Ortorrinolaringologia Flashcards

1
Q

HOC – 2019
1. Uma paciente com síndrome de Sjögren primária que foi diagnosticada há 6 anos e tratado com lágrimas
artificial para alívio dos sintomas, apresentou inchaço da parótida nos últimos 3 meses. Ela também notou
aumento dos linfonodos cervicais posteriores. A avaliação mostra leucopenia e baixos níveis de
complemento de C4. Qual é o diagnóstico MAIS provável?

a) amiloidose
b) pancreatite crônica
c) infecção pelo HIV
d) linfoma

A
  1. A síndrome de Sjögren primária é uma doença do tecido conectivo crônica, caracterizada como
    exocrinopatia autoimune. Acomete pessoas de todas as idades, sendo mais comum em mulheres da
    quarta e quinta décadas da vida. Vários critérios diagnósticos foram propostos para a síndrome de
    Sjögren. Um dos critérios mais aceitos é o da European Community Study Group on Diagnostic Criteria
    for Sjögren Syndrome (Vitali e colaboradores, 1993), segundo o qual três dos seis critérios devem ser
    positivos:
    1) xeroftalmia por mais de três meses
    2) xerostomia por mais de três meses, presença de inchaço persistente ou recorrente das glândulas
    salivares por mais de três meses
    3) positividade de pelo menos um dos testes: teste de Shirmer (≤ 5 mm em 5 minutos); Rosa de Bengala ≥ 4.
    4) biópsia de glândulas salivares menores com características histológicas sugestiva (aglomeração de cels. momonucleares)
    5) envolvimento de uma glândula salivar em pelo um dos seguintes exames: cintilografia salivar,
    sialografia de parótida, fluxo salivar não estimulado.
    6) presença de pelo menos um dos autoanticorpos SS-A ou SS-B, fator antinúcleo e fator reumatoide.
    Outras características encontradas na síndrome de Joegren são: linfopenia (38,5%), resultante da
    diminuição de células T CD4, e neutropenia (7,7%). Há dois tipos de linfócitos: o que leva à proliferação
    linfocítica e o que tem atividade imunoinflamatória, relacionados aos linfócitos B e T, respectivamente.
    As células B proliferam em órgãos alvo, o que pode levar a transformação maligna e resultar em linfoma
    não Hodgkin (10% dos pacientes com síndrome de Sjögren primário) ou macroglobulinemia de
    Waldenströn. Estes linfomas aparecem principalmente em glândulas salivares e principais órgãos
    internos, como pulmões, rins e trato gastrintestinal.

Resposta d.

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2
Q

AMSL – Medicina da Família – 2019
2. João Inácio, 50 anos, tabagista 1 maço/dia, morador do Conjunto Ceará na cidade de Fortaleza, operador
de britadeira há 5 anos. Relata que há 1 mês vem tendo crises de tonturas, que na maioria das vezes o faz
sentar para não cair, pois não consegue sequer caminhar ou ficar em pé durante as crises, que se
acompanham de zumbido no ouvido esquerdo e diminuição da audição, refere ainda que quando tem essa tontura ela acompanha-se de náuseas e vômitos de pequena monta, relata ainda que em ocasiões sente
uma pressão no ouvido esquerdo e zumbido antes das crises. Qual a causa MAIS provável do quadro acima?

a) labirintite bacteriana
b) enxaqueca
c) doença de Ménière
d) vertigem posicional paroxística benigna
e) doença de B

A
  1. O paciente em questão apresenta crises de tontura, acompanhada de zumbido e diminuição da audição
    (hipoacusia) típicos da Doença de Ménière. A Doença de Ménière caracteriza-se por crises em surtos da tríade:
    vertigem (tontura rotatória), zumbido e hipoacusia flutuante (estas duas últimas podem preceder a tontura).
    Plenitude auricular (pressão na orelha) também usualmente está presente.

Resposta c.

