LPF UC-XVIII Flashcards
Quais os principais tipos de choque?
O choque é uma condição médica grave caracterizada por insuficiente fluxo sanguíneo e oxigenação para os órgãos vitais do corpo. Aqui estão os principais tipos de choque:
Choque Hipovolêmico: Este é o tipo mais comum de choque, ocorre quando o volume de sangue no corpo é muito baixo. Pode ser causado por perda de sangue, desidratação, queimaduras graves ou outras condições que levam à perda de fluidos.
Choque Cardiogênico: Ocorre quando o coração não consegue bombear sangue suficiente para atender às necessidades do corpo. Isso pode ser causado por condições como infarto do miocárdio (ataque cardíaco), insuficiência cardíaca ou arritmias.
Choque Distributivo: Este tipo de choque ocorre quando os vasos sanguíneos não se contraem adequadamente, o que faz com que o sangue não seja distribuído eficientemente para os órgãos. Este é frequentemente visto em condições como sepse, anafilaxia e insuficiência adrenal aguda.
Choque Obstrutivo: Este tipo de choque acontece quando o fluxo sanguíneo é bloqueado no sistema cardiovascular. Isso pode ser causado por condições como embolia pulmonar, tamponamento cardíaco ou pneumotórax tensional.
Quais as opções terapêuticas para um paciente com choque hipovolêmico?
Reposição de Fluidos: Esta é geralmente a primeira linha de tratamento para o choque hipovolêmico. Isso pode envolver a administração de soluções salinas, coloides ou sangue, dependendo da causa e da gravidade do choque.
Medicamentos Vasopressores: Se a reposição de fluidos não for suficiente para restaurar a pressão sanguínea, medicamentos que estreitam os vasos sanguíneos e aumentam a pressão arterial podem ser usados.
Oxigenoterapia: Isso pode ser necessário para garantir que os tecidos do corpo recebam oxigênio suficiente, especialmente se a função pulmonar estiver comprometida.
Tratamento da Causa Subjacente: Isso pode envolver cirurgia para controlar uma hemorragia, antibióticos para tratar uma infecção, ou outras intervenções para abordar a causa raiz do choque.
Cuidados de Suporte: Isso pode incluir monitoramento intensivo, controle da dor e outros cuidados de suporte conforme necessário.
Sistema Simpático
Este é a parte do sistema nervoso autônomo que prepara o corpo para a “luta ou fuga” em situações de estresse. Ele acelera o coração, dilata os brônquios, contrai os vasos sanguíneos e libera glicose para energia rápida. Os neurotransmissores primários são a noradrenalina e a adrenalina, e os receptores são adrenérgicos. Existem vários tipos de receptores adrenérgicos, incluindo alfa-1, alfa-2, beta-1, beta-2 e beta-3, cada um com funções específicas.
Sistema Parassimpático
Esta parte do sistema nervoso autônomo é responsável pelo “descanso e digestão”. Ele diminui o ritmo cardíaco, aumenta a atividade intestinal e glandular, e relaxa os esfíncteres no trato digestivo. O neurotransmissor principal é a acetilcolina e os receptores são colinérgicos. Os receptores colinérgicos incluem muscarínicos (localizados no coração, músculo liso, glândulas) e nicotínicos (localizados nas junções neuromusculares e nos gânglios autônomos).
Drogas Vasoativas
Drogas vasoativas são medicamentos que afetam o tônus vascular, ou seja, a contração e o relaxamento dos músculos lisos das paredes dos vasos sanguíneos. Elas podem causar vasoconstrição (estreitamento dos vasos sanguíneos) ou vasodilatação (alargamento dos vasos sanguíneos).
Estas drogas são utilizadas em diversas situações clínicas, incluindo emergências como choque, insuficiência cardíaca aguda e hipertensão grave.
