Poderes Administrativos Flashcards

1
Q

O poder administrativo não deve ser entendido como uma faculdade para a Administração. O poder deve ser exercido. Na verdade, a expressão mais adequada é “poder-dever” ou “dever-poder”. A Administração tem o dever de valer-se de todos os poderes que estão à sua disposição. O não exercício de um poder administrativo pode levar à responsabilidade administrativa e penal do agente público, bem como à responsabilidade civil da Administração, se causar dano a particulares.

A

VERDADEIRO.

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2
Q

Um agente público deixou de punir um subordinado quando ficou comprovado que ocorreu uma infração administrativa.
A omissão do agente público feriu a qual dever administrativo?

A

Poder administrativo.

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3
Q

Os instrumentos colocados à disposição do administrador público para atingir o interesse público é entendido como:

A

Poderes administrativos.

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4
Q

Quais são os quatro (4) deveres do administrador público?

A

I – Dever de agir;

II – Dever de prestar contas;

III – Dever de eficiência;

IV – Dever de probidade.

(PEPA)

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5
Q

Quais são as duas (2) formas de abuso de poder pelo agente público?

A

I – Quando a autoridade ultrapassa os limites de suas atribuições;

II – Quando a autoridade pratica ato visando ao interesse próprio ou utiliza atos para finalidades não previstas em lei.

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6
Q

Ainda que atuando nos limites de sua competência, uma autoridade pública, ao praticar um ato por motivos pessoais ou com fins diversos dos objetivos dados pela lei ou exigidos pelo interesse público, avançou nas suas atribuições legais. Como se caracteriza essa situação?

A

Desvio de finalidade ou desvio de poder.

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7
Q

O chefe de uma repartição pública pode punir seu subordinado com a remoção, de acordo com a Lei n. 8.112/1990, deslocando o servidor?

A

Não.

(A remoção prevista na Lei n. 8.112/1990 NÃO PODE ter caráter punitivo. A remoção desloca o servidor, mas não deve servir para puni-lo.)

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8
Q

O exercício dos poderes administrativos deve ser utilizado de modo correto, para que o agente público não cometa o abuso de poder. Quais as duas formas de abuso de poder?

A

I – quando a autoridade, embora competente para praticar o ato, ultrapassa os limites de
suas atribuições;
II – quando a autoridade pratica ato visando ao interesse próprio ou utiliza atos para finalidades não previstas em lei.

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9
Q

O abuso de poder pelo excesso viola o requisito de _________ (1p) do ato administrativo.
Por outro lado, o abuso de poder pelo desvio viola o requisito da _________ (1p). Em qualquer dos casos, o ato nasce viciado ou _______ (1p).

A

I – competência

II – finalidade

III – ilegal

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10
Q

Qual o poder da Administração para estabelecer hierarquia entre órgãos e agentes públicos?

A

Poder hierárquico.

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11
Q

Quais são os três (3) tipos de poder que decorrem do poder da hierarquia?

A

I – Poder de fiscalização e revisão.

II – Poder de delegação e avocação.

III – Poder de punir.

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12
Q

O poder de delegação é claro em decreto expedido pelo Presidente da República que transferiu para Ministros de Estado a competência de aplicar demissão a servidores subordinados ao seu ministério.

A

VERDADEIRO.

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13
Q

A avocação ocorre quando o superior hierárquico subtrai parte da competência atribuída originariamente ao seu subordinado.

A

VERDADEIRO.

Na avocação, DEVE HAVER RELAÇÃO DE HIERARQUIA.

Ao contrário da delegação, a avocação SÓ OCORRE EM SITUAÇÕES EXCEPCIONAIS E TEMPORÁRIAS. Assim, a avocação não apresenta caráter ordinário e não pode ser por tempo indeterminado.

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14
Q

Todas as relações em que o Poder Público está presente são hierarquizadas.

A

FALSO.