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3
Q

AMSL – Medicina da Família – 2019
3. Maria do Carmo, 30 anos, terminou há 1 semana tratamento para otite média aguda, com sulfametoxazol
– Trimetropim, dado por um amigo da família que tinha umas sobras de medicamento em casa. Agora, Maria
do Carmo chega à sua UBS com queixa de febre de 38 °C aferida na unidade, dor intensa em ouvido direito,
abaulamento da região da mastoide direita, com rubor e calor local, quadro que se acompanha de vertigem
intensa, náusea e vômitos, associados a importante diminuição de audição, queixa-se ainda de cefaleia,
otoscopia difícil sendo possível observar secreção purulenta pelo conduto auditivo direito. O provável
diagnóstico e conduta neste caso seria:

a) vertigem por trauma craniano – encaminhamento otorrino
b) labirintite bacteriana – sintomáticos e referência imediata a otorrino
c) vertigem alcoólica
d) labirintite bacteriana – tratamento com amoxicilina e revisão em 48h
e) vertigem medicamentosa – suspender medicamento e revisão em 48h

A
  1. A presença de febre persistente, abaulamento da região da mastoide, rubor e calor sugerem um quadro
    bacteriano de otomastoidite aguda em ouvido direito como complicação da otite média aguda inicial. Nesse
    caso, existem indícios de acometimento da orelha interna por contiguidade com sintomas de vertigem
    intensa e perda auditiva. A melhor conduta, nesse caso, é o encaminhamento imediato para o otorrino para
    avaliação do caso. Diante de uma otomaistoidite aguda a melhor conduta seria internação hospitalar para
    antibioticoterapia endovenosa, avaliação com exames de imagem como a Tomografia computadorizada de
    mastoides e ouvidos internos. Em casos reservados, o tratamento cirúrgico (otomastoidectomia) se faz
    necessário.

Resposta b.

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4
Q

AMSL – Medicina da Família – 2019
4. No tratamento sintomático das crises de vertigem podem ser utilizados diversos medicamentos. Das
medicações a seguir, qual possui os efeitos como rigidez, tremor, boca seca e visão borrada?

a) nimodipina
b) hioscina
c) dipirona
d) cinarizina
e) clorpromazina

A
  1. A Clorpromazina é um fármaco antipsicótico clássico. Bloqueia os impulsos gerados pela dopamina nas
    sinapses, parecendo ser esse este o mecanismo antipsicótico. Tem também fortes efeitos antieméticos,
    anticolinérgicos, hipotensão e sedativo; tem efeito extrapiramidal fraco ou médio. As fenotiazinas diminuem o limiar convulsivo, suprimem o reflexo da tosse e aumentam a concentração de prolactina. Entre as reações adversas mais típicas estão alterações visuais, torção do corpo por efeitos parkinsonianos, bloqueio de receptores alfa-1, causando hipotensão postural, boca seca, congestão nasal e galactorreia.

Resposta e.

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5
Q

HAC – 2019
5. Sobre as “tonturas” e as “vertigens”, marque com “C” (correta) ou “I” (incorreta) as assertivas e escolha
a alternativa correta:
I. A doença de Ménière é constituída por crises vertiginosas acompanhada de zumbidos e diminuição da audição de duração variável
II. A vertigem postural paroxística benigna é uma condição clínica na qual ocorre vertigem com ou sem
nistagmo, estritamente dependente da postura do paciente.
III. A tontura é em geral resultado da redução transitória do fluxo sanguíneo cerebral e é relatada como a
sensação de vazio na cabeça ou desiquilíbrio ou ainda iminente desmaio.
IV. A vertigem é sempre de natureza labiríntica e causada pelo deslocamento da endolinfa secundária aos menores deslocamentos da cabeça e é causa da perda de equilíbrio, às vezes com queda, sudorese, náuseas, vômitos ou zumbidos.

a) nenhuma das assertivas está correta
b) somente as assertivas II e IV estão erradas
c) todas as assertivas estão corretas
d) somente as assertivas I e III estão erradas
e) somente as assertivas III e IV estão corretas.

A
  1. Todas afirmações corretas.

Resposta c.

