Patologias Flashcards

1
Q

Que tipos de infeções podem levar a sepsia?

A

Qualquer tipo, mas é mais comum infeções nos pulmões, rins, sistema digestivo e na corrente sanguínea (bacteremia).

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2
Q

Quais os tipos de bactérias que normalmente causam sepsia?

A

Bacillus gram -

Coccobacillus gram +

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3
Q

Quais os sintomas da sepsia?

A
Alterações mentais (confusão e discurso sem sentido);
Pressão sistólica =< 100mmHg;
Mais de 22 respirações por minuto;
Temperatura <36 ou > 38 ºC;
Frequência cardíaca superior a 90 bpm;
Aumento de lactato - sintoma tardio.
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4
Q

Quais os mecanismos fisiopatológicos associados ao Sistema Imunitário na presença de patogénicos?

A
  1. Ativação das células imunes pelos seus recetores PRR (TLR4) que reconhecem PAMP;
  2. Libertação de moléculas DAMP (danificam) - citocinas e interleucinas (IL-17) que ativam outras células imunes e moléculas teciduais;
  3. Ativação de processos de coagulação - ligação entre plaquetas e colagénios, para encapsular os patogénicos na vasculatura;
  4. Apoptose aumentada (ambas as vias) devido ao aumento de moléculas como radicais livres e TNF - imunossupressão;
  5. Diminuição da vasopressina (glândula pituitária) - hipotensão.
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5
Q

Que BMC podem ser usados na identificação de sepsia?
Quais as suas caraterísticas?
(5)

A
  1. CPS-1 (identificação de danos mitocondriais hepáticos, visto que os níveis elevados de ALT/AST e bilirrubina são pouco específicos) - maior dano hepático = níveis mais elevados de CPS-1.
  2. Proteína C reativa (associado a inflamações de fase aguda no fígado e atua na ativação do sistema complemento) - altamente sensível, mas pouco especifico, pois associa-se a diversas doenças relacionadas com inflamações - pode ser um BMC tipo 0 e 1.
  3. Procalcitonina (em processos inflamatórios, esta está aumentada no sangue, visto que em estados fisiológicos normais esta é convertida em calcitonina) - mais vantajosa no diagnóstico e prognóstico e auxiliada por coloração de Gram fornece informações acerca do patogénico - relacionado com extensão e severidade da doença, permitindo maior controlo na administração de antibióticos.
  4. Óxido nítrico (a sua isoforma iNO é ativada por citocinas libertadas pelas interações entre TLRs) - aumento em choque séptico, provocando vasodilatação - foi proposto como alvo terapêutico.
  5. miRNA - diagnóstico (sabe-se logo qual o agente invasor), prognóstico, estratificação - desvantagem relativamente ao tempo de espera e métodos analíticos disponíveis.
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6
Q

Qual o BMC considerado ideal para a sepsia?

A

Procalcitonina

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7
Q

Quais as caraterísticas dum BMC ideal para a sepsia?

A

Estar presente em altos níveis em sepsia;
Ter uma correlação positiva com a severidade da infeção;
Ter uma persistência prolongada na corrente
sanguínea;
Deve permitir um diagnóstico precoce rápido e preciso.

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8
Q

Quais as caraterísticas das doenças respiratórias?

A

Alterações das vias respiratórias ou outras estruturas do pulmão;
Muitas vezes associado a qualidade de vida, do ar ;
Pode existir alguma origem genética - impacto na mortalidade;
Podem dividir-se em agudas (início rápido e por agentes infeciosos) e crónicas (início gradual com tratamento por longos períodos de tempo)

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9
Q

Fornece 2 exemplos de doenças respiratórias crónicas e dos seus tratamentos.

A

Asma (predisposição genética, exposição a alergénios ambientais e estilo de vida) - tratamento com corticosteroides e broncodilatadores inalatórios.

