Infectologia Flashcards

1
Q

AMRIGS – 2019
1. Considere os achados abaixo associados à Dengue na infância:
I. Dores articulares e retro-orbitárias.
II. Dor abdominal intensa e hepatomegalia.
III. Prova do laço positiva.
Quais dos achados levam à suspeita de Dengue Hemorrágica?

a) apenas III
b) apenas I e II
c) apenas II e III
d) I, II e III

A
  1. A Dengue clássica é caracterizada por sintomas como mialgia, cefaleia (principalmente retro orbitária),
    febre, artralgia, prostração, náusea e vômitos, e rash cutâneo. Quando a doença evolui para o quadro
    hemorrágico, os sintomas iniciais são semelhantes aos da dengue clássica, porém evoluem rapidamente para
    manifestações hemorrágicas, derrames cavitários, instabilidade hemodinâmica e choque. Devemos estar
    atentos a outros sintomas, como hipotensão postural, dor abdominal intensa, vômitos incoercíveis e
    sangramentos espontâneos (gengivais, gastrointestinal, etc). A característica de fragilidade capilar mediada
    pelo processo inflamatório da doença é demonstrada pela prova do laço positiva. A prova do laço consiste
    em se obter, através do esfignomanômetro, o ponto médio entre a pressão arterial máxima e mínima do
    paciente, mantendo-se esta pressão por 5 minutos; quando positiva aparecem petéquias sob o aparelho ou
    abaixo do mesmo.

Resposta c.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
2
Q

AMRIGS – 2019
2. A quimioprofilaxia com rifampicina é indicada para os contatos íntimos de pacientes com diagnóstico de
meningite por:

a) Streptococcus pneumoniae e Neisseria meningitidis
b) Streptococcus pneumoniae e Mycobacterium tuberculosis
c) Mycobacterium tuberculosis e Haemophilus influenzae tipo B
d) Neisseria meningitidis e Haemophilus influenzae tipo B

A
  1. A quimioprofilaxia com Rifampicina está indicada para os contatos íntimos de casos de meningite por
    Neisseria meningitidis ou Haemophilus influenzae. A rifampicina deve ser administrada até 48 horas da
    exposição à fonte de infecção. Os profissionais de saúde que realizaram procedimentos invasivos sem
    proteção individual com EPI adequado também são indicados para usar a profilaxia. A dose no caso de
    Neisseria meningitidis é de 10 mg/kg/dose (máximo de 600 mg) 12/12h por 2 dias. Para Haemophilus
    influenzae a dose para adultos é de 600 mg/dose, 1 vez ao dia por 4 dias.

Resposta d.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
3
Q

AMRIGS – 2019
3. Como é chamado o hospedeiro que, em condições naturais, se deixa penetrar, com facilidade, por um
bioagente?

a) infectado
b) suscetível
c) suspeito
d) portador

A
  1. O bioagente patogênico é um organismo vivo capazes de causar infecção em um indivíduo suscetível ao
    mesmo. Assim o hospedeiro que pode ser parasitado pelo bioagente é um indivíduo Suscetível.

Resposta b.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
4
Q

FMJ – 2019
4. Para o controle da cadeia de frio é essencial:

a) termômetro de bulbo com medições periódicas e diárias
b) geladeira com termostato que mantenha a temperatura constante
c) termômetro de coluna de “máxima e mínima” com controles periódicos e diários
d) mapa de registro periódico com a rubrica do aferidor
e) rede elétrica separada

A
  1. A Rede de frio é essencial para manter a qualidade das vacinas distribuídas à população. Para o
    armazenamento ser adequado, a Organização Mundial de Saúde recomenda a utilização de termômetros
    calibrados regularmente para garantir a temperatura adequada. Há uma diversidade de tipos e modelos no
    mercado com diferentes princípios de funcionamento utilizados para medir quantitativamente a
    temperatura e monitorar as variações desta grandeza nos ambientes de armazenamento, nos equipamentos
    de refrigeração e nas caixas térmicas. Os termômetros são os instrumentos de medição mais
    frequentemente utilizados pela Rede de Frio. Esses instrumentos são aplicados a toda cadeia de frio, no
    monitoramento e controle da temperatura, incluindo-se sistemas de monitoramento e alarmes, uma vez
    que são acionados, alertando sobre a ocorrência de variação de temperatura, quando ultrapassados os
    limites configurados programáveis: limite mínimo de +3 °C e limite máximo de +7 °C.

Resposta c.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
5
Q

HAC – 2019
5. O uso rotineiro da profilaxia antifúngica reduz a incidência de infecções por Candida em paciente de alto risco selecionados. No entanto, a profilaxia antifúngica não foi associada a uma redução na mortalidade. Pensando nisso, correlacione as colunas no que diz respeito aos antifúngicos e assinale a sequência correta:
[1] Inibe a síntese do beta-(1,3)-D-glucano, o que resulta em ruptura da parede da célula fúngica.
[2] Inibe o ergosterol, um componente essencial da parede celular do fungo.
[3] Pode provocar dor abdominal e sintomas gastrointestinais, não é apropriado para infecções sistêmicas.
[4] Inibem o citocromo P450 fúngico, por conseguinte, as interações medicamentosas são comuns.
[ ] Triazois
[ ] Polienos
[ ] Equinocandinas
[ ] Azois
a. 3, 2, 1, 4
b. 2, 1, 3, 4
c. 4, 1, 2, 3
d. 1, 4, 3, 2
e. 2, 4, 3, 1

A
  1. As equinocandinas, representadas pela caspofungina, anidulafungina e micafungina, são inibidoras da
    síntese de beta-(1,3)-D-glucano, resultando em ruptura da parede fúngica, criando fragilidade osmótica e efeito fungicida. Os polienos são representados pelas diversas apresentações de anfotericina e pela nistatina. Os polienos se ligam ao ergosterol na parede celular, permitindo abertura de poros e tendo efeito fungicida. Os Triazois são representados por fluconazol e itraconazol (primeira geração), voriconazol e posaconazol (segunda geração) com ação inibitória no citocromo P450 com ação fungistática, atrapalhando a formação de ergosterol e propiciando formação de mediadores que estimulam a morte celular. Por fim, os azóis imidazólicos, são representados pelo miconazol e cetoconazol, sendo agentes mais tópicos, sem uso em infecções sistêmicas. Ainda podem apresentar efeito colaterais relacionados a hepatotoxicidade como sintomas gastrointestinais. Sendo assim, a resposta seria: 4, 2, 1, 3.

Gabarito oficial c.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
6
Q

HAC – 2019
6. Em relação às gripes é correto afirmar que:

a) na gripe, a entrada do vírus ocorre geralmente por inalação de gotículas infectantes, ocorre destruição da
superfície mucosa e edema com conseguinte viremia significante
b) ocorre resposta mediada por linfócitos B, com liberação de interferon e outras linfocinas
c) ocorre pneumonia pela ação local do vírus com perda da barreira mucosa e a facilitação da adesão de
bactérias ao epitélio respiratório
d) os anticorpos IgM são a defesa contra a reinfecção viral
e) a imunidade não é duradoura e a recorrência anual de infecções se deve às reexposições às mesmas cepas

A
  1. A transmissão do vírus Influenza ocorre por gotículas de pessoa a pessoa eliminadas pela tosse e espirro
    de pessoas infectadas. A patogênese da infecção humana pelo novo vírus Influenza compreende dois
    eventos: a) o dano celular primário ou citotóxico direto pela ação viral, por exemplo causando injúria direta
    no epitélio respiratório, e b) a liberação de citocinas e mediadores inflamatórias secundárias à infecção viral.
    Com a lesão do epitélio respiratório há maior susceptibilidade a infecções secundárias por bactérias, sendo a Pneumonia bacteriana uma complicação comumente observada no quadro.

Resposta c.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
7
Q
HAC – 2019
7. Relacione as colunas da tabela abaixo e escolha a alternativa com a sequência correta:
Agentes causais Tipos de meningites
[ ] Vírus Coxsachie 
[ ] Mycobacterium aviumintracellularis
[ ] Candida albicans 
[ ] Escherichia coli tuberculosa
[ ] Listeria monocitogenes
I. Meningite piogênica
II. Meningite asséptica
III. Meningite micótica
IV. Meningite

a) I, II, I, IV, III
b) IV, IV, III, I, II
c) II, IV, III, I, I
d) I, IV, III, II, I
e) III, I, I, II, IV

A
  1. O termo meningite piogênica deve ser aplicado quando a infecção é causada por bactérias. Estas podem
    ser geralmente identificadas por meio de cultura (padrão ouro) e nas alternativas apresentadas podemos
    relacionar com a Listeria monocitogenes e a Escherichia coli. Meningites assépticas são geralmente caudas
    por agentes virais que não seriam identificados em cultura, assim o exame é negativo. A identificação ocorre
    geralmente por técnicas moleculares como PCR. Nas alternativas podemos relacionar essa nomenclatura
    com o Vírus Coxsachie. A meningite micótica se relaciona às infecções com agentes etiológicos do reino Fungi, nas alternativas representados pela Candida albicans. Por fim, a Mycobacterium avium-intracellularis é uma micobactéria não tuberculose, porém de características similares, a diferenciação ocorre por PCR e cultura, porém p quadro clínico é comparável, alterando as opções terapêuticas, assim estaria relacionada a opção IV. Meningite tuberculosa.

Resposta c.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
8
Q

HAC – 2019
8. A Sífilis volta a marcar presença nos mapas epidemiológicos brasileiros. Sobre essa doença assinale com “C” (correta) ou “I” (incorreta) as assertivas e escolha a alternativa com a sequência correta:
[] Os testes microbiológicos com culturas de Treponema pallidum demonstram que esta bactéria não
apresenta mecanismo de resistência à penicilina o que indica amplamente a manutenção do seu uso.
[] Os exames por microscopia de campo escuro de esfregaços de linfa e de tecidos acometidos são
amplamente utilizados na rotina do diagnóstico precoce da Sífilis.
[] Os testes sorológicos não treponêmicos detectam anticorpos dirigidos a um complexo de lecitina,
colesterol e cardiolipina e são amplamente utilizados na rotina do diagnóstico da Sífilis.
[] A reação de Jarisch-Herxheimer pode ocorrer após o início do tratamento da Sífilis com antimicrobianos e
pela liberação de lipoproteínas do treponema e indução secundária de resposta inflamatória.
[] Todos os estágios da Sífilis caracterizam-se por comprometimento vascular como periarterite e
endoarterite obliterativa.

a) I, C, I, I, C
b) I, C, C, I, C
c) I, I, C, C, C
d) C, I, C, I, I
e) C, C, C, I, C

A
  1. A cultura in vitro do Treponema pallidum não é possível, dificultando os testes de sensibilidade a
    antibióticos. A pesquisa do T. pallidum por microscopia de campo escuro pode ser realizada tanto nas lesões
    primárias como nas lesões secundárias da sífilis, em adultos ou em crianças. A amostra utilizada é o exsudato seroso das lesões ativas. O material deve ser analisado imediatamente após a coleta da amostra, sendo levado ao microscópio com condensador de campo escuro, o que permite a visualização de T. pallidum vivo e apresentando mobilidade. Além disso, são necessários técnicos treinados e experientes, capazes de diferenciar o T. pallidum de treponemas não patogênicos e de outros organismos espiralados. A reação de Jarisch-Herxheimer é caracterizada por febre, calafrios e piora de lesões de pele após 24h do início do tratamento com antimicrobianos para sífilis. Ocorre por resposta inflamatória a morte dos micro-organismos e liberação de antígenos estimuladores de tal resposta. Não há contraindicação ao uso de antimicrobianos e deve ser tratada com sintomáticos. Os testes sorológicos não treponêmicos detectam anticorpos dirigidos a um complexo de lecitina, colesterol e cardiolipina e, portanto, não é um teste específico, apresentando reações crizadas em período de gestação e doenças reumatológicas, entre outras. É amplamente utilizado em conjunto com testes sorológicos treponêmicos para interpretação do diagnóstico de sífilis. Todos os estágios da sífilis apresentam componente inflamatório vascular, desde da reação aguda por meio de imunocomplexos, até a fase terciária com acometimento direto do sistema cardiovascular.

Resposta c.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
9
Q

HAC – 2019
9. Em relação à escolha do agente antimicrobiano a ser utilizado em pacientes com infecções graves, devemos considerar:

a) caso se trate de enterococos resistente à vancomicina e à ampicilina, podemos usar monoterapia com amicacina para provável Enterococcus faecalis
b) caso se trate de Klebsiella produtora de betalactamase de espectro ampliado, podemos usar cefalosporina de quarta geração c) caso se trate de Providencia, Citrobacter, Pseudomonas, Enterobacter e Serratia, é recomendado se evitar o uso de cefalosporinas até a terceira geração pelo risco de desenvolvimento de resistência durante o tratamento
d) se for isolado um Staphylococcus aureus sensível à oxacilina num paciente em uso de vancomicina, não
devemos trocar o antibiótico pelo risco de alterar os níveis séricos e apresentar piora do quadro infeccioso
e) o uso de polimixina B deve ser restrito a infecções graves por Pseudomonas, pois os outros bacilos Gramnegativos, como por exemplo, Proteus mirabilis, apresentam resistência intrínseca à droga

A
  1. As bactérias de gêneros Morganella, Citrobacter, Enterobacter, Serratia, Providencia e isolados de Proteus
    vulgari são reconhecidamente produtores de enzimas betalactamases AmpC. Usamos o mnemônico MY
    SPACE para recordar desse grupo que apresenta o gene AmpC intrínseco. O gene AmpC codifica betalactamases que são capazes de hidrolizar os antimicrobianos betalactâmicos e a produção pode ser induzida quando estes isolados clínicos são expostos a esses antibioticos, como as cefalosporinas até 3ª geração. A hiperprodução desta enzima pode acarretar hidrólise de cefalosporinas, como ceftazidima e ceftriaxona, ocasionando falência terapêutica durante tratamento com estes agentes. As cefalosporinas de quarta geração e os carbapenems são mais estáveis à hidrólise pela AmpC.

Resposta c.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
10
Q

HAC – 2019
10. Ainda sobre o uso racional de antimicrobianos, é correto afirmar:

a) os antibióticos concentração-dependentes são mais efetivos quanto maior for a dose em relação à
CIM (Concentração Inibitória Mínima) para determinado micro-organismo
b) a prescrição inicial deve ser definida pelo resultado dos exames culturais, evitando-se o uso de antibióticos
de amplo espectro que possam induzir resistência
c) a pneumonia comunitária grave com indicação de internação em UTI e ventilação mecânica deve ser
tratada com antibióticos de maior espectro (por exemplo, imipenem + vancomicina) do que aqueles
administrados a pacientes com o mesmo diagnóstico, mas que não evoluem para insuficiência respiratória
(por exemplo, levofloxacino)
d) os betalactâmicos compartilham com as quinolonas o mesmo perfil farmacocinético, razão pela qual
podem ser usados nas mesmas infecções, com eficácia semelhante
e) o deescalonamento refere-se à troca da via de administração de antibióticos uma vez passada a fase crítica da infecção, reduzindo os custos de tratamento sem interferir com a sua eficácia

A
  1. Os antibióticos de atividade concentração-dependente, como os aminoglicosídeos, apresentam maior eficácia quanto maior for o pico de concentração da droga em relação ao MIC ou CIM (Concentração
    Inibitória Mínima). A prescrição inicial deve ser feita de acordo com o quadro clínico, objetivando o local de ação e a microbiota provável, coletamos culturas e aguardamos o resultado para realizar a terapia mais direcionada. Não devemos confundir a escolha de um antimicrobiano pelo espectro Xpotência. Ampliamos o espectro do antibiótico não pela gravidade do quadro, porém pela microbiota provável. Um paciente com pneumonia da comunidade, mesmo evoluindo com gravidade, tem infecção provável por pneumococo que é sensível a betalactâmicos e quinolonas, não sendo necessário o uso de carbapenêmicos e glicopeptideo.

Resposta a.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
11
Q

HAC – 2019
11. A respeito das arboviroses correlacione as doenças enumeradas com as respectivas manifestações
clínicas citadas abaixo e assinale a alternativa CORRETA:

A - Edema da articulação raro
B - Conjuntivite em 50-90% dos casos
C - Rash cutâneo surge no 1º ou 2º dia em 90-100% dos casos
D - Linfopenia frequente
E - Hipertrofia ganglionar
F- Mialgia ocorre com menor frequencia
1- Dengue
2- Zika
3- Chikungunya

a) A-1, B-2, C-2, D-3, E-2, F-3
b) A-2, B-1, C-3, D-1, E-3, F-2
c) A-2, B-1, C-1, D-1, E-3, F-2
d) A-3, B-2, C-3, D-1, E-1, F-2
e) A-2, B-2, C-1, D-3, E-1, F-3

A
  1. A dengue manifesta-se com febre, cefaleia, dor retro-orbitaria e mialgia em 70 % dos casos. O rash
    cutâneo pode estar presente e aparece após o 2º ao 5° dia de doença, nos exames vemos frequentemente
    plaquetopenia. O acometimento articular é muito raro. A infecção por Zika se caracteriza por febre baixa,
    rash cutâneo com menos de 24h de doença. O rash pode ser pruriginoso, assim como a conjuntivite pode
    estar presente. A infecção por Chikungunya se caracteriza pela artralgia mais pronunciada que a mialgia,
    febre alta desde o primeiro dia e cefaleia. O Rash pode aparecer após 48h de sintomas. A artrite é comum,
    acometendo várias articulações, bilateral e simétrica. Prurido ocorre em 25-50% dos casos. Linfonodomegalia periférica é descrita em aproximadamente 34% dos casos, principalmente em região cervical. A linfopenia e plaquetopenia são frequentes.

Resposta a.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
12
Q

HAS – 2019
12. Paciente 66 anos, transplantado hepático de longa data, em uso de tacrolimus e micofenolato, refere
quadro de astenia intensa durante suas caminhadas matinais. O quadro se intensificou ao longo de uma
semana, apresentando febre de 38,8 graus, que fez o paciente comparecer ao serviço de emergência. Ao
exame: acordado, orientado, hipocorado (3+/4+), anictérico, taquipneico. PA de 90 × 60 mmHg, FC de 112
bpm, SpO2 90%. Ausculta respiratória com discretos estertores. Ritmo cardíaco regular, com sopro
pancardíaco. Realizada TC de tórax que identificou infiltrado alveolar difuso. Iniciado antibiótico, hidratação
venosa. Durante procedimento de intubação orotraqueal houve saída de quantidade maciça de sangue. Evoluiu com surgimento de grande quantidade de púrpuras principalmente em tronco e abdome. Nas
hemoculturas coletadas, surgimento de bacilos Gram-negativos. A técnica do laboratório solicita a presença
do plantonista, pois identifica um achado incomum no lavado broncoalveolar coletado (Figura). Diante do
quadro, assinale a principal hipótese diagnóstica:

a) toxoplasmose aguda
b) hiperinfecção por estrongiloide
c) leishmaniose visceral
d) aspergilose broncopulmonar
e) histoplasmose

A
  1. A estrongiloidíase é causada principalmente pelo Strongyloides stercoralis e usualmente, as infecções
    causadas por esse parasita são crônicas e assintomáticas, podendo persistir por décadas sem ser
    diagnosticada. Porém, em indivíduos imunodeprimidos, essa infecção pode se desenvolver para quadros
    mais graves como hiperinfecção e/ou disseminação, considerados como as formas que causam maior índice
    de mortalidade. Os pacientes transplantados de órgãos sólidos ou de medula são um grupo de risco descrito
    além de pacientes com uso de glicocorticoides, história de etilismo e a infecção pelo retrovírus HTLV-I. A
    hiperinfecção/disseminação está relacionada com uma autoinfecção acelerada, podendo ocorrer de forma
    fecal oral e autoinfecção por inoculação intestinal de larvas rabdifoide em maturação. A disseminação
    maciça ocorre com a larva na forma filarioide em diversos órgãos como pulmão, fígado, coração, SNC e glândulas endócrinas, levando a múltiplas disfunções nos órgãos parasitados.

