Abdicação de D. Pedro I Flashcards
Principais acontecimentos que causaram a abdicação do imperador.
1) A Confederação do Equador (1824);
2) ASucessão do trono português;
3) A Guerra Cisplatina (1825-1828).
Confederação do Equador. (Causas)
1) Economia em crise - devido ao declínio das lavouras de cana, fumo e algodão;
2) Insatisfação popular decorrente da dissolução da Constituinte e da outroga da Constituição;
3) Pesados impostos;
4) Nomeação, por D. Pedro I, de presidentes de província que não gozavam de apoio político local.
Confederação do Equador. (Estopim)
Nomação de Francisco Paes Barreto como novo presidente da província de Pernanbuco.
Tal fato faz a revolução estourar.
Confederação do Equador. (Desenrolar)
Em 2 de julho de 1824, os revoltosos de Pernanbuco ocuparam Recife e nomearam um junta governativa, chefiada por Manuel Paes de Andrade.
Proclamaram a República e adotaram provisoriamente a constituição da Colômbia.
Ceará, Rio Grande do Norte e Paraíba aderiram imediatamente ao movimento formando a Confederação do Equador.
Confederação do Equador. (Repressão)
A reação do governo imperial foi rápida. E poucas semanas as tropas rebeldes foram derrotadas.
Iniciou-se um forte repressão pelas tropas imperiais: saques, destruições, assassinatos e fuzilamentos. Entre os executados estava Frei Caneca (veterano da Revolução Pernambucana de 1817, e um dos mais populares líderes da época).
A violência com que o imperador reprimiu a Confederação do Equador liquidou sua popularidade no Nordeste, nessa época a região mais populosa do Brasil.
Sucessão do trono português. (D. Pedro I)
Em 1826, faleceu D. João VI. A Coroa portuguesa passou a pertencer a D. Pedro, que assumiu o trono português com o título de D. Pedro IV, sendo simultaneamente rei de Portugal e imperador do Brasil.
A população brasileira reagiu, temerosa de que tal fato levasse à restauração do Reino Unido, compromentendo a independência do Brasil.
Sucessão do trono português. (D. Maria da Glória)
Diante da reação da população brasileira, o imperador abdicou ao trono português em favor de sua filha, D. Maria da Glória.
Como ela ainda era criança, D. Pedro nomeou seu irmão mais novo, D. Miguel, como regente de Portugal, até que D. Maria completasse 18 anos.
Sucessão do trono português. (D. Miguel)
D. Miguel tomou para si o trono português, obrigando D. Maria da Glória a retornar ao Brasil.
Tal fato levou D. Pedro a se envolver profundamente na política interna portuguesa, na tentativa de defender os interesses da filha, descuidando-se dos problemas brasileiros.
Isso desgastou a já reduzida popularidade de D. Pedro no Brasil.
A Guerra Cisplatina. (Província Cisplatina)
Em 1825, os líderes uruguaios Lavalleja e Rivera, apoiados pela população local, iniciaram uma revolta contra os brasileiros e proclamaram a independência da Cisplatina, resolvendo incorporá-la à Argentina.
A Guerra Cisplatina. (Argentina)
Em vista da incorporação da Cisplatina à Argentina, o Brasil declarou guerra à esta. As operações militares se iniciaram em 1826.
Os combates se arrastaram durante dois anos. As forças imperiais, embora não decisivamente derrotadas, sofreram uma série de reveses que abalaram o moral das tropas e levaram as operações a um ponto morto.
A Guerra Cisplatina. (Opinião pública)
A opinião pública brasileira, que jamais apoiara a guerra, ficou ainda mais descontente com o insucesso das tropas imperiais e principalmente com os métodos de recrutamento militar empregados pelo governo (sequestro de pessoas em locais públicos).
Surgiram numerosas manifestações contra a guerra, que repercutiram na Câmara dos Deputados, que voltara a funcionar em 1826, e na imprensa.
A Guerra Cisplatina. (Mediação britânica)
Pressionado pelo público e pela Câmara, e malsucedido na frente militar, D. Pedro I acabou por aceitar a mediação britânica no conflito.
A Inglaterra, interessada em dominar o comércio no rio da Prata, preferia que o Uruguai ficasse independênte, sem se sujeitar ao domínio brasileiro ou argentino.
Em 1828, foi assinado o tratado de paz, pelo qual o Brasil e a Argentina reconheciam a independência da Cisplatina, que passou a se chamar República Oriental do Uruguai.
Eleições legislativas de 1830.
Apesar do sistema eleitoral permitir às autoridades o rígido controle do eleitorado, o governo perdeu as eleições, tendo o Partido Brasileiro, de oposição, eleito a maioria dos daputados.
Noites das garrafadas.
Em dezembro de 1830, D. Pedro I fez uma viagem de cunho político a Minas Gerais e foi recebido pela população de maneira fria e antipática.
Voltando ao Rio de Janeiro, foi recebido por seus partidários com uma série de festas e comemorações, que ocasionaram uma pancadaria generalizada entre “brasileiros” e “portugueses”.
Tal episódio se estendeu de 12 a 14 de março de 1831. Ficou conhecido como “Noites das Garrafadas”.
Nomeação de um novo ministério.
No dia 17 de março de 1831, um grupo de deputados apresentou, por escrito, um protesto a D. Pedro, que resolveu nomear um novo ministério formado exclusivamente por brasileiros.
Nomeado em 19 de março, esse ministério teve curta duração, pois, como as manifestações de rua contra o governo continuaram, o imperador demitiu-o em 5 de abril.