Não há hierarquia:
• Entre os poderes do Estado: entre os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário não há
hierarquia, pois são independentes e harmônicos entre si, conforme o art. 2º da CF;

• Entre administração direta e indireta: entre a administração direta e suas entidades, que
compõem a administração indireta, não há relação de subordinação, e sim de vinculação;

• Entre as pessoas políticas: as pessoas políticas que compõem a Federação são: União,
Estados, DF e Municípios. Entre elas não há hierarquia. O Presidente não manda no governador e o governador não manda no prefeito. Cada um tem a sua autonomia;

• Nas funções típicas do Poder Judiciário e Legislativo: quando o Poder Judiciário estiver
na sua função típica de julgar, não haverá relação de hierarquia entre os juízes e entre os
órgãos do Poder Judiciário.

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15
Q

O recurso hierárquico (próprio) é aquele interposto dentro de uma relação que tem hierarquia. O recurso hierárquico impróprio é aquele interposto em relações nas quais não há hierarquia.

A

VERDADEIRO.

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16
Q

O recurso hierárquico próprio depende de lei expressa para o seu cabimento.

A

FALSO.

O recurso hierárquico próprio NÃO DEPENDE de lei expressa para o seu cabimento, uma vez que decorre da própria relação hierarquizada a possibilidade de recurso ao órgão superior.

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17
Q

De acordo com a doutrina majoritariamente aceita, cabe recurso hierárquico impróprio entre administração direta e indireta.

A

FALSO.

(Cabe recurso hierárquico impróprio entre administração direta e indireta.)

(Maria Sylvia Di Pietro e Celso Antônio:

NÃO HÁ previsão expressa na legislação das agências dessa modalidade recursal. Visa assegurar que a decisão final na esfera administrativa seja da autarquia regulatória.

Não obstante a direção superior da Administração pelo chefe do Executivo ser garantida no art. 84, II, da CF, o art. 37, XIX, da CF consagra o princípio da descentralização administrativa.

ATENÇÃO!
Parecer AC-051 da AGU:
É possível quando o ato da agência extrapola os limites legais de competência ou viole políticas públicas setoriais de competência do Ministério ou da Administração Central.

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18
Q

Cabe recurso hierárquico impróprio entre administração direta e indireta quando o ato da agência extrapole os limites legais de competência ou viole políticas públicas setoriais de competência do Ministério ou da Administração Central.

A

VERDADEIRO.

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19
Q

O poder disciplinar é o poder de punir internamente as infrações funcionais dos servidores e demais pessoas sujeitas à relação especial com a Administração Pública, mas não incide em relação aos particulares que mantêm algum tipo de vínculo especial com o poder público.

A

FALSO.

O poder disciplinar é o poder de punir internamente as infrações funcionais dos servidores e demais pessoas sujeitas à relação especial com a Administração Pública, MAS TAMBÉM INCIDE em relação aos particulares que mantêm algum tipo de vínculo especial com o poder público.
EXEMPLO:
Concessionários e permissionários, que podem sofrer determinadas sanções em razão de
inexecução contratual ou falha na execução, como advertência e multa.

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20
Q

O poder de polícia ocorrerá se o particular que sofre a sanção possui apenas um vínculo geral (relação de supremacia geral) com o Estado.
O poder disciplinar ocorre se o administrado possui relação especial (supremacia especial) com o Estado.

A

VERDADEIRO.

(Exemplos:

O poder de polícia:
• multa por passar no sinal vermelho.

O poder disciplinar:
• sanção que uma universidade aplica em seu aluno;
• sanção da Administração Pública ao contratado na relação contratual.)

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21
Q

Como é chamada a liberdade de ação administrativa, dentro dos limites permitidos em lei, ou seja, a lei deixa certa margem de liberdade de decisão diante do caso concreto, de tal modo que a autoridade poderá optar por uma dentre várias soluções possíveis, todas, porém, válidas perante o direito?

A

DISCRICIONARIEDADE.