Resposta b.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
13
Q

HAS – 2019
13. Criança de 3 anos de idade é trazida para consulta médica pela mãe devido a febre alta (acima de 39 ºC)
há mais de uma semana. Chegou a procurar emergência de um hospital no início do quadro tendo recebido prescrição de amoxacilina com clavulanato com suspeita de amigdalite sem melhora. No exame físico observa-se exantema polimorfo associado a hiperemia conjuntival, língua em aspecto de morango e
linfandenopatia cervical unilateral. Em relação a patologia apresentada pela criança marque a alternativa
CORRETA:

a) no hemograma podemos observar policitemia associado à leucopenia e trombocitopenia na fase inicial da doença
b) marcadores inflamatórios como VHS e PCR geralmente encontram-se normais
c) a ecocardiografia deve ser realizada para monitorar o desenvolvimento de anormalidades das artérias
coronárias
d) a terapia recomendada na fase aguda consiste na associação de ácido acetilsalicílico e metilprednisolona
e) piúria estéril com discreta elevação de transaminases e hiperbilirrubinemia não fazem parte das alterações laboratoriais encontradas nesta patologia

A
  1. O quadro clínico apresentado é característico de Doença de Kawasaki, doença inflamatória aguda que
    acomete a camada muscular de artérias de tamanho médio, incluindo as artérias coronárias. A etiologia é
    desconhecida e a doença é autolimitada. As crianças abaixo de 5 anos são acometidas em 80% dos casos. Os
    sintomas são: febre alta, hiperemia conjuntival, exantema polimorfo, hiperemia em região glútea e ao redor
    da cicatriz de BCG, edema de mão e pés, adenomegalia (principalmente cervical e unilateral). A língua em
    aspecto de morango é um sinal característico. O seguimento deve ser com ecocardiografia periódico e
    angiografia se alteração.

Resposta c.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
14
Q

HAS – 2019
14. Mãe traz a consulta filho de 8 anos para investigação de febre aferida variando de 38-40 ºC, adinamia e aumento do volume abdominal. Mão e filho são naturais da Bahia. No exame físico o paciente encontrase pálido, febril, taquipneico com tiragem intercostal e sub diafragmática. O exame abdominal demonstrou hepato e esplenomegalia. Trouxe exame laboratorial com Hb: 5,8 g/dL; Htc: 18%; leucograma 2.900/mm; plaquetas 87.000. A hipótese diagnóstica mais provável é:

a) leishmaniose visceral
b) mononucleose infecciosa
c) sarampo
d) febre tifoide
e) dengue

A
  1. A leishmaniose visceral é uma infecção sistêmica grave causada por protozoários do gênero Leishmania
    transmitido pela picada de fêmeas dos vetores Lutzomynia. Os sinais clínicos variam de acordo com a
    resposta imunológica do hospedeiro, podendo ser assintomática, oligossintomática ou como o quadro
    descrito, a forma clássica caracterizada por febre, hepatoesplenomegalia, emagrecimento e pancitopenia.

Resposta a.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
15
Q

HDG – 2019
15. Em relação à salmonelose septicêmica prolongada, é correto afirmar, EXCETO:
a) faz parte do diagnóstico diferencial de febre de origem indeterminada
b) é uma entidade clínica tipicamente decorrente da infecção por salmonelas em indivíduos com esquistossomose
c) além da Salmonella sp., eventualmente outras enterobactérias podem causar o mesmo quadro clínico
d) o quadro clínico tipicamente confunde-se muito mais com o quadro clássico de febre tifoide, inclusive
com os sintomas neurológicos, do que com o quadro clássico de calazar
e) faz parte do diagnóstico diferencial de esplenomegalia de grande monta

A
  1. A salmonelose septicêmica prolongada é caracterizada por febre prolongada, perda de peso, fadiga, hepatoesplenomegalia e crescimento em hemocultura de Salmonella sp. Dentre os vários fatores de risco para salmonelose septicêmica, a esquistossomose é relatada, pela associação entre o Schistosoma e diferentes tipos de bactérias incluindo a Salmonella. A esplenomegalia causada, geralmente é importante, podendo chegar até cicatriz umbilical. Esse quadro clínico é diagnóstico diferencial com leishmaniose visceral ou calazar, sem muita relação com quadro de febre tifoide que se apresenta de forma mais aguda.

Resposta d.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
16
Q

HGIP – 2019
16. Surgimento de erupção maculopapular difusa e edema periorbitário em paciente com faringite e
adenopatia cervical, tratado com amoxicilina, sugere o diagnóstico de:

a) infecção primária por HIV
b) Coxackie virose
c) mononucleose
d) rubéola

A
  1. A mononucleose é uma infecção causada pelo vírus Epstein-Barr, o quadro clássico se apresenta com
    febre, odinofagia, adenomegalia cervical, esplenomegalia e rash cutâneo. Como o quadro clínico é diagnóstico diferencial de amigdalite bacteriana, não é incomum a prescrição de antibióticos, sendo os betalactâmicos muito utilizados. É característico da Mononucleose uma piora do rash cutêneo após exposição à antimicrobianos como esses.

Resposta c.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
17
Q

HGIP – 2019
17. As protozooses e helmintíases intestinais são causas frequentes de manifestações clínicas em pacientes pediátricos. São corretas a associação entre o agente e sintomas, EXCETO:

a) giardíase: fezes amolecidas e claras, flatulência, cólicas, desconforto e distensão abdominal
b) amebíase: disenteria ou colite, raramente apendicite, perfuração intestinal
c) tricuríase: cólicas abdominais, tenesmo, prurido anal principalmente à noite
d) esquistossomose: diarreia, cólicas, hepatoesplenomegalia

A
  1. A tricuríase é uma doença parasitária causada pelo Trichuris trichiura. A doença pode ser assintomática,
    porém nas infecções com quantidade moderada a grande de helmintos aparecem sintomas gastrointestinais
    como diarreia com muco ou sangue e anemia secundaria ao quadro. O prurido anal relacionado ao período
    noturno é mais característico da infecção por Oxiuríase.

Resposta c

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
18
Q

HPM-MG – 2019
18. A paracoccidioidomicose é uma micose sistêmica causada pelos fungos termodimórficos do gênero
Paracoccidioides. Sobre essa doença, marque a alternativa CORRETA:
a) a doença pulmonar granulomatosa fibrosante é típica, porém incomum na forma crônica
b) os casos autóctones ocorrem apenas na América do Sul, e o Brasil concentra a grande maioria dos casos
c) a forma aguda se caracteriza pelo acometimento do sistema mononuclear fagocitário
d) o tratamento com itraconazol é mais eficaz e seguro, porém mais longo, que com sulfametoxazoltrimetoprim

A
  1. A paracoccidioidomicose é uma infecção fúngica sistêmica que tem várias formas de apresentação clínica
    a depender da imunidade celular do hospedeiro. Existem casos em toda América Latina, sendo mais
    frequentemente registrados no Brasil, na Argentina, na Colômbia, na Venezuela, no Equador e no Paraguai.
    Há duas espécies e vários subtipos de Paracoccidioides, sendo que a infecção geralmente está relacionada às atividades agrícolas e o paciente pode estar longe do local endêmico quando manifesta a doença. Os pacientes podem apresentar as formas aguda/subaguda ou crônica, podendo ser leve, moderada ou mais graves e acometer qualquer órgão. Além dessas apresentações, são comuns a presença de sequelas. A forma aguda/subaguda é responsável por 5-25% dos casos e mostra envolvimento do sistema fagocíticomononuclear, destacando-se a presença de linfadenomegalia localizada ou generalizada, que pode, na evolução, apresentar supuração, fistulização e hepatoesplenomegalia. A doença pulmonar pode ter
    componente fibrosante e é comum na forma crônica. Quanto ao tratamento, apesar de itraconazol ser uma
    droga que sua absorção via oral é errática e passível de várias interações medicamentosas, ainda é a escolha
    principal para tratamento, sendo uma droga eficaz e segura. O esquema com sulfametoxazol-trimetoprim é
    a segunda escolha, com bom resultado, porém com tempo prolongado em relação ao itraconazol e resultado inferior em termos de aderência e resposta clínica.

Resposta c.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
19
Q

HPM-MG – 2019
19. Com relação às doenças emergentes e reemergentes e ao controle de enfermidades, analise as assertivas abaixo:
I. Dengue, Zika e Chikungunya são doenças virais cujo controle vetorial é medida preventiva importante.
II. A vacina contra dengue é indicada apenas para pacientes soropositivos em três doses com intervalo de 6 meses.
III. É provável que as desigualdades sociais, o empobrecimento dos povos e a decadência urbana tenham grande influência no surgimento de doenças emergentes.
IV. A emergência da Chikungunya pode estar associada a transporte, viagens, migração e urbanização.

Estão CORRETAS as assertivas:

a) todas estão corretas
b) I, III e IV, apenas
c) I e IV, apenas
d) II e III, apenas

A
  1. A Dengue, Zika e Chikungunya são transmitidas por vetores, mosquitos Aedes sp. Esses mosquitos se
    reproduzem em ambientes propícios com água parada, problemas com saneamento básico e coleta de lixo,
    disseminados principalmente em ambientes urbanos. A vacina é atenuada, composta pelos quatro sorotipos
    vivos do vírus dengue, indicada em 3 doses com intervalo de 6 meses em crianças a partir de 9 anos de idade,
    adolescentes e adultos até 45 anos e é recomendada para indivíduos previamente infectados por um dos
    vírus da dengue (soropositivos com ou sem história da doença).

Resposta a.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
20
Q

HPM-MG – 2019
20. Sobre as doenças infecciosas e parasitarias de interesse em cirurgia ambulatorial, é CORRETO afirmar:

a) o vírus do molusco contagioso pode ser transmitido por contato direto pele a pele, fômites e
autoinoculação. Não existe tendência a resolução espontânea e não existe tratamento sistêmico especifico. Para tratamento realiza-se curetagem, punção, cauterização elétrica ou química
b) as verrugas são lesões causadas pelo papilomavírus humano (HPV). A transmissão pode ocorrer
diretamente por meio de contato pele com pele, fômites e autoinoculação. Devido ao risco de degeneração maligna, o tratamento clínico deve ser evitado, indicando-se intervenção cirúrgica (curetagem e cauterização c) a Larva Migrans cutânea ocorre especialmente em regiões tropicais. É produzido pela migração de larvas de diversas espécies de nematoideos pelas camadas superficiais da pele. O tratamento clínico é sempre indicado com anti-helmínticos
d) nos casos de tungíase, ocorre prurido em sua fase inicial, acompanhado de dor e intumescimento dos
tecidos vizinhos. Há certa preferência onde a pele é mais espessa e existem casos de infestações
generalizadas. Algumas vezes a lesão pode servir de porta de entrada a outras infecções, levando a abscesso, linfangite e adenite

A
  1. O molusco contagioso é resultado da infecção por poxvírus, sendo transmitido na maioria das vezes por
    contato direto e autoinoculação, mas que pode ter resolução espontânea, sem necessidade de abordagem
    cirúrgica. As verrugas são causadas pelo HPV, porém há vários tipos e a maioria tem evolução benigna,
    somente as verrugas anogenitais tem relação com neoplasias. A larva migrans é a causadora do bicho
    geográfico, o nematoide responsável é o Ancilostoma. Tungíase é uma parasitose causada por fêmeas de
    uma espécie de pulga, Tunga penetrans, que habita o solo de zonas arenosas. A contaminação ocorre
    quando o paciente pisa neste solo sem proteção nos seus pés. A fêmea grávida penetra na pele humana com
    a sua cabeça e libera seus ovos para o exterior. A maioria das lesões de tungíase aparece nos pés, e em
    alguns casos, nas mãos. Podem ser únicas ou, em algumas vezes, bastante numerosas, dependendo da
    infestação do solo. A lesão surge como uma pequena pápula marrom escura com um halo fino e claro ao seu
    redor. Pode causar dor ou coceira e ocorrer infecção secundária e até abscessos no local.

Resposta d.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
21
Q

PSU-CE – 2019
21. Paciente, masculino, 38 anos, agricultor, procedente de Baturité, procura atendimento médico por apresentar, há 4 meses, nódulo eritematoso em perna esquerda de crescimento progressivo. Apesar de
ter evoluído para úlcera há 1 semana, a lesão continua sendo assintomática. Nega outras lesões cutâneas. Nega sintomas sistêmicos. Ao exame dermatológico, observa-se úlcera arredondada com 2 cm de diâmetro, localizada no terço médio de região pré-tibial da perna esquerda. A lesão é bem delimitada e possui bordas eritematosas elevadas e firmes, além de fundo recoberto parcialmente por fina camada de fibrina. Diante do diagnóstico provável para o paciente descrito acima, qual a técnica de primeira escolha para a confirmação laboratorial do diagnóstico, nesse caso?

a) sorologia para leishmania, por apresentar alta sensibilidade e especificidade
b) intradermoreação de Montenegro, por sua elevada sensibilidade em lesões precoces
c) reação de polimerase em cadeia (PCR), por permitir identificação da espécie do parasita
d) escarificação da lesão para pesquisa direta do parasita, por ser rápido e ter alta sensibilidade

A
  1. A principal hipótese diagnóstica é leishmaniose cutânea pela característica da lesão e o componente
    epidemiológico. A sorologia para Leishmania não apresenta alta sensibilidade (aproximadamente 70%) ou
    especificidade, sendo um método de difícil interpretação para diagnóstico isoladamente. A reação intradérmica de Montenegro demonstra a resposta de hipersensibilidade tardia podendo ser negativa nas primeiras 4-6 semanas desde o aparecimento da lesão cutânea. O PCR vem sendo utilizado em conjunto com outros métodos parasitológicos e não diferencia espécie. Somente a identificação direta do parasita confirma laboratorialmente o diagnóstico e oferece possibilidade de identificação de espécie.

Resposta d.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
22
Q

PSU-CE – 2019
22. Menina de 6 anos recebeu diagnóstico de dengue há 3 dias e retorna para reavaliação. Iniciou quadro
de febre há 5 dias, dores de cabeça, articulares e musculares, tendo recebido orientação de repouso,
boa hidratação e analgésico. Os pais referem que, embora a febre tenha diminuído, a filha está
mais sonolenta e prostrada, com dor abdominal contínua, intensa e vômitos. Em que grupo do fluxograma do Ministério da Saúde se encaixa esse caso?

a) grupo A – Dengue sem sinais de alarme, sem condição especial, sem risco social e sem
comorbidades. Acompanhamento ambulatorial
b) grupo B – Dengue sem sinais de alarme, com condição especial ou com risco social e com
comorbidades. Acompanhamento em leito de observação até resultado de exames e reavaliação clínica
c) grupo C – Sinais de alarme presentes e sinais de gravidade ausentes. Acompanhamento em leito
de internação até estabilização
d) grupo D – Dengue grave. Acompanhamento em leito de emergência

A
  1. A paciente apresenta sinais de alarme como sonolência, dor abdominal contínua e vômitos, isso encaixa a paciente no Grupo C. Para ser classificada no Grupo D a paciente deveria apresentar além dos sinais de
    alarme, sinais de choque como hipotensão arterial, taquicardia, lentificação do enchimento capilar e pressão
    arterial convergente.

Resposta c.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
23
Q

PSU-CE – 2019
23. Criança, 6 anos, é levada pela mãe à consulta de demanda espontânea em Unidade Básica de
Saúde devido coceira e vermelhidão em calcanhar direito após fim de semana em casa de praia. (Fonte
imagem:
Observando a imagem acima, qual a melhor conduta medicamentosa?

a) loratadina 5 mg/dia durante 5 dias
b) griseofulvina 10 mg/kg/dia durante 4 semanas
c) aciclovir 20 mg/kg/dose 4 vezes ao dia durante 5 dias
d) albendazol 400 mg/dia durante 3 dias

A
  1. Paciente com lesão característica de infecção por larva migrans. As lesões surgem em decorrência do
    contato direto da pele com areia na qual estejam presentes larvas de parasitas do gênero Ancylostoma. A
    larva faz trajetos sinuoso na camada superficial da pele resultando em sensação pruriginosa e por isso as
    escoriações presentes na imagem. O tratamento de escolha é com anti-helmínticos, sendo o albendazol a
    droga exemplificada nas alternativas.

Resposta d.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
24
Q

PUC-PR – 2019
24. Com relação aos sintomas clínicos característicos de cada Parasitose Intestinal, enumere a segunda
coluna de acordo com a primeira:

(1) Ascaridíase
(2) Ancilostomíase
(3) Tricuríase
(4) Estrongiloidíase
(5) Giardíase

( ) Esteatorreia
( ) Prolapso Retal
 ( ) Anemia Ferropriva
( ) Dermatite Larvária
 ( ) Suboclusão Intestinal

a) 2 / 3 / 4 / 5 / 1
b) 4 / 5 / 3 / 1 / 2
c) 5 / 2 / 3 / 4 / 1
d) 5 / 3 / 2 / 4 / 1
e) 5 / 3 / 4 / 2 / 1

A
  1. A Giardíase pode apresentar quadro de má absorção intestinal com presença de esteatorreia nas fezes.
    A Tricuríase é assintomática na maioria dos casos, porém dependendo da quantidade de parasitas os sintomas gastrointestinais podem aparecer e em paciente com contaminação maciça de parasitas, mais comum em crianças, podemos observar o prolapso retal com parasitas aderidos a mucosa. A ancilostomíase é causada pelo Ancylostoma duodenale ou Necator americanus, ambos causam anemia no hospedeiro de característica ferropriva por aderirem na parede intestinal e se alimentarem do sangue do paciente. A dermatite larvária é descrita nas infecções por Strongyloides stercoralis nas mão, pés, nádegas e região anugenital. A ascaridíase pode evoluir com obstrução intestinal pelo “bolo” de áscaris formado na luz intestinal em quadros mais crônicos da infecção.