DPOC (resposta inflamatória a toxinas inalatórias) - enfisema, obstrução das vias e muco = falta de ar e tosse - tratamento com intervenção precoce das infeções e uso de broncodilatadores inalatórios.

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10
Q

Como decorre o diagnóstico de DPOC e Asma?

A

Espirometria - medição do fluxo de ar que entra e sai dos pulmões.

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11
Q

Descreve a fisiopatologia da asma e DPOC.

A

Asma - hipersensibilidade tipo I, mediada por anticorpos com fase inicial e tardia - atividade das células TH2, B, eosinófilos e moléculas IL4, 5, 13 e IgE - produção de muco e broncoconstrição (prostaglandinas, leucotrienos e histamina).

DPOC - células epiteliais pulmonares libertam citocinas (IL-1,8 e TNF), ativando os macrófagos, células T CD8 e neutrófilos - edema, dano local e hipersecreção de muco - deposição de colagénio na fase de reparação - enfisema (atividade das proteases > antiproteases como a alfa-1-antitripsina)

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12
Q

Como podemos recolher os BMC associados a patologias respiratórias?

A

Métodos pouco invasivos (ar exalado e fluídos corporais - muita variabilidade)
Métodos invasivos (biópsias e lavagem bronco alveolar).

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13
Q

Quais as técnicas de identificação utilizadas dos BMC em patologias respiratórias?

A

ELISA, tecnologia de arrays de suspensão, microscopia, imunoensaios enzimáticos.

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14
Q

Que BMC podemos usar para diagnóstico e prognóstico de Asma?

5

A

Componentes inflamatórios como:
1. Contagem de eosinófilos - pode indicar a resposta à terapia e prever o declínio da função pulmonar.

  1. IgE - como medeia reações de hipersensividade, elevados níveis desta molécula no sangue associam-se a uma maior tendência de asma (maior sensibilidade a alergénios, espessamento das paredes brônquicas e hiper-responsividade) - fornece informações relativas à terapia com omalizumab.
  2. FeNO - doentes com asma admitem níveis elevados de NO no ar exalado, diminuindo na terapia com corticosteroides (medição de eficácia) - os níveis de NO podem derivar de outras situações.
  3. Periostina - segregada pelas células epiteliais pela ação de IL-13 e detetada no soro, permite prever o desenvolvimento de asma - níveis elevados associados a perda de função pulmonar - pode dar informações acerca da terapia.
  4. Endotelina-1 - medida no ar expirado, trata-se dum péptido pró-inflamatório cujos níveis elevados permitem diagnosticar e monitorizar a inflamação nos pulmões.

Para um diagnóstico mais preciso, pode-se usar como BMC contagem de eosinófilos + IgE + FeNO.

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15
Q

Que BMC podemos usar para diagnóstico e prognóstico de DPOC?

7

A
  1. Alfa-1-antitripsina (AAT) - preditivo, medido no soro e tem como função inibir a elastase dos neutrófilos (genes alterados levam a maior propensão à doença, pois a proteína está diminuída).
  2. Colagénio VI + elastina - prognóstico, medidos no sangue ou urina e são fragmentos proteicos da remodelação da matriz - associados à severidade da doença (fibrose alveolar).
  3. Proteína C reativa - prognóstico e relaciona-se com a inflamação.
  4. Fator de crescimento da placenta - prognóstico detetado no soro e BAL e induz a apoptose e é angiogénio (enfisema) - níveis elevados (níveis diminuídos de VEGF) persistentes podem ter efeitos adversos como diminuição de angiogénese.
  5. Fibrinogénio - prognóstico e atua no processo de coagulação - fase aguda e valores elevados sensíveis a DPOC.
  6. CgA - neuro hormona com valor de prognóstico , pois está associada a obstrução das vias aéreas de fumadores.
  7. BNP - níveis elevados estão associados a hipertensão pulmonar e consegue predizer o nível de mortalidade.
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16
Q

Qual a principal distinção entre Asma e DPOC?

