Osteoporose Flashcards

1
Q

Conceito

A

Doença metabólica progressiva que diminui a densidade mineral óssea com deterioração da estrutura óssea

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2
Q

Diferença entre osteoporose e osteomalácia

A

Osteoporose - diminui densidade óssea

Osteomalácia - Taxa de mineralização óssea baixa (e não da densidade em si)

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3
Q

Quando ocorre pico de massa óssea

A

Pico de massa óssea ~30 anos → estabilização de massa por ~10 anos → perda de massa óssea de ~2%/ano por 10 anos → taxa de perda desacelera

Pico de perda coincide com menopausa

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4
Q

Quais hormônios responsáveis pela homeostase óssea? (4)

A

equilíbrio entre osteoblastos e osteoclastos via controle PTH, calcitonina, estrogênio, vitamina D e outros

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5
Q

Principal consequência da osteoporose em fisiopatologia

A

Há diminuição da espessura do córtex e tamanho das trabéculas → mais porosidade

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6
Q

Principal consequência clínica

A

Fraturas por fragilidade - fratura que ocorre após trauma menor do que esperado para fraturar um osso normal (Queda da própria altura, queda de leito)

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7
Q

Quais os principais locais de fratura por fragilidade? (6)

A
  • Coluna
  • Colo do fêmur
  • Trocânter maior
  • Rádio distal
  • Úmero proximal
  • Pelve
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8
Q

Classificação (2)

A
  • Primária
  • Secundária
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9
Q

Osteoporose primária - epidemiologia, causas

A

Mulheres pós menopausa e homens velhos por insuficiência gonadal

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10
Q

Osteoporose primária idiopática - conceito

A

Fraturas por fragilidade em crianças, adolescentes, mulheres pré-menopausa ou homens com < 50 anos com função gonadal normal e nenhuma causa secundária identificada

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11
Q

Osteoporose primária - fatores de aceleramento

A
  • Diminuição de ingesta de cálcio
  • Baixos níveis de vitamina D
  • Hiperparatireoidismo
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12
Q

Osteoporose secundária - conceito e epidemiologia

A
  • <5% em mulheres e ~20% em homens
  • Podem acelerar a perda óssea e aumentar risco de fratura na osteoporose primária
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13
Q

Osteoporose secundária - causas (12)

A
  • Mieloma múltiplo
  • DRC
  • Medicamentoso (outro flash)
  • Doenças endócrinas (outro flash)
  • Hipercalciúria
  • Hipofosfatasia
  • Hipofosfatemia crônica
  • Hipovitaminose D
  • Imobilização
  • Doença hepática
  • Alcoolismo
  • Tabagismo
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14
Q

Osteoporose secundária - causas medicamentosas (8)

A
  • Corticoide
  • Anticonvulsivantes
  • Medroxiprogesterona
  • Inibidores de aromatase
  • Pioglitazona
  • Levotiroxina
  • Heparina
  • IBP
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15
Q

Osteoporose secundária - doenças endócrinas (6)

A
  • Hiperplasia adrenal com hipercorticoide
  • Hiperparatireoidismo
  • Hipertireoidismo
  • Hipogonadismo
  • Hiperprolactinemia
  • DM
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16
Q

Quadro clínico

A

Assintomático até que tenha fratura por fragilidade

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17
Q

Quadro clínico da fratura vertebral

A
  • Dor aguda sem irradiação
  • Agrava ao pegar peso
  • Sensibilidade em ponto espinhal
  • Diminui em ~1 semana, mas a dor residual pode durar meses
  • Se constante, suspeitar de fraturas adicionais ou doenças subjacentes
  • Se múltiplas torácicas → cifose dorsal com lordose cervical exagerada
  • Dispneia (por diminuição do volume intratorácico)
  • Saciedade precoce (por diminuição da cavidade abdominal conforme tórax se aproxima de pelve
  • Estresse em musculatura espinhal → dor crônica, persistente e limitante
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18
Q

Diagnóstico - exames disponíveis

A
  • RX
  • DMO
  • Avaliar causas secundárias
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19
Q

Dx - achados em RX

A

Sugere baixa densidade mineral óssea (aumento do risco de fratura) - diminuição da radiodensidade e perda da estrutura trabecular - mas não serve pra dx

  • Identifica as fraturas em si
    • Compressão vertebral - perda de altura do corpo vertebral, maior biconcavidade, encunhamento ventral; + em nível torácico
    • OBS: suspeitar de malignidade ou trauma se fratura acima do nível torácico médio
20
Q

Quando suspeitar de fratura de coluna? Qual exame pedir?

