
Quadro clínico neuralgias cranianas
As neuralgias cranianas são caracterizadas por episódios de curta duração (segundos), de dor em choque ou fisgada, de forte intensidade e caráter paroxístico. Apresentam pontos de gatilho capazes de desencadear episódios de dor e período de refratariedade. Quadros de neuralgia craniana devem sempre ser investigados para causas secundárias com exame de imagem e estudo de vasos cranianos. As etiologias comuns são compressão por alça vascular, neuroma do acústico, meningeoma, aneurisma sacular e esclerose múltipla. Casos em que a investigação não aponta causa secundária são considerados como neuralgias essenciais.
A neuralgia craniana mais comum é a do trigêmeo, que geralmente acomete o território de V3 e/ou V2, raramente sendo bilateral ou acometendo V1.**
Tratamento neuralgias cranianas
O tratamento de primeira linha é realizado **com carbamazepina. **Outras drogas consideradas efetivas são a oxcarbazepina, a fenitoína, o baclofeno e a lamotrigina. Em casos refratários deve-se encaminhar para avaliação cirúrgica.