Resposta d.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
25
Q

PUC-PR – 2019
25. Uma criança de 5 anos é levada ao Pronto-Socorro Pediátrico devido à início súbito de febre e palidez
cutâneo mucosa grave. Você coleta um hemograma que evidencia níveis muito baixos de hemoglobina,
caracterizando um quadro de Crise Aplásica. O agente viral mais envolvido nesses episódios, com potencial de letalidade, é:

a) herpes simples tipo 1
b) citomegalovírus
c) Epstein-Barr
d) influenza A
e) eritrovírus B19

A
  1. O Parvovírus B19 ou Eritrovírus B19 é associado a síndromes de diferentes apresentações a depender da
    imunidade e idade do hospedeiro. A crise aplásica é caracterizada pela suspensão da eritropoiese levando a
    anemia grave. Os pacientes com essa síndrome geralmente apresentam palidez, letargia e astenia
    decorrente da anemia grave. A infecção pode evoluir com complicações como insuficiência cardíaca
    congestiva, acidentes cerebrovasculares e sequestro esplênico agudo.

Resposta e.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
26
Q

PUC-PR – 2019
26. Juliano, recentemente teve o diagnóstico de HIV, consulta na Unidade de Saúde para trazer os resultados
de seus exames: CD4 com valor de 90 cels/mm3
, VDRL negativo, Toxoplasmose IGG+, IGM- e prova
tuberculínica de 4 mm. A profilaxia primária indicada para esse paciente, é:

a) Pneumocystis jiroveci
b) Toxoplasma gondii
c) Mycobacterium tuberculosis
d) Mycobacterium avium
e) Candida albicans

A
  1. Paciente HIV positivos com CD4 abaixo de 100 cels/mm3 devem receber profilaxia para Toxoplama
    gondii. Vale a pena ressaltar que o paciente també tem inidcação de profilaxia para Pneumocystis jiroveci a
    partir de CD4< 200 cels/mm3, porém como a profilaxia para toxoplamose (sulfametoxazol+trimetopim 800/160mg 1x/dia) engloba o esquema de pneumocistose (sulfametoxazol+trimetopim 800/160mg 3x/semana) e paciente tem CD4<100cels/mm3 consideramos a resposta B como correta.

Resposta b.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
27
Q

Santa Casa-BH – 2019
27. Paciente do sexo masculino, 34 anos, com quadro de febre alta termometrada (38,9 ºC) iniciada há 6
dias e associada a dor retro-ocular, mialgia, dor abdominal difusa de leve intensidade e exantema em tronco e MMSS há 4 dias. Procura atendimento médico no sexto dia dos sintomas, relatando que está afebril há 48 horas, mas ainda apresenta mialgia e exantema em melhora. Ao exame, apresenta BEG, hidratado no limiar,
acianótico, anictérico e afebril. Prova do laço positiva, PA: 120 × 70 mmHg; FC: 98 bpm, FR: 18 irpm, SatO2:
98% em ar ambiente. Aparelhos respiratório e cardiovascular normais. Abdome: RHA+, plano, flácido com dor leve à palpação de hipocôndrio direito, sem sinais de irritação peritoneal; Murphy negativo.
Considerando a hipótese diagnóstica MAIS provável para o caso descrito, assinale a alternativa CORRETA:

a) a pesquisa de antígeno viral NS-1 deve ser solicitada para se confirmar o diagnóstico do paciente
b) a dor abdominal intensa e contínua, os vômitos persistentes, os derrames cavitários e a redução da
diurese são sinais de alarme dessa doença
c) o tratamento do paciente deve ser realizado em nível ambulatorial, independentemente do resultado dos
exames que serão solicitados
d) a hidratação venosa e o controle da mialgia devem ser iniciados preferencialmente com anti-inflamatórios
não esteroidais

A
  1. A principal hipótese diagnóstica é Dengue. O NS-1 é um exame de pesquisa de antígeno que deve ser
    realizado no quadro inicial até 4 dias de sintomas, como paciente procura o serviço no 6º dia, a sorologia é
    mais indicada. O paciente apresenta alguns sinais de alarme como dor abdominal e prova do laço positiva,
    devendo-se assim solicitar exames para avaliar função hepática, renal, hematológica e presença de derrames
    cavitários e a depender dos resultados, o tratamento deve ser hospitalar. Nos casos de dengue, o uso de
    anti-inflamatórios não esteroidais está contraindicado por aumentar o risco de sangramento.

Resposta b.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
28
Q

Santa Casa-BH – 2019
28. Paciente de 25 anos, faioderma, padeiro, foi internado na enfermaria da Santa Casa com quadro de febre diária, dor na parte superior do abdômen, emagrecimento discreto e tosse seca, com dois meses de evolução. Ao exame clínico, o paciente apresentava palidez cutânea e esplenomegalia leve, à palpação do
abdômen. Considerando o caso descrito, assinale a alternativa INCORRETA:

a) a Leishmaniose Visceral (LV) pode ser assintomática ou oligossintomática na minoria dos pacientes
residentes em áreas endêmicas
b) a pancitopenia, a elevação das enzimas hepáticas, a hipoalbuminemia e a hipergamaglobulinemia são
alterações laboratoriais que podem ser encontradas no Calazar clássico
c) a LV pode confundir-se com diversas entidades mórbidas, tais como malária, febre
tifoide, esquistossomose mansônica e enterobacteriose septicêmica prolongada
d) o exame sorológico de imunofluorescência indireta para LV pode apresentar reação cruzada com outras
doenças, tais como doença de Chagas, tuberculose e histoplasmose

A
  1. As infecções inaparentes ou assintomáticas são aquelas em que não há evidência de manifestações
    clínicas. O diagnóstico é feito através da coleta de sangue para exames sorológicos (imunofluorescência
    indireta/IFI ou enzyme linked immmunosorbent assay/ ELISA), ou através da intradermorreação de
    Montenegro reativa. Os títulos de anticorpos em geral são baixos e podem permanecer positivos por um
    longo período. Portanto, as formas assintomáticas são aquelas vistas em pacientes provenientes de áreas
    endêmicas, onde há evidência epidemiológica e imunológica da infecção sem quadro clínico aparente e
    caracteriza a maioria dos pacientes residentes em áreas endêmicas.

Resposta a.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
29
Q

Santa Casa-BH – 2019
29. Criança de 1 ano, sexo feminino, é levada a um Pronto-Atendimento por apresentar quadro de tosse
seca, coriza hialina e chieira no peito há 7 dias, sem melhora com o uso de salbutamol, prescrito em consulta no início do quadro. Nas últimas 48 horas, a criança passou a apresentar episódios de vômitos, sendo dois episódios com Ascaris lumbricoides, distensão abdominal e parada de eliminação de fezes. Em exame físico, constata-se criança com estado geral regular, desidratada, distensão abdominal e, durante o exame, eliminação de Ascaris. Considerando o caso descrito, assinale a conduta INCORRETA:

a) internação hospitalar
b) uso de mebendazol solução oral
c) passagem de sonda nasogástrica
d) uso de óleo mineral.

A
  1. Apesar de Mebendazol ser uma opção terapeutica de escolha para ascaridíase, a paciente apresenta-se
    com quadro de oclusao intesinal grave. Nessas condições o tratamento deve ser psotergado até resolução da obstrução com medidas inicialmente clínicas como passagem de sonda nasogástrica, uso de laxativo em ambiente hospitalar.

Resposta b.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
30
Q

Santa Casa-SP – 2019
30. Um paciente de onze anos de idade encontrava‐se com quadro febril, associado à conjuntivite, à tosse
produtiva com coriza e a manchas brancas na mucosa oral na altura dos pré‐molares e molares. Após seis
dias com esses sintomas, evoluiu com exantema morbiliforme, além de diarreia. Considerando essa situação hipotética, assinale a alternativa que apresenta, respectivamente, o diagnóstico mais provável e uma possível complicação da doença:

a) sarampo e encefalite
b) varicela e encefalite
c) mononucleose infecciosa e pneumonia intersticial
d) sarampo e ruptura esplênica
e) síndrome retroviral aguda e pneumonia intersticial

A
  1. O vírus do sarampo é um RNA vírus com um sorotipo, pertencente ao gênero Morbillivirus, na família
    Paramyxoviridae. O quadro descrito é típico pelo acometimento de vias aéreas com aspecto secretivo,
    associado a conjuntivite também exsudativa. As manchas brancas em mucosa oral são chamadas de machas de Koplic, são visualizadas na fase de prodrômo viral. Cerca de dois a quatro dias depois do surgimento dos sintomas do período prodrômico aparece a lesão característica do sarampo: o exantema cutâneo maculopapular. O exantema é de coloração vermelha, inicia-se na face, geralmente na região retroauricular, chegando ao auge 2-3 dias depois do seu início, quando se estende pelo tronco e membros; às vezes as lesões são confluentes, ou seja, tendem a convergir para a face e o tronco. O exantema pode durar de 4-7 dias e, em alguns casos, é seguido de descamação furfurácea. A febre dura, em geral, até o 3º dia do aparecimento do exantema e a encefalite ou meningoencefalite ocorre geralmente após o 6º dia do
    exantema, com taxas de letalidade que atingem aproximadamente 15%.

Resposta a.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
31
Q

Santa Casa-SP – 2019
31. Um paciente de 26 anos de idade procurou o pronto‐socorro por quadro de febre alta, náuseas e dores
pelo corpo há seis dias. Referia viagem em março de 2018 ao interior de São Paulo para realização de trilhas
e visitas a cachoeiras. Ao exame, encontrava‐se corado, hidratado, ictérico ++++/4, febril (38,0 ºC), com
frequência cardíaca de 65 bpm, PA de 100 × 60 mmHg e FR de 22 ipm. Considerando essa situação
hipotética, assinale a alternativa que apresenta o diagnóstico provável:

a) leptospirose
b) hepatite B aguda
c) hepatite A
d) dengue
e) febre amarela

A
  1. O paciente teve contato com área de risco para contaminação por Febre Amarela ao entrar em ambiente
    de mata de área com descrição de ciclo selvagem como no interior de São Paulo. A dissociação entre
    frequência cardiaca e temperatura, ou seja o paciente apresenta febre acompanhada de bradicardia, recebe
    o nome de sinal de Faget. O sinal de Faget é descrito no quadro clínico clássico da febre amarela. Além disso
    associa-se a febre e a icterícia ao quadro apresentado.

Resposta e.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
32
Q

SES-GO – 2019
32. Qual é o acidente ofídico mais comum em nosso estado, e que pode cursar com lesão renal aguda?

a) botrópico
b) crotálico
c) elapídico
d) lachético

A
  1. O acidente ofídico botrópico é de maior importância epidemiológica no país com taxa de letalidade de
    até 0.3%. Pode apresentar quadro clínico leve com dor local e pouco edema, com manifestações
    hemorrágicas discretas ou ausentes; moderado com edema local evidente podendo as manifestações
    hemorrágicas estarem presentes ou não; grave com edema local endurado, presença de bolhas e equimoses, manifestações sistêmicas importantes como hipotensão, choque hemorragia e oligúria. As complicações sistêmicas são choque em casos graves e a insuficiência renal aguda.

Resposta a.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
33
Q

SES-GO – 2019
33. O uso racional de antimicrobianos é uma necessidade atual, em decorrência da crescente prevalência de agentes multirresistentes. O conhecimento sobre os agentes etiológicos mais comuns é fundamental para a escolha dos antibióticos. Assim,

a) a ceftriaxona é uma cefalosporina de 3ª geração e está indicada em infecções cujo agente possível
é Pseudomonas aeruginosa
b) o Bacteroides fragilis é o principal anaeróbio causador de abscesso intra-abdominal e pode ser
tratado com penicilina G cristalina
c) a E. coli, a Serratia spp. e o Proteus spp. são exemplos de bacilos Gram-negativos não
fermentadores, frequentes causadores de infecções hospitalares
d) os enterococos são cocos Gram-positivos, causado- res tanto de infecções comunitárias como hospitalares, cujo tratamento de escolha é a ampicilina

A
  1. Ceftriaxone não tem espectro para infecções por Pseudomonas aeruginosa. O Bacterioides fragilis é um
    anaeróbio causador de infecções intra-abdominais e é tratado com Metronidazol. A E. coli é um bacilo Gramnegativo colonizador do trato gastrointestinal, não estando relacionado a infecções hospitalares
    frequentemente. Os enterococo são Gram-positivos que colonizam trato gastrointestinal e geniturinário, porém podem estar relacionados a infecções hospitalares, o tratamento de escolha é com Ampicilina se
    sensíveis.

Resposta d.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
34
Q

SES-PE – 2019

  1. Você é o médico da unidade básica de saúde de uma cidade que está enfrentando um surto de febre
    amarela. Qual das pessoas abaixo NÃO deverá receber a vacina?

a) idoso de 70 anos que não apresenta comorbidades significativas
b) paciente soropositivo para o HIV, em uso de terapia antirretroviral, com última contagem de CD4 de 350
células/mm3
c) mulher que está amamentando seu filho de sete meses
d) mulher no curso da 25ª semana de gestação
e) paciente portador de artrite psoriática em uso de infliximab

A
  1. A vacina de febre amarela estaria contraindicada para gestantes, porém analisamos caso a caso e em
    região de surto a vacina é indicada. A amamentação só contraindica se a criança tem menos de 6 meses e
    ainda assim, a amamentação pode ser suspensa por 10 dias para permitir a vacinação materna. Idosos tem
    contraindicação relativa pelo aumento de chance de visceralização pelo vírus vacinal atenuado, porém em
    região de surto, paciente sem comorbidades significativas, a vacina está liberada. Pacientes HIV em
    tratamento regular e alta contagem de CD4+ não tem contraindicação a vacina. Pacientes em uso de
    imunobiológicos e outras formas de imunossupressão são contraindicação formal a vacinação por qualquer
    vacina de agente vivo e atenuado.

Resposta e.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
35
Q

SES-PE – 2019
35. O sarampo permanece como uma doença endêmica em diversos continentes, tendo sido relatados 128.170 casos suspeitos, com 81.635 casos confirmados de sarampo nos primeiros cinco meses de 2018 no mundo. A região das Américas, após ter sido declarada a primeira região livre do sarampo, em 2016,
registrou este ano, nos primeiros meses, 1.864 casos de sarampo em 11 países, com destaque para a
Venezuela com vários casos de sarampo. Posteriormente assistimos ao retorno da doença na região Norte do Brasil, com mais de 2000 casos até novembro de 2018. Sobre essa doença exantemática, assinale a alternativa CORRETA:

a) é uma doença caracterizada por febre, tosse, coriza e conjuntivite seguidas, após três a cinco dias, por um
exantema de progressão craniocaudal, de distribuição centrífuga que não poupa a região palmoplantar
b) os anticorpos IgM costumam permanecer detectáveis por, pelo menos, 15 dias após o aparecimento do exantema. Destaca-se que existe possibilidade de resultados falso-negativos nos primeiros dias após o exantema e em pacientes que já receberam a vacina de sarampo
c) as complicações mais comuns do sarampo acometem, com mais frequência, crianças pequenas e
indivíduos imunocomprometidos e incluem otite média aguda, broncopneumonia, laringotraqueobronquite
e diarreia
d) a vitamina A mostrou efeito protetor, por reduzir as taxas de morbidade e mortalidade pelo sarampo em
países em desenvolvimento. Dessa forma, a vitamina A deve ser administrada em dose única no momento
do diagnóstico
e) a vacina, quando administrada em indivíduos susceptíveis expostos a um caso de sarampo, desde que utilizada até nas primeiras 48 horas após a exposição, pode abortar a evolução da doença ou minimizar suas manifestações clínicas

A
  1. O Sarampo é uma doença viral aguda, altamente transmissível, caracterizada por febre, exantema e
    sintomas respiratórios. O período prodrômico dura 6 dias e vem seguido do aparecimento do rash exantemático, maculopapular, de cor avermelhada, com distribuição em sentido cefalocaudal e centrifuga. Com o aparecimento do exantema, há produção de IgM que fica detectável até 28 após o rash. A infecção pode ser acompanhada de complicações graves, que podem deixar sequelas ou serem fatais. O sarampo é uma doença que compromete a resistência do hospedeiro, facilitando a ocorrência de superinfecção viral ou bacteriana. Cerca de 30% dos casos de sarampo podem cursar com uma ou mais complicações. Elas são frequentes principalmente nas crianças menores de 5 anos de idade, adultos maiores de 20 anos, pessoas desnutridas ou com algum grau de imunossupressão. A vitamina A está recomendada em países de baixa renda e taxas de desnutrição com possível deficiência vitamínica, porém não altera mortalidade da doença. A vacina tem efeito de 10-14 dias após administração, em casos de exposição o uso de imunoglobulina deve ser considerado caso a caso.

Resposta c.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
36
Q

SES-PE – 2019
36. As meningites bacterianas acometem indivíduos de todas as faixas etárias, porém cerca de 30% dos casos
ocorrem em crianças menores de 5 anos de idade. Diagnóstico e tratamento devem ser precoces a fim de
evitar desfechos desfavoráveis. Assinale a alternativa CORRETA a respeito dessa doença?
a) crianças menores de nove meses poderão apresentar os sinais clássicos de irritação meníngea, sendo comum observar também nesse grupo etário vômitos, convulsões, sinais neurológicos focais e coma
b) a análise do liquor evidencia hiperproteinorraquia, hipoglicorraquia e aumento do número de leucócitos
com predomínio posterior de linfócitos
c) o tratamento com antibiótico de forma empírica deve ser iniciado o mais precocemente possível, de
preferência logo após a punção lombar e coleta de sangue. O uso de corticoide imediatamente antes do
antibiótico é associado à redução de sequelas
d) os casos de meningite por Streptococcus pneumoniae com resistência total à penicilina devem ser tratados com ceftriaxona
e) a quimioprofilaxia com rifampicina (10 mg/kg/dose de 12/12 horas) está indicada para todos os contatos
próximos de casos suspeitos de meningite bacteriana, independentemente do agente etiológico, devendo
ser iniciada até 48h após a exposição

A
  1. Pacientes menores de nove meses apresentam quadro oligossintomático, dificultando o diagnóstico
    clinico, sendo coletada amostra de liquor quando febre persistente e exclusão de outros sítios prováveis
    como pulmonar e urinário. Há alteração do liquor com hipercelularidade, porém o predomínio é neutrofílico
    quando a etiologia é bacteriana. O tratamento geralmente é feito com ceftriaxone, se o Pneumococo
    apresenta resistência, pelo Guideline do IDSA (EUA) deve ser associada vancomicina para tratamentos
    empíricos. Em nosso estudo, não é demonstrado esse tipo de resistência do Pneumococo da comunidade
    que justifica a utilização da vancomicina. A quimioprofilaxia com rifampicina está indicada para os contatos íntimos de casos de meningite por Neisseria meningitidis ou Haemophilus influenzae. Os profissionais de saúde que realizaram procedimentos invasivos sem proteção individual com EPI adequado também são
    indicados para usar a profilaxia.

