Osteocondrose de legg-calvé-perthes Flashcards

1
Q

Definição

A
  • É a necrose avascular idiopática da epífise femoral em crescimento, autolimitada.
  • Fenômenos necróticos destrutivos e remodelantes
  • Atraso na ossificação e deformidade → osteoartrose
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2
Q

ETIOPATOGENIA

A
  • Idiopática.
  • Criança “susceptível”
  • Teoria da oclusão trombótica de pequenas veias de drenagem
    Aumento da pressão intraepifisária
    Prejuízo do fluxo arterial → isquemia → necrose
  • Microtraumas de repetição; trombofilia; insuficiência vascular; atraso da maturação esquelética
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3
Q

FASES EVOLUTIVAS - FASE PRECOCE (NECROSE ÓSSEA)

A
  • Fase assintomática.
  • Isquemia
    Provoca morte dos osteócitos da cabeça do fêmur.
    Sem suprimento vascular não há reabsorção nem formação óssea.
  • Já há sinais radiológicos.
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4
Q

FASES EVOLUTIVAS - FASE DE FRAGMENTAÇÃO

A

Reação vascular ao osso morto → ossificação
- Histologia primitiva → osso susceptível à deformidade

Fratura patológica no osso subcondral: dor, pequeno derrame sinovial (sinovite) e claudicação

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5
Q

FASES EVOLUTIVAS - FASE DE REOSSIFICAÇÃO

A
  • Toda a epífise acometida é substituída por novo osso

- Durante a neoformação óssea a epífise ainda está susceptível à deformação.

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6
Q

FASES EVOLUTIVAS - FASE DE DEFORMAÇÃO RESIDUAL

A
  • Ao final da reossificação, a cabeça femoral adquire sua forma final
  • Se não tratada → incongruência articular
  • Subluxação cortical
  • Doença degenerativa da cartilagem articular
    Osteoartrose coxofemoral precoce e secundária
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7
Q

EPIDEMIOLOGIA

A
  • Doença é mais comum em meninos (4:1): meninos mais ativos com maior chance de pequenos traumas no quadril.
  • Faixa etária típica entre 2 a 12 anos (média de 7 anos).
  • Geralmente é unilateral (pode ser bilateral em 20% dos casos)
  • Apresentação inicial: sintomatologia subaguda (queixas por mais de 6 semanas).
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8
Q

Quadro clínico

A

SINTOMATOLOGIA

  • Claudicação
  • Dor na região inguinal ou face anterior da coxa
  • Dor na região do joelho (sinal do obturador)

EXAME FÍSICO

  • Claudicação com proteção do quadril
  • Limitação da abdução e rotação interna do quadril
  • Eventual atrofia da musculatura da coxa e teste de Trendelenburg pode ser positivo
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9
Q

Diagnóstico POR IMAGEM

A

RADIOGRAFIA SIMPLES

  • Dois planos: anteroposterior e Lauenstein (posição de rã)
  • É útil para o diagnóstico e para definir o estágio atual da doença
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10
Q

ESTÁGIOS RADIOGRÁFICOS

A

1 – Estágio de Necrose (1 – 14. Média de 6 meses): diminuição do núcleo de ossificação da cabeça femoral. Aumento da densidade uniformemente e sinal do crescente.
2 – Estágio de Fragmentação (2 – 35. Média de 8 meses): imagens variadas de radiolucência alternadas com radiopacas na epífise. Cabeça do fêmur achatada ou alargada.
3 – Estágio de Reossificação (2 a 122. Média de 51 meses): aparecimento de osso neoformado e Reossificação gradual  homogeneização da densidade radiológica da epífise
4 – Estágio Residual: graus variados de remodelamento  aumento da cabeça femoral e do acetábulo.

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11
Q

Diagnóstico por imagem - Sinais

A

SINAIS DA CABEÇA EM RISCO (Sinais de Gravidade)

  • Sinal de Gage: V radiolucente no aspecto lateral da epífise
  • Calcificação lateral da epífise
  • Horizontalização da placa epifisária
  • Subluxação lateral da cabeça femoral
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12
Q

Prognóstico

A

Prognóstico depende do grau de deformidade epifisária e incongruência articular
Fatores de melhor prognóstico
- Idade: menores de 6 anos evoluem melhor e tempo de adaptação

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13
Q

Prognóstico

A

Avaliação do grau de deformidade residual

  • Coxa Magna - aumento da cabeça femoral em relação ao acetábulo
  • Coxa Plana - cabeça e colo femoral achatados, em “forma de cogumelo”
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14
Q

Tratamento definitivo precoce - Indicações

A
  • Idade > 6 anos
  • Reabsorção do pilar lateral
  • Perda da contenção acetabular
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15
Q

Tratamento conservador

A
  • Imobilização iguinomaleolar bilateral em abdução

- Órtese de Atlanta

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16
Q

Tratamento cirúrgico

A
  • Osteotomia femoral e/ou pélvica
  • Crianças maiores de 10 anos e adolescentes
  • Indicação no quadril grave (Grupo C de Herring, Salter-Thompson B ou Catterall III e IV) - sinais radiográficos de extrusão (subluxação lateral) maior de 20%