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6
Q

PSU-CE – 2019
6. Ao investigar queixa vertiginosa de paciente, um médico de família executa manobra semiológica
que sugere posição anormal de otólitos no ouvido interno direito. Ele decide então executar a manobra
de Epley para reposicionamento dos otólitos.
Qual número representa a figura com a última posição que o paciente deve assumir antes de ser levado à ortostase?

a) 1
b) 2
c) 3
d) 4

A
  1. A manobra de Epley é utilizada para o tratamento da canalolitíase do canal semicircular posterior, sendo
    este o mais afetado na vertigem postural paroxística benigna (VPPB). Essa manobra de reposição canalicular
    é usada para deslocar otólitos do canal semicircular posterior para o vestíbulo (utrículo), a sua devida
    localização. A manobra começa com o paciente sentado na maca com as pernas estendidas com o pescoço virado 45 graus para o lado afetado, após deita-se bruscamente o paciente de modo que o ouvido afetado fique virado para o chão (Figura 4). O paciente é então virado para a posição supina com a cabeça hiperestendida 30 graus virada 45 graus para o lado afetado (Figura 3). A cabeça do paciente é, então, virada 90 graus para a direção oposta (Figura 2). Mantendo-se a cabeça e pescoço numa posição fixa em relação ao corpo, o indivíduo rola sobre os seus ombros, girando a cabeça mais 90 graus. O paciente agora olha para baixo num ângulo de 45 graus. (Figura 1). Finalmente, o paciente é lentamente trazido até uma postura vertical sentada, mantendo ao mesmo tempo a rotação de 45 graus da cabeça.

Resposta a

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7
Q

UFPR – 2019
7. Paciente masculino de 28 anos procura o pronto-atendimento por quadro de rinorreia purulenta,
congestão nasal e cefaleia frontal. Iniciou febre há dois dias, com dor à palpação do local. Hoje pela manhã
iniciou quadro de diplopia. Não apresenta outras comorbidades ou uso de medicações. Os sinais vitais estão dentro da normalidade, exceto temperatura de 38,4 °C. Ao exame físico, nota-se dor à palpação de seio
maxilar à esquerda e paralisia de III par craniano à esquerda. Qual conduta deve ser realizada?

a) iniciar amoxicilina e reavaliar em 3 dias
b) aguardar laudo de tomografia computadorizada de seios da face
c) iniciar moxifloxacino e reavaliar em 3 dias
d) iniciar amoxicilina e clavulanato e reavaliar em 3 dias
e) realizar intervenção cirúrgica e antibioticoterapia endovenosa

A
  1. O paciente em questão apresenta uma sinusite aguda com provável complicação com acometimento
    agudo do seio esfenoidal. O seio cavernoso encontra-se adjacente ao seio esfenoidal e apresenta íntima
    relação com a artéria carótida interna e os nervos abducente, troclear, oculomotor (III par) e ramo oftálmico
    do nervo trigêmeo. Como a parede do esfenoide é muito fina, o envolvimento de estruturas adjacentes se
    torna mais frequente e perigoso quando este seio está acometido. Nesse caso, a melhor conduta é realizar
    o tratamento com a cirurgia endoscópica dos seios paranasais e antibioticoterapia endovenosa. A falha no
    diagnóstico acurado e no tratamento da rinossinusite esfenoidal pode levar a graves sequelas neurológicas, sendo que o tratamento precoce e agressivo é crucial para a prevenção de complicações desastrosas.

Alternativa E.

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8
Q

USP-SP – 2019
8. Mulher, 65 anos de idade, comparece à consulta por quadro de episódios recorrentes de vertigem, que
têm ocorrido há cerca de um mês. A vertigem é intensa, rotatória e de breve duração (alguns segundos),
desencadeada principalmente por movimentos da cabeça, especialmente quando a paciente se levanta da
cama pela manhã, quando olha para cima ou quando gira a cabeça rapidamente para a esquerda. Entre os
ataques de vertigem sente-se normal. Antecedentes de hipertensão arterial sistêmica há mais de 20 anos,
controlada com losartana e dislipidemia em uso de rosuvastatina. Ao exame nota-se motricidade ocular
normal, sem nistagmo ou diplopia, olhos alinhados, sem desvios, o reflexo óculo-cefálico é normal em ambas
as direções. Na pesquisa de nistagmo posicional (manobra de Dix-Hallpike), com a orelha esquerda para
baixo, observa-se nistagmo provocado pela manobra, com as seguintes características: latência de alguns
segundos, nistagmo torsional com componente vertical batendo para a orelha de baixo, em crescendodecrescendo de breve duração (menos de 10 segundos), acompanhado de forte vertigem rotatória. O
restante do exame neurológico é normal. Qual é a principal hipótese diagnóstica para o quadro?

a) vertigem paroxística posicional benigna
b) insuficiência vertebrobasilar
c) neoplasia de ângulo pontocerebelar
d) neurite vestibular aguda

A
  1. A paciente apresenta um quadro clínico clássico de Vertigem paroxística posicional benigna (VPPB):
    vertigem intensa que dura poucos segundos desencadeada em certas posições da cabeça. O diagnóstico é sempre confirmado pelo teste de Dix-Hallpike, uma manobra que, nesses pacientes, irá desencadear um nistagmo evidente, com latência e de curta duração.