Resposta c.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
37
Q

SES-PE – 2019
37. A infecção pelo vírus dengue é a arbovirose mais incidente no Brasil e a que apresenta maior letalidade.
O reconhecimento precoce dos quadros graves é fundamental para evitar desfechos desfavoráveis. Assinale a alternativa CORRETA sobre essa doença.

a) a prova do laço deve ser realizada obrigatoriamente em todo paciente suspeito e que não apresente
sangramento espontâneo. Na criança, o manguito deve permanecer insuflado durante três minutos, e a
prova será considerada positiva, se houver 20 ou mais petéquias em um quadrado com 2,5 cm de lado no
antebraço
b) nas crianças, particularmente nos menores de dois anos, o quadro grave pode ser identificado como a
primeira manifestação clínica, pois o início da doença pode passar despercebido
c) o diagnóstico diferencial deve ser estabelecido com outras arboviroses, como Chikungunya e Zika, sendo
útil para diferenciá-las a presença de plaquetopenia que é exclusiva da dengue
d) a presença de algum sinal de alarme caracteriza o grupo C e indica a reposição volêmica imediata com 20
ml/kg de soro fisiológico em até 20 minutos
e) se o acesso vascular não for rapidamente conseguido, a via intraóssea em crianças deve ser reservada para medicamentos durante a reanimação cardiopulmonar, devendo ser evitada a administração de líquidos

A
  1. A prova do laço em crianças é positiva a partir de 10 petéquias. A presença de plaquetopenia não é
    exclusiva da Dengue, sendo um achado comum em outras arboviroses. A presença de sinais de alarme
    caracteriza paciente do grupo C, indicando investigação com exames pode-se iniciar a reposição volêmica de
    20 ml/kg sendo repetida até 3 vezes, porém sem tempo definido. A via intraóssea pode receber volume sem
    contraindicação. As primeiras manifestações em menores de dois anos podem ser sintomas inespecíficos e
    passarem despercebidas até o início das manifestações mais graves.

Resposta b.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
38
Q

SES-PE – 2019
38. Sobre a Esquistossomose Mansoni, leia as sentenças abaixo:
I. No ciclo da doença, estão envolvidos dois hospedeiros.
II. O agente etiológico, o Schistosoma mansoni, é um helminto.
III. Qualquer pessoa que entre em contato com as cercárias, independentemente da idade, sexo, ou grupo
étnico, pode vir a contrair a infecção.
IV. A febre de Katayama associada à eosinofilia elevada é sugestiva da doença.
V. É de notificação compulsória em áreas endêmicas.
Assinale a alternativa CORRETA.

a) apenas a V está incorreta
b) apenas a III está incorreta
c) apenas a IV está incorreta
d) apenas a II está incorreta
e) I, II, III, IV e V estão corretas

A
  1. A esquistossomose é uma doença parasitária causada por um helminto, Schistosoma mansoni. O ciclo da doença usa dois hospedeiros, o caramujo do gênero Biomphalaria e o homem. A infecção ocorre pela penetração de cercárias através da pele do ser humano, sendo o único fator de risco associado o ambiental, ou seja, qualquer pessoa em contato com as larvas nas “lagoas de coceira” pode adquirir a doença. A febre de Katayama é o nome dado ao quadro agudo da doença parasitária que após três a sete semanas de
    exposição, caracteriza-se por febre, anorexia, dor abdominal e cefaléia, o paciente pode apresentar, em
    menor freqüência, diarréia, náuseas, vômitos, tosse seca. Durante o exame físico, pode-se detectar a
    hepatoesplenomegalia, isto é, o fígado e o baço aumentados de tamanho. O exame laboratorial aponta
    eosinofilia bastante elevada e, quando associado a dados epidemiológicos e clínicos, fecha-se o diagnóstico da esquistossomose aguda evidentes. Os dados de infecções novas em áreas de epidemiologia já conhecida e classificada como região endêmica não é de notificação compulsória.

Resposta a.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
39
Q

SUS-SP – 2019
39. Em relação aos acidentes com escorpiões:
a) CIVD e insuficiência renal aguda são complicações frequentes
b) a soroterapia está indicada nos casos de acidente escorpiônico de gravidade moderada e grave
c) a espécie Tityus bahiensis (escorpião marrom) é a responsável pela maioria dos casos de acidentes
escorpiônicos
d) o quadro clínico local apresenta dor, com intensidade fraca, sudorese, eritema e piloereção
e) o quadro clínico sistêmico é mais frequente em adultos do que em crianças

A
  1. Os acidentes escorpiônicos são importantes em virtude da grande frequência com que ocorrem e da sua
    potencial gravidade, principalmente em crianças picadas pelo Tityus serrulatus. Estudos a inoculação do
    veneno ocasiona dor local importante e efeitos complexos nos canais de sódio, produzindo despolarização das terminações nervosas pós-ganglionares, podendo causar parestesias. Os acidentes moderados a graves com manifestações sistêmicas são mais vistos em crianças do que adultos. As complicações nos casos graves são gastrointestinais, cardiovasculares e neurológicas. CIVD e insuficiência renal é observada em acidentes
    ofídicos.

Resposta b.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
40
Q

SUS-SP – 2019
40. FS, sexo masculino, 5 anos de idade, apresenta quadro de febre diária de até 39,1 °C, há 6 dias. No
terceiro dia da febre, a mãe o levou ao pronto-socorro, sendo feito o diagnóstico de amigdalite e prescrito
amoxicilina. FS começou a tomar no dia seguinte (4 o dia do início dos sintomas). Hoje pela manhã a criança
foi levada novamente ao pronto-socorro, devido ao surgimento de hiperemia conjuntival, sem prurido ou
secreção ocular e manchas em dorso e tórax. No exame clínico de hoje, a criança se encontra em regular
estado geral, descorada 1+/4+, febril (38 °C). Hiperemia conjuntival bilateral. Exantema com placas
e manchas em tórax, dorso e ombros. Orosocopia com enantema e fissuras labiais, amígdalas hiperemiadas,
linfonodo em cadeia cervical anterior direita, com 2 cm de diâmetro, móvel, fibroelástico, sem sinais
flogísticos. Semilogia pulmonar, cardíaca e abdominal normais. Edema em ambas as mãos, com discreta
descamação periungueal. A melhor conduta neste momento além de antitérmico é:

a) anti-histamínico e trocar amoxicilina por cefuroxima
b) anti-histamínico e suspender amoxicilina
c) anti-histamínico e trocar amoxicilina para eritromicina
d) suspender amoxicilina e realizar ecocardiograma
e) suspender amoxicilina e tomografia cervical

A
  1. O quadro clínico apresentado é característico de Doença de Kawasaki, doença inflamatória aguda que
    acomete a camada muscular de artérias de tamanho médio, incluindo as artérias coronárias. A etiologia é
    desconhecida e a doença é autolimitada. As crianças abaixo de 5 anos são acometidas em 80% dos casos. Os
    sintomas são: febre alta, hiperemia conjuntival, exantema polimorfo, hiperemia em região glútea e ao redor
    da cicatriz de BCG, edema de mão e pés com descamação periungueal, linfadenomegalia (principalmente cervical e unilateral). A língua em aspecto de morango é um sinal característico. O seguimento deve ser com ecocardiografia periódico e angiografia se alteração.

Resposta d.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
41
Q

UERJ – 2019
41. Lactente de 10 meses foi levada ao pediatra com quadro de lesões verrucosas perianais de início há um
mês, que foram aumentando em quantidade. A mãe, 14 anos, refere que ela nasceu de parto vaginal, assistido por pediatra, sem complicações, permanecendo em aleitamento materno exclusivo até 2 meses. Por vezes, a bebê ficava sozinha com o avô paterno. Foi verificado que o calendário vacinal está em dia, e que no cartão de acompanhamento pré-natal há registro de oito consultas, sem intercorrências. O laudo de exame colposcópico, realizado com seis meses de gestação, mostrou lesão NIC grau I. Ao exame físico, a criança está em bom estado geral, mas apresenta lesões condilomatosas acuminadas em região perianal. O restante do exame físico apresentou resultado normal. Diante desse caso, a principal hipótese diagnóstica é de:

a) infecção por HPV de transmissão perinatal
b) infecção por HPV por abuso sexual
c) sífilis por abuso sexual
d) sífilis congênita

A
  1. A. A transmissão de HPV é descrita classicamente pelo contato sexual, porém há o risco de infecção do
    neonato no momento que passa por uma canl de parto contaminado. A paciente acima, apresentava uma
    lesão pré-neoplásica em colo de útero que são relacionadas a infecção por subtipos oncogênicos do HPV. A via de parto foi vaginal possibilitando a contaminação do filho que agora apresenta lesões verrucosas.

Resposta a.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
42
Q

UERJ – 2019
42. Menina de 9 anos, com diagnóstico de leucemia, apresenta quadro de febre (39 ºC) de início há
duas horas. O último ciclo de quimioterapia (citarabina) ocorreu há 10 dias. Ao exame físico, ela está em
regular estado geral, pálida, hidratada e com lesões ulcerativas dolorosas na boca, que sangram e a impedem de comer, sem demais alterações. O hemograma evidenciou leucócitos = 1.500 (10%
neutrófilos), hemoglobina = 7 g/dL e plaquetas = 22.000. Nesse caso, o provável agente etiológico das lesões orais e a conduta terapêutica, respectivamente, são:

a) Streptococcos viridans / iniciar cefepima venosa
b) Staphylococcos epidermidis / iniciar vancomicina venosa
c) Streptococcos viridans / iniciar cefepima associada à vancomicina venosas
d) Staphylococcos epidermidis / iniciar cefepima associada à vancomicina venosas

A
  1. A paciente em questão apresenta 2 quadros importantes em pacientes oncológicos e que propiciam
    infecções graves: Neutropenia febril e Mucosite. A neutropenia febril é definida como febre em paciente
    submetido a quimioterapia e com contagem absoluta de neutrófilos menor que 500 células/mm³. As lesões
    em mucosa descritas na cavidade oral são sinais de mucosite, podem acometer todo trato gastrointestinal e
    são portas de entrada para translocação bacteriana. O Streptococcos viridans é parte da flora de cavidade
    oral, sendo o agente mais provável para infecção presente. O tratamento empírico da Neutropenia febril
    começa com Cefepime, sendo um antibiótico de amplo espectro. Na presença de mucosite, os guidelines
    sugerem introdução conjunta de vancomicina.

Resposta c.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
43
Q

UFF – 2019
43. Tendo em vista as arboviroses febris agudas, dentre as afirmativas a seguir, marque a
afirmativa verdadeira:

a) a forma grave (hemorrágica) do dengue é caracterizada por coagulação intravascular disseminada (CIVD)
b) na Chikungunya, a forma articular crônica é caracterizada por acometimento reumatoide-like, inclusive com fator reumatoide falso-positivo
c) dor abdominal, vômitos em jato e diarreia são sinais de alarme para as formas graves do dengue
d) a infecção aguda por Zika na gestante é um motivo legal para a mulher decidir abortar
e) o Zika se caracteriza por febre baixa ou ausente, rash cutâneo (exantema) e hiperemia da mucosa
conjuntival

A
  1. O quadro de dengue hemorrágica ocorre por aumento da fragilidade vascular associada a plaquetopenia, sendo a coagulopatia uma pequena fração da fisiopatologia. Na Chikungunya há acometimento articular importante, até mesmo com casos de cronificação, porém sem associação com fator reumatoide. Os sinais de alarme da dengues são dor abdominal intensa e contínua, vômitos persistentes, porém não em jatos, e diarreia não é um sintoma comum. A infecção por Zika se caracteriza por febre baixa, rash cutâneo com menos de 24h de doença. O rash pode ser pruriginoso, assim como a conjuntivite pode estar presente. É comprovada as alterações fetais decorrentes da infecção por Zika vírus durante a gestação, porém ainda não é motivo legal para aborto.

Resposta e.

44
Q

UFF – 2019
44. Considerando um paciente com três dias de febre alta, artralgias simétricas intensas e com edema, e que
apresentou exantema no 2º/3º dia de doença, é possível afirmar que:

a) os diagnósticos mais prováveis são febre Chikungunya e infecção pelo vírus Zika, pela presença de febre alta e artralgias, devendo as sorologias ser solicitadas B
b) o diagnóstico poderia incluir febre Chikungunya e dengue, sendo útil o exame NS-1 neste momento da
investigação
c) o diagnóstico poderia incluir infecção pelo Zika e febre Chikungunya, considerando o exantema precoce,
devendo o exame NS-1 ser pedido
d) o diagnóstico inicialmente poderia incluir qualquer arbovirose, mas a ausência da hiperemia conjuntival
e do prurido afasta a possibilidade de Chikungunya
e) o diagnóstico inicialmente poderia incluir qualquer arbovirose, mas a ausência de manifestações
hemorrágicas afastaria dengue

A
  1. A dengue manifesta-se com febre alta, cefaleia, mialgia e artralgia. O rash cutâneo pode estar presente
    e aparece após o 2º so 5° dia de doença, nos primeiros 4 dias de doença podemos confirmar o quadro com
    NS-1 (pesquisa de antígeno). A dengue pode evoluir para o quadro hemorrágico e até choque. A infecção
    por Zika se caracteriza por febre baixa, rash cutâneo com menos de 24h de doença, não sendo a principal
    hipótese nesse caso. A infecção por Chikungunya se caracteriza pela artralgia mais pronunciada que a mialgia
    e febre alta desde o primeiro dia. O Rash pode aparecer após 48h de sintomas. A artrite é comum,
    acometendo várias articulações, bilateral e simétrica. Prurido ocorre em 25 a 50% dos casos, assim não exclui
    o diagnóstico se estiver ausente.

Resposta b.

45
Q

UFG – 2019
45. O interferon-Y, como outros interferons, tem a capacidade de interferir nas infecções virais. Essa
substância:

a) tem como principal ação a resposta imune à infecção viral
b) inibe a atuação de macrófagos e monócitos
c) tem importante papel na diferenciação de células CD4 T
d) atua estimulando a diferenciação de linfócitos em células Th2

A
  1. O interferon- tem um papel regulatório na resposta imune, sendo ativadora de resposta contra vírus, bactérias e até mesmo células tumorais. A produção de interferon- Y é induzida por interleucina 12 (IL-12) que ativam linfócitos T auxiliares CD4+ e aumentando a liberação da mesma. Com a liberação de INF-Y há aumento da resposta imunológica com atração de macrófagos, linfócitos T e células NK. Fazem estímulo para diferenciação de linfócitos T em CD4+ e assim uma autorregulação positiva.

Resposta c.

46
Q

UFG – 2019
46. Na investigação de dengue na infância:

a) a ausência de alterações no hemograma (hemoconcentração e/ou plaquetopenia), após o terceiro dia de febre, exclui o diagnóstico de dengue e, portanto, outros exames devem ser realizados em busca do diagnóstico definitivo
b) a presença de vômitos persistentes em lactentes não deve ser considerada como sinal de alerta para
dengue grave nesta faixa etária, pois eles apresentam esses vômitos por diversos motivos, como doença
do refluxo gastroesofágico e alergia ao leite de vaca
c) o isolamento viral, realizado a partir do sétimo dia da febre, é importante ferramenta para acompanhamento epidemiológico da doença, mas o seu alto custo inviabiliza a realização em todos os casos
d) a prova do laço, em crianças, deve ser realizada durante três minutos e é importante lembrar que ela pode ser negativa durante o choque

A
  1. A prova do laço deverá ser realizada obrigatoriamente em todos os casos suspeitos de dengue durante o exame físico. Na criança esse sinal pode ser negativo durante o choque e se tratar de um caso grave. A técnica da prova do laço em crianças é desenhar um quadrado de 2,5 cm de lado (ou uma área ao redor da falange distal do polegar) no antebraço da pessoa e verificar a PA (deitada ou sentada). Após a medida, calcular o valor médio:(PAS+PAD)/2 e insuflar novamente o manguito até o valor médio e manter por 3
    minutos ou menos com o aparecimento de petéquias ou equimoses. Nas crianças, a prova será positiva se
    presença de 10 ou mais petéquias dentro do quadrado.

Resposta d.

47
Q

UFPR – 2019
47. Arbovírus são vírus transmitidos por artrópodes (Arthropod-borne virus) e são assim designados não
somente pela sua veiculação através de artrópodes, mas, principalmente, pelo fato de parte de seu ciclo
replicativo ocorrer nos insetos. As arboviroses têm se tornado importantes e constantes ameaças em regiões
tropicais, devido às rápidas mudanças climáticas, desmatamentos, migração populacional, ocupação
desordenada de áreas urbanas e precariedade das condições sanitárias, que favorecem a amplificação e
transmissão viral. A respeito do assunto, considere as seguintes afirmativas:
1. No continente africano, o ciclo da Chikungunya (CHIKV) ocorre, essencialmente, em áreas florestadas,
envolvendo mosquitos vetores silvestres do gênero Aedes e primatas não humanos. Já no continente
asiático, o ciclo de transmissão de CHIKV esteve geralmente associado ao mosquito urbano Aedes aegypti e ao homem.
2. A maioria dos pacientes infectados com febre do oeste do Nilo é assintomática, mas os sintomas,
quando presentes, incluem febre, dor de cabeça, enjoo e vômito.
3. Em 2015, o Brasil registrou os primeiros casos humanos autóctones de Zika, confirmando a recente
entrada desse arbovírus no País. Os primeiros estados brasileiros a registrar casos de infecção por ZIKV foram
Paraná e Rio Grande do Sul.
4. A principal forma de infecção pelo ZIKV é pela picada de fêmeas infectadas do gênero Aedes, sendo A. albopictus o principal vetor no Brasil.

Assinale a alternativa CORRETA:

a) somente as afirmativas 1 e 2 são verdadeiras
b) somente as afirmativas 1 e 4 são verdadeiras
c) somente as afirmativas 2 e 3 são verdadeiras
d) somente as afirmativas 3 e 4 são verdadeiras
e) as afirmativas 1, 2, 3 e 4 são verdadeiras

A
  1. Em 2015, houve registro dos primeiros casos de Zika, porém os casos notificados foram no Rio Grande
    do Norte, seguido dos demais estados do Nordeste brasileiro. Apesar de o Zika ser transmitido por várias
    espécies do mosquito do gênero Aedes, a espécie mais comum do vetor no Brasil ainda é o Aedes aegypti.

Resposta a.

48
Q

UFRN – 2019
48. As parasitoses intestinais são muito frequentes na infância e são consideradas problemas de saúde
pública, principalmente nas áreas periféricas das cidades dos países em desenvolvimento, onde ocorrem
com grande frequência. Alguns parasitas geram uma resposta inflamatória migratória no pulmão, em razão
de seu ciclo cardiopulmonar. São parasitas capazes de gerar a síndrome de Loeffler:

a) Ascaris lumbricoides e Strongyloides stercoralis
b) Taenia solium e Trichocephalus trichiurus
c) Necator americanus e Enterobius vermiculares
d) Giardia lamblia e Entamoeba histolytica

A
  1. Os parasitas que apresentam ciclo pulmonar e podem causar a síndrome de Loeffler são: Ascaris lumbricoides, Necator americanus, Ancylostoma duodenale e Strongyloides stercoralis. A infecção parasitária faz parte do diagnóstico diferencial de outras causas de pneumonia eosinofílica.

