Pediatria Flashcards

1
Q

CLAUDICAÇÃO

Tipos de claudicação em crianças

A

Pioartrite:
- infecção vigente
- bloqueio articular

Sinovite transitória:
- após 1-3 sem de IVAS

Displasia congênita de quadril:
- membro encurtado
- abdução limitada
- quadro desde o nascimento
- manobras de Barlow e Ortolani

Legg-Calve-Perthes (necrose idiopática da cabeça do fêmur):
- quadro doloroso
- criança de 4-8 anos
- RX: achatamento da cabeça

Epifisiólise:
- quadro doloroso
- adolescente
- RX = desalinhamento da cabeça com o colo

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2
Q

INTRAÓSSEO

Locais, drogas infundidas e tempo de permanência

A

Locais:
- Tibia proximal
- Fêmur distal
- Crista ilíaca

Drogas:
- Qualquer uma que usa via endovenosa

Tempo:
- 24 h -> é pra ser um acesso imediato em situação de emergência; após estabilização, garante-se um acesso central

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3
Q

DTP

Efeitos adversos e condutas

A
  • Episódio hipotônico hiporresponsivo (EHH)
  • Convulsão
    -> DTP acelular (a) em doses subsequentes
  • Encefalopatia
    -> DT em doses subsequentes
  • Anafilaxia
    -> contraindicação a qualquer vacina DTP
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4
Q

INTUSSUSCEPÇÃO

Clínica e tratamento

A

Clínica:
- idade 6-9 meses
- abdome agudo obstrutivo (dor e distensão abdominal)
- com fezes em geleia de morango
-> localização mais comum = ileocólica

Diagnóstico:
- USG: sinal do alvo e pseudo-rim

Tratamento:
- Se estável, sem perfuração: redução por enema com ar ou contrast
- Se instável ou perfuração: laparotomia
=> no adulto = NÃO se faz enema, sempre cirurgia!

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5
Q

CORPO ESTRANHO

Manejo da deglutição de CE

A
  • Indicada EDA de urgência para remoção se:
    -> objeto perigoso (bateria, pilha, ímã, pontiagudo) OU muito sintomático (sialorreia, vômitos, obstrução)
    E
    -> localizado no esôfago ou estômago =>
  • Demais casos: observação domiciliar com orientação de sinais de alarme de perfuração/obstrução
    -> mesmo se for objeto perigoso, se já passou do duodeno, não há o que fazer senão observar em casa (não precisa ser internado)
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6
Q

HDB

Principal causa de HDB em lactentes

A

Divertículo de Meckel

Intussuscepção causa sangramento de pequena monta, com maior ênfase à obstrução intestinal

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7
Q

KERNICTERUS

Fases

A
  • Inicial: hipotonia, sucção débil
  • Intermediária: hipertonia, choro estridente
  • Tardia: opistótono, convulsão
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8
Q

PREMATURIDADE

Idade utilizada para avaliação dos prematuros

A
  • Dados antropométricos e DNPM:
    => idade corrigida (idade - (40 - IG))
  • Imunização:
    => idade cronológica
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9
Q

MECÔNIO

Quando aspirar vias aéreas

A

Apenas se alta suspeita de obstrução:
- ausência de melhora após 30s de VPP
-> aspirar hipofaringe e traqueia por visualização direta via laringoscopia

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10
Q

PALS

O que avaliar após RCE

A

Frequência cardíaca:
- Se FC < 60: continuar compressões + medicações, como se fosse AESP (a chance de parar novamente é enorme!)

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11
Q

RAIVA

Profilaxia

A
  • Morcegos e animais silvestres:
    -> SEMPRE indicada profilaxia de alto risco (soro + vacina)
    -> exceção: contato indireto com qualquer animal, menos o morcego (para morcego, mesmo o contato indireto indica soro + vacina)
  • Mamíferos de interesse econômico OU cães/gatos COM suspeita de raiva:
    -> indicar profilaxia (baixo ou alto risco, dependendo do ferimento)
  • Cães/gatos SEM suspeita de raiva:
    -> observar por 10 dias. Se sumir ou desenvolver raiva, indicar profilaxia (baixo ou alto risco, dependendo do ferimento)

=> Profilaxia para acidente leve: NÃO faz soro, apenas vacina

=> Profilaxia para acidente grave: SEMPRE faz soro + vacina
-> lambedura de mucosas ou pele não íntegra // mãos, pés e cabeça // múltiplos e/ou extensos e/ou profundos //

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12
Q

SÍFILIS CONGÊNITA

Manejo

A
  • Mãe tratada adequadamente (penicilina benzatina + dose correta + pelo menos 30 dias antes do parto):
    -> VDRL pareado
    => VDRL do RN no máximo 1 diluição maior E assintomático: NÃO é sífilis
    => VDRL do RN 2+ diluições maior OU positivo em qualquer título com sintomas: É sífilis congênita - coletar todos os exames e iniciar tratamento já com cristalina até resultado
  • Mãe tratada inadequadamente:
    -> SEMPRE notificar sífilis congênita
    -> rastrear com todos os exames = HMG, VDRL, RX ossos longos e líquor e já iniciar tratamento com cristalina até resultado
    => tudo normal: benzatina dose única
    => sífilis sem neurossífilis: procaína ou cristalina
    => neurossífilis (prot > 150, cél > 25, VDRL +): cristalina por 10 dias
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13
Q

