Displasia do Desenvolvimento do Quadril Flashcards
Definição
Espectro de anormalidades anatômicas do quadril, podendo gerar instabilidade, subluxação ou completa luxação do quadril
Epidemiologia e Fatores de Risco
10:1.000: Quadril instável
1:1.000: Quadril luxado
DDQ: entre 2 e 5 por 1.000
Posição intrauterina
Gênero
Raça
História familiar
DDQ: Neonato aos 6 meses - Diagnóstico
Eminentemente clínico. Na inspeção, deve-se verificar:
Assimetria de pregas nas coxas e poplíteas
Encurtamento aparente do fêmur (sinal de Galeazzi)
Assimetria de pregas inguinais
Manobras de Barlow e Ortolani
- Barlow: Examinador segura o joelho enquanto faz adução do quadril e tenta posteriorizar o fêmur em relação ao acetábulo - tenta luxar
- Ortolani: Abdução do quadril enquanto o traciona (através do trocânter maior com o indicador e o dedo médio) - tenta reduzir
Exame de imagem: USG
- Método estático de Graf
Analisa o fêmur proximal e o contorno da pelve
Mede a displasia cartilagínea - Avaliação dinâmica preconizada por Harcke et al.
Permite o exame dinâmico
Avalia a estabilidade do quadril
Tratamento
- Objetivos: propiciar a redução e manter a articulação estabilizada
- Os métodos estáticos são considerados menos fisiológicos
- O tratamento é feito preferencialmente por estabilização dinâmica
- Obs. A instabilidade sem displasia é acompanhada até a estabilização.
Suspensório de Pavlik - Indicações
- Indicações: displasia residual, subluxação e luxação completa do quadril
- Mantém o quadril fletido (em torno de 100º) e abduzido (em torno de 45º)
- Índice de sucesso em torno de 95% com o uso contínuo por seis semanas
Suspensório de Pavlik - Contraindicações e complicações
- Contraindicações: desequilíbrio muscular significativo, enrijecimento articular e excessiva frouxidão ligamentar
- Complicações: necrose avascular da cabeça femoral, luxações inferiores, neuropatia, paralisia do plexo braquial e lesão da placa epifisial
DDQ: 6 aos 12 meses - Clínica
- Abdução do quadril luxado fica limitada;
- Há redução do tamanho do membro ipsilateral à luxação;
- O membro fica em rotação externa, quando quadril e joelho em extensão
DDQ: 6 aos 12 meses - Sinais característicos
- Sinal de Peter-Bade: assimetria das pregas cutâneas
- Sinal de Hart: limitação da abdução do quadril acometido, mais evidente em luxação unilateral
- Teste de Nelaton-Galeazzi: o membro acometido fica menor que o outro
- Teste de Klisic: linha imaginária passa abaixo do umbigo
- Ortolani tende a desaparecer
Radiografia
- Utilizada com o início da ossificação do fêmur proximal (4 a 6 meses);
- Necessidade de determinar algumas referências anatômicas;
- Importante para o diagnóstico por imagem da DDQ e para a documentação;
- Radiografia anteroposterior com a articulação coxofemoral em posição neutra
Tratamento
- Redução incruenta sobre anestesia geral
- Artrografia para determinar que a redução deu certo
- Imobilização com aparelho gessado pelve-podálico bilateral (6 semanas + 6 semanas)
Tratamento - Redução incruenta impossibilitada
- Abordagem cirúrgica do problema e posterior redução cruenta ou incruenta, com imobilização gessada.
Motivos: contratura muscular: adutor longo e iliopsoas, e ligamento redondo espessado
DDQ: maiores de 12 meses - Sinais e Sintomas
- Retardo no início da deambulação
- Caminhada na ponta do pé e claudicação
- Deformidade no joelho
- Escoliose vertebral secundária
- Alteração da marcha
DDQ: maiores de 12 meses - Clínica
- Sinal de Trendelenburg
- Desproporção/ alargamento da bacia
- Acometimento bilateral
Hiperlordose lombar com flexão e adução dos quadris
Marcha Anserina