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22
Q

No exercício do poder disciplinar, não há a necessidade de prévia definição em lei da infração administrativa e da sanção a ser aplicada. Isso é denominado de:

A

ATIPICIDADE DA INFRAÇÃO ADMINISTRATIVA.

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23
Q

A legislação administrativa possui muitas infrações “abertas” que permitem enquadrar várias condutas dentro dos conceitos abertos da lei. Dentre elas, estão 4:

A

I – Insubordinação;

II – Incontinência pública;

III – Conduta escandalosa;

IV – Ato de improbidade administrativa.

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24
Q

A lei não define todos os possíveis atos de improbidade administrativa. Portanto, qualquer ato que viole a boa-fé e a honestidade, que devem ser características do servidor público, pode ser um ato de improbidade que permite a demissão.

A

VERDADEIRO.

(A lei não definiu, nem teria condições de definir, todos os possíveis atos de improbidade. Então, há apenas a previsão: quem comete ato de improbidade receberá a demissão. Assim, a Administração Pública avalia a conduta e decide se foi, ou não, ato de improbidade, aplicando a demissão.)

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25
Q

Ainda que prevaleça o princípio da atipicidade no Direito Administrativo, nada impede que o legislador estabeleça situação de tipicidade específica, definindo previamente o ilícito administrativo e a respectiva penalidade.

A

VERDADEIRO.

(Isso ocorre com o abandono do cargo, conduta descrita como a ausência intencional do servidor ao serviço por mais de trinta dias consecutivos (art. 138 da Lei n. 8.112/1990).

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26
Q

Em caso de uso do poder disciplinar na administração, embora as esferas civil, penal e administrativa sejam independentes, em quais situações a via administrativa ficará vinculada à esfera penal? (2x)

A

Se ficar provado, na esfera penal:
I - que o fato não aconteceu;
II - que o servidor não foi o autor.

(A decisão absolutória da esfera penal deve determinar também absolvição na via administrativa.)

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27
Q

Quanto à seleção da pena aplicável, o poder disciplinar é:

A

Discricionário.

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28
Q

O servidor pode ser condenado ou absolvido nas esferas CIVIL, PENAL e ADMINISTRATIVA ou pode ser condenado na esfera administrativa e absolvido na esfera penal, e vice-versa.

A

VERDADEIRO.

(As três esferas são independentes.)

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29
Q

Em caso de uso do poder disciplinar na administração, embora as esferas civil, penal e administrativa sejam independentes, em quais situações a via administrativa ficará vinculada à esfera penal? (2x)

A

Resposta:

Se ficar provado, na esfera penal:
I - que o fato não aconteceu;
II - que o servidor não foi o autor

(a decisão absolutória da esfera penal deve determinar também absolvição na via administrativa)

(art. 126 da Lei n. 8.112/1990)

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30
Q

Em caso de uso do poder disciplinar na administração, a esfera penal pode vincular a decisão administrativa. Contudo, em qual situação esse vínculo deixa de existir?

A

Se o servidor for absolvido na esfera penal por “FALTA/AUSÊNCIA DE PROVAS”.

(Essa hipótese NÃO VINCULA A DECISÃO ADMINISTRATIVA. Uma coisa é ficar provado que o fato não aconteceu ou que não foi o servidor o autor; outra situação é uma decisão absolutória, na esfera penal, com fundamento de não terem sido reunidas provas suficientes para imputar o crime ao agente.)

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31
Q

Dados obtidos em interceptação de comunicações telefônicas e em escutas ambientais, judicialmente autorizadas para produção de prova em investigação criminal ou em instrução processual penal, podem ser usados em procedimento administrativo disciplinar, contra a mesma ou as mesmas pessoas em relação às quais foram colhidos.

A

VERDADEIRO.

(STJ. 2ª Turma. RMS 33.628-PE, Rel. Min. Humberto Martins, julgado em 02/04/2013 – Informativo n. 521)

(Caso o servidor pratique um ato que seja, ao mesmo tempo, ilícito penal e ilícito administrativo, é possível transportar, para o processo administrativo, uma prova produzida na esfera penal.)

