ESCOLIOSE VERTEBRAL IDIOPÁTICA Flashcards
DEFINIÇÃO
Condição tortuosa da coluna - O critério diagnóstico é uma curvatura lateral, no eixo longitudinal, superior a 10º em uma radiografia com incidência anteroposterior.
Diagnóstico
Diagnóstico deve ser de exclusão, afastando:
- Infecções
- Lesões tumorais
- Malformações do neuroeixo
- Distúrbios neuromusculares
- Malformações vertebrais congênitas
- Quadros sindômicos
- Neurofibromatose
CLASSIFICAÇÃO
- Abaixo dos 3 anos: escoliose idiopática infantil
- Entre 3 e 9 anos: escoliose idiopática juvenil
- Entre 10 e 18 anos: escoliose idiopática do adolescente
- Baseia-se na observação de que as três acelerações do crescimento correspondem às fases de alto risco para piora da escoliose
EPIDEMIOLOGIA
EII - Muito variável Primariamente torácica esquerdas
EIJ - Muito variável Primariamente torácica esquerdas
EIA - Meninas são mais acometidas Escoliose torácica direita é mais comum
HISTÓRIA NATURAL
EII - Progressivo: piora da curva é inexorável, resolutivo (85%): desaparecimento quase completo da deformidade
EIJ - Grande propensão a progredir, a despeito do tratamento conservador
EIA - Curso benigno bastante considerável, sucesso do tratamento depende da detecção precoce
DIAGNÓSTICO CLÍNICO
- História clínica detalhada DNPM, peso ao nascer, DG, pré-eclâmpsia - Exame físico minuncioso - QP: má aparência - Presença de dor: considerar causa subjacente
EXAME FÍSICO
- Ambiente iluminado, pct despido, em pé e descalço
- Avaliar a coluna em toda a sua extensão: assimetria e anormalidades - Trígonos ou “triângulos do talhe”
- Alinhamento cervical (fio de prumo), altura dos ombros (escápula alta congênita), desenvolvimento e anormalidades cx torácica - Teste de Adams, bastante sensível
- Observar: frouxidão ligamentar, deformidades nos pés, marcha e pele (buscando patologias intracanais)
EXAME FÍSICO - alterações
- Exame neurológico completo: motricidade, sensibilidade, reflexos (cutâneo-abdominal)
- Qualquer alteração indica investigação de imagem adicional: TC e/ou RNM
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM - Radiografia simples
- PA ou AP e perfil; posição ortostática ou supina
- Observar:
•Rotação da vértebra apical;
• Grau de ossificação da apófise do ilíaco (sinal de Risser) 25%, 50%, 75%, 100% e fusão da apófise com o ilíaco
• Ângulo de Cobb;
• Ângulo de Metha
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
- Tumores;
- Infecções;
- Distúrbios do tecido conectivo;
- Malformações vertebrais e no neuroeixo;
- Deformidades sindrômicas;
- Neurofibromatose
PROGNÓSTICO
- Dependentes do reconhecimento precoce do quadro e intervenção rápida
- Fatores prognósticos:
Idade do paciente
Sinal de Rissser e momento da menarca
Magnitude da curva (grau de deformidade)
TRATAMENTO - Objetivos
- Promover estabilização precoce da curva.
- Prevenir uma progressão acentuada.
- Proporcionar ganhos estéticos e funcionais
TRATAMENTO - EXPECTANTE
- Em escolioses com ângulo de cobb 10 - 25°
- 85% tendem a regredir naturalmente
Programa seletivo de fisioterapia
Radiografia simples a cada 4-6 meses até a maturidade óssea
TRATAMENTO - CONSERVADOR
Em escolioses com ângulo de cobb 25 - 45°
+ 10-25° com perfil progressivo
- Uso de órteses:
OCTLS desvios acima da T8
OTLS desvio abaixo da T8 - Programa seletivo de fisioterapia
TRATAMENTO - CIRÚRGICO
Em escolioses com ângulo de cobb > 45°
+ 20-45° com intolerância ao uso do colete
Métodos cirúrgicos:
- Correção imediata com fusão
- Correção gradativa (com ou sem fusão)