A

Níveis mais elevados de IL-8 em doentes com DPOC.

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17
Q

Quais os principais fatores de risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares?

A
  1. Tabagismo - dano no endotélio vascular e aumento da coagulação;
  2. Inatividade física - desregulação dos níveis de gordura e açúcar no sangue;
  3. Dieta indevida - rica em gorduras = maior risco de AVC;
  4. Álcool - dano no músculo cardíaco e arritmias;
  5. Fatores genéticos
  6. Estatuto económico
  7. Idade
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18
Q

Como se classificam os BMC cardíacos?

A
  1. BMC de lesão do miocárdio (isquemia e necrose)
  2. BMC hemodinâmico
  3. BMC de prognóstico e inflamatórios
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19
Q

Do que se trata o enfarte agudo do miocárdio e quais os BMC capazes de diagnosticar esta patologia?
(5)

A

Deve-se a uma obstrução duma artéria coronária, resultando numa situação de isquémia, podendo dar em necrose. Assim, podemos usar como BMC proteínas que se encontram habitualmente na zona interior das células.

Como BMC de diagnóstico tem-se:
1. Troponina - regula a contração dos músculo e níveis elevados associam-se ao pior prognóstico e permite estratificar os doentes quanto ao grau de severidade - análises sanguíneas e por uso de anticorpos.

  1. CK - pode detetar segundo ataque cardíaco.
  2. CK-MB - específica do coração, estando associada à necrose deste e recorre-se a esta enzima quando a troponina não está disponível, sendo menos específica.
  3. Mioglobina - menos frequente, mas em conjunto com a troponina permite diagnóstico precoce.
  4. Endotelina-1 - níveis elevados durante a isquémia e reperfusão (atividade de vasoconstrição).
20
Q

Quais os BMC capazes de fornecer prognóstico do enfarte agudo do miocárdio?

A
  1. Proteína C reativa - aumenta devido à inflamação e permite determinar o risco de ataques futuros.
  2. Péptidos natriuréticos - são hormonas sintetizadas pelo coração - BNP e NTproBNP elevam-se quando ocorre ataque, permitindo diagnóstico, estratificação e monitorização terapêutica - bom custo/benefício e precisão.
21
Q

Do que se trata a aterosclerose e quais os BMC capazes de diagnosticar esta patologia?
(6)

A

Trata-se do estreitamento e eventual bloqueio das artérias devido à acumulação de placas de lípidos.

  1. ApoB ( estimula a aterogénese) e a ApoA1 (inibe a aterogénese, pois é um componente das HDL) podem indicar risco da patologia.
  2. Lp-PLA2 - marcador da inflamação e hidrolisa fosfolípidos das LDL, incentivando a aterogénese - identificação de risco de doenças cardíacas.
  3. IL-1 e IL-6 - estão associadas à Proteína C Reativa e são interleucinas associadas à pró-inflamação e ao fibrinogénio, respetivamente.
  4. Marcadores trombóticos - homocisteína (aminoácido que circula no sangue cujas metilações e o stress oxidativo nele elevam o risco da pró-aterogénese) e fibrinogénio (central na coagulação).
  5. Endotelina-1 - maior acumulação na presença de placas de aterosclerose instáveis
  6. miRNA - permitem um diagnóstico diferencial, facilmente acessíveis (amostras de sangue, soro), específicos de tecidos estáveis in vitro - miRNA 21 demonstra fases iniciais da aterosclerose e o miRNA 92 estão ambos associados na regulação do desempenho vascular, podendo também representar potenciais alvos para novas terapias.
22
Q

O envelhecimento está associado a certas doenças?

A

Sim, trata-se dum fator de risco para diversas doenças não transmissíveis. Está associado a alterações na composição corporal (aumento de gordura corporal e diminuição de massa muscular e de massa de órgãos).