Resposta a.

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9
Q

AMP – 2019
9. Lactente de 10 meses de idade, iniciou subitamente no meio da noite com choro inconsolável,
irritbalidade, febre máxima de 38 °C, recusa em mamar. Ao exame físico na otoscopia observa-se
abaulamento de membrana timpânica bilateral, com neovasos. Inicia-se antibioticoterapia com amoxicilina
e analgesia oral.
I. Estaria também recomendada a utilização de corticosteroides sistêmicos. PORQUE
II. Comprovadamente auxiliam na diminuição do tempo de tratamento e no risco de complicações.

a) as asserções I e II são proposições verdadeiras, e a segunda é uma justificativa da primeira
b) as asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a segunda não é uma justificativa da primeira
c) a asserção I é uma proposição verdadeira e a asserção II é uma proposição falsa
d) a asserção I é uma proposição falsa e a asserção II é uma proposição verdadeira
e) as asserções I e II são proposições falsas

A
  1. Devido ao pequeno benefício e ao risco aumentado de efeitos adversos, os corticoesteroides sistêmicos
    não são recomendados no tratamento da OMA em lactentes. Não se observou melhora nos resultados
    terapêuticos da OMA quando os corticoesteroides são associados ao antibiótico.

Resposta e.

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10
Q

SES-GO – 2019

  1. A otite média aguda (OMA) é uma das razões mais frequentes de visitas de menores de 15 anos ao
    pediatra. É uma patologia autolimitada. Em qual faixa etária a OMA é mais prevalente?

a) recém-nascidos
b) lactentes
c) escolares
d) adolescentes

A
  1. O principal pico de incidência da OMA é entre 6 e 11 meses de idade, com um segundo pico entre 4 e 5
    anos de idade. Curiosamente, é um pouco mais prevalente em meninos.

Resposta b.

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11
Q

SES-GO – 2019
11. Qual é o exame padrão-ouro para determinar a etiologia bacteriana da OMA?

a) hemocultura
b) swab auricular
c) cultura do fluido da orelha média
d) cultura do fluido da nasofaringe

A
  1. O exame padrão ouro para determinar a etiologia bacteriana da OMA é a cultura da secreção da orelha
    média. Na prática clínica esse exame é invasivo e pouco utilizado, sendo reservado para os quadros de OMA recorrentes e de difícil controle. Vale ressaltar que o diagnóstico de OMA é essencialmente clínico,
    baseado na combinação dos sinais otoscópicos e dos sintomas presentes e não depende da cultura da
    secreção na orelha média.

Resposta c.

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12
Q

UFRN – 2019
12. Criança de 3 anos, sexo masculino, é levada à consulta pediátrica, e a mãe relata que, há uma semana, o menino estava apresentando sintomas gripais, evoluindo nas últimas horas com otalgia em ouvido esquerdo, associada à febre. À otoscopia, visualizou-se membrana timpânica hiperemiada e abaulada. A hipótese diagnóstica provável e um fator de risco para essa patologia são, respectivamente,

a) otite média aguda / sexo masculino
b) otite média aguda / banho de piscina
c) otite externa / creches e escolas
d) otite externa / fenda palatina

A
  1. Otalgia, febre e abaulamento com hiperemia de membrana timpânica sugerem uma OMA em orelha
    esquerda que se desenvolveu a partir do quadro gripal prévio. A otite média aguda é mais prevalente em
    meninos. Questão mal elaborada por considerar o sexo masculino como um fator de risco para OMA. Por
    eliminação, chegamos na alternativa A.

Resposta a.