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32
Q

Como é chamado o poder da Administração de editar atos normativos para a complementação das leis?

A

Poder Regulamentar ou Normativo.

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33
Q

De acordo com a doutrina, o Poder Regulamentar é privativo do chefe do Poder Executivo, e o Poder Normativo é da Administração Pública.

A

VERDADEIRO.

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34
Q

Como é denominado o ato administrativo clássico que explicita/detalha as leis (gerais e abstratas), feito pelos chefes do Poder Executivo?

A

Decreto.

(O poder da Administração Pública para detalhar as leis não se manifesta apenas pela edição de decretos. Há vários atos administrativos que fazem isso: resoluções, instruções normativas, portarias etc.)

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35
Q

O ato administrativo clássico que explicita/detalha as leis (gerais e abstratas) são os decretos feitos pelos chefes do Poder Executivo. O decreto é o ato que terá, como regra, função de explicitar a lei, fielmente, para sua aplicação.

A

VERDADEIRO.

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36
Q

O Decreto Regulamentar ou de Execução (art. 84, IV, da CF) é de competência privativa do chefe do Poder Executivo, que pode editá-los para a execução das leis, podendo ampliar e restringir essas leis.

A

FALSO.

Decreto Regulamentar ou de Execução (art. 84, IV, da CF): é de competência privativa do chefe do Poder Executivo editá-los PARA A FIEL EXECUÇÃO DAS LEIS. Se o decreto é para a fiel execução da lei, ele NÃO PODE AMPLIAR as determinações legais, bem como restringir o alcance da lei.

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37
Q

Caso o ato normativo venha a exorbitar (extrapolar) a sua função de regulamentar a lei, o
art. 49, V, da CF autorizará a fazer sustação desse ato. O órgão autorizado pela CF a realizar a sustação de atos normativos que EXORBITAM o poder regulamentar é o:

A

Congresso Nacional (CN).

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38
Q

Qual dever do administrador público consiste na obrigação de não poder manter-se inerte diante de situação em que o poder deva ser exercido?

A

Dever de agir.

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39
Q

Qual dever do administrador público consiste em ser transparente e expor a atividade desenvolvida e os custos dessa atividade?

A

Dever de prestar contas.

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40
Q

Qual dever do administrador público consiste em desempenhar os poderes com presteza, perfeição, rendimento, qualidade e economicidade?

A

Dever de eficiência.

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41
Q

Qual dever do administrador público consiste em atuar com boa-fé, ética e honestidade no exercício de suas funções?

A

Dever de probidade.

42
Q

PODER DA HIERARQUIA

I – Qual o tipo de poder, decorrente do poder da hierarquia, cujos órgãos superiores fazem a fiscalização e a revisão de atos praticados por órgãos inferiores para a verificação do exercício correto da atividade e para a devida correção dos atos, seja revogando os inconvenientes e inoportunos, seja anulando os ilegais (autotutela)?

A

Poder de fiscalização e revisão.

43
Q

PODER DA HIERARQUIA

II – Qual o tipo de poder, decorrente do poder da hierarquia que ocorre em situações nas quais o sujeito que recebe atribuição da lei não pratica o ato?

A

Poder de delegação e avocação.

(DELEGAÇÃO – a autoridade transfere parte de suas atribuições para outro agente praticar o ato em seu lugar.
AVOCAÇÃO – uma autoridade chama para si o ato que seria de seu subordinado.)

44
Q

PODER DA HIERARQUIA

III – Qual o tipo de poder, decorrente do poder da hierarquia, em que um agente superior aplica punição ao seu subordinado?

A

Poder de punir.

(Se não houvesse na Administração uma estrutura dividida em vários órgãos e agentes, com relação de hierarquia entre si, não haveria a possibilidade de serem aplicadas sanções aos servidores, pois, para isso, é essencial que um agente superior aplique punição ao seu subordinado.)

