PBL UC XVII Flashcards
Síndrome de Fragilidade: conceito
Síndrome da fragilidade é uma condição multifatorial e complexa caracterizada por diminuição da reserva fisiológica e resistência a estressores
Acomete principalmente idosos, aumentando o risco de quedas, incapacidade, hospitalizações e mortalidade
Síndrome de Fragilidade: fisiopatologia
A fisiopatologia da síndrome da fragilidade é complexa e envolve múltiplos sistemas e mecanismos biológicos
Envelhecimento celular: acúmulo de danos no DNA, diminuição da capacidade de reparo e aumento do estresse oxidativo, levando a disfunção celular e tecidual
Inflamação crônica: elevação dos níveis de citocinas pró-inflamatórias (IL-6, TNF-alfa), que contribuem para a perda de massa muscular, resistência insulínica e disfunção endotelial
Desequilíbrio hormonal: redução dos níveis de hormônios anabólicos (testosterona, IGF-1, DHEA) e aumento dos hormônios catabólicos (cortisol), levando à sarcopenia e osteopenia
Sarcopenia: perda progressiva de massa e função muscular esquelética, prejudicando a mobilidade, equilíbrio e força
Fatores psicossociais: depressão, isolamento social e baixo suporte social também podem contribuir para a fragilidade
Síndrome de Fragilidade: sinais e sintomas
Perda de peso involuntária
Fadiga e exaustão
Diminuição da força de preensão
Lentidão ao caminhar
Baixo nível de atividade física
Síndrome de Fragilidade: Diagnóstico - Testes e exames
Critérios de Fried: perda de peso involuntária, fraqueza muscular, exaustão, lentidão e baixa atividade física
Exames laboratoriais: hemograma completo, perfil bioquímico, marcadores inflamatórios (PCR, IL-6), hormônios (testosterona, IGF-1, cortisol, DHEA), vitamina D, entre outros, para identificar possíveis causas subjacentes e monitorar a progressão da fragilidade
Testes de mobilidade e equilíbrio: Timed Up and Go (TUG), teste de levantar e caminhar, teste de alcance funcional, avaliação do equilíbrio postural
Avaliação da função cognitiva: Mini-Exame do Estado Mental (MEEM), Montreal Cognitive Assessment (MoCA) ou outros testes neuropsicológicos
Questionários sobre qualidade de vida e bem-estar emocional: Escala de Depressão Geriátrica (GDS), Medical Outcomes Study Short Form-36 (SF-36), entre outros
Avaliação nutricional: índice de massa corporal (IMC), circunferência da panturrilha, avaliação da ingestão alimentar
Medidas de composição corporal: impedância bioelétrica, absorciometria de dupla emissão de raios-X (DXA) ou tomografia computadorizada para avaliar a massa muscular e a gordura corporal
Síndrome Consumptiva: conceito
Síndrome consumptiva, também conhecida como caquexia, é uma síndrome complexa e multifatorial que envolve perda de peso involuntária, atrofia muscular, fadiga, perda de apetite e redução da força e funcionalidade física.
Síndrome Consumptiva: etiologia
A síndrome consumptiva pode ser causada por várias doenças crônicas, como câncer, doenças cardiovasculares, doenças pulmonares crônicas, doenças renais crônicas, doenças hepáticas, infecções crônicas e doenças autoimunes.
Fatores inflamatórios, metabólicos, hormonais e imunológicos estão envolvidos na patogênese da síndrome consumptiva.