A

Pedir RX

  • Idosos com dor lombar intensa e sensibilidade espinhal vertebral localizada
  • Relato de perda de altura > 3 cm
21
Q

Indicações DMO (4)

A
  • Homem > 70a, mulher > 65a
  • Mulher > 50a com fator de risco para fratura (1 causa secundária ou 2 estilo de vida)
  • Fratura de fragilidade em > 50 anos
  • Evidência de osteoporose em RX simples

OBS: repetir a cada 5 anos se normal; a cada 2 se tto

22
Q

DMO Classificação T - o que é, valores de referência

A
  • Nº de desvios padrões que diferencia a densidade do paciente para um pico de massa óssea de um jovem do mesmo sexo
  • T < -1,0 e > -2,5 = osteopenia
  • T ≤ -2,5 = osteoporose
23
Q

DMO Classificação Z - o que é, quando usamos e valores de referência

A
  • Nº de desvios padrões que diferencia a densidade do paciente para uma pessoa do mesmo sexo e idade
  • Usado em crianças, mulheres pré-menopausa, homens < 50 anos
  • Z ≤ -2,0 = densidade baixa para a idade, considerar causas secundárias
24
Q

Exames para investigar causas secundárias

A
  • Íons - Ca, Mg, P
  • 25-hidroxi-vitamina D
  • Função hepática (avaliar hipofosfatasia)
  • PTH (avaliar hiperparatireoidismo)
  • Testosterona em homens (hipogonadismo)
  • Cálcio e creatinina em urina/24h (hipercalciúria)
  • Outros ACM
    • TSH (hipertireoidismo)
    • Cortisol urinário livre
    • Hemograma
    • Investigar distúrbios TGI se relato de perda de peso
25
Q

Tratamento - objetivos (4)

A
  • Preservar massa óssea - desacelera com medicamentos, mantém com cálcio, vit D e atividade física
  • Prevenir fraturas
  • Diminuir dor
  • Preservar funcionabilidade
26
Q

Tratamento - o que suplementamos?

A
  • Cálcio
  • Vitamina D
27
Q

Tratamento - suplementação Cálcio - alvo diário, via

A
  • Deve ingerir pelo menos 1000mg de cálcio elementar/dia em geral
  • Pelo menos 1200 mg/dia se mulher pós menopausa, homens velhos, crescimento puberal, gestação e lactação
  • Preferencialmente via alimentar e suplementar se necessário
  • Citrato de cálcio ou Carbonato de cálcio 500-600 mg 2x/dia
28
Q

Tratamento - suplementação Vitamina D - dose diária e alvo sérico

A
  • 600-800 UI/dia via colicalciferol (+ comum) ou ergocalciferol
  • Se deficiência pode precisar de doses mais elevadas
  • Alvo de 25-hidroxi-vitamina D ≥ 30 ng/ml
29
Q

Medicamentos antirreabsortivos (4)

A
  • Bifosfonatos
  • Denosumabe
  • Raloxifeni
  • Estrogênio
30
Q

Medicamentos antirreabsortivos - Bifosfonatos - vias, medicamentos, tempos de uso e indicações

A

VO - Alendronato ou Risedronato por 5 anos

EV - Ácido zoledrônico por 3 anos, se intolerância ao VO

31
Q

Bifosfonatos - contraindicações a via VO

A

Se ClCr < 35
Se distúrbios esofagianos (pode causar irritação esofagiana)
Sintomas TGI superior

32
Q

Bifosfonatos - por que limitamos uso em tempo? Há exceções? Uso intermitente é permitido?

A

Uso prolongado aumenta o risco de fraturas femorais atípicas

Pode-se prolongar uso em 5-10 anos em pacientes com osteoporose e fraturas ou fatores de risco adicionais significativos para perda óssea e fraturas futuras

Pode-se fazer uso intermitente, com tempo de descanso de 1 ano ou mais - na pausa, monitorizar com DMO rigorosamente

33
Q

Medicamentos antirreabsortivos - Denosumabe - como funciona, indicações, tempo de uso, uso intermitente

A
  • Anticorpo monoclonal contra RANKL → inibe formação de osteoclastos
  • Usado se não tolera ou não responde a biofosfonatos ou se função renal prejudicada
  • Pode ser usado até 10 anos
  • NÃO deve fazer pausa - descontinuar pode causar perda da densidade mineral e aumenta risco de fraturas
34
Q

Denosumabe - o que fazer quando suspender, contraindicação

A
  • Quando interromper, transicionar para bifosfonato por pelo menos um ano e mais se houver risco contínuo de fratura
  • Contraindicação
    • Hipocalcemia - pode causar hipocalcemia profunda
35
Q