Vasopressores
Estes medicamentos causam a vasoconstrição, aumentando a pressão arterial e o retorno venoso ao coração. Exemplos incluem noradrenalina (norepinefrina), adrenalina (epinefrina) e dopamina
Vasodilatadores:
Estes medicamentos causam a vasodilatação, diminuindo a pressão arterial e aliviando a carga no coração. Exemplos incluem nitroglicerina e nitroprussiato de sódio.
Inotrópicos
Estes medicamentos aumentam a contratilidade do coração, melhorando a ejeção de sangue. Alguns, como a dopamina e a dobutamina, também têm efeitos vasoativos.
Noradrenalina (Norepinefrina):
Mecanismo de Ação
Indicação
Mecanismo de Ação: A Noradrenalina é um potente agonista dos receptores adrenérgicos alfa-1, o que resulta em vasoconstrição periférica. Ela também tem efeitos mais fracos nos receptores beta-1, o que leva ao aumento da contratilidade e frequência cardíaca.
Indicação: É indicada principalmente para tratar o choque séptico e outros tipos de choque quando a pressão arterial não responde a fluidos.
Adrenalina (Epinefrina)
Mecanismo de Ação:
Indicação
Mecanismo de Ação: A Adrenalina é um agonista não seletivo dos receptores adrenérgicos, afetando tanto os receptores alfa quanto os beta. Isso leva à vasoconstrição, aumento da frequência cardíaca e da contratilidade do miocárdio.
Indicação: É utilizada em situações de emergência, como parada cardíaca, choque anafilático e asma grave.
Dopamina
Mecanismo de Ação
Indicação
Mecanismo de Ação: A Dopamina tem efeitos dose-dependentes, atuando em diferentes receptores dependendo da dose. Em doses baixas, ela dilata os vasos sanguíneos nos rins, enquanto em doses médias aumenta a contratilidade e frequência cardíaca (receptores beta-1), e em doses altas causa vasoconstrição (receptores alfa-1).
Indicação: É usada para tratar o choque e a insuficiência cardíaca aguda.
Dobutamina
Mecanismo de Ação
Indicação
Mecanismo de Ação: A Dobutamina é um agonista principalmente dos receptores beta-1, levando ao aumento da contratilidade cardíaca com pouco efeito na frequência cardíaca.
Indicação: É indicada para tratar a insuficiência cardíaca aguda e como parte da terapia de pacientes com choque cardiogênico.
Nitroglicerina
Mecanismo de Ação
Indicação
Mecanismo de Ação: A Nitroglicerina é um potente vasodilatador que funciona doando óxido nítrico, o que leva ao relaxamento dos músculos lisos vasculares.
Indicação: É utilizada para tratar a angina do peito, insuficiência cardíaca congestiva e controlar a hipertensão durante procedimentos cirúrgicos.
Hipertensão Arterial
Definição: A hipertensão arterial é uma condição médica crônica na qual a pressão sanguínea nas artérias é persistentemente elevada. É normalmente definida como uma pressão arterial sistólica acima de 130 mmHg ou uma pressão arterial diastólica acima de 80 mmHg, medidos em várias ocasiões.
Efeitos: A hipertensão a longo prazo é um fator de risco importante para doenças coronárias, acidente vascular cerebral, insuficiência cardíaca, doença arterial periférica, demência e doença renal crônica.
Anti-Hipertensivos
Definição: Anti-hipertensivos são uma classe de medicamentos que são usados para tratar a hipertensão arterial.
Tipos:
Diuréticos: Estes medicamentos ajudam os rins a remover o sódio e a água do corpo, o que reduz o volume de sangue e, consequentemente, a pressão arterial.
Bloqueadores Beta: Estes medicamentos reduzem a carga de trabalho do coração e abrem os vasos sanguíneos, causando o coração a bater mais lentamente e com menos força.
Inibidores da ECA (Enzima Conversora de Angiotensina): Estes medicamentos ajudam a relaxar e abrir os vasos sanguíneos, bloqueando a produção de uma substância natural que estreita os vasos sanguíneos.