Resposta a.

49
Q

UFT – 2019
49. O diagnóstico diferencial da leishmaniose visceral deve ser feito com outras causas de esplenomegalia,
febris ou não. Dentre as causas parasitárias e infecciosas implicadas no diagnóstico diferencial do calazar devemos considerar, EXCETO:

a) malária
b) toxoplasmose adquirida
c) esquistossomose mansônica na fase aguda
d) tuberculose ganglionar
e) mononucleose infecciosa

A
  1. Todos os diagnósticos exemplificados causam esplenomegalia com exceção da tuberculose ganglionar.
    A tuberculose disseminada por ser um diagnóstico diferencial apresentando aumento de baço e fígado,
    porém a tuberculose ganglionar é restrita a cadeia linfonodal, sendo a região cervical muito acometida e a
    principal tuberculose extrapulmonar em imunossuprimidos HIV positivos.

Resposta d.

50
Q

UNESC – 2019
50. A Febre Amarela é uma doença infecciosa febril aguda, imunoprevenível, cujo agente etiológico é
transmitido por artrópodes, e que possui dois ciclos epidemiológicos de transmissão distintos: silvestre e
urbano. Qual alternativa apresenta uma assertiva com característica epidemiológica verdadeira?

a) o ciclo silvestre é endêmico nas regiões tropicais da África, da Ásia e das Américas
b) na população humana, o aparecimento de casos tem sido precedido de epizootias de primatas não
humanos
c) apresenta-se sob a forma de epidemia com intervalos de tempo que podem variar de 3-7 meses,
alternados por períodos com menor número de casos
d) em virtude da regularidade no tempo entre os intervalos epidêmicos é possível afirmar que apresenta
um aspecto cíclico
e) desde 1942, não há registro no Brasil do aparecimento de casos em sua forma grave

A
  1. Quando falamos de ciclo urbano ou silvestre na febre amarela, levamos em conta o tipo de vetor
    responsável pela transmissão da doença. No ciclo urbano, o vetor responsável seria o mosquito Aedes sp.,
    enquanto que o ciclo silvestre apresenta vetores de mosquitos como o Sabethes e Hemagogus. No Brasil
    não há casos de febre amarela transmitida no ciclo urbano desde 1942. Foi observado que os casos de febre
    amarela em população humana são precedidos por epizootias dos primatas não humanos, macacos. Assim,
    há uma vigilância da população de não primatas fazendo parte da prevenção de casos humanos nas proximidades.

Resposta b.

51
Q

UNESC – 2019
51. Em relação à Febre do Nilo Ocidental, considerando seus hospedeiros e reservatórios, é correto afirmar:

a) no ciclo silvestre os primatas não humanos são os principais hospedeiros e amplificadores do vírus
b) o ciclo de transmissão do vírus envolve aves e mosquitos. Nos mosquitos, a transmissão vertical do vírus favorece a sua manutenção na natureza
c) no Brasil, os principais vetores e reservatórios são os carrapatos do gênero Amblyomma,
entretanto, potencialmente, qualquer espécie de carrapato pode ser reservatório
d) centenas de espécies de mamíferos (silvestres e domésticos) presentes em todos os biomas do
Brasil podem ser consideradas reservatórios
e) os animais sinantrópicos (roedores) e domésticos (canídeos, felídeos e equídeos) fazem parte da cadeia
de transmissão. Com relação a esses últimos, seu papel na manutenção do parasito no meio ambiente
ainda não foi esclarecido

A
  1. A Febre do Nilo Ocidental é uma doença causada por um vírus do gênero Flavivírus, família Flaviviridae,
    assim como os vírus da Dengue e da Febre Amarela. O vírus do Nilo Ocidental é transmitido por meio da
    picada de mosquitos infectados, principalmente do gênero Culex. Os hospedeiros naturais são algumas
    espécies de aves silvestres, que atuam como amplificadoras do vírus (viremia alta e prolongada) e como
    fonte de infecção para os mosquitos. Também pode infectar humanos, equinos, primatas e outros
    mamíferos. O homem e os equídeos são considerados hospedeiros acidentais e terminais, uma vez que a
    viremia se dá por curto período de tempo e em níveis insuficientes para infectar mosquitos, encerrando o
    ciclo de transmissão. Além disso, assim como o vírus da Dengue, há transmissão vertical nos vetores,
    perpetuando o ciclo de infecção.

Resposta b.

52
Q

UNICAMP – 2019
52. A precária condição do saneamento básico em algumas localidades do Brasil, faz com que o país tenha
diversos casos de doenças intestinais provocadas por bactérias, protozoários e vermes. Considerando que
cada um dos agentes tem suas próprias características, assinale a alternativa CORRETA:

a) o Ascaris lumbricoides é o helminto mais frequentemente encontrado e localiza-se preferencialmente no
canal pancreático, vias biliares e apêndice
b) o Trichuris trichiura localiza-se preferencialmente no ceco e cólon ascendente e pode ser tratado com
mebendazol
c) gestantes com presença de ovos de Schistosoma mansoni nas fezes, devem ser tratadas durante a
gestação
d) crianças com protoparasitológicos com presença de Entamoeba coli ou Endolimax nana ou Iodamoeba
butschlii devem ser tratadas com metronidazol

A
  1. Os Ascaris lumbricoides medem entre 15 cm e 40 cm de comprimento na fase adulta e desenvolvem-se
    no intestino delgado do hospedeiro. Para esquistossomose o tratamento da doença dispõe de duas drogas: o praziquantel e a oxamniquine que são contraindicados na gestação e amamentação. Entamoeba coli, Endolimax nana e Iodamoeba butschlii são espécies não patogênicas, assim sem indicação formal de tratamento. O Trichuris trichiura é um parasita que se aloja no intestino grosso preferencialmente e o
    tratamento pode ser feito com albendazol, mebendazol e ivermectina.

Resposta b.

53
Q

UNICAMP – 2019
53. Menina, 4a, retorna para ver resultado de exames de fezes que colheu há 10 dias durante um quadro
diarreico. Protoparasitológico: trofozoítos de Giardia lamblia e Entamoeba histolytica. O tratamento é
prescrever:

a) teclozam
b) tiabendazol
c) praziquantel
d) metronidazol

A
  1. O tratamento de primeira escolha pode ser feito com nitroimidazólicos como Metronidazol, Secnidazol e Tinidazol, com eficácia superior a 90%. Os sintomas tipicamente melhoram em 5 -7 dias após o início do tratamento. Nas formas crônicas, a melhora pode ser mais lenta. Caso ocorrer persistência da diarreia, pode-se solicitar EPF para descartar persistência da giardíase.

Resposta d.

54
Q

UNICAMP – 2019
54. Paciente de 6 meses de idade é levado ao pronto-socorro com história de ter apresentado crise
tOnicoclônica generalizada, com duração de 1 minuto. Ao exame, apresenta-se febril, sonolento e com
abaulamento de fontanela anterior. Assinale a alternativa CORRETA para a primeira hipótese diagnóstica e a conduta a serem consideradas nesse caso:

a) convulsão febril; observação clínica sem necessidade de nenhuma medicação antiepiléptica
b) convulsão febril; orientar uso de diazepam profilático quando voltar a apresentar febre
c) tumor cerebral; tomografia de crânio, abordagem cirúrgica
d) hipervitaminose A; diálise
e) meningite bacteriana, antibioticoterapia

A
  1. A Convulsão febril é uma crise epilética que ocorre após 1 mês de idade, associada à doença febril, não
    causada por uma infecção do sistema nervoso central, sendo excluídas as crianças que apresentaram crises
    neonatais ou crises não provocadas ou que se encaixam nos critérios de outra crise sintomática aguda. A
    criança descrita no caso clínico apresenta sinal localizatório com o abaulamento de fontanela, assim a
    principal suspeita é uma infecção aguda, como a meningite bacteriana que deve ser tratada imediatamente
    após coleta de liquor.

Resposta e.

55
Q

FAMERP – 2019
55. Paciente sexo feminino, previamente saudável, procura ambulatório de Gastro-DIP do
Hospital Municipal, referindo que foi encaminhada pela equipe da plástica, porque ao realizar exames préoperatórios para implantação de próteses de mama, os exames revelaram que ela é portadora do vírus B da
hepatite, mutante pré-core. A equipe que a atendeu, chegou a esse diagnóstico porque os marcadores virais
sorológicos, mostraram, além de Anti-HBc IgG+:

a) HBsAg+, HBeAg+, anti-HBe- e DNA HBV > 20.000 UI
b) HBsAg-, HBeAg+, anti HBe- e DNA HBV > 20.000 UI
c) HBsAg+, HBeAg-, anti-HBe+ e DNA HBV > 20.000 UI
d) HBsAg+, HBeAg-, anti-HBe+ e DNA HBV < 2.000 UI

A
  1. A paciente para ter Hepatite B crônica apresenta perfil sorológico com anti-HBs negativo, Ag-HBs positivo e anti-HBc IgG positivo. Na infecção pelo vírus selvagem, temos como sinal indireto de replicação viral o AgHbe positivo e o anti-Hbe negativo, mas como comprovação a Carga viral positiva. O mutante pré-core apresenta perfil de vírus não replicante, ou seja, o Ag-Hbe negativo e o anti-Hbe positivo, porém esperávamos, ao invés de uma carga viral negativa ou até 2000 cópias como se a infecção fosse por vírus selvagem controlado, a carga viral estará detectável, com > 2.000 cópias de vírus replicante mutante.

Resposta c.

56
Q

FAMERP – 2019
56. Recentemente, em várias cidades do Brasil, houve um surto inesperado de hepatite A. Em relação à
hepatite A, é correto afirmar:

a) o vírus é detectado nas fezes, em alta infectividade, por até 14 dias após início da colúria
b) os hospedeiros do vírus são primatas, suínos e aves
c) o vírus é bastante estável no ambiente, mas não pode sobreviver em fezes secas em temperatura
ambiente
d) pacientes que evoluem com a forma clínica de colestase prolongada têm maior chance de mortalidade

A
  1. A principal via de contágio da hepatite A é a fecal-oral, por contato inter-humano ou por meio de água e
    alimentos contaminados. Contribuem para a transmissão a estabilidade do vírus no meio ambiente e a grande quantidade de vírus presente nas fezes dos indivíduos infectados. Durante a fase aguda, ocorre
    viremia inicial acompanhada de eliminação fecal do vírus. A infecciosidade se verifica a partir de duas
    semanas antes até, pelo menos, uma semana após o início da icterícia, de outros sintomas clínicos ou da
    elevação dos níveis das enzimas hepáticas. O quadro clínico tende a ser mais sintomático e prolongado em
    adultos, porém não aumenta a mortalidade nessas faixas etárias. Resposta a.
57
Q

HAC – 2019
57. Homem, 33 anos, procurou um banco de sangue para doação para um familiar acidentado. Sua doação
foi negada devido a alterações nos exames de hepatite B. Foi encaminhado a uma unidade de saúde e o
clínico geral solicitou as seguintes sorologias com os seguintes resultados: HbsAg (+), anti-HBs (-), anti-HBc
IgM (-), anti-HBc IgG (+), HbeAg (+), anti-Hbe (-).
Qual a interpretação adequada para estes resultados pelo considerando a infecção pelo HBV:

a) aguda de baixa infectividade
b) aguda de alta infectividade
c) crônica de alta infectividade
d) crônica de baixa infectividade
e) aguda tardia de baixa infectividade

A
  1. O paciente apresenta perfil sorológico de Hepatite B crônica (anti-HBs negativo, Ag-HBs positivo e antiHBc positivo). A infecção crônica é demonstrada pelos marcadores de contato com o vírus selvagem, anti-HBc total, que não estaria positivo se ele fosse somente imunizado pela vacina e a fração IgM está negativa
    demonstrando que esse contato foi antigo. Na infecção pelo vírus selvagem, temos como sinal indireto de
    replicação viral o Ag-Hbe positivo e o anti-Hbe negativo e como comprovação a Carga viral positiva. O
    paciente apresenta sinais de replicação viral contínua, sendo assim, presença de alta carga viral e consequente alta infectividade.

Resposta c.

58
Q

HGIP – 2019
58. Assinale a alternativa do marcador de hepatite B que indica alto grau de infectividade:

a) HBsAg
b) HBcAg
c) HBcAg IgM
d) HBeAg

A
  1. Na infecção pelo vírus selvagem, temos como sinal indireto de replicação viral o Ag-Hbe positivo e o antiHbe negativo e como comprovação a carga viral positiva. O AgHbe apresenta sinais de replicação viral contínua, sendo assim, presença de alta infectividade.

Resposta c.

59
Q

HGIP – 2019

  1. Analise o quadro a seguir:
    a) anti-HBc total + | AgHBs - | anti-HBs +
    b) anti-HBc total - | AgHBs - | anti-HBs +
    c) anti-HBc total + | AgHBs + | anti-HBs -
    d) anti-HBc total - | AgHBs + | anti-HBs -

Assinale a alternativa que representa o padrão sorológico de imunidade naturalmente adquirida para
Hepatite B, em paciente de 42 anos, sexo feminino:

a) anti-HBc total: -; AgHBs: -; anti-HBs: +
b) anti-HBc total +; AgHBs: -; anti-HBs: +
c) anti-HBc total: +; AgHBs: +; anti-HBs: -
d) anti-HBc total: -; AgHBs: +; anti-HBs: -

A
  1. O perfil sorológico desse paciente é representado pelo perfil (A). A imunidade natural adquirida pelo
    contato com o vírus é representada pelo anti-HBc positivo. A imunidade adquirida é representada pela
    positividade do anti-HBs e a cura pela negatividade do Ag-Hbs.

Resposta b.

60
Q
HPP – Medicina da Família – 2019
60. Paciente assintomático recebe o resultado dos seguintes exames colhidos numa consulta eletiva:
– HBs-Ag: não reagente
– anti-HBc total: reagente
– anti-HBc IgM: não reagente
– anti-HBe: reagente
– anti-HBs: reagente
– anti-HCV: não reagente

O diagnóstico é:

a) infecção passada pela hepatite B e Imunidade para a mesma
b) hepatite C crônica
c) final de fase aguda da hepatite B ou hepatite B crônica
d) período de janela imunológica da hepatite B
e) hepatite B aguda

A
  1. O anti HBs positivo significa imunidade adquirida contra o vírus. Com Anti HBc total positivo significa que
    a imunidade foi adquirida através do contato com o vírus e não pela resposta vacinal. O AgHBs negativo e o
    Ag HBe negativo demonstram que o vírus não está ativo e não há replicação.

Resposta a.

61
Q

HPP – Medicina da Família – 2019
61. Qual da Hepatite apresenta frequentemente na sua fase prodrômica manifestações semelhantes a
doença do soro, composta por: dor articular, febre e alterações cutâneas dos tipos urticariformes e
maculopapulares:

a) hepatite A
b) hepatite B
c) hepatite C
d) hepatite D
e) hepatite E

A
  1. A hepatite B apresenta na fase aguda o período prodrômico ou pré-ictérico após a fase de incubação do
    agente etiológico e anterior ao aparecimento da icterícia. Os sintomas são inespecíficos como anorexia,
    náuseas, vômitos, diarreia (ou raramente constipação), febre baixa, cefaleia, mal-estar, astenia e fadiga,
    aversão ao paladar e/ou olfato, mialgia, fotofobia, desconforto no hipocôndrio direito, urticária, artralgia ou
    artrite e exantema papular ou maculopapular. Esses sintomas são comuns a Doença do soro, uma reação de
    hipersensibilidade com ativação de complemento e caracterizada por febre, mioartralgia (poliartrite serosa),
    astenia, cefaleia, sudorese, desidratação, exantema com máculas e pápulas pruriginosas, inflamações
    ganglionares e, mais raramente, vasculite e nefrite.

Resposta b.

62
Q

SUS-SP – 2019
62. Um homem de 40 anos se apresenta para doação de sangue no banco de sangue de um hemocentro.
Responde ao questionário padrão e é colhida uma amostra de sangue. É comunicado que não poderá ser
doador por apresentar exame positivo para anticorpo anti-HCV e é encaminhado para seguimento médico.
A conduta a seguir com maior potencial de benefício para o paciente é solicitar

a) HCV-RNA
b) ressonância nuclear magnética de abdome
c) ultrassonografia de abdome superior
d) dosagem de transaminases, bilirrubinas e tempo de protrombina
e) biópsia de fígado

A
  1. A sorologia realizada na triagem de banco de sangue é uma detecção de anticorpo contra o vírus da
    hepatite C, somente demonstrando o contato prévio com o vírus. Cerca de 20% da população que entra em
    contato com o vírus da hepatite C evolui para cura, ou seja, não apresenta replicação viral, mas terão o
    marcador sorológico positivo o resto da vida. Assim, logo após identificação dos anticorpos está indicada a
    procura das cópias virais, exame realizado por PCR, quantificando o RNA viral. Se o PCR for negativo, o
    paciente já teve contato, porém evoluiu com cura. Se carga viral detectável, paciente teve contato e evoluiu
    com cronificação da doença.

Resposta a.

63
Q

UFRN – 2019
63. Ainda nos dias atuais, a icterícia infecciosa ou epidêmica continua afligindo grande parte da população infantil. As hepatites virais em crianças continuam desafiadoras quanto ao diagnóstico, ao tratamento e à prevenção. A hepatite A:

a) é caracterizada por ser autolimitada e conferir imunidade duradoura, porém, em alguns casos, pode
evoluir para hepatite crônica
b) tem alta prevalência em áreas cujas condições sanitárias são precárias, sendo responsável pela maioria
dos casos de hepatite aguda na infância
c) é extremamente contagiosa, de transmissão fecal-oral, não sendo possível ocorrer a transmissão
parenteral
d) pode ser prevenida, preferencialmente, pela vacina, sendo indicada, de um modo geral, 3 doses, com
intervalo de 2 meses, a partir de 1 ano de idade

A
  1. A hepatite A é transmitida principalmente por meio fecal-oral, assim condições inapropriadas de
    saneamento básico e má higiene aumentam o risco de infecção. A maioria dos casos, aproximadamente 99%,
    evoluem para cura, porém as complicações são hepatite colestática ou hepatite fulminante, não havendo
    relato de cronificação da doença. É uma doença prevenível, sendo a vacina recomendada acima de 12 meses, duas doses com diferença de pelo menos 6 meses. Dose única para crianças entre 15 meses e antes de completar 5 anos de idade.

Resposta b.

64
Q

UNICAMP – 2019
64. Considere os seguintes resultados laboratoriais:
1) HBsAg reagente; anti-HBc reagente; anti-HBs não reagente; anti-HBe não reagente; HBeAg reagente; ALT
= 150 U/L.
2) HBsAg reagente; anti-HBc não reagente; anti-HBs não reagente; anti-HBe não reagente; HBeAg reagente;
ALT = 350 U/L.
O diagnóstico e a conduta são:
a) [1] Hepatite B crônica persistente; sem indicação de tratamento. [2] Hepatite B aguda; sem indicação de
tratamento.
b) [1] Hepatite B aguda; sem indicação de tratamento. [2] Hepatite B crônica ativa; com indicação de
tratamento.
c) [1] Hepatite B aguda; sem indicação de tratamento. [2] Hepatite B crônica persistente; sem indicação de
tratamento.
d) [1] Hepatite B crônica ativa; com indicação de tratamento. [2] Hepatite B aguda; sem indicação de
tratamento.