HIV

Profilaxia de transmissão vertical no RN

A
  • Parto empelicado com clampeamento imediato do cordão (OMS considera clampeamento tardio)
  • Banho em água corrente
  • ARV até 4h (pode estender até 48h)
  • Baixo risco = TARV regular desde primeira metade com CV indetectável
    -> AZT por 28 dias
  • Alto risco
    -> 37+ sem: AZT + lamivudina + raltegravir por 28 dias
    -> 34-37 sem: AZT + lamivudina + nevirapina por 28 dias
    -> < 34 sem: AZT por 28 dias
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14
Q

VARICELA

Profilaxia pós exposição

A
  • Vacina até 5 dias:
    -> imunocompetentes + não gestante + > 9 meses
  • Imunoglobulina até 4 dias:
    -> imunossuprimidos
    -> gestantes
    -> < 9 meses
    -> RN filho de mãe que manifestou 5 dias antes até 2 dias depois do parto
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15
Q

CONSTIPAÇÃO

Diagnóstico e manejo

A

Constipação crônica funcional:
- Excluir sinais de alarme:
-> eliminação de mecônio > 48h
-> constipação desde primeiro mês de vida
-> déficit pôndero-estatural
-> déficit do DNPM
-> sangue nas fezes
- NÃO precisa de exames complementares

Manejo:
- Desimpactação fecal, se houver fecaloma
- Manutenção com laxativos (PEG 400, lactulose)
- Frutas, verduras e água
- Aproveitar o reflexo gastrocólico (treino de toalete)

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16
Q

EHP

Clínica e diagnóstico

A

Suspeita:
- lactente de 3-6 semanas
- vômitos em jato não biliosos
- perda de peso e distúrbios hidroeletrolíticos (alcalose metabólica, hipocloremia, hipocalemia)
- oliva pilórica

Diagnóstico:
- USG abdome ou RX contrastado

Tratamento:
- pilorotomia

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17
Q

FSSL

Manejo

A
  • < 1 mês:
    -> triagem completa (HMG, EAS, HMC, URC, líquor, RX tórax)
    -> ATB empírico
  • 1-3 meses:
    -> calcular critérios de Rochester pelo HMG e EAS
    -> se disponível: painel viral
    => baixo risco: reavaliação diária
    => alto risco: internação + triagem completa + ATB empírico
  • 3-36 meses:
    -> pedir EAS e URC apenas se vacinação incompleta + Tax > 39*C
    -> os demais: reavaliação diária
    -> se disponível: painel viral
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18
Q

SARAMPO

Profilaxia pós-exposição e esquema vacinal considerado completo

A

Profilaxia:
- Vacina até 3 dias
OU
- Imunoglobulina até 6 dias
-> para quem não pode tomar a vacina = < 6 meses, imunocomprometidos, gestantes

Esquema vacinal:
- até 29 anos = 2 doses
- 30-59 anos = 1 dose

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19
Q

DIARREIA

Planos de hidratação

A
  • Plano A = sem desidratação:
    -> SRO 100-200 mL após cada evacuação líquida
    -> alimentação normal
    -> zinco por 10-14 dias
  • Plano B = desidratação leve/moderada:
    -> SRO 75 mL/kg por 4-6h na unidade
    -> apenas aleitamento materno
    -> alta com plano A
  • Plano C = desidratação grave:
    -> idade > 1 ano: 30 mL/kg em 30 min + 70 mL/kg em 2h30 min
    -> idade < 1 ano: 30 mL/kg em 1h + 70 mL/kg em 5h
    -> seguir com fase de manutenção + reposição de perdas
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20
Q

DIARREIA

Antibioticoterapia

A
  • Indicação:
    -> sangue nas fezes + queda do estado geral
  • Opções:
    -> < 10 anos ou < 30 kg: azitromicina ou ceftriaxone
    -> > 10 anos ou > 30 kg: ciprofloxacino ou ceftriaxone
    -< < 3 meses ou imunossuprimidos: ceftriaxone
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21
Q

CRESCIMENTO

Avaliação de baixa estatura

A
  • Velocidade de crescimento normal = 5 cm/ano
  • Causas de velocidade normal:
    -> baixa estatura familiar: alvo genético baixo
    -> atraso constitucional do crescimento e da puberdade: alvo genético normal, idade óssea atrasada, antecedente familiar de atraso
  • Causas de velocidade alterada:
    -> endocrinológicas: hipotireoidismo, deficiência de GH
    -> genéticas: Turner
    -> doenças crônicas e disabsortivas
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22
Q

DOWN

Achados ao nascimento e comorbidades associadas

A
  • Nascimento:
    -> prega epicântiga
    -> macroglossia
    -> prega palmar única
    -> excesso de pele na nuca
    -> hipotonia
  • Comorbidades:
    -> cardiopatia (DSAV)
    -> leucemia
    -> hipotireoidismo
    -> deficiência auditiva
    -> doença celíaca
    -> diabetes
    -> estrabismo
    -> instabilidade atlanto-axial
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23
Q

ICTERÍCIA

Diferenças entre incompatibilidade Rh e ABO

A
  • Incompatibilidade Rh:
    -> mãe Rh - e RN Rh +
    -> coombs indireto positivo (sensibilização prévia)
    -> coombs direto positivo
  • Incompatibilidade ABO:
    -> mãe O e RN A, B ou AB
    -> coombs indireto negativo (a mãe já nasce com os anticorpos anti-A/B, não precisa de sensibilização)
    -> coombs direto positivo ou negativo (pode ser falso-negativo!)
    -> pode ter esferócitos
  • Quando pensar: icterícia < 24h de vida!
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24
Q