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13
Q

UNICAMP – 2019
13. Ao comparar a perda auditiva relacionada ao ruído ocupacional e a música que ouvimos pode-se dizer
que:

a) a música não induz à perda auditiva por ser um som harmônico
b) com a mesma intensidade e tempo de exposição, a música é menos danosa
c) com a mesma intensidade e tempo de exposição, a música é mais danosa
d) ambos são danosos dependendo da intensidade e do tempo de exposição

A
  1. A PAIR (perda auditiva induzida por ruído) pode acontecer tanto pela exposição ao ruído ocupacional
    como pela exposição a outros ruídos do cotidiano (ouvir música, por exemplo). A lesão ao órgão de Corti
    (orelha interna) depende da intensidade do som (igual ou a acima de 85dB) e do tempo de exposição. A
    perda depende de fatores como: características físicas do agente causal (tipo, espectro e nível de pressão
    sonora), tempo de exposição e suscetibilidade individual.

Resposta d.

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14
Q

USP-SP – 2019
14. Considerando a tomografia abaixo, qual é a principal hipótese diagnóstica?

a) sinusopatia maxilar esquerda
b) sinusopatia maxiloesfenoidal direita
c) sinusopatia maxiloetmoidal esquerda
d) sinusopatia frontal direita

A
  1. Temos uma tomografia computadorizada de seios da face em plano axial, janela para partes moles,
    evidenciando espessamento e imagem com conteúdo de partes moles em seio maxilar esquerdo. Imagem
    caraterística de uma sinusopatia maxilar esquerda.

Resposta a.

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15
Q

FMJ – 2019

  1. As patologias congênitas de cabeça e pescoço, em ordem de maior incidência são:
    a) torcicolo congênito, costela cervical, fístula do trato tireoglosso
    b) cisto tireoglosso, cisto branquial de segundo arco, higroma cístico
    c) cisto tireoglosso, fístula do trato tireoglosso, cisto branquial
    d) fístula do trato tireoglosso, cisto tireoglosso, cisto branquial
    e) tireóide sublingual, linfangiomas e hemangiomas
A
  1. As principais patologias de cabeça e pescoço são em ordem de incidência:
    1) Cisto do ducto tireoglosso: O cisto do ducto tireoglosso é a mais comum massa cervical benigna,
    excetuando-se as adenopatias cervicais benignas. A maioria dos cistos surge antes do paciente completar
    cinco anos. Origina-se da persistência do canal formado pela migração da tireoide fetal desde o forame
    caecum até sua posição anatômica. Apresenta-se como uma massa em linha média que se eleva a protrusão
    da língua e deglutição, sendo essa última sua mais constante característica. O aumento do cisto
    frequentemente segue-se a infecções de vias aéreas superiores.
    2) Cisto branquial: Os cistos do primeiro arco encontram-se na borda inferior da mandíbula, abaixo do lóbulo da orelha. Os cistos do segundo (mais comum de todos) e terceiro arcos costumam localizar-se no terço superior da região cervical lateral, ao longo da borda anterior do músculo esternocleidomastoideo. Raramente encontram-se nos dois terços inferiores desta região. São assintomáticos na maioria das vezes, mas podem ocasionar dor ou infecção local (há aumento súbito da massa).
    3) Higroma cístico: Corresponde a uma massa multilobulada de consistência amolecida, com paredes finas e conteúdo fluido, desenvolvidas a partir do endotélio linfático. Em crianças essa malformação congênita predomina em áreas cervicofaciais. Em 2/3 dos casos está presente ao nascimento ou surge até o segundo ano de vida. Pode estender-se desde a região cervical lateral até a cavidade oral e parótida.

Resposta b.

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16
Q

FMJ – 2019
16. Os principais sintomas dos tumores localizados na laringe são, EXCETO:

a) linfonodo cervical lateral metastático, rouquidão e dispneia
b) rouquidão quando acomete a glote; otalgia, odinofagia e/ou linfonodo cervical lateral metastático nos tumores supraglóticos e cornagem ou estridor nos tumores subglóticos
c) rouquidão quando acomete a glote; otalgia, odinofagia e/ou linfonodo cervical lateral metastático nos
tumores supra glóticos e cornagem ou estridor nos tumores transglóticos
d) rouquidão quando acomete a glote e subglote; otalgia, odinofagia e/ou linfonodo cervical lateral
metastático nos tumores transglóticos e cornagem ou estridor nos tumores subglóticos
e) rouquidão quando acomete a glote e subglote; otalgia, odinofagia e/ou linfonodo cervical lateral metastático nos tumores transglóticos e de hipofaringe