A
  1. O perfil [1] apresenta sorologia compatível com Hepatite B Crônica. O anti-HBc positivo com o AgHBs
    positivo mostra contato e persistência do vírus, e o anti-HBs negativo mostra que o paciente não evoluiu
    para cura. O AgHBe positivo com anti-HBe negativo mostra que há replicação viral ativa, que associado ao
    aumento de transaminases demonstra presença de inflamação do tecido hepático, ou seja, Hepatite B
    Crônica ativa. O perfil [2] mostra o AgHBs positivo, demonstrando presença do vírus, porém não houve
    tempo para produção do anti-HBc, além disso, o AgHBe positivo demonstra replicação viral. Esse padrão é
    característico da Hepatite B Aguda.

Resposta d.

65
Q

AMRIGS –2 019
65. Em relação à profilaxia pré-exposição ao HIV, analise as assertivas abaixo e assinale V, se verdadeiras, ou F, se falsas.
() Começa a fazer efeito após sete dias de uso para a relação anal e 20 dias de uso para a relação vaginal.
() Consiste na tomada diária de um comprimido que impede que o vírus causador da Aids infecte
o organismo, antes de a pessoa ter contato com o vírus.
() É indicada para pessoas que tenham maior chance de entrar em contato com o HIV, como as populaçõeschave: gays e outros homens que fazem sexo com homens (HSH), pessoas trans e trabalhadores(as) do sexo.
A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:

a) F – V – F
b) V – F – V
c) F – F – F
d) V – V – V

A
  1. Todas as afirmativas são verdadeiras. A PrEP é a profilaxia para HIV feita com uso diário de Tenofovir +
    Entricitabina para evitar a infecção de populações de risco. No Brasil, a PrEP está indicada para os grupos
    citados, HSH, pessoas trans e trabalhadores(as) do sexo. Há a descrição do efeito protetor ser mais rápido
    para relação anal e mais eficaz para homens.

Resposta d.

66
Q

HAC – 2019
66. A ocorrência da Doença de Chagas e da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (SIDA) em algumas
regiões tem permitido a descrição de manifestações clínicas peculiares causadas pelo Tripanosoma cruzi.
Assinale a alternativa INCORRETA:

a) as manifestações da doença de Chagas em pacientes com SIDA são semelhantes àquelas descritas em outros grupos de pacientes com alterações da resposta imunológica, como os transplantados e portadores de doenças malignas hematológicas como o linfoma.
b) o tripanosoma pode apresentar características de agente oportunista em pacientes chagásicos tratados
com quimioterápicos para o tratamento da SIDA os quais podem causar imunodepressão.
c) no sistema nervoso central o Tripanosoma cruzi causa meningoencefalite aguda com efeito de massa e
grande edema perilesional, cuja imagem tomográfica é muitas vezes indistinguível daquela provocada pelo
Toxoplasma gondii.
d) no coração é comumente verificada as ocorrências de estenoses mitrais e aórticas e lesões tricúspides
associadas em pacientes chagásicos com SIDA, sob tratamento antirretroviral.
e) no coração ocorre uma pancardite, com predomínio de miocardite.

A
  1. A cardiomiopatia crônica da doença de Chagas é resultante de miocardite fibrosante focal de baixa
    intensidade, mas incessante, causada pela infecção persistente do T. cruzi, associada à inflamação, sem
    acometimento valvular. A doença de chagas em imunossuprimidos pode assumir diferentes apresentações
    clínicas, por exemplo o acometimento neurológico em pacientes com AIDS. Apesar de ser classicamente
    descrito em pacientes HIV, as outras imunossupressões também são risco de reativação de doença chagásica.

Resposta d.

67
Q

Santa Casa-SP – 2019
67. Um paciente de 54 anos de idade, com diagnóstico de Aids, sem outras comorbidades, está em
tratamento com o seguinte esquema antirretroviral: tenofovir; lamivudina; dolutegravir; darunavir; e
ritonavir. Ele possui última carga viral indetectável e dosagem de linfócitos T CD4 de 188 células por mm
(19,1%), realizados recentemente, há menos de trinta dias. Procurou atendimento ambulatorial, pois tem
dúvidas em relação às vacinas que poderia ou não receber. Perguntou sobre três vacinas, as quais refere
nunca ter tomado: contra varicela; contra gripe (anual); e contra pneumococo (23‐valente). Com base nesse
caso hipotético, assinale a alternativa que apresenta a(s) vacina(s) que o paciente pode receber.

a) contra gripe e contra varicela
b) contra pneumococo e contra varicela
c) somente contra gripe
d) contra gripe e contra pneumococo
e) somente contra varicela

A
  1. O paciente apresenta contagem de linfócitos CD4+ abaixo de 200, configurando uma contraindicação
    para vacinas com vírus vivos atenuados. Das vacinas citadas, somente a vacina contra varicela é de vírus vivo,
    assim o paciente está liberado para tomar contra pneumococo e influenza. Essas últimas são indicadas aos
    pacientes, já que pessoas que convivem com vírus do HIV tem chance aumentada de apresentar episódios
    repetidos de pneumonia e quadro grave de influenza.

Resposta d.

68
Q

UERJ – 2019
68. Paciente HIV positivo com CD4 de 50 células/mm3 e carga viral de 50.000 cópias/mm3, procura a unidade
básica de saúde com queixa de sudorese noturna, cansaço, febre e tosse há três semanas. Nesse caso, a
conduta mais adequada é:

a) iniciar azitromicina três vezes por semana como profilaxia
b) associar tratamento com isoniazida por seis meses
c) realizar exames para rastrear tuberculose
d) trocar os medicamentos antirretrovirais

A
  1. O paciente HIV positivo, independente da contagem de linfócitos CD4+, tem maior risco que a população
    geral de desenvolver tuberculose. O quadro descrito com febre, sudorese noturna e tosse persistente pode
    demonstrar uma tuberculose pulmonar ativa. Até excluir a doença ativa, não devemos fazer profilaxia com
    isoniazida e, esta, só será indicada se PPD > 5 mm.

Resposta d.

69
Q

UFPR – 2019
69. A profilaxia pré-exposição ao HIV (PrEP) e a profilaxia pós-exposição ao HIV (PEP) são estratégias de
prevenção do HIV. A respeito do assunto, assinale a alternativa CORRETA:

a) a PrEP é altamente eficaz quando utilizada corretamente, porém correlação linear entre níveis de adesão e eficácia foi demonstrada em ensaios clínicos envolvendo somente alguns segmentos populacionais, como homens que fazem sexo com homens e mulheres trans
b) pessoas em parceria sorodiscordante para o HIV não são consideradas prioritárias para uso da PrEP, pois
as evidências científicas já indicam a baixa transmissibilidade de HIV por via sexual quando uma pessoa HIV positiva está sob terapia antirretroviral (TARV) há mais de seis meses, apresenta carga viral indetectável e não tem nenhuma outra IST
c) o simples pertencimento a um grupo de risco para HIV não é suficiente para caracterizar indivíduos com
exposição frequente ao HIV. Para essa caracterização, é necessário observar as práticas sexuais, as parcerias
sexuais e os contextos específicos associados a um maior risco de infecção
d) para a indicação do uso de PrEP, ao contrário da PEP, deve-se excluir o diagnóstico prévio da infecção pelo HIV, uma vez que a introdução da PrEP em quem já está infectado pode ocasionar a seleção de cepas
resistentes
e) pessoas com exposição de risco recente, sobretudo nos últimos 30 dias, devem ser orientadas quanto à
possibilidade de infecção, mesmo com resultado não reagente nos testes realizados. Em tais situações podese indicar a PrEP até que seja confirmada a infecção pelo HIV

A
  1. A PrEP, antes de sua implementação foi usada em diversos estudos populacionais com vários grupos
    populacionais como HSH, parceiros orodiscordantes, heterossexuais de ambos sexos e em todos foi
    comprovada a aderência como um fator importante diretamente relacionado à proteção. Os
    sorodiscordantes são considerados uma população de maior risco de transmissão tanto de HIV como outras
    IST. Tanto para início de PrEP, como de PEP o diagnóstico de HIV deve ser excluído. Nos pacientes com risco recente de infecção fazemos o seguimento sem uso de medicação até confirmação de não haver infecção
    vigente, para não ocorrer o tratamento inadequado com apenas 2 drogas.

Resposta c.

70
Q

UFRN – 2019
70. Um jovem de 25 anos é atendido na Unidade Básica de Saúde com queixas de febre vespertina e tosse produtiva há 1 mês. Perdeu 8 kg em três meses. Apresenta-se consciente e orientado ao exame, palidez
cutâneo mucosa ++/4, sem adenomegalias. Cavidade oral com candidíase. Ausculta pulmonar com roncos
em 1/3 médio à direita. FC = 90 bpm, PA = 120 × 80 mmHg. O médico solicita baciloscopia do escarro que é
positiva e teste rápido para HIV que é reagente. O manejo correto desse paciente prevê:
a) internação para investigar outras infecções oportunistas
b) início da TARV conforme resultados da contagem de CD4 e carga viral
c) prescrição do RHZE e início da TARV com Tenofovir/Lamivudina/Dolutegravir
d) orientação sobre a coinfecção HIV/ tuberculose e prescrição do RHZE

A
  1. A infecção por tuberculose tem como um dos fatores de risco o paciente HIV positivo. Assim, sempre
    que houver a suspeita de Tuberculose devemos pedir também o exame de HIV. Nesse caso, o paciente ainda
    apresentava quadro clínico sugestivo de imunossupressão como a candidíase oral. A coinfecção
    HIV/tuberculose tem algumas particularidades. Preferimos introduzir primeiro a medicação da Tuberculose, fazer o tratamento por em torno de 15 dias para depois introduzir a TARV pelo risco de síndrome de
    reconstituição imune com piora do quadro atual.

Resposta d.

71
Q

UNIFESP – 2019
71. O esquema de primeira escolha para profilaxia pós-exposição (PEP) ao HIV, segundo recomendação
do Ministério da Saúde, atualizada em 27/09/2017 é:

a) efavirenz + lamivudina + tenofovir
b) lopinavir/ritonavir + lamivudina + zidovudina
c) tenofovir + lamivudina + zidovudina
d) atazanavir/ritonavir + lamivudina + tenofovir
e) dolutegravir + lamivudina + tenofovir

A
  1. Pelo novo Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) de HIV/AIDS o esquema de escolha para PEP é com terapia tripla, sendo as drogas de escolha: tenofovir, lamivudina e dolutegravir. A escolha desse esquema leva em conta a facilidade da posologia (2 comprimidos VO 1xdia), boa tolerância ao esquema por menos efeitos colaterais e além disso a falta de resistência viral aos esquemas com dolutegravir.

Resposta e.

72
Q

UNIFESP – 2019
72. Menina de 4 anos de idade, infectada pelo HIV por via vertical, tomou apenas as vacinas previstas
pelo calendário do programa nacional de imunizações até os 11 meses de idade. Quais vacinas podem ser
aplicadas de imediato, antes da avaliação imunológica?
a) DTP (tríplice bacteriana), pólio oral, sarampo
b) sarampo, caxumba, rubéola (tríplice viral)
c) DTP (tríplice bacteriana), Hib, pólio inativada
d) meningococo C conjugada, varicela, pneumocócica
e) pneumocócica, pólio oral, hepatite A

A
  1. As vacinas liberadas para uso sem avaliação imunológica específica são as de agente não ativos, ou seja, são inicialmente contraindicados esquemas com vírus vivo atenuado. A tríplice viral, varicela e a pólio oral
    são por vírus atenuado e oferecem risco a pacientes com a imunidade comprometida.

Resposta c.

73
Q

UNIFESP – 2019
73. Jovem de 15 anos de idade, HIV+ por transmissão vertical, mora com um tio que iniciou tratamento
para tuberculose pulmonar há 10 dias. A jovem está com boa adesão ao esquema antirretroviral, com carga
viral do HIV abaixo de 40 cópias/mL, assintomática e com radiografia de tórax normal. Nunca fez qualquer
tipo de tratamento para tuberculose anteriormente. A conduta mais adequada é?

a) se contagem de células T CD4+ estiver inferior a 200, iniciar tratamento para tuberculose
doença, independente do resultado do teste tuberculínico
b) se contagem de células T CD4+ estiver inferior a 500, iniciar tratamento para tuberculose latente,
após afastar tuberculose doença
c) se teste tuberculínico resultar maior que 10 mm, tratar como tuberculose doença, independentemente
da contagem de células T CD4+
d) afastado o diagnóstico de tuberculose doença, avaliar contagem de células T CD4+ e resultado do
teste tuberculínico para iniciar tratamento de tuberculose latente
e) observar aparecimento de sintomas de tuberculose doença e retorno em 30 dias para realizar
teste tuberculínico e nova radiografia de tórax

A
  1. A infecção latente por TB ocorre quando o paciente entrou em contato com o bacilo, mas ainda não
    desenvolveu a doença. O tratamento é realizado para prevenção da doença ativa quando a prova
    tuberculínica (PT) > 5 mm ou tem história de contato com paciente bacilífero ou radiografia de tórax com
    cicatriz de TB sem tratamento prévio. O tratamento é feito com isoniazida 300 mg 1 vez ao dia por 6-9 meses.
    Há uma nova nota informativa que traz como nova recomendação a realização de tratamento para TB latente
    em todos os HIV positivos com contagem de CD4 igual ou menor a 350 independentemente da realização da PT, desde que excluída a tuberculose ativa.

Resposta c.

74
Q

UNIFESP – 2019
74. No Brasil, na última década (2006-2016), a taxa de detecção de aids (por 100.000 habitantes):

a) teve tendência ascendente em menores de cinco anos de idade
b) aumentou em homens e diminuiu em mulheres na faixa etária de 20-24 anos de idade
c) diminuiu em homens e aumentou em mulheres na faixa etária de 15-19 anos de idade
d) manteve-se relativamente estável em ambos os sexos na faixa etária de 30-59 anos de idade
e) diminuiu em ambos os sexos na faixa etária de 60 e mais anos de idade

A
  1. A epidemia de HIV/AIDS no Brasil na última década mostra um aumento de casos em ambos os sexos em
    idosos, ou seja, faixa etária acima de 60 anos. Além disso, mostra uma superioridade de casos no sexo
    masculino que no feminino, apesar de discreta. Nos adolescentes e adultos jovens há aumento da infecção
    na população masculina. Quanto a infecção em crianças, houve uma melhoria na detecção da infecção no
    pré-natal e prevenção de transmissão vertical, diminuindo os casos em menores de cinco anos de idade.

Resposta b.

75
Q

USP-SP – 2019
75. Homem, 22 anos de idade, tem infecção por HIV diagnosticada há 4 anos (exames recentes com CD4 550 cels/mm3 carga viral < 40 copias/mL). Está em uso de terapia antirretroviral com tenofovir/lamivudina/efavirenz e procura atendimento no centro de imunizações porque ficou preocupado com as notícias de casos de febre amarela em sua cidade. Qual é o esquema vacinal contra febre
amarela a ser proposto para este paciente?

a) dose fracionada e sem dose de reforço
b) contraindicar vacinação
c) dose plena (padrão) única
d) dose fracionada com dose de reforço em 8 anos

A
  1. A vacina de febre amarela é composta por vírus vivo atenuado, oferecendo risco em pacientes
    imunossuprimidos. Para pacientes que convivem com HIV a vacina é liberada para pessoas com linfócitos
    CD4+ > 350 céls/mm³. Assim, o paciente citado pode tomar a dose recomendada para população em geral,
    dose padrão e única.

Resposta c.

76
Q

HAS – 2019
76. São vacinas indicadas para crianças infectadas por HIV, EXCETO:

a) hepatite B
b) pneumocócica
c) hepatite
d) dupla adulto (dTpa)
e) BCG

A
  1. A vacina de BCG é composta por micro-organismos atenuados que podem provocar reações graves em
    imunossuprimidos. Apesar de ser uma vacina recomendada para todas as crianças ao nascimento, está contraindicada nos casos de infecção pelo HIV.

Resposta e.

77
Q

PUC-PR – 2019
77. Na pneumonia por Pneumocystis jiroveci em recém-nascido com exposição vertical ao HIV, o manejo da
profilaxia deverá ser:
a) iniciada após as 4 semanas do uso do AZT em RN que nasceu assintomático e mantida até a segunda carga viral indetectável
b) mantido desde o nascimento junto com o AZT, até a segunda carga viral indetectável
c) mantido até 1 ano e 6 meses quando se realiza o ELISA
d) iniciado logo após o nascimento e mantido por 4 semanas
e) feito somente se uma das cargas virais forem detectáveis

A
  1. A pneumonia por Pneumocystis jiroveci é a mais frequente infecção oportunista (IO) em crianças
    infectadas pelo HIV. A faixa de maior risco é a do primeiro ano de vida. A doença pode manifestar-se
    rapidamente, causando insuficiência respiratória com alta letalidade e justificando a indicação de profilaxia
    primária. Em crianças menores de 12 meses, a contagem de LT-CD4+ não é marcadora do risco de doença. Recomenda-se que todas as crianças expostas ao HIV recebam profilaxia com SMX-TMP a partir de quatro semanas de vida, até que tenham duas CV indetectáveis. Essa profilaxia é mantida somente para as crianças infectadas, até um ano de idade, independentemente da contagem de LT-CD4+.

Resposta a.

78
Q

PUC-PR – 2019
78. Juliano, 45 anos, consulta na sua Unidade de Saúde para trazer os exames de investigação solicitados por colega após ter tido relações desprotegidas. Entre os exames, você verifica o teste de HIV positivo, já confirmado. Sobre o tratamento e acompanhamento do paciente, assinale a alternativa CORRETA:

a) juliano deve receber o tratamento inicial com Tenofovir, Lamivudina e Efavirenz como terapêutica inicial
b) os exames iniciais a serem pedidos nessa consulta são: sódio, potassio, lipidograma, função hepática e
renal, rastreio de sífilis e hepatites, pesquisa para toxoplasmose, CD4 e carga viral trimestralmente
c) uma abordagem sobre os medos, ideias e sentimentos de Juliano utilizaria o componente ‘entendendo a
pessoa como um todo’ do método clínico centrado na pessoa
d) se Juliano tiver o CD4 maior que 350 cels/mm3 não será necessário repetir esse teste rotineiramente
e) o rastreamento realizado para o diagnóstico de Juliano é considerado prevenção primária de doenças

A
  1. Na rotina de seguimento do paciente convivendo com HIV, se ele permanece assintomático, com boa
    adesão a medicação, carga viral indetectável e tem contagem de CD4+ > 350 céls/mm³ em duas solicitações
    seguidas, é recomendado que façamos o seguimento somente com carga viral. Se o paciente aderir ao
    tratamento e o Nadir do CD4+ (dosagem mais baixa) seja o inicial coletado já acima de 350 céls/mm³, não
    há necessidade para repetir o teste rotineiramente.