ICTERÍCIA

Icterícia fisiológica e fatores de risco de hiperbilirrubinemia

A
  • Surgimento: 2-3o dia
  • Duração: 7 dias (termo) a 14 dias (pré-termo)
  • Não ultrapassa o umbigo (Kramer 1 ou 2)
  • Fisiopatologia:
    -> maior produção: hemácias em grande quantidade com meia-vida curta (reflexo de hipóxia intra-uterina e HbF)
    -> menor captação hepática (imaturidade da enzima glicuroniltransferase)
    -> maior reabsorção intestinal no ciclo entero-hepático (maior atividade da enzima betaglicuronidase)
  • Fatores de risco para hiperbilirrubinemia:
    -> prematuridade
    -> cefalo-hematomas e bossas serossanguinolentas
    -> incompatibilidade sanguínea
    -> baixa ingesta de leite
    -> asiáticos, irmão com necessidade de fototerapia
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25
Q

ICTERÍCIA

Indicações clássicas de fototerapia e exsanguineotransfusão

A

=> Fototerapia
- Icterícia < 24h
- BT > p95 no normograma de Buthani (considerar se BT > p75)
- BT > 18 (35-38 sem) ou > 20 (38+ sem)
-> sempre de alta intensidade, exceto em icterícia após 24h em < 34 sem

=> Exsanguineotransfusão
- BT > 25 em coleta após 6h de fototerapia

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26
Q

TCE

Indicações de TC crânio no TCE

A
  • TCE grave (ECG =< 8)
  • TCE moderado (ECG 9-12)
  • TCE leve de alto risco
  • TCE leve de risco intermediário (pode observar por 6h (pediatria) ou 24h (adulto) ou pedir TC)
  • Critérios de alto risco:
    -> ECG =< 14
    -> alteração do estado mental
    -> fratura de crânio (palpável ou de base de crânio - guaxinim, batalha, líquor pelo ouvido ou nariz, hemotímpano)
    -> idade > 65 anos
    -> uso de anticoagulante, antiagregante, hemofílico, hepatopata
    -> sob efeito de álcool/drogas
  • Critérios de risco intermediário:
    -> mecanismo grave (altura > 1m em < 2a / altura > 1,5m em > 2a / atropelamento, ejeção, morte de passageiro)
    -> perda de consciência
    -> vômitos
    -> hematoma NÃO frontal
    -> não está normal segundo os pais
    -> cefaleia intensa
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27
Q

EXANTEMA

Sarampo

A
  • Suspeita:
    -> pródromos catarrais
    -> conjuntivite
    -> sinal de Koplik
    -> exantema com descamação furfurácea
  • Complicações:
    -> OMA
    -> Pneumonia (maior número de mortes)
    -> Panencefalite esclerosante subaguda (mais letal)
  • Tratamento:
    -> sintomáticos + vitamina A
    -> isolamento de aerossol
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28
Q

EXANTEMA

Eritema infeccioso, exantema súbito

A
  • Eritema infeccioso:
    -> face esbofeteada
    -> exantema rendilhado
    -> após melhora, recidiva no calor e estresse
  • Exantema súbito:
    -> febre alta (principal complicação = convulsão febril)
    -> surgimento do exantema ao desaparecer a febre
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29
Q

EXANTEMA

Rubéola e escarlatina

A
  • Rubéola:
    -> linfonodomegalia retroauricular, occipital e cervical (ROC)
    -> sinal de Forcheimer (petéquias no palato mole)
  • Escarlatina:
    -> faringoamigdalite com língua em framboesa
    -> exantema micropapular com pele áspera (aspecto de lixa)
    -> piora do exantema nas dobras (sinal de Pastia) e palidez perioral (sinal de Filtatov)
    -> penicilina benzatina
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30
Q

EXANTEMA

Kawasaki

A
  • Suspeita:
    -> febre >= 5 dias + CLEEC:
    => conjuntivite
    => linfonodomegalia
    => exantema
    => extremidades (lesões em mãos e pés)
    => cavidade oral
  • Tratamento:
    -> imunoglobulina
    -> AAS em dose anti-inflamatória
  • Complicação:
    -> aneurisma de coronária (EcoTT)
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31
Q

EXANTEMA

Mononucleose e varicela

A
  • Mononucleose:
    => FEEELL:
    -> faringoamigdalite
    -> exantema (clássico = após uso de amoxicilina para faringite)
    -> espleno e hepatomegalia
    -> edema palpebral (sinal de Hoagland)
    -> linfonodomegalia
    -> linfocitose atípica
  • Varicela:
    -> exantema pleomórfico (manchas, pápulas, vesículas, pústulas)
    -> infectante desde 48h antes das lesões até todas crostosas
    -> complicação: infecção bacteriana secundária
    -> aciclovir (EV em RN ou doença grave ou imunossuprimido)
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32
Q

VACINA

Adolescente

A
  • HPV:
    -> 9-14 anos dose única
    -> imunossuprimidos: 9-45 anos em 3 doses
  • Meningo ACWY:
    -> 11-14 anos dose única
  • dT:
    -> reforço de tétano (a cada 10 anos a partir dos 4 anos)
  • Hepatite B:
    -> completar esquema de 3 doses
  • SCR:
    -> completar esquema de 2 doses (< 29a) ou 1 dose (> 30a)
  • Febre amarela:
    -> completar esquema de 1 dose (> 5a)

[A B C D = febre Amarela / hep B / Caxumba, sarampo e rubéola / DT]

