Patologia Clínica II - Prova 1 Flashcards

1
Q

Como estarão os níveis dos seguintes fatores na anemia ferropriva?
- Ferritina sérica
- Ferro sérico
- Capacidade de ligação total do ferro
- índice de saturação da transferrina

A
  • Baixo
  • Baixo
  • Alto
  • Baixo
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2
Q

Considere um exame:
- Hemácias: 5.120.000/mm3
- Hemoglobina: 9,7 g/dl
- Hematócrito: 32,3%
- Reticulócitos: 0,5%

Diga se é micro/macrocítica, hipo/normocrômica e hipo/regenerativa

VR:
VCM: 80-100
HCM: 27-32
CHCM: 31-36
Reticulócitos: 0,5-1,5%

A

Deve-se calcular os valores de VCM, HCM e CHCM e corrigir o valor de reticulócitos

  • VCM = Hematócritox10/hemácias
    VCM = 32,3x10/5,12 = 63 fl -> microcítica
  • HCM: Hemoglobinax10/hemácias
    HCM = 9,7x10/5,12 = 18,9 pg
  • CHCM = hemoglobinax10/hematócrito
    CHCM = 9,7x10/32,3 = 30% -> hipocrômica
  • Reticulócitos corrigido = Ret x hematócrito/45
    Ret = 0,5x32,3/45 = 0,36 -> hiporregenerativa

Se o VR estiver em valor absoluto de retiiculócitos usar:
Hemácias x ret/100

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3
Q

Quais células são as principais armazenadoras de ferro? Qual proteína é a principal responsável pelo armazenamento?

A
  • Hepatóticos e macrófagos da medula e baço
  • Ferritina

Ferro nestas células -> reserva de ferro prontamente disponível

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4
Q

Quais são os estágios da deficiência de ferro?

A
  • Depleção dos estoques de ferro
  • Eritropoiese deficiênte de ferro
  • Anemia
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5
Q

Qual é o primeiro sinal de deficiência de ferro observado no hemograma?

A

Queda da ferritina sérica -> ferritina tissular está em equilíbrio com a sérica

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6
Q

Explique como estarão dos níveis destes fatores na anemia da inflamação:
- Ferro sérico
- Ferritina sérica
- Capacidade de ligação do ferro
- Índice de saturação da transferrina

A
  • Baixo
  • Aumentado
  • Baixo
  • Baixo

A inflamação induz a produção de IL-6, que estimula o fígado a aumentar a síntese de ferritina. Além disso, a hepcidina bloqueia a ferroportina, impedindo a liberação de ferro dos estoques celulares, especialmente dos macrófagos. Isso leva ao acúmulo de ferro intracelular, que é armazenado na forma de ferritina, elevando seus níveis séricos, mesmo com uma redução de ferro circulante no sangue.

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7
Q

Cite os mecanismos formadores da anemia da inflamação

A
  • Aumento da produção de hepcidina -> retenção de Fe intracelular + redução da absorção
  • Redução da produção e reposta ao EPO -> menor produção de hemácias
  • Aumento da destruição de hemácias
  • Redução da produção de transferrina -> menor circulação do Fe
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8
Q

Dado um hemograma:
* Hemoglobina: 10 g/dL
* Hematócrito: 35%
* VCM: 78 fL
* HCM: 27 pg
* RDW: 13%

Qual é o diagnóstico mais provável?

VR:
VCM: 80-100
HCM: 27-32
CHCM: 31-36
RDW: 11,6-14,4%

A

Anemia da inflamação/doença crônica -> hemoglobina próximo ao valor normal, microcitose, hipocromia leves, RDW normal ou aumentado

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9
Q

Em uma anemia com VCM aumentado, observa-se que houve aumento de homocisteína e normalidade de ácido metilmalônico. Qual vitamina está deficiente neste caso?

A

Ácido fólico -> ác. metilmalônico só aumenta na deficiência de B12

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10
Q

Cite as principais causas de anemia megaloblástica por deficiência de B12

A
  • Dieta restrita em fonte animal
  • Deficiência de FI
  • Gastrite atrófica crônica
  • Doenças do íleo terminal (Crohn) -> absorção
  • Deficiências nutricionais (ex: alcoolismo)
  • Medicamentos que alterem pH gástrico
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11
Q

Cite a abordagem laboratorial inicial, status I e Status II da anemia megaloblástica

A

Inicial:
- Hemograma
- Contagem de reticulócitos
- Provas de hemólise

Status II
- Folato sérico
- B12 sérica

Status II
- Homocisteína (aumentada)
- Ácido metilmalônico (aumentada se def de B12)
- Holotranscobalamina (melhor indicador de concentração de B12)
- Ácido fólico intra-eritrocitário (indicador mais seguro de status de folato)

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12
Q

Quais são os achados em hemograma da anemia megaloblástica?

A
  • VCM alto: macrocítica
  • Anisocitose
  • Corpúsculo de Howell-Jolly
  • Leucopenia + segmentação de neutrófilos
  • Plaquetopenia
  • Reticulócitos: normal ou reduzido
  • Bb indireta aumentada (hemólise)
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13
Q

Em quais situações a dosagem de homocisteína e ác. metilmalônico são pedidos?