23
Q

Que dados podem fornecer os BMC de envelhecimento?

A

São um painel de medidas do envelhecimento saudável, pode ajudar na previsão de tempo de vida e explicar os processos moleculares de doenças associadas ao envelhecimento.

24
Q

Quais as principais marcas de envelhecimento?

9

A
  1. Instabilidade genómica - podem advir de motivos endógenos e exógenos;
  2. Redução dos telómeros - envelhecimento normal está associada à redução dos telómeros, mas erros podem acelerar (medição nos leucócitos por FISH e PCR);
  3. Epigenética - metilação de DNA, modificações pós-translacionais e remodelação da cromatina (hipermetilação, acetilação de H4K16, trimetilação H4K20, H3K27 e H3K4, diminuição da metilação H3K9);
  4. Perda da proteostase (proteínas mal formadas e acumulação destas;
  5. Deteção desregulada de nutrientes - relacionada com as vias de glucose
  6. Disfunção mitocondrial - eficácia da cadeia transportadora de eletrões diminui (diminuição de ATP e aumento de ROS)
  7. Senescência celular - maioria das células para de replicar - tecidos deixam de ter capacidade para se regenerarem
  8. Exaustão das células estaminais - regeneração celular diminuída
  9. Comunicação intracelular alterada - aumento de processos inflamatórios e diminuição da função do Sistema Imunitário (SASP)
25
Q

Quais são os BMC relacionados com a instabilidade genómica?

A
  1. DNA e reparação - γ-H2A.X é um biomarcador quantitativo de envelhecimento, pois foca-se nos danos (medição da extensão dos danos de DNA) - IHQ;
  2. RNA e transcriptoma - variação da expressão das células - RNAseq - e lncRNA, sendo alguns identificados positivamente ao longo da idade, portanto a desregulação relaciona-se com a senescência.
26
Q

Quais são os BMC relacionados com a perda de proteostase?

A
  1. Carbamilação de proteínas e agrupamento destas;
  2. Produtos finais da glicação de moléculas - obesidade, apoptose, inflamação - cromatografia liquida e gasosa;
  3. N-glicano - contribuição para o estado pró-inflamatório.
27
Q

Quais os principais BMC relacionados com a desregulação de nutrientes?

A
  1. IGF-1 (participa na deteção da glucose)
  2. mTOR, estando a proteína ribossómica S6 associada (aumenta na idade, contribuindo para mudanças patológicas)
  3. AMPK aumenta com a idade
  4. Sirtuinas e NAD+ diminuem
28
Q

Quais os principais BMC relacionados com a disfunção mitocondrial?

A

Produtos do dano oxidativo para as proteínas
incluem o-tirosina, 3-clorotirosina e 3-nitrotirosina, 8-iso prostaglandina F 2α, 8-hidroxi-2′-desoxiguanosina e 8-hidroxiguanosina - danos relacionados com vias dos lípidos, ácidos nucleicos - é possível medir a função mitocondrial por perfil respirométrico.

29
Q

Quais os principais BMC relacionados com a senescência celular?

A

A β-galactosidase associada
à senescência (SAβ-gal), mas admite muitos falsos positivos e p16 INK4A que indica a paragem permanente do ciclo celular - ambos aumentam com a idade.

30
Q

Existem BMC hormonais?

A

Sim, a diminuição de hormonas como as sexuais (estrogénio e testosterona).

31
Q

Quais os BMC fenotípicos?

A
  1. Função física e antropometria: a velocidade de caminhada, posição em cadeira, equilíbrio em pé, força de preensão, índice de massa corporal, circunferência da cintura e massa muscular
  2. Características faciais: as características avaliadas são a largura da boca, largura do nariz e queda do canto dos olhos.
32
Q

Quais os potenciais BMC associados ao envelhecimento?