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33
Q

INFECÇÕES

Sífilis e toxoplasmose

A

=> Sífilis:
- Lesões palmoplantares vesicobolhosas
- Pseudoparalisia de Parrot (osteocondrite)
- Placas mucosas e rinite sifilítica

=> Toxoplasmose = tétrade de Sabin:
- Calcificações cerebrais difusas
- Hidrocefalia ou microcefalia
- Coriorretinite
- Atraso do DNPM

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34
Q

INFECÇÕES

CMV e rubéola

A

=> CMV:
- Exantema petequial e purpúrico
- Calcificações periventriculares
- Microcefalia
- Surdez neurossensorial

=> Rubéola:
- Cardiopatia
- Surdez neurossensorial
- Catarata

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35
Q

INFECÇÕES

Varicela e zika

A

=> Varicela:
- Lesões de pele
- Hipoplasia de membros

=> Zika:
- Microcefalia
- Microftalmia
- Artrogripose

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36
Q

TRIAGEM

Teste do pezinho

A
  • Após 48h e antes de 30 dias (entre 3-5o dia)

=> Doenças:
- Fibrose cística
- Fenilcetonútia
- Deficiência de biotinidase
- Anemia falciforme e hemoglobinopatias
- HAC
- Hipotireoidismo
- Homocistinúria
- Toxoplasmose congênita

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37
Q

VSR

Palivizumabe

A
  • =< 28 sem + 6 dias até 1 ano
  • cardiopatia congênita com repercussão ou pneumopatia até 2 anos
  • < 32 sem até 6 meses, sem comorbidades
    -> essa APENAS pela SBP, não pelo MS!
38
Q

HIPOGLICEMIA

Suspeita e manejo

A

=> Suspeita:
- Sucção débil e hipoatividade
- Tremores e convulsão
- Fator de risco: prematuridade, FMD, uso de broncodilatador ou betabloqueador pela mãe

=> Definição:
- glicemia < 40-50

=> Manejo:
- Sintomático: tratamento EV
- Assintomático com glicemia < 25: tratamento EV
- Assintomático com glicemia > 25: leite materno VO + reavaliação em 1h

39
Q

APLV

Suspeita e manejo

A

=> Suspeita:
- diarreia mucossanguinolenta
- comprometimento pôndero-estatural
- urticária e outras manifestações de atopia

=> Manejo:
- se aleitamento materno: restrição do leite de vaca na dieta materna
- se fórmula: mudar para fórmula extensamente hidrolisada
- se falha com FEH ou anafilaxia: fórmula com aminoácidos
- se falha com FA: fórmula de soja

40
Q

RGE

Refluxo fisiológico e DRGE

A

=> Sinais que indicam DRGE (e não fisiológico):
- Vômitos
- Comprometimento pôndero-estatural
- Irritabilidade e recusa às mamadas
- Postura antálgica (extensão cervical)

=> Manejo:
- posição ereta após amamentar
- cabeceira elevada ao dormir
- fracionamento da dieta
- teste terapêutico de APLV (restringir dieta materna ou fórmula extensamente hidrolisada)

41
Q

REANIMAÇÃO NEONATAL

Sumário dos check-points (6)

A
  • Precisa de ASPAs?
    < 34 sem OU hipotonia OU ausência de respiração/choro
  • Precisa de VPP?
    Após ASPAs, apresenta FC < 100 OU respiração irregular OU apneia
  • Precisa checar técnica?
    Após 30s de VPP, apresenta FC < 100
  • Precisa de IOT?
    Após 30s de VPP com técnica adequada, apresenta FC < 100
  • Precisa de MCE?
    Após 30s de IOT, apresenta FC < 60
  • Precisa de adrenalina?
    Após 60s de MCE, apresenta FC < 60

[Reavaliar após 30s se ventilação e após 60s se MCE]
[FC < 100 para indicar ventilação e < 60 para indicar MCE]

42
Q

CELÍACA

Suspeita, diagnóstico e manejo

A

=> Suspeita:
- diarreia, fezes gordurosas, distensão (síndrome de má absorção)
- anemia ferropriva
- comprometimento pôndero-estatural com hipotrofia de glúteo

=> Diagnóstico:
- rastreio: antitransglutaminase IgA (e IgA total para evitar falso negativo)
- confirmação: EDA com biópsia duodenal

=> Manejo:
- restrição de trigo, centeio e cevada
-> aveia pode

43
Q

CARDIOPATIAS

Cianóticas e acianóticas

A

=> Cianóticas:
- Tetralogia de Fallot
- Transposição de grandes artérias
- Atresia tricúspide
- Drenagem anômala total das veias pulmonares
- Tronco arterioso

=> Acianóticas:
- CIA
- CIV
- DSAV
- PCA

-> as acianóticas com hiperfluxo pulmonar (CIV) podem se transformar em cianóticas por hipertensão pulmonar (síndrome de Eisenmenger)

44
Q

CARDIOPATIAS

Palavras-chave

A

=> CIV:
- sopro sistólico borda esternal inferior
- hiperfluxo pulmonar

=> CIA:
- desdobramento fixo e constante de B2 (ciabre)

=> PCA:
- sopro sistólico e diastólico (constante) em maquinaria (persistente)

=> T4F:
- CIV, aorta cavalgando o septo, estenose de via de saída do VD e hipertrofia do VD
- Hipofluxo pulmonar

=> Atresia tricúspide:
- sobrecarga de AD e VE (as demais causam sobrecarga de VD)

45
Q

LEITE

Diferenças entre leite materno e de vaca

A

=> Materno:
- Ferro mais biodisponível (mesma concentração)
- Mais lactose
- Mais ácidos graxos essenciais
- Fatores imunológicos