A
  1. Os tumores transglóticos NÃO costumam apresentar como sintomas principais otalgia, odinofagia e/ou linfonodo cervical lateral metastático. O principal sintoma dos tumores glóticos é a rouquidão progressiva e persistente. O câncer de laringe glótico representa cerca de 65% dos tumores de laringe, tende a ser bem diferenciado e com crescimento lento e metástases ocorrendo tardiamente. Os tumores laríngeos supra glóticos apresentam como sintomas iniciais a odinofagia (dor ao deglutir) que geralmente irradia para ouvidos (otalgia) pelo acometimento do nervo glossofaríngeo. Apresentam também metástase linfonodal cervical precoce (níveis II, III e IV), o que é atribuído ao fato de a região supra glótica ser rica em drenagem linfática. Representam 35% dos casos de câncer de laringe. Os tumores subglóticos apresentam como principais sintomas a dispneia e estridor (cornagem). Também apresentam disseminação linfática precoce (linfonodos inferiores níveis III e IV).

Resposta d.

17
Q

HGIP – 2019
17. Sobre traqueostomias, é correto afirmar, EXCETO:

a) o ideal é a realização no 1º ou 2º anel traqueal
b) não é considerado um procedimento de emergência
c) a troca de cânula para metal deve ser após o terceiro dia do procedimento
d) a estenose subglótica é mais difícil tratamento do que a estenose mais baixa

A
  1. A traquestomia é feita preferencialmente entre os 2o e 3o anéis traqueais, entre a cartilagem cricoide e a fúrcula esternal. A traqueostomia é um procedimento cirúrgico eletivo e programado.

Resposta a.

18
Q

HGIP – 2019
18. Assinale a alternativa que representa na classificação de Mallampati, a visualização da úvula, palato
mole, palato duro e pilares.:

a) classificação II
b) classificação III
c) classificação IV
d) classificação I

A
  1. A classificação de Mallampati é utilizada para prever a dificuldade de intubação do paciente. Pede-se
    para o paciente, em posição sentada, abrir a boca e protusão da língua ao máximo. É dividida em 4 classes:
    I. Palato mole, palato duro, úvula e pilares amigdalianos visíveis
    II. Palato mole, palato duro e úvula visíveis.
    III. Palato mole e base da úvula visíveis.
    IV. Palato mole totalmente não visível.

Resposta d.

19
Q

Santa Casa-SP – 2019
19. Uma mulher de 48 anos de idade queixa‐se de nodulação em região submandibular esquerda, além de
otalgia, há quatro meses. Realizou ultrassonografia, que mostrou um nódulo sólido de 2,5 cm na glândula
parótida e uma punção aspirativa, com resultado sugestivo de adenoma pleomorfo. Com base nessa situação hipotética, assinale a alternativa correta.
a) esse tumor normalmente tem crescimento rápido e exige tratamento imediato
b) a parotidectomia total é o procedimento a ser realizado na maioria dos casos
c) a principal complicação pós‐operatória é a paresia, ou paralisia, do nervo facial
d) a sialografia é um exame fundamental para estabelecer a conduta e o prognóstico
e) essa neoplasia é rara, devendo ser relacionada com outras neoplasias sincrônicas na paciente

A
  1. O adenoma pleomórfico é um tumor que se apresenta como um aumento de volume firme, indolor e de crescimento lento. A maioria dos adenomas pleomórficos da glândula parótida ocorrem no lobo superficial e se apresentam como um aumento de volume sobre o ramo da mandíbula à frente da orelha. Nesses casos, recomendada a parotidectomia superficial, com a identificação e preservação do nervo facial. O adenoma pleomórfico é o tumor mais frequente das glândulas salivares, sendo mais frequente na glândula parótida. A sialografia é um exame utilizado quando há suspeita de obstrução dos ductos salivares por cálculos ou estenoses. Os principais exames de imagem na investigaçãoo do adenoma pleomórfico são o ultrassom e a tomografia computadorizada. A paralisia facial é a principal complicação pós-operatória na parotidectomia
    parcial, sendo mais frequente nos tumores maiores de 3 cm e com profundidade maior que 2 cm. A chance
    de paralisia facial aumenta também nas cirurgias secindárias para tumores recorrentes.