Bloqueadores dos Canais de Cálcio: Estes medicamentos ajudam a relaxar os músculos das paredes dos vasos sanguíneos e a reduzir a frequência cardíaca.
Antagonistas da Angiotensina II: Estes medicamentos bloqueiam os efeitos da angiotensina II, uma substância natural que estreita os vasos sanguíneos.
Diuréticos
Mecanismo de Ação
Mecanismo de Ação: Diuréticos aumentam a excreção de água e sódio pelos rins. Isso diminui o volume de fluido no sistema circulatório, o que reduz a pressão sanguínea.
Diuréticos
Exemplos
Exemplos: Hidroclorotiazida, Furosemida.
Inibidores da Enzima Conversora da Angiotensina (IECA)
Mecanismo de Ação
Mecanismo de Ação: IECA bloqueiam a ação da enzima conversora de angiotensina, que é responsável pela conversão de angiotensina I em angiotensina II, um potente vasoconstritor. Isso resulta em vasodilatação e diminuição da pressão sanguínea.
Inibidores da Enzima Conversora da Angiotensina (IECA)
Exemplos
Exemplos: Lisinopril, Enalapril.
Bloqueadores do Receptor de Angiotensina II (BRA)
Mecanismo de Ação
Mecanismo de Ação: BRA bloqueiam diretamente a ação da angiotensina II, impedindo que ela se ligue aos seus receptores nos vasos sanguíneos. Isso resulta em vasodilatação e diminuição da pressão sanguínea.
Bloqueadores do Receptor de Angiotensina II (BRA)
Exemplos
Exemplos: Losartan, Valsartan.
Bloqueadores dos Canais de Cálcio
Mecanismo de Ação
Mecanismo de Ação: Bloqueadores dos canais de cálcio impedem a entrada de cálcio nas células musculares lisas dos vasos sanguíneos, o que resulta em relaxamento desses músculos e vasodilatação.
Bloqueadores dos Canais de Cálcio
Exemplos
Exemplos: Amlodipina, Diltiazem.
Betabloqueadores
Mecanismo de Ação
Mecanismo de Ação: Betabloqueadores diminuem a frequência cardíaca e a força de contração do coração, reduzindo assim a pressão sanguínea. Eles também inibem a liberação de renina, um hormônio que contribui para a vasoconstrição e retenção de sódio.
Betabloqueadores
Exemplos
Exemplos: Metoprolol, Propranolol.
Diuréticos
Contraindicações
Insuficiência renal grave, hipocalemia (baixa concentração de potássio no sangue), hiponatremia (baixa concentração de sódio no sangue) e hipovolemia (baixo volume de sangue).
Inibidores da Enzima Conversora da Angiotensina (IECA)
Contraindicações
Gravidez, estenose bilateral da artéria renal, histórico de angioedema relacionado a IECA.
Bloqueadores do Receptor de Angiotensina II (BRA)
Contraindicações
Gravidez, estenose bilateral da artéria renal, insuficiência renal avançada.
Bloqueadores dos Canais de Cálcio
Contraindicações
Insuficiência cardíaca descompensada, bloqueio cardíaco avançado, hipotensão severa.
Betabloqueadores
Contraindicações
Asma brônquica, bloqueio cardíaco de segundo ou terceiro grau, insuficiência cardíaca descompensada, bradicardia severa, hipotensão severa.
Hemostasia
A hemostasia é o processo pelo qual o corpo previne a perda de sangue através da formação de coágulos. É um processo essencial que ocorre após uma lesão vascular para prevenir sangramentos excessivos e garantir a manutenção do fluxo sanguíneo no organismo.