Resposta d.

79
Q

PUC-PR – 2019
79. Juliano, recentemente teve o diagnóstico de HIV, consulta na Unidade de Saúde para trazer os resultados
de seus exames: CD4 com valor de 90 cels/mm3, VDRL negativo, Toxoplasmose IgG+, IgM- e prova
tuberculínica de 4 mm. A profilaxia primária indicada para esse paciente, é:

a) Pneumocystis jiroveci
b) Toxoplasma gondii
c) Mycobacterium tuberculosis
d) Mycobacterium avium
e) Candida albicans

A
  1. O paciente apresenta sorologia de toxoplasmose positiva para contato prévio e CD4+ < 100 céls/mm³,
    sendo um risco para reativação da doença e sendo indicada profilaxia. Pela contagem de CD4, também se
    indica a profilaxia para Pneumocystis jiroveci, porém a mesma já está contida na profilaxia para toxoplasmose com Sulfametoxazol e Trimetropim.

Resposta b.

80
Q

Santa Casa-SP – 2019
80. Durante atendimento em Unidade Básica de Saúde, foram admitidas três pessoas, as quais procuraram
o serviço de saúde para receber a vacina contra a febre amarela. A primeira era uma gestante com catorze
semanas de gestação, que recebera uma dose da vacina contra a febre amarela em 2007; a segunda era uma idosa de 66 anos de idade, em uso de imunobiológicos para o tratamento de artrite reumatoide; e a terceira era um paciente com diagnóstico de AIDS, com exames recentes de carga viral do HIV indetectável e última dosagem de linfócitos T CD4 de 422 células por mm 3 (24,6%). A respeito da conduta quanto à realização ou não da vacinação contra a febre amarela nesse caso hipotético, assinale a alternativa CORRETA:

a) deve‐se vacinar somente a paciente gestante, por ter recebido a última dose da vacina há mais de dez
anos e ser recomendada a dose de reforço
b) deve‐se vacinar somente o paciente com diagnóstico de Aids, por apresentar dosagem de linfócitos T CD4
recente acima de 350 células por mm3
c) deve‐se vacinar somente a paciente idosa com artrite reumatoide que está em uso de imunobiológicos,
de forma a promover anticorpos protetores em imunossuprimidos
d) devem ser vacinadas a paciente idosa e a gestante, sendo contraindicada a vacinação em pacientes com
aids
e) os três pacientes deverão ser vacinados, uma vez que nenhum apresenta contraindicações à vacina

A
  1. A vacina de febre amarela é composta por vírus vivo atenuado, oferecendo risco em pacientes imunossuprimidos. A idosa que recebe imunobiológico se encaixa nessa população e a vacina está contraindicada. A gestação é uma contraindicação a vacina, oferecendo risco a gestante e ao feto. Para pacientes que convivem com HIV, a vacina é liberada para pessoas com linfócitos CD4+ >350 céls/mm³, assim é a única paciente com indicação para vacina.

Resposta b.

81
Q

SES-GO – 2019
81. Homem de 56 anos iniciou tratamento para hanseníase com PQT-MB há 20 dias. Após início do
tratamento, começou a queixar-se de dispneia, cianose de lábios e de leito ungueal. O nome desta
complicação e o medicamento responsável são, respectivamente,

a) síndrome pseudogripal e rifampicina
b) hemólise e dapsona
c) metaemoglobinemia e dapsona
d) fotossensibilidade e clofazimina

A
  1. A metemoglobina é a forma oxidada da hemoglobina, que além de não se ligar ao oxigênio, aumenta a afinidade deste pela porção parcialmente oxidada da hemoglobina. As manifestações clínicas são reflexos da diminuição da capacidade carreadora de O2 e têm como substrato a hipóxia tecidual. A
    metahemoglobinemia adquirida é a forma mais comum e segue-se à exposição a substâncias químicas e
    drogas com potencial oxidante, dentre elas, a dapsona tem sido citada como uma das principais drogas que
    têm determinado metahemoglobinemia, tanto após o uso terapêutico como em consequência à ingestão de
    doses tóxicas.

Resposta c.

82
Q

UEL – 2019
82. Mulher, 25 anos de idade, procurou a UBS (Unidade Básica de Saúde) por apresentar mancha em
braço direito, desde há 6 meses. Relata ter feito uso de cetoconazol, prescrito em outra consulta, sem
melhora. O exame da lesão mostrou uma placa eritemato-acastanhada, com bordas elevadas, contornos regulares e centro claro, localizada em face de flexão do antebraço direito. Assinale a alternativa que apresenta, correta e respectivamente, a hipótese diagnóstica e a propedêutica a ser realizada:

a) Cromoblastomicose e biópsia
b) Esporotricose e raspado da lesão
c) Hanseníase e teste de sensibilidade
d) Psoríase e biópsia
e) Urticária e patch test

A
  1. A hanseníase é causada pelo Mycobacterium leprae, ou bacilo de Hansen, com afinidade por células
    cutâneas e por células dos nervos periféricos. A doença manifesta-se através de lesões de pele como placas
    hipocrômicas, eritematosas e acastanhadas que apresentam perda de sensibilidade. Assim, o teste de
    sensibilidade faz parte do exame clínicos dessas lesões.

Resposta c.

83
Q

UFPA – 2019
83. Sobre a hanseníase, doença tão antiga e, infelizmente, sempre nova, principalmente nos bolsões de miséria do Brasil, é correto afirmar:

a) a Talidomida, utilizada no tratamento da reação hansênica, é contraindicada em mulheres em idade
fértil devido a seu efeito teratogênico (focomelia)
b) o MFC deve afastar a possibilidade de hanseníase quando o resultado da baciloscopia for negativo
c) a MH tem cura através do tratamento poliquimioterápico. As pessoas recebem alta após 6
doses supervisionadas nos casos paucibacilares (MHI, MHT e MHD) e após 12 doses supervisionadas nos
casos multibacilares (MHV)
d) o esquema poliquimioterápico padrão (PQT/OMS), multibacilar, para adultos, é composto pela
rifampicina e clofazimina em doses supervisionadas e autoadministradas
e) as reações hansênicas podem acontecer antes, durante ou após o término do tratamento
poliquimioterápico. Durante o tratamento, a poliquimioterapia deverá ser interrompida, e introduzidas
prednisona e talidomida
A
  1. A talidomida é a droga de escolha para tratamento da reação hansênica tipo 2 e é contraindicada em
    mulheres na idade fértil pelo efeito teratogênico grave. A baciloscopia negativa não exclui o diagnóstico de
    Hanseníse, há várias apresentações de doença de acordo com a imunidade do hospedeiro, e as formas
    paucibacilares apresentam poucos bacilos com menor probabilidade de detecção na lesão. A poliquimioterapia – PQT é feita com uma associação de Rifampicina, Dapsona e Clofazimina. Os pacientes após o tratamento completo são reavaliados, 6 cartelas para os paucibacilares em até 9 meses e 12 cartelas para os multibacilares em até 18 meses, se manutenção de sintomas, serão tratados e será feito seguimento até dos contatos familiares/ íntimos.

Resposta a.

84
Q

UFRN – 2019
84. A hanseníase continua sendo uma doença de alta prevalência no Brasil, o que atesta os baixos níveis
socioeconômicos do nosso país. Sobre hanseníase, é correto afirmar:

a) na hanseníase tuberculoide, o comprometimento neural normalmente é intenso e tardio
b) a transmissão da hanseníase se dá exclusivamente por via respiratória
c) a lepra de lúcio ou lepra bonita encontra-se no polo multibacilar
d) na hanseníase virchowiana, a baciloscopia das lesões é negativa

A
  1. A transmissão da hanseníase se dá pelo contato prolongado com pacientes infectados pelo bacilo de
    Hansen, acredita-se que a infecção pode ocorrer por via respiratória e gotículas de saliva. A hanseníase
    tuberculóide tem comprometimento mais localizado, com comprometimento neural menos intenso. A
    forma virchowiana é a forma mais disseminda da doença, portanto a baciloscopia das lesões é geralmente positiva. A lepra de lúcio ou bonita é um fenômeno variante do estado de reação tipo II na hanseníase virchowiana, ou seja, do polo multibacilar. Se caracteriza por lesões graves, necrotizante, mediadas por imunocomplexos.

Resposta c.

85
Q

UFT – 2019
85. A Hanseníase é uma doença infectocontagiosa onde ocorre, em grande parte dos casos, acometimento
dermatoneurológico. É uma doença estigmatizada em novo meio que pode trazer complicações e sequelas
aos indivíduos acometidos. Paciente, M.L.D, 43 anos apresentando quadro de infiltrações em pavilhões
auriculares, madarose, ressecamento intenso da pele com ictiose em região de membros inferiores,
dores articulares e espessamento de nervo ulnar e astenia. Mitsuda negativo. Quanto à possível classificação e forma de tratamento corretamente associados, assinale a alternativa CORRETA:

a) forma virchowiana e poliquimioterapia paucibacilar
b) forma dimorfa virchowiana e poliquimioterapia paucibacilar
c) forma tuberculóide e poliquimioterapia paucibacilar
d) forma indeterminada e poliquimioterapia paucibacilar
e) forma virchowiana e poliquimioterapia multibacilar

A
  1. O quadro clínico descrito é compatível com a Hanseníase de forma virchowiana, caracterizada por ser a
    forma mais disseminada dos polos da doença, com múltiplas manifestações cutâneas acompanhadas de
    perda da sensibilidade e envolvimento de sistema nervoso periférico, podendo acometer vísceras e mucosas. A forma virchowiana é multibacilar e o tratamento é com poliquimioterapia (Rifampicina, Dapsona, Clofazimina) com 12 cartelas em até 18 meses.

Resposta e.

86
Q

UNICAMP – 2019
86. Mulher, 30a, primigesta, idade gestacional de 9 semanas, procura atendimento médico por apresentar
mancha hipocrômica na coxa direita com diminuição da sensibilidade ao frio. Biópsia de pele: hanseníase. É
CORRETO:

a) iniciar o tratamento com esquema poliquimioterápico e informar a paciente que a doença não tem cura,
mas tem controle
b) esperar o parto e o término da amamentação para iniciar o esquema poliquimioterápico
c) iniciar tratamento com prednisona e talidomida, e após o parto iniciar esquema poliquimioterápico
d) aplicar a vacina BCG intradérmica nos contatos intradomiciliares sem presença de sinais e sintomas de
hanseníase

A
  1. A Hanseníase é uma doença infectocontagiosa que com tratamento e passível de cura. O esquema pode
    ser iniciado durante a gestação com o esquema poliquimioterápico com Rifampicina, Dapsona e Clofazimina. A Talidomida é contraindicada na gestação por causar alterações fetais graves e somente está indicada na reação hansênica tipo II.

Resposta d.

87
Q

UNIFESP – 2019
87. Homem, 34 anos de idade, apresenta há 8 meses mácula hipocrômica de limites mal definidos, com 6
cm de diâmetro no braço direito e alteração de sensibilidade térmica. Em relação a esse paciente, é correto afirmar que:

a) apresenta a forma tuberculoide da doença e o teste de Mitsuda é negativo
b) o agente etiológico é uma micobactéria Gram-positiva, que é cultivada em meio ágar Sabouraud
c) o tratamento deve ser realizado por 2 anos com poliquimioterapia
d) apresenta a forma indeterminada da doença e o teste de Mitsuda pode ser positivo ou negativo
e) a baciloscopia revela grande número de bacilos álcool-ácido resistentes

A
  1. A forma indetermina evolui espontaneamente para a cura na maioria dos casos ou evolui para as
    chamadas formas polarizadas em cerca de 25% dos casos, tuberculoide ou virchowiana, o que pode ocorrer
    em 3-5 anos. Geralmente, encontra-se apenas uma lesão, de cor mais clara que a pele normal, com distúrbio
    da sensibilidade, ou áreas circunscritas de pele com aspecto normal e com distúrbio de sensibilidade,
    podendo ser acompanhadas de alopécia e/ou anidrose.

Resposta d.

88
Q

CERMAM – 2019
88. Como se apresenta a análise do líquido cefalorraquidiano compatível com neurotuberculose?

a) pleocitose com predomínio de linfomononucleares; concentrações de proteína e glicose normais
b) pleocitose com predomínio de linfomononucleares; elevação da concentração de proteínas e redução da
glicose
c) pleocitose com predomínio de neutrófilos; redução da concentração de proteína e redução da glicose
d) pleocitose com predomínio de neutrófilos; concentrações de proteína e glicose normais

A
  1. Liquor na neurotuberculose apresenta aumento de células a custo linfomononucleares, associado a
    aumento da concentração de proteínas e consumo de glicose. Um exame inespecífico, porém, auxilia no
    diagnóstico é a dosagem de adenosina-deaminase (ADA), que quando alta dosagem sugere o diagnóstico de
    Tuberculose.

Resposta b.

89
Q

FMJ – 2019
89. Homem de 22 anos, apresenta febre há 10 dias, com calafrios vespertinos, tosse produtiva, secreção
amarelada inicialmente e atualmente de cor ferruginosa, além de dor ventilatória dependente em hemitórax direito. Assinale a alternativa correta em relação à propedêutica do tórax deste paciente:

a) diminuição da expansibilidade no 1/3 inferior direito com egofonia e EC no local
b) diminuição da expansibilidade no 1/3 inferior direito, FTV aumentado e broncofonia aumentada no 1/3
inferior direito, sem ruídos adventícios
c) diminuição da expansibilidade em 2/3 inferiores à direita, FTV diminuído e broncofonia aumentada, com
EC de base direita
d) MV ausente na base direita, com macicez e egofonia no local
e) FTV aumentado, broncofonia diminuída, atrito pleural

A
  1. Paciente apresenta quadro infeccioso agudo com sinais de presença de derrame pleural pela dor
    ventilatório dependente em hemitórax direito. Na propedêutica pulmonar, no derrame pleural esperamos
    diminuição da expansão local, frêmito toracovocal aumentado, broncofonia aumentada e abolição de
    murmúrios vesiculares e ruídos adventícios.

Resposta b.

90
Q

HAC – 2019

  1. Em casos de tuberculose (TB) extrapulmonar estima-se que 10% são especiais e necessitam de
    internação hospitalar. Escolha a alternativa na qual estão corretamente hierarquizadas quatro prioridades
    clínicas comuns causadoras de internação:

a) 1º) casos sociais, como ausência de residência fixa ou pessoas abandonadas, 2º) indicações cirúrgicas
para ressecção parcial ou total em decorrência da TB, 3º) meningoencefalite, 4º) intolerância
medicamentosa e toxicidade incontrolável em ambulatório
b) 1º) meningoencefalite, 2º) indicações cirúrgicas para ressecção parcial ou total em decorrência da TB,
3º) intolerância medicamentosa e toxicidade incontrolável em ambulatório, 4º) casos sociais, como ausência de residência fixa ou pessoas abandonadas
c) 1º) intolerância medicamentosa e toxicidade incontrolável em ambulatório, 2º) meningoencefalite, 3º)
casos sociais, como ausência de residência fixa ou pessoas abandonadas, 4º) indicações cirúrgicas para
ressecção parcial ou total em decorrência da TB
d) 1º) casos sociais, como ausência de residência fixa ou pessoas abandonadas, 2º) intolerância
medicamentosa e toxicidade incontrolável em ambulatório, 2º) meningoencefalite, 4º) indicações cirúrgicas para ressecção parcial ou total em decorrência da TB
e) 1º) intolerância medicamentosa e toxicidade incontrolável em ambulatório, 2º) indicações cirúrgicas para ressecção parcial ou total em decorrência da TB, 3º) casos sociais, como ausência de residência fixa ou
pessoas abandonadas, 4º) meningoencefalite

A
  1. A meningoencefalite por tuberculose é uma doença grave com alta morbidade e letalidade. É muito
    comum deixar sequelas cognitivas graves. O tratamento é com o mesmo esquema VO e associa-se corticoide
    ao tratamento. Há risco de hipertensão intracraniana e tem indicação prioritária na internação. Casos em
    que haja necessidade cirúrgica para controle do foco de tuberculose não terão melhora até a abordagem,
    sendo a medicação utilizada, porém sem tratamento adequado, assim os casos devem ser priorizados para
    internação abaixo da meningoencefalite. Os casos de toxicidade ou intolerância a medicação podem variar
    de elevação de transaminases assintomática com redução espontânea até mesmo falência hepática
    fulminante, assim os casos devem ser avaliados e internados quando necessário para seguimento e garantir
    um esquema de tratamento adequado. A tuberculose está ligada também a alguns pacientes com contexto
    social complexo, como usuários de drogas inalatórias e moradores de áreas abertas, devemos entender o
    caso social e tentar adequar o tratamento para garantir a adesão e diminuir além das complicações e avanço
    da doença, sua disseminação. Algumas vezes institucionalização é a melhor alternativa para garantir o
    tratamento do paciente.

Resposta b.

91
Q

HPP – Medicina da Família – 2019
91. Qual das alternativas abaixo caracteriza as anormalidades laboratoriais encontradas em um paciente cujo diagnóstico é tuberculose urinária:

a) densidade urinária aumentada + piúria
b) hematúria + leucocitúria
c) piúria + hematúria
d) densidade urinária diminuída + leucocitúria
e) presença de cilindros no sedimento urinário + leucocitúria

A
  1. A tuberculose urinária é o terceiro sítio mais comum de infecção extra pulmonar. É caracterizada por
    sintomas vesicais persistentes apesar de tratamento com antimicrobianos e o exame de amostra urinária
    revela leucocitúria persistentemente estéril, ou seja, sem crescimento bacteriano na urocultura comum. A
    hematúria pode ser um sintoma associado. No acometimento renal pode ocorrer cilindros em sedimento
    urinário.

Resposta c

92
Q

PSU-CE – 2019

  1. Adulto jovem, brasileiro, com história de tosse produtiva, febre irregular e astenia há 1 mês. Fez uso
    de amoxacilina no início do quadro sem melhora clínica. Realizou três baciloscopias, todas negativas
    para BAAR. Sua radiografia de tórax em PA é mostrada abaixo. LEGENDA: BAAR: bacilo álcoolácido resistente.
    Considerando que o paciente permanece com os mesmos sintomas, o exame mais indicado para confirmar o diagnóstico mais provável, neste momento seria:

a) broncoscopia
b) escarro induzido
c) cultura do escarro
d) teste tuberculínico

A
  1. A broncoscopia e o escarro induzido são exames que solicitamos quando o paciente não consegue obter
    a amostra de escarro somente com a tosse. Assim, sem amostra, devemos irritar a via aérea na tentativa de
    conseguir o escarro pela solução salina hipertônica em ambiente com pressão negativa e isolamento
    respiratório adequado. Se não for possível ou eficaz, realizar a broncoscopia com lavado brônquico. O teste
    tuberculínico pode demonstrar contato prévio auxiliando no diagnóstico, mas não excluindo se negativo.
    Quanto a cultura, é o exame de padrão ouro para confirmação de tuberculose.

