Período Joanino Flashcards
Batalha de Trafalgar.
Em 1805, os ingleses destruíram a esquadra francesa, invalidando o plano de Napoleão de desembarcar um grande exército na Inglaterra.
Tal acontecimento levou Napoleão a decretar, em 1806, o Bloqueio Continental, que proibiu os países europeus de comercializarem com a Inglaterra.
Transferência da Corte para o Brasil.
A família real, os nobres e os funcinários que a acompanhavam, deixaram Portugal em 1807, chegando ao Brasil em 1808.
Aportaram inicialmente em Salvador, depois deslocaram-se para o Rio de Janeiro.
Surgimento de uma política brasileira.
Obrigado a abandonar a tradicional atitude fiscalista da Coroa, D. João VI passou a se preocupar em fundar e expandir um império português no Brasil.
Criou um aparelho de governo e administração, uma orientação econômica e social e transferiu de Lisboa para o Rio de Janeiro o centro de autoridade política do Brasil.
Abertura dos portos.
Logo quando chegou em Salvador, D. João VI decretou a abertura dos portos às nações amigas.
Simultaneamente, estabeleceu uma taxa alfandegária de 24% sobre o valor dos produtos importados.
Manufaturas.
Em 1808, D. João VI revogou a proibição de existência de manufaturas no Brasil.
Instalou uma siderurgica na Serra de Ipanema, em São Paulo.
Tais medidas surtiram escassos resultados, pois a taxa de 24% era insuficiente para proteger as manufaturas da concorrência inglesa.
Arcabouço econômico e institucional.
Ainda em 1808, D. João criou o Banco do Brasil, permitindo a criação do papel-moeda e a regulamentação das emissões monetárias.
D. João criou escolas, centros de estudos e outras instituições de caráter cultural.
Tratados de 1810.
Tratados de Navegação e Comércio. Concediam à Inglaterra:
1) Taxas alfandegárias preferenciais: os produtos britânicos pagariam 15% de imposto, enquanto que os produtos portugueses pagariam 16% e os de outras nações, 24%
2) Tribunais especiais para os súditos: os cidadãos britânicos aqui resistendes não se sujeitariam às leis portuguesas
3) Direito à permanência de uma esquadra inglesa no Brasil.
Ocupação da Guiana Francesa.
Em 1809, uma expedição militar portuguesa conquistou a Guiana Francesa, apresentando como razão oficial da conquista o exercício de represálias contra Napoleão.
Após a queda de Napoleão, o Congresso de Viena (1815) determinou a devolução da Guiana à França. D. João, porém, conseguiu incorporar ao Brasil uma parte do território anteriormente pertencente aos franceses.
Ocupação do Uruguai.
A ocupação do Uruguai, então chamado de Banda Oriental, refletia os antigos interesses de Portugal no Prata.
Sob o pretexto de defender os interesses de sua esposa, Carlota Joaquina, pertencente à família real espanhola, D. João enviou tropas para ocuparem a região em 1811.
A Ingleterra obrigou D. João a retirar suas forças de região em 1813.
Em 1816, os portugueses, sob o comando do general Lecor, invadiram novamente o Uruguai, ocupando Montevidéu.
O Uruguai foi oficialmente anexado ao Brasil em 1821, com o nome de Província Cisplatina, situação que perdurou até 1828.
Elevação do Brasil à categoria de Reino Unido a Portugal.
Em 1815.
Deu a Portugal mais um voto no Congresso de Viena.
Morte da rainha D. Maria I.
Faleceu em 1816.
O príncipe regente assumiu definitivamente o trono, com o nome de D. João VI, em 1818.
Progresso cultural.
Foram criados:
1) as escolas de medicina da Bahia e do Rio de Janeiro
2) a Academia de Belas Artes
3) a Biblioteca Real
4) a Imprensa Régia
5) o Teatro Real de São João
6) a Academia Militar e o Arquivo Militar
Em 1816, veio ao Brasil a Missão Artística Francesa, que teve grande influência sobre as artes plásticas brasileiras.
Regresso de D. João VI a Portugal.
Em 1820 eclodiu a Revolução Constitucionalista do Porto.
Rapidamente vitoriosos, os revoltosos ocuparam Lisboa, problamaram o fim do absolutismo e a instauração da monarquia constitucional.
Determinou-se a eleição de Cortes (Parlamento) para aprovar a primeira constituição do reino e exigiu-se a volta de D. João VI a Portugal.
As revoltas na Bahia, no Pará e no Rio de Janeiro levaram D. João a jurar antecipadamente a constituição que estava sendo elaborada.
Em abril de 1821, D. João VI embarcou para Portugal, deixando D. Pedro encarregado da Regência do Brasil.