=> Vaca:
- Mais proteínas e íons (sódio) -> portanto, mais hiperosmolar

46
Q

REUMATICA

Febre reumática

A

=> Critérios maiores:
- Juntas = artrite migratória AGUDA (< 6 sem)
- (C)Oração = cardite
- Nódulo subcutâneo
- Eritema marginado
- (Coreia de) Syndenham

=> Critérios menores:
- Febre
- PCR/VHS aumentados
- Artralgida
- Aumento do intervalo PR no ECG

=> Confirmação diagnóstica:
- 2 maiores OU 1 maior + 2 menores
E
- infecção estreptocócica comprovada = cultura, teste rápido ou ASLO e anti-DNAse
-> Syndenham é o único critério maior que fecha o diagnóstico sozinho!

47
Q

GALACTOSEMIA

Fisiopatologia, clínica e tratamento

A
  • Fisiopatologia:
    Incapacidade de metabolizar o carboidrato galactose, que se acumula nos órgãos e tecidos (fígado, rins, cérebro, olhos)
  • Clínica:
    Tríade clássica = catarata + insuficiência hepática + convulsão
    -> também tem anemia hemolítica
  • Tratamento:
    Contraindicação absoluta do aleitamento materno
    Fórmula de soja
48
Q

CRISE FEBRIL

Características

A

=> Características da crise febril simples:
- Idade 6-60 meses (6m-5 anos)
- Febre > 38C
- Convulsão tônico-clônica generalizada
- Duração < 15 min
- Sem recorrência
- Recuperação completa no pós-ictal

-> quando foge dessas características, denomina-se crise febril complexa, com maior risco de recorrência e evolução para epilepsia

49
Q

TÉTANO

Profilaxia

A
  • Esquema completo (3 doses) + última dose < 5a:
    -> não faz nada (independe se ferimento de baixo ou alto risco)
  • Ferimento de baixo risco:
    -> não faz imunoglobulina
    -> vacina apenas se esquema incompleto/desconhecido OU última dose > 10a
  • Ferimento de alto risco:
    -> sempre vacina (exceto se esquema completo com última dose < 5a)
    -> imunoglobulina se esquema incompleto/desconhecido

=> esquema completo = 3 doses
=> alto risco = profundo, puntiforme, muita sujidade, queimadura, mordedura, ferimento penetrante por arma branca ou projétil

50
Q

FERRO

Profilaxia e tratamento

A

=> SBP:
- Termo e peso AIG:
-> sem fator de risco = 1 mg/kg/d a partir dos 6 meses até 1 ano
-> com fator de risco = 1 mg/kg/d a partir dos 3 meses até 1 ano

=> MS:
- Termo e peso AIG: ciclos de 3 meses de 10-12,5 mg/d aos 6 e 12 meses (dos 6 aos 9 repondo, para dos 9 aos 12, volta a repor dos 12 aos 15)

=> SBP e MS:
- Pré-termo e/ou baixo peso: 2 mg/kg/d a partir dos 30 dias até 1 ano
- Muito baixo peso: 3 mg/kg/d a partir dos 30 dias até 1 ano
- Extremo baixo peso: 4 mg/kg/d a partir dos 30 dias até 1 ano
- De 1 a 2 anos: 1 mg/kg/d (independente do peso e IG)

=> Tratamento:
- Dose 3-5 mg/kg/d

51
Q

FIBROSE CÍSTICA

Germes colonizadores e esquema de descolonização

A
  • Germes:
    Pseudomonas aeruginosas
    MRSA
  • Indicações:
    Descolonização 1x/ano
    Exacerbação de sintomas respiratórios (aumento da secreção e aspecto purulento, febre, tosse, dispneia, dessaturação)
  • Esquema:
    Descolonização de rotina: bactrim + cipro
    Tratamento de exacerbação: vanco + amica + ceftazidima
52
Q

PUBERDADE

Diferenças e causas de puberdade precoce

A

=> CENTRAL
- sempre isossexual e na ordem fisiológica
- LH aumentado
- causas:
-> idiopática (mulheres)
-> neoplasias intracranianas (homens) - hamartoma hipotalâmico, neurofibromatose

=> PERIFÉRICA
- iso ou heterossexual
- LH suprimido
- causas:
-> HAC
-> tumores gonadais (incluindo cisto ovariano)
-> McCune Albright

53
Q

REANIMAÇÃO

Frequência da VPP, compressão e ventilação da MCE

A
  • VPP: 40-60 irpm
  • compressões na MCE: 90/min
  • ventilação na MCE: 3 compressões : 1 ventilação (30 ventilações/min)
54
Q

VACINA

Idade limite de administração

A

5 anos incompletos
- hep A
- pneumo 10
- meningo C
- tetraviral (fazer SCR e varicela separadamente)
- covid
[A PM TEm COVID]

7 anos incompletos
- varicela
- tétano (vacina da criança [DT] E componente pertússis [dTP/dTPa])

55
Q

VACINA

Contraindicações específicas

A
  • febre amarela:
    -> anafilaxia ao ovo (Influenza, tríplice e tetra não são contraindicadas, mas há recomendação de aplicação em ambiente hospitalar!)
    -> lactante de criança < 6 meses
  • VOP:
    -> contactante de imunossuprimido
    -> antecedente de paralisia flácida pós-vacina
  • BCG:
    -> < 2 kg
    -> RN exposto ao HIV vacina normalmente!
  • hepatite B e tríplice viral (SCR):
    -> PTI à dose anterior
56
Q