45
Q

A delegação PODE OCORRER EM SITUAÇÕES NÃO HIERARQUIZADAS TAMBÉM. Apesar de a delegação de atribuições ser uma consequência da hierarquia, a Lei n. 9.784/1999, art. 11, não exige relação hierarquizada para a delegação de atos. Desse modo, mesmo entre órgãos ou agentes não subordinados entre si, é possível haver delegação.

A

VERDADEIRO.

(Exemplo:
Um Ministro que delega atribuição sua para outro Ministro.)

46
Q

A partir dos princípios do poder de hierarquia na administração pública, como é denominado quando a autoridade transfere parte de suas atribuições para outro agente praticar o ato em seu lugar?

A

Poder de delegação.

47
Q

A partir dos princípios do poder de hierarquia na administração pública, como é denominado o poder quando o superior hierárquico subtrai parte da competência atribuída originariamente ao seu subordinado?

A

Poder de avocação.

(A avocação só ocorre em situações excepcionais e temporárias. Assim, para haver avocação, deve existir uma autoridade superior, que chama para si ato que seria de seu subordinado. Na avocação, deve haver a relação de hierarquia.)

48
Q

Qual é o tipo de relação que se estabelece entre a administração direta e suas entidades, que compõem a administração indireta?

A

Relação de vinculação.

(Não há relação de subordinação entre administração direta e indireta.)

49
Q

Não há hierarquia entre as pessoas políticas que compõem a Federação (União,
Estados, DF e Municípios).

A

Verdadeiro.

(O Presidente não manda no governador e o governador não manda no prefeito. Cada um tem a sua autonomia.)

50
Q

Nas funções típicas de julgar do Poder Judiciário não haverá relação de hierarquia entre os juízes e entre os órgãos do Poder Judiciário.

A

Verdadeiro.

51
Q

Um juiz de primeiro grau não tem as mesmas prerrogativas e independência que um Ministro do STF tem.

A

FALSO.

(Um juiz de primeiro grau também TEM AS MESMAS PRERROGATIVAS e independência que um Ministro do STF tem.

52
Q

Entre os órgãos do Poder Judiciário não há hierarquia. A primeira instância não é subordinada à 2ª instância. Um Tribunal de Justiça não é subordinado ao STJ ou STF. Cada um terá as suas atribuições e sua independência.

A

VERDADEIRO.

53
Q

Nas suas funções típicas, não há relação de hierarquia entre os órgãos do Poder Legislativo (Câmara, Senado e Congresso Nacional). Nenhum desses órgãos é superior ao outro.

A

VERDADEIRO.

54
Q

No exercício de uma função do Poder Judiciário e do Poder Legislativo, em qual situação ocorre relação de hierarquia?

A

No exercício de uma função administrativa (função atípica).

(Há um presidente da Casa Legislativa responsável por organizá-la administrativamente, o dia em que ocorrerá as sessões, quando se encerram, quando se iniciam etc.)

55
Q

No exercício das atividades da Administração Pública, o poder hierárquico tem como objetivos:

A

I – Ordenar;
II – Coordenar;
III – Controlar e
IV – Corrigir.

56
Q

Do poder hierárquico na administração pública são decorrentes certas faculdades implícitas ao superior, tais como:

A

I – dar ordens e fiscalizar o seu cumprimento;
II – delegar e avocar atribuições e
III – rever atos dos inferiores.

57
Q

Como é denominado o poder de punir internamente as infrações funcionais dos servidores e demais pessoas sujeitas à relação especial com a Administração Pública?

A

Poder disciplinar.

58
Q

De acordo com a doutrina, admite-se Decreto Autônomo ou Independente nas hipóteses das alíneas “a” e “b” do art. 84, inciso VI, da CF. São as seguintes hipóteses:

A

I – dispor sobre a organização e o funcionamento da Administração federal, na forma da lei,
quando não implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos;

II – extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos.