A
  1. Metalotioneínas - ligam-se ao zinco e admitem papéis importantes na regulação de genes - níveis elevados nos velhotes, para proteção contra o stress oxidativo
  2. miRNA - estáveis no plasma e soro e seletivos.
33
Q

O que é a epilepsia?

A

É uma doença caraterizada por atividade anormal do cérebro que provoca convulsões e comportamentos incomuns. Pode ser provocada por lesões cerebrais, fatores genéticos, fatores metabólicos, doenças autoimunes (epilepsia sintomática) ou por fatores desconhecidos (epilepsia idiopática).

34
Q

Existem tipos diferentes de epilepsia?

A

Sim, segundo o tipo de convulsões e da zona do cérebro onde ocorrem.

  1. Convulsão de início focal - ocorre num dos lados do cérebro e a pessoa pode estar consciente ou perder a consciência durante o ataque;
  2. Convulsão de início generalizado - ocorre em ambos os lados do cérebro, havendo perda de consciência do indivíduo - podem ocorrer movimentos subtis (mais em crianças), perda de controlo muscular, espasmos musculares repentinos e breves, espasmos musculares rítmicos, enrijecimento dos músculos, contração de músculos inicial e espasmos rítmicos.
  3. Convulsão de início desconhecido.
35
Q

Quais os principais mecanismos moleculares envolvidos na epilepsia?

A

Relativamente às sinapses excitatórias, estas são ativadas de forma rápida ou duradoura originando as convulsões, podendo até levar à excitotoxicidade e posterior morte neuronal.
Relativamente às sinapses inibitórias, estas podem sofrer redução ou ausência de inibição - excitação sináptica contínua.

36
Q

Que BMC existem para a epilepsia?

4

A
  1. Convulsões (EEG) - diagnóstico e identificação do tipo de convulsão para o melhor fármaco anticonvulsivo
  2. Imagiologia e testes cognitivos - verificar se existe morte neuronal, principalmente em epilepsia do lobo temporal, através de técnicas de ressonância magnética (convulsões podem ter outras causas)
  3. Moleculares - aumento de lactato devido à hipoxia do ambiente muscular durante ataque (distinção entre convulsões epiléticas ou não); Fas-L e Bcl-2 permitindo identificar a ativação de vias da morte celular (severidade da doença e frequência das convulsões); proteína S100B associada a danos cerebrais e epiletogénese; citocinas IL-1, IL-8, IL-10 associadas a processos de inflamação - diminuição do treshold da convulsão - possibilidade de terapia imunomodulatória.
  4. Genéticos - SCN1A (mutações muito frequentes na epilepsia, gerando diversos fenótipos, havendo em casos mais graves resistência à terapia) e SLC2A1 origina epilepsias farmaco-resistentes, mas doentes respondem bem a dietas cetogénicas.
37
Q

Que tipos de BMC admitem potencialidade de serem usados no diagnóstico da epilepsia?

A

miRNA, porque é uma patologia que envolve várias vias reguladas por miRNA (morte celular, inflamação e estruturação neuronal) e que são específicos de áreas e células cerebrais. Estão muito associadas as mutações pontuais como SNPs que vão alterar a função e interação das moléculas. Podem ser medidos no sangue ou LCR.

Podem não só diagnosticar como também identificar pessoas de risco.

38
Q

Como se carateriza a insuficiência renal?

A

Diminuição progressiva da função renal, levando a uma menor capacidade de tirar toxinas do organismo. O rim vai compensando esta perda - sintomas em fase avançada.

39
Q

Quais os tipos de insuficiência renal?

A

Aguda - aparece de forma abrupta e recupera de sujeito a tratamento eficaz - 3 fases: pré renal (diminuição da perfusão), renal (lesão no nefrónio) e pós renal (obstrução do trato urinário).

Crónica - falência lenta e progressiva, podendo ser necessária diálise ou transplante renal.

40
Q

Qual a sintomatologia maioritária na insuficiência renal?