A

Quando os resultados da B12 sérica estiverem próximos aos VR inferiores

Obs: valores de B12 sérica podem estar menores na gestação, uso de ACO e deficiência concomitante de folato ou aumentados nas doenças mieloproliferativas

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14
Q

Qual a diferença da dosagem de cobalamina sérica e holocotransbalamina?

A
  • Cobalabina sérica: cobalamina ligada a transcobalabina (ativa) + cobalamina ligada a heptocorrina (não ativa)
  • Holotranscobalamina: apenas a cobalamina ligada a transcobalamina -> marcador mais sensível para detectar deficiência de vitamina B12, já que reflete a quantidade efetiva da vitamina disponível para as funções celulares.

Dosagem de holotranscobalamina não é muito disponível rotineiramente

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15
Q

Qual é o indicador mais seguro do status de folato? Por que?

A

-Ácido fólico intra-eritrocitário
Não sofre interferêncua da dieta e reflete concentração em período de 4 meses

Quando há deficiência concomitante de B12 pode estar reduzida

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16
Q

Quando é usada a dosagem de homocisteína?

A
  • Deficiências combinadas
  • Dosagens séricas de folato não confiáveis (próximas ao valor inferior)
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17
Q

Quando é usada a dosagem de anticorpor anti-fator intrínseco?

A

Usa-se para investigar a presença de anemia perniciosa, uma condição autoimune que causa deficiência de vitamina B12

18
Q

Paciente apresenta em um exame um TFG de 60 mL/min. Esse paciente possui doença renal crônica?

VR: > 90 mL/min

A
  • Não necessariamente. Para se estabelecer diagnóstico deve-se realizar 2 coletas em um intervalo de 3 meses ou mais.
  • Além disso, o paciente deve estar em seu estado metabólico estável: não pode estar internado ou utilizando medicação nefrotóxica pois podem alterar a TFG momentaneamente
  • Deve-se atentar ao perfil do paciente: pacientes amputados, fisiculturistas, paraplégicos podem ter níveis de creatinina não correlacionáveis com o VR
19
Q

Quais são as limitações da dosagem de creatinina?

A
  • Alteração apenas quando > 50% dos néfrons são lesados
  • Na fase inicial da DR ao reduzir TFG, creatinina é secretada nos túbulos (não aumenta no sangue apesar da lesão renal)
  • Método de dosagem (reação de Jaffé) possui interferentes que levam a aumento do valor
  • Podem estar mais baixas (baixa estatura, red massa muscular, desnutrição) ou aumentadas (ingestão de carnes, corticóides, hipertireoidismo, desidratação) mesmo sem lesão renal
20
Q

Em pacientes com baixa acurácia da dosagem de creatinina (amputados, paraplégicos, etc), qual seria a melhor alternativa para estimar a função renal? Por que?

A
  • Cistatina C
  • Níveis séricos não são influenciados pela massa muscular ou idade

Como é um exame pouco disponível e de custo mais alto, não é utilizada salvo nessas excessões onde a creatinina não pode ser usada

21
Q

Qual a fórmula mais utiliziada para estimar a TFG? Quais fatores ela leva em conta?

A
  • CKD-EPI
  • Idade, sexo e creatinina sérica

Exclusão da raça em relação ao MDRD

22
Q

Por que a depuração de ureia não é utilizada?

A

40 a 70% da ureia é reabsorvida

23
Q

Quais são as vantagens e limitações da dosagem de ureia?

A

Vantagem: aumento da ureia é mais precoce que o aumento da creatinina

Limitações:
- Menos específica
- Maior variabilidade biológica
- Vários fatores não renais podem aumentar a ureia

24
Q

Como é feito o rastreamento da DRC em pacientes com risco aumentado?

A

TFG estimada pela creatinina sérica (método CKD-EPI)
+
Relação albuminúria/creatinina em primeira urina da manhã

-> Diganóstico estabelecido após pelo menos 2 coletas alteradas em 3 meses

25
Q

Qual é o limite de proteiúria fisiológica? Cte 2 situações benignas/funcionais ela pode ocorrer

A
  • Até 150 mg/24h (sendo albumina até 30 mg)
    Situações benignas:
  • Febre
  • Exercício físico intenso
  • Estresse emocional
  • Postural
  • Frio/calor
26
Q

Quais são os métodos de avaliação da proteinúria? Cite suas limitações

A
  • Semi quantitativo (fita reagente em urina rotina): não estabelece valor preciso (medido em cruzes) e só se altera se for > 300 mg
  • Quantitativo (urina 24h): erros de coleta de urina 24h

Urina isolada usa a relação proteinúria/creatinina para correção do grau de diluição

27
Q

Quando a proteinúria é persistente?

A

Quando é detectada em pelo menos 2 amostras em um período de 30 dias

28
Q

Qual é a indicação para a dosagem de albuminúria (microalbuminúria)? Por que?

A

Pacientes com fator de risco aumentado para DRC (HAS, DM, LES)
- Excreção de albumna maior que 30 mg representa sinal precoce de nefropatia

29
Q

Quais são os testes diagnósticos para a diabetes e quais são seus valores de referência?