59
Q

O decreto é a forma na qual se revestem os atos praticados pelo ______________ (3p) . O seu conteúdo pode ser um ________ (1p) (DECRETO REGULAMENTAR) ou _________ (3p) (DECRETO NÃO REGULAMENTAR), por exemplo, fazer redistribuição de cargos.

A

I – chefe do Poder Executivo;
II – regulamento;
III – sem o conteúdo regulamentar.

60
Q

Qual a denominação que se dá quando um assunto, que antes era tratado por meio de LEI, e que, agora, pode ser tratado por um ato administrativo, isto é, a normatização de um tema sai do domínio da lei para o domínio do ato regulamentar?

A

Deslegalização ou deslegificação.

(A organização interna da Administração Pública é um caso de deslegalização.)

61
Q

Como é chamado o poder da Administração de editar atos normativos para a complementação das leis?

A

Poder Regulamentar ou Normativo.

62
Q

Como é chamado o fenômeno de diminuição da quantidade de regras sobre determinados setores da economia, de modo a permitir que o mercado se autorregule pela competição entre os diversos agentes?

A

DESREGULAÇÃO.

(Deslegalização não se confunde com desregulação.)

63
Q

Como é chamada a função diretiva, normativa e sancionatória, visando à intervenção direta ou indireta do Estado na atividade econômica?

A

Poder Regulatório.

64
Q

Quais são as características do Poder Regulatório?

A

I – Competência atribuída às entidades administrativas e exercida principalmente pelas
agências reguladoras;

II – Engloba o exercício de atividades normativas, executivas e judicantes;

III – Possui conteúdo técnico.

65
Q

Como é denominada a prerrogativa conferida à Administração Pública para editar atos gerais para complementar as leis e permitir a sua efetiva aplicação?

A

Poder Regulamentar.

(No entanto, não pode alterar essas leis a pretexto de estar regulamentando.)

66
Q

Como é chamada a prerrogativa concedida aos agentes administrativos de elegerem, entre as várias condutas possíveis, a que traduz maior conveniência e oportunidade para o interesse público, como, por exemplo, a prorrogação de concurso público ou a autorização
para uso de bem público?

A

Poder discricionário.

67
Q

Qual a denominação do poder de um agente público quando não tem liberdade e tem de fazer aquilo que a lei já determinou?

A

Poder vinculado.

68
Q

O poder do Estado de restringir, limitar ou condicionar o exercício de
direitos e da propriedade em benefício do interesse público é chamado de:

A

Poder de polícia.

69
Q

Na administração pública, a seguinte atribuição está ligada a qual poder?
“Condicionar o exercício de um direito para o bem-estar coletivo.”

A

Poder de polícia.

(não proibe que o cidadão tenha um carro e o dirija. Apenas coloca condições para que ele faça isso.)

(O cidadão tem direito de exercer uma profissão, mas para algumas, o Estado estabelecerá
condições para o exercício.)

70
Q

O Estado pode cobrar TAXAS em razão de exercer o poder de polícia.

A

Verdadeiro.

(Cuidado! Somente TAXAS. Não pode ser imposto, tarifa ou contribuição.)
Exemplos: Taxa de fiscalização ambiental; taxa da Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

71
Q

Quais são as quatro (4) formas de o Estado exercer o poder de polícia?

A

I – Leis e atos normativos;
(é possível o exercício do poder de polícia por meio de leis. Exemplos: Código de Trânsito ou Código Florestal.)

II – Atos individuais/consentimento;
(aqueles que possuem destinatários determinados, incidindo sobre bens, direitos ou atividades de pessoa específica).

III – Atos de fiscalização.
(obrigação de suportar medidas administrativas que têm por finalidade averiguar o cumprimento das determinações expedidas pela Administração. Ex: Fiscalização de restaurantes, lanchonetes, casas de show; fiscalização de cumprimento de normas ambientais.)

IV – Atos de sanção.
(Por meio da sanção, o Estado exercerá o poder de polícia, em razão de o administrado descumprir determinações impostas.)