Medicamentos antirreabsortivos - Raloxifenu - o que é, como funciona, risco (1)

A
  • Modulador seletivo de receptor de estrogênio
  • Uso em mulheres com osteoporose que não pode usar Bifosfonato ou Denosumabe
  • Não estimula útero e antagoniza efeitos estrogênicos na mama
  • Pode aumentar risco de tromboembolismo
36
Q

Medicamentos antirreabsortivos - Estrogênio - como funciona, indicações, contraindicações (3)

A
  • Preserva densidade e previne fraturas
  • Uso limitado pois tem terapêuticas melhores
  • Aumenta risco de tromboembolismo, CA endométrio e mama
  • Se associado com progesterona diminui risco de CA endométrio mas aumenta risco de CA mama, DAC, AVC e doença biliar
37
Q

Anabolizantes - como funcionam

A

Aumentam massa óssea, estimulando neoformação óssea e reduzindo risco de fraturas

OBS: Romosuzumab tem efeito anabolizante e antirreabsortivo

38
Q

Anabolizantes - indicações (4) e contraindicação (1)

A
  • Não toleram / não pode antirreabsortivo
  • Não respondem a antirreabsortivo, cálcio, vit D e exercícios - novas fraturas, perdem densidade
  • Osteoporose grave (T < -3,0) ou múltiplas fraturas vertebrais por fragilidade
  • Osteoporose por glicocorticoides (Teriparatida)

Não pode se ClCr < 35 ml/min

39
Q

Anabolizantes - como usar com antirreabsortivos

A
  • Devem ser usados antes dos antirreabsortivos - ganha mais massa
  • Considerar uso no intervalo dos biofosfonatos
40
Q

Anabolizantes - tempo de uso, controle após fim do tto

A
  • Geralmente uso limitado a 2 anos (pode ser individualizado e aumentar)
    • Risco de desenvolver osteossarcoma nos estudos iniciais)
  • Após o término do curso de tratamento com um agente anabólico, os ganhos de densidade mineral óssea são rapidamente perdidos se o paciente não passar rapidamente para um agente antirreabsortivo
41
Q

Monitoramento de resposta ao tratamento - qual exame pedir

A

Via DMO - comparamos a densidade mineral (g/cm2) e não o T

42
Q

Monitoramento de resposta - frequência

A
  • Se bifosfonatos VO - após 2-3 anos de tto
    • Pode ser mais frequente se justificativa clínica, como uso de corticoide
  • Se bifosfonatos EV - após 3 anos de tto
  • Se anabolizantes - ao término do tto (18-24m se Teriparatida ou Abaloparatida, 1 ano se Romosozumabe)
    • para documentar a melhora da densidade mineral óssea com o tratamento anabólico e estabelecer uma nova linha de base
  • Identifica pacientes com baixa resposta → maior risco de fraturas
43
Q

Sinais de má resposta ao tratamento e o que fazer:

A
  • Densidade mineral menor em DMO controle apesar de tratamento
  • Novas fraturas durante tratamento
  • Investigar
    • Causas secundárias
    • Má absorção dos medicmentos
    • Adesão medicamentosa
44
Q

Além da mineralidade óssea, qual outro fator importante a ser abordado na terapêutica?

A

Dor e funcionalidade

  • Analgésicos
  • Calor úmido
  • Massoterapia
  • Exercícios de fortalecimento
  • Evitar carregar pesos
  • Repouso mínimo e consistente - encorajar exercício com carga
45
Q

Prevenção de osteoporose - indicações

A
  • Mulheres pós-menopausa
  • Homens mais velhos
  • Pcte com Osteopenia
  • Pcte com Osteoporose (previne piora)
  • Pcte em uso de corticoide altas doses/longo prazo ou inibidores de aromatase
  • Pcte com causas secundárias de perda óssea
46
Q

Medidas de prevenção (7)

A
  • Ingestão adequada cálcio
  • Níveis adequados de vitamina D
  • Prática regular de atividade física (~30 min/dia)
    • Se sem alimentação adequada → perda de peso → amenorreia → acelera perda óssea
  • Exercícios com suporte de peso
  • Dieta adequada
  • Prevenção de quedas
  • Ingesta moderada de álcool (2 doses/homem, 1 dose/mulher)
  • Cessar tabagismo
47
Q

Quando indicar tratamento no paciente com osteopenia?

A

tratamento farmacológico se osteopenia + risco de fratura aumentado (ex: uso de corticoide, inibidor de aromatase)