Síndrome Consumptiva: Sinais e sintomas
Perda de peso involuntária e progressiva
Atrofia e fraqueza muscular
Fadiga e redução da capacidade funcional
Anorexia e perda de apetite
Alterações metabólicas e hormonais
Redução da qualidade de vida
Síndrome Consumptiva: Diagnóstico
Histórico clínico e exame físico: avaliação da perda de peso, força muscular, capacidade funcional e presença de comorbidades
Exames laboratoriais: perfil bioquímico, hemograma completo, marcadores inflamatórios e hormonais, proteínas séricas (albumina, pré-albumina)
Avaliação nutricional e dietética: avaliação do estado nutricional e ingestão alimentar
Testes de mobilidade e função física: teste de levantar e caminhar, Timed Up and Go (TUG), dinamometria manual, entre outros
Síndrome Consumptiva: Tratamento
Abordagem multidisciplinar: médicos, nutricionistas, fisioterapeutas e psicólogos
Nutrição adequada: alta ingestão calórica e proteica, suplementação de nutrientes específicos (vitaminas, minerais, aminoácidos)
Terapia farmacológica: medicamentos para estimular o apetite (ex: megestrol, mirtazapina), combater a inflamação (ex: corticosteroides, AINEs) e melhorar a função muscular (ex: beta-hidroxi-beta-metilbutirato, esteroides anabólicos)
Atividade física: exercícios de resistência e aeróbicos para melhorar a força muscular, capacidade funcional e qualidade de vida
Suporte emocional e psicológico: terapia cognitivo-comportamental, técnicas de relaxamento e suporte social
demência: Conceito
Demência é um termo geral usado para descrever uma série de sintomas relacionados ao declínio cognitivo e comportamental progressivo, que afetam a capacidade de uma pessoa realizar atividades diárias. As demências incluem doença de Alzheimer, demência vascular, demência com corpos de Lewy, entre outras.
demência: Etiologia
Doença de Alzheimer: causada pelo acúmulo de placas amiloides e emaranhados neurofibrilares no cérebro, levando à morte das células cerebrais.
Demência vascular: resultado de danos aos vasos sanguíneos do cérebro, causados por acidentes vasculares cerebrais ou outros eventos vasculares.
Demência com corpos de Lewy: caracterizada pela presença de corpos de Lewy (depósitos anormais de proteínas) no cérebro.
Outras causas: doença de Parkinson, doença de Huntington, demência frontotemporal, infecções, deficiências vitamínicas, entre outras.
demência: Exames solicitados
Avaliação clínica: histórico médico, exame neurológico e avaliação cognitiva (testes como o Mini Exame do Estado Mental - MEEM, entre outros).
Exames laboratoriais: hemograma completo, perfil bioquímico, testes de função renal e hepática, vitamina B12, ácido fólico, TSH e outros, para excluir outras causas de declínio cognitivo.
Neuroimagem: tomografia computadorizada (TC) ou ressonância magnética (RM) do cérebro para avaliar alterações cerebrais e excluir outras condições.
Exames mais específicos (casos selecionados): tomografia por emissão de pósitrons (PET), punção lombar para análise do líquido cefalorraquidiano, testes genéticos.
Avaliação neuropsicológica: testes que avaliam a memória, atenção, linguagem, habilidades visuoespaciais e funções executivas, auxiliando no diagnóstico e monitoramento da progressão da demência.
Sarcopenia: Conceito
perda progressiva e generalizada de massa muscular esquelética e força, associada ao envelhecimento e/ou a doenças crônicas.
Sarcopenia: Causas
envelhecimento, sedentarismo, má nutrição, doenças crônicas, desequilíbrio hormonal, entre outras.
Caquexia: conceito
síndrome complexa e multifatorial caracterizada pela perda progressiva de massa muscular e adiposa, que ocorre mesmo com a ingestão adequada de nutrientes.
Caquexia: causas
comumente associada a doenças crônicas como câncer, AIDS, insuficiência cardíaca, doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), entre outras.
Tratamento da Sarcopenia
Exercícios físicos: treinamento de resistência e atividades aeróbicas para aumentar a força e massa muscular.
Nutrição adequada: ingestão adequada de proteínas, calorias e micronutrientes.
Suplementação: vitamina D, creatina e aminoácidos, conforme orientação médica e nutricional.
Monitoramento e controle de doenças crônicas subjacentes, se presente
E ÓBVIAMENTE AS PARADINHAS QUE TODO MUNDO GOSTA
Tratamento da Caquexia
Tratamento da doença subjacente: abordagem terapêutica específica para a condição de saúde que está causando a caquexia (ex: tratamento do câncer).