Resposta c.

93
Q

Santa Casa-BH – 2019
93. A tuberculose continua sendo mundialmente um importante problema de saúde pública, exigindo
o desenvolvimento de estratégias para o seu controle. Considerando os aspectos humanitários, econômicos
e de saúde pública, em relação à tuberculose no Brasil e suas características clínicas, é INCORRETO afirmar
que:

a) o Brasil é um dos 22 países priorizados pela OMS que concentram 80% da carga mundial de tuberculose
b) a tuberculose pulmonar primária é mais comum em crianças e clinicamente apresenta-se, na maior parte
das vezes, de forma insidiosa e o exame físico pode ser inexpressivo
c) o estado de Minas Gerais apresentou o maior coeficiente de incidência da doença no país em 2017, de acordo com o SINAN
d) a tuberculose ganglionar periférica é a forma mais frequente de tuberculose extrapulmonar em pacientes
soropositivos para o HIV e em crianças

A
  1. O coeficiente de incidência de uma doença é obtido a partir do número de casos novos, dividido pela
    população, multiplicado por 100 mil. Em 2017, o coeficiente de incidência da tuberculose foi de 35.3 no
    Brasil, sendo o estado com maior coeficiente foi o Amazonas com 72.9.

Resposta c.

94
Q

Santa Casa-SP – 2019
94. Um paciente com tuberculose pulmonar diagnosticada e aids, em uso de tenofovir, lamivudina,
atazanavir, ritonavir e dolutegravir, esquema antirretroviral que se baseia em genotipagem, não podendo ser modificado, deverá iniciar o tratamento da tuberculose. Com base nessa situação hipotética, assinale a alternativa que apresenta, respectivamente, a droga do esquema de tratamento de tuberculose de primeira escolha, a qual, devido à possível interação com antirretrovirais em uso, deverá ser substituída pela
rifabutina, e a droga antirretroviral do esquema do paciente que causa essa interação:

a) rifampicina e lamivudina
b) isoniazida e dolutegravir
c) isoniazida e tenofovir
d) pirazinamida e atazanavir
e) ifampicina e atazanavir

A
  1. A rifampicina é uma droga importante do esquema de escolha para tratamento da Tuberculose, porém
    apresenta interações medicamentosas significativas com diversas drogas. Os inibidores de protease, como
    o Atazanavir exemplificado no exercício, são drogas comuns nos esquemas de tratamento do HIV e
    apresentam importante interação com a Rifampicina. A rifampicina é um potente indutor do citocromo P450
    reduz dramaticamente as concentrações plasmáticas dos inibidores de protease uma vez que essas drogas
    utilizam a mesma via de metabolização.

Resposta e.

95
Q

SES-GO – 2019
95. O complexo de Ghon está relacionado à seguinte patologia:

a) sarcoidose
b) pneumonia por Pneumocystis carinii
c) aspergilose
d) tuberculose

A
  1. O complexo de Ghon ou complexo primário é observado como resultado da infecção primária por
    tuberculose. O complexo de Ghon é o primeiro granuloma tuberculoso. Geralmente, ocorre na região
    subpleural do lobo médio (se for no pulmão direito) ou na região inferior do lobo superior ou superior do
    lobo inferior (se for no pulmão esquerdo), porque as regiões médias dos pulmões são as áreas mais
    arejadas (portanto, a probabilidade de chegarem bacilos aí é maior). Na grande maioria dos casos a lesão é pequena e de cura espontânea (detecção difícil).

Resposta d.

96
Q

SES-PE – 2019
96. Sobre o uso do teste rápido molecular (GenXpert) para o diagnóstico da tuberculose, é INCORRETO
afirmar que

a) uma de suas principais vantagens é a rapidez de obtenção do diagnóstico
b) é exame útil no acompanhamento do tratamento, para a definição de cura bacteriológica
c) permite identificação de cepas com resistência à rifampicina
d) permite estabelecer o diagnóstico de tuberculose em alguns casos com esfregaço negativo para BAAR
e) oferece maior especificidade para o diagnóstico da tuberculose pulmonar que as outras técnicas
disponíveis

A
  1. TRM-TB (Teste Rápido Molecular para Tuberculose) é um teste automatizado que utiliza a técnica de
    reação em cadeia da polimerase (PCR) para detectar simultaneamente o Mycobacterium tuberculosis e a
    resistência a rifampicina. A sensibilidade é maior que a da baciloscopia, chegando a 90%. O exame está
    indicado para diagnóstico de tuberculose pulmonar ou laríngea em adultos, crianças ou vulneráveis. Nos
    pacientes em seguimento, o PCR pode identificar micobactérias mortas, não sendo útil nesses casos,
    podendo manter-se positivo em paciente que está evoluindo para cura.

Resposta b.

97
Q

UFF – 2019
97. Com relação à tuberculose em crianças, pode-se afirmar que:

a) atualmente o SWAB laríngeo é forma mais comum de se obterem amostras respiratórias em crianças
pequenas, sendo geralmente preconizado duas coletas em dias subsequentes.
b) a coleta de escarro para exame bacteriológico (baciloscopia e cultura e Teste Rápido Molecular-TRM), só é possível a partir dos doze anos de idade.
c) o Programa Nacional de Controle de Tuberculose recomenda que o diagnóstico de tuberculose pulmonar
em crianças e em adolescentes (negativos à baciloscopia ou TRM-TB não detectado) seja realizado com base no sistema de pontuação ou escore.
d) a dosagem sanguínea de interferon- (denominados IGRAs) tem maior positividade quando realizado emcrianças menores de cinco anos.
e) o esquema de tratamento preconizado para casos de meningoencefalite tuberculosa, para menores de
dez anos, é composto de dois meses com RIP, seguidos de sete meses de associação de rifampicina e
isoniazida

A
  1. O diagnóstico da tuberculose nessa faixa etária se baseia na presença de contato com adulto bacilífero,
    associado à prova tuberculínica reatora, sintomas sugestivos de tuberculose e alterações radiológicas. É
    através da combinação desses achados que se estabelecem os escores diagnósticos. Esses podem ser em forma de sistemas de pontuação, classificação diagnóstica ou algoritmos diagnósticos. As características
    mais frequentemente utilizadas nesses escores são PT, achados na radiografia de tórax, história de contato,
    perda ou ganho inadequado de peso, desnutrição, tosse, achados bacteriológicos, linfadenopatia, febre,
    reposta a tratamento antituberculostático, recuperação inadequada dos quadros infecciosos da infância (por
    exemplo, sarampo), duração dos sintomas e achados histopatológicos.

Resposta c.

98
Q

UFF – 2019
98. Com relação à tuberculose pulmonar na infância, é correto afirmar que:

a) a bacterioscopia negativa em amostras de secreções respiratórias exclui a doença
b) as crianças menores de cinco anos, com tuberculose pulmonar, em geral, não desempenham papel
importante na cadeia de transmissão da doença
c) o resultado positivo para a pesquisa de BAAR no lavado gástrico confirma o diagnóstico de tuberculose
pulmonar em menores de cinco anos
d) a cultura negativa para o Mycobaterium tuberculosis em escarro de crianças exclui o diagnóstico de
tuberculose pulmonar
e) o resultado positivo da prova tuberculínica confirma o diagnóstico de tuberculose ativa

A
  1. Como crianças só podem ser infectadas após o nascimento pelo contato próximo com um portador de
    TB bacilífero, a confirmação da doença na faixa etária pediátrica é um evento sentinela que alerta para a
    presença de adultos tuberculosos no convívio da criança. O número de casos de tuberculose na criança,
    principalmente em menores de 5 anos, está diretamente relacionado com a prevalência de tuberculose do
    adulto, sendo que o grupo infantil não tem papel importante na transmissão da doença.

Resposta b.

99
Q

UFF – 2019
99. Com relação às alterações radiológicas da tuberculose pulmonar em crianças e adolescentes, pode-se afirmar que:

a) a forma miliar é mais frequentemente encontrada em crianças maiores de cinco anos
b) o achado de condensação pneumônica exclui tuberculose
c) os adolescentes, mais frequentemente, desenvolvem alterações radiológicas do tipo adulto
d) na tuberculose primária, é raro o achado radiológico de adenomegalia hilar
e) as crianças frequentemente têm lesões escavadas em lobo superior direito

A
  1. Em adolescente, a forma mais comum da doença é como evolui em pacientes adultos, com alterações
    radiológicas semelhantes. A forma miliar é mais encontrada em imunossuprimidos e menores de cinco anos. Na tuberculose primária observamos acometimento linfonodal hilar, com manutenção do complexo de
    Ghon na evolução. A lesão escavada em lobo superior direito é mais comum em Adultos.

Resposta c.

100
Q

UFG – 2019
100. Ao atender uma criança de sete anos, com tuberculose pulmonar, no início do tratamento, deve ser
avaliado o peso do paciente para o correto ajuste da dose das medi- cações a serem utilizadas, uma vez que
o esquema de tratamento é diferente do esquema para adultos, visto haver possibilidade de neurite óptica
por um dos medica- mentos usados. Considerando esse evento adverso, qual das drogas não poderá ser
utilizada em crianças?

a) rifampicina
b) isoniazida
c) pirazinamida
d) etambutol

A
  1. Deve-se evitar o uso de Etambutol em crianças menores de 6 anos devido ao risco de neurite
    retrobulbar, com sintomas de alteração das cores e visão borrada. No caso de ser indispensável, deve-se
    utilizá-la em doses menores – 15 mg/kg/dia.

Resposta d.

101
Q

UFG – 2019
101. A tuberculose (TB) é a doença infecciosa de maior mortalidade entre as pessoas vivendo com HIV
(PVHIV). Em 2015, registraram-se 10,4 milhões de casos de TB em todo o mundo, segundo a Organização
Mundial da Saúde, sendo que, destes, 11% ocorreram em portadores de HIV. A estratégia de controle da
coinfecção TB-HIV está pautada no diagnóstico precoce de ambas as afecções e na garantia de tratamento adequado para o paciente, de forma oportuna. No contexto apresentado,

a) o teste rápido molecular é a atual metodologia indicada para o diagnóstico de tuberculose, porém ele
não está validado para amostras extrapulmonares
b) as PVHIV têm de três a doze vezes mais chance de adoecer por TB que a população em geral. O tratamento de tuberculose latente está indicado àquelas com contagem de LT-CD4 < 350 céls/mm3, desde que descartada a doença ativa
c) o tratamento antirretroviral, em caso de coinfecção TB-HIV, deve ser instituído o mais
precocemente possível, concomitante ao esquema anti-TB, independentemente do nível de LT-CD4
d) a genotipagem pré-tratamento do HIV está indicada e o esquema antirretroviral preferencial, para
virgens de tratamento e coinfectados com tuberculose, é a associação de tenofovir + lamivudina +
dolutegravir

A
  1. A infecção por tuberculose é comum em pacientea HIV independente do CD4+. A infecção latente por
    TB ocorre quando o paciente entrou em contato com o bacilo, mas ainda não desenvolveu a doença. O
    tratamento é realizado para prevenção da doença ativa quando a prova tuberculínica (PT) >5mm ou tem
    história de contato com paciente bacilífero ou radiografia de tórax com cicatriz de TB sem tratamento prévio.
    O tratamento é feito com isoniazida 300 mg, 1 vez ao dia por 6 a 9 meses. Há uma nova nota informativa
    que traz como nova recomendação a realização de tratamento para TB latente em todos os HIV positivos
    com contagem de CD4 igual ou menor a 350 independentemente da realização da PT, desde que excluída a tuberculose ativa.

Resposta b.

102
Q

UFPA – 2019
102. Mulher de 30 anos procura atendimento médico queixando-se de que há 4 meses iniciou quadro de
astenia, perda de peso (10kg em 6 meses), febre vespertina e sudorese noturna. Há um mês vem
percebendo aumento progressivo de massa em região cervical à direita, além de fistulização e saída de
secreção purulenta há 1 semana. Ao exame, apresenta gânglios palpáveis em cadeias cervicais à direita,
dolorosos, com sinais inflamatórios e coalescentes, além de ponto de fistulização com saída de secreção
purulenta. Nesse caso, a conduta adequada é:

a) swab da secreção para pesquisa de BAAR
b) punção de gânglio para pesquisa de células atípicas
c) biopsia excisional de gânglio para pesquisa de neoplasia
d) ultrassonografia da região cervical
e) ressonância magnética da região cervical

A
  1. O quadro clínico da paciente é sugestivo de Tuberculose ganglionar. É característica de a doença
    acometer um lado da região cervical, com fistulização e linfonodos coalescentes. O diagnóstico é pela
    pesquisa do bacilo álcool ácido resistente sugestivo de infecção ativa por tuberculose na secreção.

Resposta a.

103
Q

UFT – 2019
103. Paciente, 28 anos de idade, três meses de gestação, compareceu à consulta de pré-natal na Unidade Básica de Saúde queixando-se de tosse seca, sudorese e perda ponderal. Após avaliação médica e exames, confirmou diagnóstico de caso novo de tuberculose pulmonar bacilífera. Sorologia para HIV negativa. Qual a conduta mais adequada diante do exposto de acordo com Manual de Recomendações para o controle de Tuberculose no Brasil?

a) tratá-la com esquema especial RHZ até o final da gravidez, prorrogando-o por mais dois meses após
o nascimento do bebê, quando se iniciará a segunda fase do tratamento
b) iniciar o tratamento usando o esquema básico com RHZE, com redução das doses habituais em 50%,
prorrogando-o por mais dois meses, na segunda fase do tratamento
c) tratá-la com o esquema básico RHZE nas doses habituais, por seis meses, sendo recomendado o uso
de Piridoxina (50 mg/dia) durante a gestação pelo risco de toxicidade neurológica (devido à isoniazida) no
recém-nascido
d) encaminhar a paciente para uma unidade de referência terciária, a fim de iniciar o tratamento, usando
esquema com RHZ por seis meses
e) iniciar tratamento com esquema básico RHZE e solicitar cultura
A
  1. A paciente com diagnóstico fechado para tuberculose deve inicar esquema convencional com
    Rifampicina, Isoniazida, Pirazinamida e Etambutol. Em pacientes com risco de nutricional de hipovitaminose
    deve ser suplementado vitamina b6 diariamente na dose de 50 mg por dia. A gestação não é contraindicação
    para terapêutica e tem indicação de reposição de vitamina.

Resposta c.

104
Q

UNICAMP – 2019
104. Menino, 4a, comparece à Unidade Básica de Saúde para investigação de tuberculose. Antecedentes
Familiares: pais em tratamento para tuberculose há 30 dias. Imunização adequada para a idade.
Assintomática. Radiograma de tórax: sem alteração. Teste tuberculínico = 5 mm. A conduta é:

a) iniciar tratamento de infecção latente pelo Mycobacterium tuberculosis
b) repetir teste tuberculínico dentro de 8-12 semanas
c) tratamento para tuberculose ativa
d) observação clínica com seguimento ambulatorial

A
  1. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que programas de controle de tuberculose
    priorizem o tratamento para a tuberculose latente em indivíduos infectados pelo HIV com TT ≥ 5 mm e em
    indivíduos assintomáticos recentemente infectados (conversão tuberculínica). Com relação aos contatos,
    apenas lactentes e crianças teriam prioridade. Criança com 4 anos e imunização adequada, recebeu BCG a
    menos de 5 anos, para suspeita de doença ativa o PPD deveria ser maior que 10 mm, com PPD = 5 mm e raio
    X normal, exclui doença ativa, assim inicia-se tratamento para TB latente.

Resposta a.

105
Q

AMRIGS – 2019
105. Homem, 38 anos, em tratamento para doença de Crohn, vai iniciar o uso de infliximabe. Está em bom
estado geral e o raio X de tórax é normal. O teste tuberculínico apresentou induração de 8 mm. Qual é a
conduta adequada para este caso?

a) não associar qualquer tratamento adicional
b) tratar com isoniazida
c) tratar com rifampicina, isoniazida e etambutol
d) acompanhar e repetir o teste tuberculínico em 90 dias

A
  1. Quando um paciente está em programação de uso de imunobiológicos, há a recomendação formal de
    excluir infecção ativa ou latente por tuberculose antes do inicio da terapia imunossupressora. O paciente
    tem radiografia de tórax normal, demonstrando que não tem Tuberculose ativa. Porém, ao fazer o PPD, este
    está maior que 5 mm, caracterizando Tuberculose latente e sendo indicado o tratamento com isoniazida por 6 meses. Lembrando que o período mínimo para inicio do imunobiológico é de 30 dias depois da introdução da medicação.

Resposta b.

106
Q

SUS-SP – 2019
106. Anemia sideroblástica será vista com maior probabilidade num paciente com a seguinte história:

a) tuberculose em tratamento com isoniazida + rifampicina + pirazinamida + etambutol
b) submetido a cirurgia redutora de estômago por obesidade
c) alimentação vegana
d) passado de ressecção ileal
e) infestação por Diphyllobothrium latum

A
  1. A anemia sideroblática é uma causa rara de anemia, associada ao uso de isoniazida e de pirazinamida.
    As demais causas apresentadas, parecem estar ligadas a anemia por deficiência de absorção de ferro.
    Mecanismo diferente da sideroblática que acumula estoque de ferro na mitocôndria das células da linhagem
    vermelha e atrapalha a produção eficaz dos eritrócitos.

Resposta a.

107
Q

UNIFESP – 2019
107. Jovem de 15 anos de idade, HIV+ por transmissão vertical, mora com um tio que iniciou tratamento
para tuberculose pulmonar há 10 dias. A jovem está com boa adesão ao esquema antirretroviral, com carga
viral do HIV abaixo de 40 cópias/mL, assintomática e com radiografia de tórax normal. Nunca fez qualquer
tipo de tratamento para tuberculose anteriormente. A conduta mais adequada é?

a) se contagem de células T CD4+ estiver inferior a 200, iniciar tratamento para tuberculose
doença, independente do resultado do teste tuberculínico
b) se contagem de células T CD4+ estiver inferior a 500, iniciar tratamento para tuberculose latente,
após afastar tuberculose doença.
c) se teste tuberculínico resultar maior que 10mm, tratar como tuberculose doença, independentemente
da contagem de células T CD4+
d) afastado o diagnóstico de tuberculose doença, avaliar contagem de células T CD4+ e resultado do
teste tuberculínico para iniciar tratamento de tuberculose latente
e) observar aparecimento de sintomas de tuberculose doença e retorno em 30 dias para realizar
teste tuberculínico e nova radiografia de tórax

A
  1. Paciente HIV, com ou sem história de contato deve ser avaliado quanto a infecção por tuberculose. Se
    descartada infecção ativa, deve ser avaliado o PPD e contagem de CD4+ para indicação de tratamento para
    Tuberculose latente. Se PPD > 5 mm e ou CD4+ < 350 cels/mm³, o tratamento está indicado.

Resposta d.