(O poder de polícia não se manifesta apenas com atos de fiscalização e punição. )

72
Q

Quais são os três (3) atributos, prerrogativas ou características do Poder de Polícia?

A

I – DISCRICIONARIEDADE;

II – AUTOEXECUTORIEDADE;

III – COERCIBILIDADE.

73
Q

Na administração pública, como é chamado o poder de polícia em que há um certo grau de liberdade na sua atuação, isto é, o Estado tem liberdade para escolher as atividades a serem “policiadas”, para fazer escolha da sanção aplicável, bem como para escolher o melhor momento de agir?

A

Discricionariedade.

74
Q

No exercício do poder de polícia, quando Estado exige licença para a realização de atividades, estamos falando que esse poder é:

A

Vinculado.

(A licença é espécie de ato vinculado, tendo em vista que é necessário o preenchimento de todas as exigências fixadas em lei geral para o interessado ter direito ao que pediu, como acontece com a licença para construir ou dirigir veículos.)

75
Q

O poder de polícia é estritamente discricionário.

A

FALSO.

(O poder de polícia é discricionário ou vinculado.)

(O poder de polícia pode ser discricionário ou vinculado.)

76
Q

Qual é o atributo do poder de polícia em que há a imediata e direta execução dos atos pela própria Administração, independentemente de ordem judicial.

A

Autoexecutoriedade.

77
Q

As interdições de atividades ilegais e de obras clandestinas e a inutilização de gêneros impróprios para o consumo é poder de polícia com qual prerrogativa?

A

Autoexecutoriedade.

78
Q

Pela doutrina, o que é o poder de exigir do cidadão o cumprimento de obrigações, mas recorrendo a meios indiretos de persuasão (pela cominação de multa, por exemplo)?

A

Exigibilidade.

79
Q

Pela doutrina, como é denominada a ação em que o administrador pode executar materialmente aquilo que impôs ao cidadão e este não cumpriu? (A possibilidade de a Administração promover por si mesma a conformação do comportamento do particular
às injunções dela emanadas.)

A

Executoriedade.

80
Q

Quando alguém coloca uma barraquinha de camelô na calçada, um fiscal tem o poder de
mandar tirar. E o particular deverá removê-la do local, quer ele goste ou não. Se não retirar por conta própria, o fiscal pode convocar força policial para obrigar a retirada. A ação do fiscal trata de qual característica do poder de polícia?

A

Coercibilidade.

81
Q

Por ser imperativo, o ato de polícia admite até mesmo o uso da força pública para o seu cumprimento, quando resistido pelo administrado. Como é chamada essa imposição coativa das medidas adotadas?

A

Coercibilidade.

82
Q

De acordo com a doutrina, as atividades que envolvem a consecução do poder de polícia podem ser sumariamente
divididas em quatro grupos, a saber:

A

I – legislação;
(O CTB estabelece normas genéricas e abstratas para a obtenção da Carteira Nacional de Habilitação.)

II – consentimento;
(A emissão da carteira corporifica a vontade o Poder Público.)

III – fiscalização;
( A Administração instala equipamentos eletrônicos para verificar se há respeito à velocidade estabelecida em lei.)

IV – sanção.
(A Administração sanciona aquele que não guarda observância ao CTB.)

83
Q

Somente os atos relativos ao consentimento e à fiscalização são delegáveis, pois aqueles referentes à legislação e à sanção derivam do poder de coerção do Poder Público.

A

VERDADEIRO.

84
Q

De acordo com a doutrina, em quais atos (2) podem ocorrer o exercício do poder de polícia por particulares?

A

I – Consentimento e

II – Fiscalização.

(Somente os atos relativos ao consentimento (ex: emissão de carteira) e à fiscalização (ex: instalação de equipamentos eletrônicos de velocidade) são delegáveis, pois aqueles referentes à legislação (ex: CTB) e à sanção (ex: multa) derivam do poder de coerção do Poder Público.)