Resposta c.

20
Q

UERJ – 2019
20. Foi recomendada realização de tireoidectomia para um paciente que tem bócio mergulhante subesternal. Nesse caso, para conseguir mobilizar a glândula, o fator de risco preditivo de esternotomia consiste em:

a) extensão tireoidiana inferiormente ao arco aórtico
b) maior decídua da glândula pelo mediastino anterior
c) presença de rouquidão com videolaringoscopia normal
d) engurgitamento facial venoso ao realizar sinal de Pembertom

A
  1. O bócio mergulhante (BM) é uma afecção rara da glândula tireoide, que acomete principalmente
    mulheres acima de 60 anos, caracterizada por tireoide aumentada de tamanho, peso e volume, que invade
    a cavidade torácica total ou parcialmente. As condutas clínicas e cirúrgicas no bócio mergulhante ainda são
    controversas, não havendo um consenso na literatura sobre qual o momento ideal para intervir
    cirurgicamente nesses pacientes. De acordo com a localização anatômica e o grau de invasão da cavidade
    torácica, o BM pode ser retroesternal (80%), parcial (10-15%) ou total (2-5%). Pela localização subesternal
    da tireoide nesse caso, existe risco de lesar o arco aórtico.

Resposta a.

21
Q

UNICAMP – 2019
21. Mulher, 28a, há 5 dias com dor no último molar inferior esquerdo, procurou atendimento médico por
dor cervical e dificuldade de abertura da cavidade oral nas últimas 24 horas. Exame físico: consciente,
orientada, PA = 88 × 62 mmHg, FC = 128 bpm, FR = 24 irpm, Oximetria de pulso (ar ambiente) = 93%; Face:
hiperemia, calor, dor e área de flutuação na região mandibular e submandibular esquerda com extensão para região cervical. Tomografia computadorizada cervical e torácica: áreas de coleções acima da carina até pescoço associados com espessamentos dos tecidos adjacentes e níveis hidroaéreos. Além de coleta de exames laboratoriais, hemoculturas, expansão volêmica, antibioticoterapia, oxigênio suplementar, a conduta seguinte é:

a) aguardar resultados de culturas para redirecionar antibioticoterapia
b) realizar broncoscopia
c) realizar drenagem cervical cirúrgica
d) reavaliar exames laboratoriais e de imagem após 24 horas

A
  1. Pelas informações do enunciado da questão a paciente apresenta um quadro potencialmente grave de
    abcesso submandibular à direita que evoluiu a partir de uma provável infecção do 3o molar inferior direito.
    A presença de áreas de coleções acima da carina na tomografia de tórax sugerem também a presença de
    uma provável mediatinite. Na suspeita de abscesso cervical profundo, os pacientes devem ser internados,
    com instituição de antibioticoterapia endovenosa, além dos cuidados com hidratação, analgesia, entre
    outras. Se possível devem ser colhidas hemoculturas e culturas do material obtido por aspiração do abscesso, além de exames gerais. A antibioticoterapia inicial é empírica, com cobertura para Gram + e anaeróbios, dependendo da gravidade do caso, do foco mais provável, e a existência de tratamento prévio
    (por exemplo, penicilina cristalina com metronidazol, clindamicina principalmente na suspeita de abscesso
    odontogênico ou glândulas salivares, ou em casos com tratamento prévio, cefalosporina de terceira geração
    associado a clindamicina). Para o diagnóstico deve ser realizado exame radiológico, preferencialmente a TC
    com contraste. Na maioria dos casos apenas a instituição de tratamento clínico é insuficiente (apenas 10-15% dos casos são tratados apenas com tratamento clínico), sendo geralmente necessária à drenagem
    cirúrgica.

Resposta c.

22
Q

SUS-SP – 2019
22. Júlia, 18 meses, apresenta tumoração indolor, em região cervical. Ao exame físico, nota-se uma lesão
cística em linha média, que se move cranialmente com a deglutição ou protrusão da língua. O diagnóstico
mais provável é:

a) linfadenopatia
b) teratoma
c) cisto tireoglosso
d) cisto branquial
e) tireoide ectópica

A
  1. Tumoração cervical indolor, em linha média, que se move com a protusão da língua sugere fortemente
    um cisto do ducto tireoglosso.

Resposta c.