TRIAGEM

Momento de realização dos testes, resultados da EFHb e exames para confirmação

A

=> MOMENTO
- geral: segundo dia de vida
- exceção: teste do pezinho, entre 3-5 dias

=> EFHb
- normal: FA
- traço falciforme: FAS
- doença falciforme: FSA

=> Teste de triagem alterado
- repete o teste de triagem
- após 2 testes alterados = teste confirmatório
-> ex: 2 tripsinogênio imunorreativo -> teste de cloro no suor

57
Q

FÓRMULA

Medidas de caloria e diluição

A

=> Calorias

  • Holliday-segar:
    -> 100 kcal/kg até 10 kg
    -> 50 kcal/kg de 11-20 kg
    -> 20 kcal/kg de 21+ kg
  • cada 100 mL de fórmula = 70 kcal

=> Diluição

  • 1 medida para cada 30 mL
  • colocar um pouco mais em cada mamadeira, considerando que a criança desperdiça um pouco

=> Frequência:

  • 5 a 6 mamadeiras/dia
58
Q

LEITE MATERNO

Vantagens do aleitamento para a mãe e RN

A

=> Mãe
- contracepção
- proteção contra CA mama e ovário
- retorno ao estado pré-gestacional mais rápido
- menor risco de hemorragia pós-parto

=> RN
- menor risco de contaminação/infecção e intolerância alimentar
- melhor desenvolvimento do sistema imunológico e do SNC
- menor risco de obesidade e DM no futuro

59
Q

ITU

Investigação complementar e antibioticoprofilaxia

A

=> Investigação
- quando:
-> primeiro episódio de ITU febril em lactente (NÃO precisa em cistite não complicada)
-> ITU de repetição
-> malformações congênitas associadas (artéria umbilical única, apêndice auricular, escoliose)
- como:
-> começar com USG
-> se alterado: UCM

=> ATBprofilaxia
- 2+ pielonefrites OU 3+ cistites OU 1 de cada

60
Q

IOT

Tamanho e fixação do tubo

A

=> Tamanho
- com cuff: idade/4 + 3,5
- sem cuff: idade/4 + 4
-> usar cuff sempre, exceto no RN

=> Fixação
- 3x o tamanho do tubo IDEAL
-> na epiglotite, usa-se um tubo 0,5-1 menor que o ideal, mas se deve fixar com base no tamanho ideal, não no utilizado de fato

61
Q

SEPSE

Diagnóstico e manejo na pediatria

A

=> Diagnóstico
- critérios de Phoenix: 2+ pontos entre cardiovascular, respiratório, coagulação e neurológico
-> choque séptico: sepse com comprometimento do cardiovascular

=> Manejo
- expansão 20 mL/kg em 20 min
- DVA se hipotensão apesar de 2 alíquotas de 20 mL/kg
-> choque hiperdinâmico/quente: noradrenalina
-> choque hipodinâmico/frio: adrenalina
- hidrocortisona se DVA > 0,25 mg/kg/min

62
Q

ANAFILAXIA

Manejo

A
  • adrenalina IM
    -> diluição da ampola (1:1000)
    -> dose 0,5 mg (adulto) ou 0,01 mg/kg (criança)
  • corticoide e anti-histamínico de manutenção por 5-7 dias
    -> prednisona e difenidramina
  • observação por 12-24h
    -> maior risco de recorrência até 12h
  • suporte: expansão volêmica, oxigênio, medidas de broncoespasmo
63
Q

FRALDAS

Diagnósticos diferenciais de dermatite de fraldas

A

=> Dermatite de contato irritativa
- eczema que poupa dobras
-> contato prolongado com urina e fezes
-> creme de barreira (dexpantenol)

=> Dermatite seborreica
- placas eritemato-descamativas pruriginosas em dobras

=> Candidíase
- placas eritematosas com pápulas e pústulas satélites
-> nistatina / fluconazol

64
Q

COVID

Esquema de vacinação

A

=> Vacina
- spikevax (moderna) - cobertura da variante ômicron

=> Crianças < 5 anos
- 2 doses (6 e 7 meses)
-> se imunossuprimido: 3 doses

=> Maiores de 5 anos
- se grupo prioritário:
-> gestantes, idosos > 60a e imunossuprimidos: 1 dose 6/6m
-> demais grupos de risco (saúde, penitenciária, comorbidades): 1 dose 1/1a
- se fora do grupo prioritário: receba 1 dose apenas se nunca vacinado antes

65
Q

CONJUNTIVITE

Conjuntivite neonatal: atualizações

A

=> Antigamente
- nitrato de prata
- críticas:
-> muita conjuntivite química
-> pouca cobertura de clamídia

=> Atualização
- iodopovidona
- segunda linha: eritromicina ou tetraciclina
-> boa cobertura para gonococo e clamídia

66
Q

COQUELUCHE

Quimioprofilaxia pós exposição: atualizações

A
  • contactantes intradomiciliares
  • risco de doença grave/complicações:
    -> < 1 ano
    -> pneumopatias
  • risco de transmissão para vulneráveis:
    -> gestante > 32 sem
    -> contato com lactentes e gestantes (profissionais da saúde, professores de creche, babás etc)
67
Q

TB LATENTE

Quimioprofilaxia pós exposição em RN: atualizações

A
  • NÃO vacinar
  • fazer 4 meses de rifampicina
  • vacinar após (sem necessidade de PPD)
    -> se inadvertidamente vacinado antes, fazer o mesmo esquema, porém avaliar individualmente necessidade de revacinar (indica nova dose se ausência de pega vacinal, pois a rifampicina pode comprometer a resposta à vacina)