85
Q

Não existe qualquer vedação constitucional para que pessoas administrativas de direito privado possam exercer o poder de polícia na modalidade fiscalizatória. Mas não lhes
cabe o poder de criação das normas restritivas de polícia.

A

VERDADEIRO.

86
Q

Para que pessoas administrativas de direito privado possam exercer o poder de polícia na modalidade fiscalizatória, deve ser verificado o preenchimento de três (3) condições:

A

I – a entidade deve integrar a estrutura da administração indireta (pessoa jurídica de direito público como autarquias, fundações, empresas públicas e sociedades de economia mista.);

II – competência delegada conferida por lei;

III – somente atos de natureza fiscalizatória.

87
Q

Que espécie de polícia visa assegurar a observância dos limites impostos pelo Estado
para o exercício de direitos, podendo ser por meio de atos de fiscalização, prevenção ou repressão?

A

Polícia administrativa.

88
Q

Que espécie de polícia atua preventivamente, visando evitar que danos aconteçam à sociedade, como também age repressivamente, quando, por exemplo, interditam um estabelecimento comercial ou apreendem bens obtidos por meios ilícitos.

A

Polícia administrativa.

89
Q

Qual espécie de polícia tem por função auxiliar a atuação do Poder Judiciário?

A

Polícia judiciária.

90
Q

Qual espécie de polícia tem por função, quando ocorre um crime, realizar o inquérito policial e repassar as provas colhidas ao Poder Judiciário, ao qual caberá aplicar a lei penal?

A

Polícia judiciária.

91
Q

Que espécie de polícia atua repressivamente, realizando investigação de crimes
já ocorridos, como também pode atuar de maneira preventiva, evitando que crimes venham a ocorrer ou, até mesmo, nas fronteiras e aeroportos, tendo um caráter mais ostensivo?

A

Polícia judiciária.

92
Q

Como é denominada a espécie de polícia cuja atividade é desenvolvida por órgãos especializados, a exemplo da polícia federal e da polícia civil, entre outras corporações que eventualmente tenham essa atribuição conferida pelo art. 144 da Constituição Federal?

A

Polícia judiciária.

93
Q

As duas (2) características principais da polícia administrativa são:

A

I – Atua preventivamente (podem atuar repressivamente);

II – Incide sobre bens, atividades e direitos.

94
Q

As três (3) características principais da polícia judiciária são:

A

I – Atua repressivamente (podem atuar preventivamente);

II – Por meio de órgãos especializados;

III – Atua sobre pessoas.

95
Q

É constitucional a atribuição às guardas municipais do exercício de poder de polícia de trânsito, inclusive para imposição de sanções administrativas legalmente previstas.

A

VERDADEIRO.

96
Q

Não se pode associar poder de polícia com a instituição da polícia, à qual a Constituição atribuiu, com exclusividade, a promoção da segurança pública.

A

VERDADEIRO.

97
Q

Algumas das inúmeras hipóteses em que o poder de polícia é exercido por órgãos ou entidades não policiais:

A

I – poder de polícia sanitário;

II – poder de polícia para proteção do patrimônio público;

III – poder de polícia para proteção do meio ambiente;

IV – poder de polícia de consumo;

V – poder de polícia alfandegário e

VI – poder de polícia tributário.

(muitas vezes das três esferas da federação)

98
Q

A segurança pública foi limitada, pelo art. 144 da Constituição, às polícias federais e estaduais, com possibilidade de atuação das guardas municipais somente para proteção de bens, serviços e instalações do Município.

A

VERDADEIRO.

99
Q

O Estado pode cobrar TAXAS em razão de exercer o poder de polícia.

A

Verdadeiro.

100
Q

O Estado pode cobrar taxas, imposto, tarifa ou contribuição em razão de exercer o poder de polícia.

A

FALSO.

Cuidado! Somente TAXAS. Não pode ser imposto, tarifa ou contribuição.