Nutrição adequada: ingestão de calorias e nutrientes suficientes para combater a perda de peso e a desnutrição.
Terapia nutricional: suplementação com ácidos graxos ômega-3, aminoácidos de cadeia ramificada (BCAAs) e outros nutrientes específicos, conforme orientação médica e nutricional.
Exercícios físicos: atividades adaptadas à condição do paciente, visando preservar ou melhorar a massa muscular e a funcionalidade.
Medicações: em casos selecionados, medicamentos como corticosteroides, progestágenos e agentes anabolizantes podem ser prescritos, sob supervisão médica.
Acompanhamento interdisciplinar: envolvimento de médicos, nutricionistas, fisioterapeutas e outros profissionais de saúde no cuidado integral do paciente.
O que é iatrogenia nos idosos?
QUALQUER PROFISSIONAL DE SAÚDE PODE CAUSAR IATROGENIA
Conceito: Iatrogenia é o termo usado para descrever qualquer dano, efeito adverso ou complicação resultante de um tratamento médico ou procedimento, incluindo erros de diagnóstico, prescrição inadequada de medicamentos e efeitos colaterais indesejados.
Nos idosos: Iatrogenia nos idosos é especialmente preocupante devido à maior vulnerabilidade desta população a complicações e efeitos adversos, devido às mudanças fisiológicas associadas ao envelhecimento, presença de comorbidades e polifarmácia (uso simultâneo de múltiplos medicamentos).
Prevenção: Para minimizar a iatrogenia nos idosos, é importante que os profissionais de saúde avaliem cuidadosamente os riscos e benefícios de cada tratamento, ajustem as doses dos medicamentos conforme necessário, monitorem os pacientes de perto e promovam a comunicação eficaz entre todos os envolvidos no cuidado do paciente. Além disso, é fundamental promover a educação continuada e o treinamento dos profissionais de saúde para a abordagem adequada do idoso.
Os nove “D”s
Dentição, Disgeusia, Disfagia, Diarreia, Doença crônica, Depressão, Demência, Dependência e Drogas
Igualmente utilizada é a regra mnemônica relacionada aos principais objetivos dos cuidados paliativos,
ou seja, reduzir os sintomas de Dor, Dispneia e Depressão (três “Ds”)
DM1 - Conceito
Diabetes Mellitus tipo 1 (DM1) é uma doença crônica e autoimune caracterizada pela destruição das células beta produtoras de insulina no pâncreas, levando à deficiência absoluta de insulina e aumento dos níveis de glicose no sangue.
DM1 Fisiopatologia
A etiologia do DM1 é complexa, envolvendo fatores genéticos e ambientais. O processo autoimune causa a destruição das células beta do pâncreas, resultando em incapacidade de produzir insulina. A falta de insulina leva a um aumento da glicose no sangue (hiperglicemia) e dificulta a entrada de glicose nas células para produção de energia. Isso resulta em alterações metabólicas, como aumento da gliconeogênese e lipólise, contribuindo para a hiperglicemia e cetose.
DM 1 Sinais e sintomas
Os principais sintomas do DM1 incluem poliúria (aumento na frequência urinária), polidipsia (sede excessiva), polifagia (fome excessiva), perda de peso involuntária, fadiga, fraqueza e, em casos mais graves, cetoacidose diabética.
DM 1 Diagnóstico e Diagnóstico Diferencial
O diagnóstico do DM1 é baseado em critérios clínicos e laboratoriais, incluindo sintomas clássicos de diabetes e medições de glicose no sangue (glicemia de jejum, teste de tolerância oral à glicose ou hemoglobina glicada - HbA1c). A presença de autoanticorpos (como anti-GAD, anti-IA-2 e anti-ilhotas) também pode ajudar a confirmar o diagnóstico.
Diagnóstico diferencial: É importante diferenciar o DM1 de outras formas de diabetes, como o Diabetes Mellitus tipo 2, diabetes secundário (causado por outras doenças ou medicamentos), diabetes monogênico (MODY) e diabetes gestacional.