=> Bônus: criança com TB normalmente é paucibacilífera

68
Q

HPP

Hipertensão pulmonar persistente

A

=> Fisiopatologia:
- Alguma condição que aumenta a pressão pulmonar do RN, com manutenção do forame oval e do canal arterial e consequente shunt D > E

=> Clínica:
- Desconforto respiratório com hipoxemia
- Cianose lábil (altera com a manipulação do RN)
- Ausculta cardíaca alterada

[A B C = ausculta alterada / baixa saturação / cianose lábil]

69
Q

OMA

Indicação de ATB

A
  • < 6 meses = sempre
  • 6 meses - 2 anos = doença grave OU diagnóstico de certeza
  • > 2 anos = doença grave E diagnóstico de certeza

-> grave: otalgia intensa E febre > 39 C
-> certeza: MT abaulada OU otorreia

70
Q

HIDRATAÇÃO

Soluções utilizadas nas fases de manutenção e reposição de perdas

A

=> Manutenção
- 100/50/20 mL/kg de SG 10% (Holliday-Segar)
- 1,76 mL de NaCl 10% a cada 100 mL de SG
- 1 mL de KCl 19,1% a cada 100 mL de SG
-> 3 mEq/kg/dia de Na+
-> 2,5 mEq/kg/dia de K+

=> Reposição de perdas
- soro ao meio (SG5% + SF)

71
Q

NUTRIÇÃO

Tipos de fórmula láctea e corte de anemia

A

=> Fórmula
- de partida: até 6 meses
- de seguimento: após 6 meses

=> Anemia
- até 6 anos: Hb < 11
- de 6 a 14 anos: Hb < 12
- após 14 anos: Hb < 12 (M) e < 13 (H) [igual adulto]

72
Q

CMV

Confirmação de infecção neonatal e risco de reinfecção materna

A
  • confirmação: PCR na urina nos primeiros dias
  • reinfecção materna: risco normal, pois IgG NÃO protege de reinfecção
73
Q

PUBERDADE

Disruptores endócrinos comuns e seus efeitos

A
  • óxido de zinco (pomada antiassadura) = virilizante (pilificação)
  • bisfenol (plástico na chupeta/mamadeira) = estrogênico (telarca)
74
Q

SOPRO

Sopro inocente e arritmia sinusal

A

=> Sopro inocente
- sistólico (nunca diastólico)
- baixa intensidade
- melhora em ortostase e com valsalva

=> Arritmia sinusal respiratória
- FC aumenta na inspiração
- FC reduz na expiração

75
Q

ASMA

Diferenças da hiperreatividade brônquica induzida por vírus e efeitos do corticoide inalatório

A

=> Diferenças
- antecedente pessoal e familiar de atopias
- eosinofilia
- sibilância fora de infecções virais
- resposta positiva ao broncodilatador

=> Corticoide inalatório
- candidíase oral (precisa realizar higiene oral após uso)
- NÃO tem efeito sistêmico (até é absorvido sistemicamente, mas é logo inativo pelo efeito de primeira passagem no fígado)

76
Q

EEI

Sinais de alarme para imunodeficiência primária?

A
  1. > 2 pneumonias no último ano;
  2. > 4 otites no último ano;
  3. > 1 episódio de infecção sistêmica grave (meningite, osteomielite);
  4. Abscessos de repetição;
  5. Infecções gastrointestinais de repetição/diarreia crônica;
  6. Efeito adverso à vacina de agente vivo (especialmente BCG);
  7. História familiar de imunodeficiência;
  8. Atraso na queda do cordão umbilical (> 30 dias) - deficiência de fagócitos;
  9. Ausência de imagem tímica na radiografia de tórax (esperado até 2 anos) - deficiência de linfócitos T;
  10. Cardiopatia congênita (especialmente em vasos da base).
77
Q

NEONATAL

Sepse neonatal: exames complementares

A
  • HMG e PCR: alto valor preditivo negativo -> se normais, descartam sepse!
  • HMC e cultura de LCR: confirmação diagnóstica pelo isolamento do agente
    -> URC não feita de rotina (muito improvável)
  • única indicação de investigação e tratamento empírico = RN sintomático
    -> mesmo se profilaxia indicada e NÃO realizada, basta observar!
78
Q

RN

Urina avermelhada, infecção e convulsão

A
  • urina avermelhada: cristais de urato (tranquilizar os pais, pois NÃO é sangue!)
  • qualquer infecção em RN deve ser tratada como sepse = internação + exames + ATB empírico
  • convulsão em RN: abortar com fenobarbital
79
Q

CLAMPEAMENTO

Tempos e benefícios e avaliação de FC em RN

A

=> Tempos
- imediato: até 15 s
- oportuno: 30-60 s
- tardio: 1-3 min

=> Benefícios
- menor risco de: anemia, sepse neonatal, enterocolite necrotizante, hemorragia ventricular

=> FC em RN
- ideal: monitor (cardioscópio)
-> oxímetro e ausculta SUBestimam a FC, aumentando o risco de intervenções desnecessárias

80
Q

OXIGÊNIO

Lesões por oxigênio, displasia broncopulmonar e surfactante

A

=> Lesões
- fibrose pulmonar
- retinopatia

=> DBP
- alteração estrutural pulmonar pela exposição ao O2 (normalmente VM > 28 dias)
- necessidade de suporte de oxigênio após 36 sem de IG corrigida