A

Segundo as diferentes fases:

  1. Fase inicial - fadiga e cansaço
  2. Fase avançada - sintomas digestivo, insónias, aumento de pressão arterial, dificuldade respiratória e nictúria
  3. I.R.A. - retensão de líquidos (edemas), hemorragias internas, convulsões, anemia, confusão
  4. I.R.C.
41
Q

Que diagnóstico é feito em caso de suspeita de insuficiência renal?

A

Testes de urina tipo I e II (análises bioquímicas que avaliam a taxa de filtração glomerular e a depuração de creatinina - medida no soro), exames imagiológicos e por vezes biópsias.

Para a crónica é medida a relação albumina/creatinina através duma colheita de urina pontual.

42
Q

A que se podem dever as alterações da TFG?

A
  1. Elevações da creatinina, ureia e potássio ou diminuição de bicarbonato (alterações eletrolíticas)
  2. Diminuição de hemoglobina e hematrócitos (anemias)
  3. Diminuição do pH sanguíneo (acidoses metabólicas)
  4. Proteinúria, cilindros e diminuição de densidade urinária
43
Q

Que BMC existem para a insuficiência renal?

6

A
  1. Clássicos (ureia, creatinina e albumina)
  2. Recentes (cistatina C, alfa-1-microglobulina e beta-2-microglobulina)
  3. Enzimas tubulares
  4. Induzíveis (NGAL, netrina-1, KIM-1)
  5. Inflamação (IL-18, MCP-1)
  6. Possíveis Novos BMC (hemojuvelin, PENK, EGF)
44
Q

Descreva as caraterísticas de creatinina e albumina como BMC de insuficiência renal.

A

Creatinina - apesar de ser uma proteína padrão na avaliação de TFG (endógena e filtrada), é pouco sensível e confiável, pois é necessária 50% de perda da função glomerular, para ocorrer elevação sérica da creatinina (perda da janela terapêutica) - detetada por métodos colorimétricos (enzimáticos, jaffe).

Albumina - elevado peso molecular, logo em estados fisiológicos normais não se encontra na urina - inicia-se como microalbuminúria, chegando a macro - detetada através das tiras de reagentes, mas são poucos específicas, ou ELISA.

45
Q

Descreva as caraterísticas de diversos BMC na insuficiência renal.
(5)

A
  1. Cistatina C - mais sensível que a creatinina sérica, ocorrendo aumento da Cys dias antes da creatinina - detetada por método turbidimétrico imunológico;
  2. Alfa-1-microglobulina - relaciona-se com danos hepáticos e renais, sendo a sua concentração sérica uma estimativa para TFG, mas é mais específica para o dano tubular se medida na urina;
  3. NGAL - expressa nos grânulos específicos dos neutrófilos e não costuma estar presente nas células tubulares renais, por isso a sua presença na urina indica que estão a ocorrer processos de reparação e reepitelização - é apontado como terapia promissora;
  4. IL-18 - trata-se duma citocina pró-inflamatória, sendo um medidor de lesão tubular aguda;
  5. KIM-1 - glicoproteína transmembranar dos rins e torna-se altamente expressa após lesão isquémica, sendo regulado positivamente após lesão renal (associado a reparação).
46
Q

O que é necessário para a deteção de péptidos na urina?

A

Tecnologias que garantam manipulação pré-analítica limitada, baixa faixa dinâmica de deteção, alta precisão de massa, alta reprodutibilidade e tempos de análise rápidos - cromatografia líquida, eletroforese capilar por espetrometria de massa.

Testes imunoquímicos pouco específicos.

47
Q

Quais as perspetivas futuras relativamente à insuficiência renal?

A
  1. Haptoglobina e alfa-1-antitripsina estão aumentadas na I.R.C. e diminui em resposta à terapia - análise da progressão da doença;
  2. PFAs admitem atividade de curva em forma de U invertido ao longo dos diferentes estágios da doença - - estratificação de doentes e reforço do diagnóstico.