Diabetes é bom ter decorado o VR

A

Laboratorial: repetir 2x
- Glicemia jejum: normal < 99; diabetes > 126
- Glicemia pós 2h desxtrosol: normal < 140; diabetes > ou igual a 200
- Hemoglobina Glicada: normal < 5,7% diabetes > ou igual a 6,5%

Clínico: imediato
- Sintomas + glicemia casual: > ou igual a 200

Pré diabetes precisa de apenas 1 dosagem para diagnóstico, mas um pre diabetico pode voltar à normalidade ou evoluir para diabetes

30
Q

Quando rastrear adultos para DM?

A
  • > 20 anos: anualmente se apresentar 1 ou + fatores de risco
  • > 45 anos (mesmo sem fator de risco) a cada 3 anos
  • Gestantes

Fatores de risco:
- Sobrepeso ou obesidade
- HAS
- Sedentarismo
- HF +
- Dislipidemia
- SOP
- DM gestacional prévia
- Pré diabetes prévia

31
Q

Qual é a causa da Diabetes Gestacional? Quando é feito o rastreamento?

A
  • Produção de hormônios anti-insulínicos pela placenta (GH, ACTH, lactogênio, progesterona)
  • Entre 24 e 28 semanas
32
Q

Cite 3 fatores de risco para DMG?

A
  • Idade > 25 anos
  • Obesidade/ganho de peso excessivo
  • HF + para DMG
  • Glicemia prévia alterada
  • DMG prévia
  • Crescimento fetal excessivo
  • Hipertensão ou pré eclâmpsia
  • Antecedentes obstétricos de morte fetal/neonatal
33
Q

Como se faz o diagnóstico de DMG?

A

Estratégia de 2 passos:
- Rastreamento de TTOG com 50g de glicose anidra (1h)
- Se positivo: curva glicêmica com 100g de glicose (jejum, 1h, 2h, 3h) -> 2 ou + valores alterados confirmam DMG

Estratégia de 1 passo:
- Curva glicêmica com 75g de glicose (jejum, 1h, 2h) -> 1 único valor alterado confirma DMG

34
Q

Qual é a periodicidade ideal para repetir os exames de hemoglobina glicada?

A

90 a 120 dias -> renovação de pelo menos 90% do pool de hemácias

35
Q

Quais são os principais fatores interferentes da HbA1c?

A
  • Falsamente elevados: anemias por deficiência de ferro ác. fólico e B12 -> aumento da sobrevida das hemácias
  • Falsamente reduzidos: anemias hemolíticas, variantes da hemoglobina ou ingestão de grandes quantidades de vit C e E (inibem glicação)
36
Q

Quais são os tipos de dislipidemia, cite as alterações de cada

A
  • Hipercolesterolemia isolada: aumento de LDL
  • Hipertrigliceridemia isolada: aumento de TG
  • Hiperlipidemia mista: aumento de LDL + aumento de TG
  • Diminuição isolada de HDL
37
Q

Quais são as funções das lipoproteínas:
- Quilomincron
- VLDL
- LDL
- HDL
- Lp (a)

A
  • Transporte de TG da dieta
  • Transporte de TG endógeno
  • Transporte de colesterol para os tecidos
  • Transporte de colesterol dos tecidos para fígado
  • Aumento do risco de aterosclerose
38
Q

Há necessidade de jejum para avaliação do perfil lipídico?

A
  • Geralmente não!
  • Apenas o TG se altera após refeição, sendo que o jejum é recomendado especialmente nos casos de avaliação de hipertrigliceridemia ou quando acompanhado por outros exames que necessitam de jejum
39
Q

Quais são os fatores interferentes do perfil lipídico e como eles alteram os valores de LDL, HDL e TG?

A
  • Idade: quanto maior, maior HDL, LDL e TG
  • Exercício físico: aumenta HDL e reduz TG e LDL
  • Obesidade: reduz HDL, aumenta TG
  • Álcool: aumenta HDL e aumenta TG
40
Q

Dado os valores a seguir, calcule o LDL segundo a fórmula de Firedewald
- CT: 198
- TG: 150
- HDL: 55

A

LDL = CT - HDL - VLDL
VLDL = TG/5

LDL = 198 - 55 - 150/5
LDL = 113

Essa fórmula só pode ser usada se for menor que 400
Colesterol não HDL = CT - HDL

41
Q

Quais são os VR para:
- CT
- HDL
- TG
- LDL

A
  • CT: < 190
  • HDL: Homens > 40 e mulheres > 50
  • TG: < 150 com jejum e < 175 sem jejum
  • LDL: < 130 (baixo risco e diminui 30 para cada categoria)

Para avaliar LDL deve-se calcular o risco cardiológico

42
Q

Quais são os critérios de identificação do alto risco cardiovascular

A
  • Eventos cardiovasculares prévios (IAM, AVC, DCA)
  • Aterosclerose documentada
  • Procedimentos de revascularização arterial
  • DM 1 e 2
  • DRC
  • Hipercoleterolemia familiar