=> Surfactante
- INSURE
- MIST: cateter endotraqueal durante laringoscopia, vantagem de não precisar de IOT e poder fazer enquanto usa CPAP nasal

81
Q

QUADRIL

Displasia do desenvolvimento do quadril

A

=> Primeiros 3 meses:
- manobra de Ortolani: abdução promovendo a redução do quadril luxado
- manobra de Barlow (após a de Ortolani): posteriorização provocando a luxação do quadril previamente reduzido
- confirmação: USG quadril

=> Após 3 meses:
- manobra de Hart: abdução
- confirmação: RX quadril

82
Q

CONJUNTIVITE

Tratamento da conjuntivite gonocócica

A
  • colírio e lavagem abundante som SF
  • ceftriaxone / penicilina cristalina
  • coleta de hemocultura +/- líquor (questionável)
  • internação para ATB sistêmico e monitorização clínica

-> quadro com alto risco de disseminação sistêmica do gonococo, com necessidade de internação, ATB EV e coleta de culturas

83
Q

PÚRPURA

Púrpura de Henoch Shoenlein / vasculite por IgA

A

=> Clínica

  • púrpura palpável em MMII (com hemograma e coagulograma normais)
  • artrite/artralgia
  • dor abdominal (vasculite intestinal)
  • acometimento renal (proteinúria/hematúria)
  • biópsia com vasculite leucocitoclástica com depósito de IgA

=> Tratamento

  • suporte!
    -> corticoide apenas em casos refratários/graves!
84
Q

EII

Principais características

A

=> Deficiência de anticorpos (humoral)
- deficiência seletiva de IgA
- agamaglobulinemia ligada ao X
- imunodeficiência comum variável
-> infecção por germes encapsulados (otite, sinusite, pneumonia)

=> Deficiência de fagócitos
- doença granulomatosa crônica
- neutropenia
- suscetibilidade mendeliana a micobactérias
-> abscessos cutâneos, piodermites, adenites

=> Deficiência de complemento
-> meningite por Neisseria

=> Deficiência celular e humoral
- imunodeficiência combinada grave
-> linfócitos < 2.500

85
Q

HIRSCHSPRUNG

Manejo do AAO por Hirschsprung e principal complicação

A

=> Manejo
- se perfuração / peritonite / instabilidade: cirurgia de urgência
- se estabilidade: lavagem intestinal para aliviar a distensão e dar tempo para planejamento cirúrgico
- tratamento cirúrgico definitivo em um segundo momento, após estudo adequado

=> Principal complicação
- enterocolite (pela elastase fecal): distensão abdominal, diarreia, febre e queda do estado geral, podendo complicar com necrose e perfuração

86
Q

ARTRITE

Causas de artrite aguda e crônica na criança

A

=> Aguda
- febre reumática
- vasculite por IgA (Henoch-Shonlein)

=> Crônica (> 6 sem)
- artrite idiopática juvenil (AIJ)
-> oligoarticular (até 4 articulações) ou poliarticular (5+ articulações, pode ter FR+, comportamento semelhante à AR do adulto)
-> FAN pode ser positivo, aumentando o risco de uveíte anterior

87
Q

REUMÁTICA

Profilaxia

A
  • SEM cardite: até 21 anos
  • cardite leve: até 25 anos
  • cardite moderada/grave: até 40 anos
  • cardite com troca valvar: toda a vida

-> benzatina cada 21 dias

88
Q

CARDIOGÊNICO

Manejo do choque cardiogênico

A
  • expansão volêmica parcimoniosa de 10 mL/kg em 20 min
  • uso precoce de DVA
  • choque compensado (sem hipotensão) = milrinone
  • choque descompensado (hipotensão) = dobutamina OU dopamina em dose baixa
    -> dose baixa de dopamona = efeito beta
    -> dose alta de dopamina = efeito alfa (vasoconstrição periférica)
89
Q

ENTEROCOLITE

Enterocolite necrotizante

A

=> Clínica

  • RN prematuro e baixo beso
  • nas primeiras 2 semanas de vida
  • distensão abdominal, sangue nas fezes, febre e toxemia
    -> sinais de perfuração: hiperemia de parede abdominal e massa palpável

=> Diagnóstico

  • radiografia

=> Tratamento

  • jejum e NPT
  • ATB amplo espectro
  • SNG de descompressão, hidratação e correção de DHEL
    -> se perfuração: cirurgia
90
Q

HÉRNIA

Hérnia inguinal pediátrica

A

=> Clínica

  • abaulamento intermitente na virilha

=> Diagnóstico

  • clínico (sente o abaulamento ou o espessamento do cordão inguinal)
    -> USG apenas se dúvida diagnóstica

=> Tratamento

  • cirurgia eletiva
    -> se encarceramento: redução manual e cirurgia em 24-48h
    -> se estrangulamento: cirurgia de urgência (NÃO pode reduzir manualmente)
91
Q

CRIPTORQUIDIA

Manejo

A
  • expectante até 10-12 meses
  • se palpável em região inguinal: descida do testículo e orquidopexia
  • se impalpável: laparoscopia
    -> se < 2 cm do anel inguinal: descida e orquidopexia
    -> se > 2 cm do anel inguinal: cirurgia em 2 tempos
92
Q

TORÇÃO

Torção testicular

A
  • reflexo cremastérico ausente
  • sinal de Prehn negativo (não melhora com a elevação)
  • sinal de Angel (horizontalização)
  • sinal de Brunzel (testículo alto)