Importância da Hemostasia
A hemostasia é fundamental para a sobrevivência. Sem ela, até mesmo uma pequena lesão poderia levar a uma perda significativa de sangue. Além disso, a hemostasia garante que o sangue continue a fluir para todas as partes do corpo, fornecendo nutrientes e oxigênio necessários para o funcionamento do organismo. Por outro lado, um equilíbrio delicado deve ser mantido, pois a coagulação excessiva pode levar à formação de trombos que podem obstruir o fluxo sanguíneo, causando condições como ataque cardíaco ou derrame cerebral.
Riscos de Desequilíbrio na Hemostasia - Hemorragia
Um desequilíbrio na hemostasia que prejudique a capacidade do corpo de formar coágulos pode levar a hemorragia. Isso pode ser causado por diversos fatores, incluindo doenças genéticas como a hemofilia, uso de medicamentos anticoagulantes, doenças do fígado que prejudicam a produção de fatores de coagulação, entre outros. A hemorragia pode ser perigosa e potencialmente fatal, especialmente se ocorrer em órgãos vitais como o cérebro.
Riscos de Desequilíbrio na Hemostasia - Trombose
Por outro lado, um desequilíbrio na hemostasia que favoreça a coagulação excessiva pode levar à trombose, a formação de coágulos sanguíneos que podem obstruir o fluxo de sangue. A trombose pode causar condições sérias como trombose venosa profunda (TVP), embolia pulmonar, infarto do miocárdio e acidente vascular cerebral (AVC), dependendo de onde o coágulo se forma ou para onde é transportado. Fatores de risco para trombose incluem imobilidade prolongada, certas condições genéticas, tabagismo, obesidade, certos tipos de câncer, entre outros.
Doenças Hemorrágicas Principais
Hemofilia: doença genética que impede a correta coagulação do sangue. Pessoas com hemofilia sangram por mais tempo após uma lesão, podem sangrar internamente, especialmente nas articulações.
Doença de von Willebrand: outra doença genética que afeta a coagulação do sangue. As pessoas com essa condição têm problemas com uma proteína no sangue que ajuda a controlar o sangramento.
Púrpura trombocitopênica idiopática (PTI): condição em que o sistema imunológico ataca as plaquetas, o que pode levar a hematomas e sangramento fácil.
Doenças Trombóticas Principais
]Trombose venosa profunda (TVP): condição na qual um coágulo sanguíneo se forma em uma das veias profundas do corpo, geralmente na perna.
Embolia pulmonar: geralmente ocorre quando um coágulo de sangue se move através da corrente sanguínea para os pulmões.
Infarto do miocárdio: também conhecido como ataque cardíaco, ocorre quando o fluxo sanguíneo para uma parte do coração é bloqueado, geralmente por um coágulo sanguíneo.
Acidente vascular cerebral (AVC): ocorre quando o suprimento de sangue para uma parte do cérebro é interrompido ou reduzido, impedindo que o tecido cerebral receba oxigênio e nutrientes. A maioria dos AVCs é causada por coágulos sanguíneos.
Importância da Hemostasia na Monitorização do Tratamento Antitrombótico
Avaliação do Efeito Antitrombótico: O monitoramento da hemostasia pode ajudar a avaliar se um medicamento antitrombótico está tendo o efeito desejado. Isso é particularmente importante para drogas como a varfarina, onde a dose precisa ser ajustada com base em exames de sangue.
Prevenção de Sangramento ou Trombose: Monitorar a hemostasia pode ajudar a evitar eventos adversos graves, como sangramento excessivo ou formação de coágulos. Isso pode ser crucial para pacientes em alto risco de tais eventos.
Identificação de Necessidade de Mudança de Tratamento: Se a hemostasia não estiver bem controlada, pode ser necessário mudar para um medicamento diferente ou ajustar a dose.
Monitoramento de Adesão ao Tratamento: Testes de coagulação podem ajudar a avaliar se os pacientes estão aderindo ao tratamento conforme prescrito.
Avaliação de Interações Medicamentosas: Alguns medicamentos podem interagir com medicamentos antitrombóticos, alterando sua eficácia. O monitoramento da hemostasia pode ajudar a identificar essas interações.