Oncologia I Flashcards
Definição de derrame papilar
Saída de secreção pela papila
Características do derrame papilar benigno
Bilateral, multiductal, provocado
Quais são os tipos de derrame papilar e as patologias relacionadas
- Lácteo: hiperprolactinemia (gestação? Prolactinoma? Medicamentoso?)
- Multicolor (verde, amarelo, marrom): geralmente associada com Alteração Funcional Benigna da Mama (AFBM) e ectasia ductal (condição benigna)
- Sanguinolento/Serossanguinolento: pensar em câncer. O papiloma intraductal é a maior causa (tumor benigno)
Quando investigar derrame papilar?
Unilateral, uniductal, espontâneo, “água de rocha” ou serossanguinolento
Como investigar derrame papilar?
Se houver alteração no exame físico ou na mamografia/USG = investigar como nódulo, ou de acordo com a alteração vista na imagem
Se exame físico normal e derrame com características malignas = biópsia cirúrgica
Conduta no derrame papilar benigno
Orientar e tranquilizar
Quais são as principais causas de derrame papilar?
1) Papiloma Intraductal
2) AFBM e Ectasia Ductal
3) Carcinoma in situ seguido pelo invasor
Como investigar mastalgia?
Avaliar se é cíclica ou aciclica
Características da mastalgia cíclica?
Relacionada com o ciclo menstrual, ocorre mais na fase lutea, bilateral em QSE. Ex.: AFBM
Características da mastalgia aciclica
Pode ser mamária ou não mamária. Pode ser constante ou intermitente. Ex.: mastite, abscesso, nevralgia, angina.
Conduta na mastalgia
Orientação verbal é o melhor tratamento. Em geral as pacientes são ansiosas.
Se paciente apresenta mastalgia grave, há mais tempo, que interfere na qualidade de vida está indicada a investigação e o tratamento.
Tamoxifeno apresenta os melhores resultados, mas tem graves efeitos colaterais.
USG pode ser usado para afastar câncer
Definição de mastalgia
Pode ser caracterizada por dor mamária, ingurgitamento ou aumento da sensibilidade.
O que são nódulos mamários? Sinal de câncer?
São lesões que podem ser delimitadas em 3 dimensões. 80% dos casos são benignos
Achados no exame clínico do nódulo mamário que sugere benignidade e que sugere malignidade
- benignidade: móvel, fibroelastico, regular, sem retração de pele.
- Malignidade: duro, aderido, retração de pele, irregular.
Local onde é mais encontrado câncer de mama
50% no QSE. local onde tem maior concentração de glândulas.
O que fazer após exame clínico no caso de nódulo mamário?
Realizar PAAF, para diferenciar entre Cisto (mais relacionado a benignidade) e Sólido (mais relacionado com malignidade)
Conduta após realização de PAAF no nódulo mamário
- Cisto: esvaziar e avaliar líquido e realizar USG/MMG a depender da idade.
- se líquido amarelo esverdeado = não deve ser câncer
- se líquido sanguinolento = maior probabilidade de neoplasia. - Sólido: realizar MMG/USG e biópsia.
Indicação de
Indicações de USG na avaliação do nódulo mamário.
Mamografia inconclusiva (BIRADS 0), diferenciar cisto de sólido, exame de escolha em gestantes e mulheres jovens (<40a, sem radiação ionizante).
Desvantagens: incapacidade de detecção de microcalcificacoes, baixa resolução em mamas lipossubstituidas.
Características de lesões benignas e malignas no USG das mamas
- Benignas: anecoicas, homogênea, bem delimitada, reforço acústico posterior (reforça a benignidade)
- Malignas: mistas, heterogênea, mal delimitada, com sombra acústica posterior (sólido) -> Biopsiar.
Quando realizar PAAF após o USG no nódulo mamário?
Nos casos de nódulos císticos quando sintomáticos ou quando há presença de septos e/ou vegetações
Utilidade da mamografia
Único exame utilizado para rastreamento, com impacto em diminuição de mortalidade e com capacidade de detectar lesões não palpáveis.. Útil para avaliar nodularidades, adensamentos, calcificações e cistos em mamas ADIPOSAS.
Alterações benignas e malignas da mamografia
- Benignas: calcificações grosseiras, nódulos nítidos e regulares.
- Malignas: nódulos espiculados, sem margens definidas e microcalcificacoes pleomorficas agrupadas.
Rastreamento de Câncer de Mama de acordo com o Ministério da Saúde
MS2013:
- Baixo Risco: exame clínico anual > 40a / ECM anual + mamografia bienal 50-69a
- Alto Risco: ECM e MMG anual > 35a. (alto risco: parentes de 1grau com ca de mama < 50 anos, ca de mama bilateral ou de ovário, qualquer parente masculino com câncer de mama
MS2015: contra-indica o auto exame e coloca o exame clínico como benefício incerto.
Diferença entre mamografia diagnostica e mamografia de rastreio
- Rastreio: solicitado para mulheres população alvo sem sinais e sintomas de câncer de mama
- Diagnostica: solicitada para pessoas de qualquer idade com sinais e sintomas de câncer de mama (nódulo, espessamento, descarga papilar, retração)
Classificação BIRADS e conduta
- 0 = Inconclusivo (ex.: mama densa) -> concluir com outros exames. CD: USG ou RNM.
- 1 = Sem alterações (só mama). CD: repetir de acordo com a idade
- 2 = Alterações Benigmas -> Regular, Homogênea, calcificação grosseira. CD: repetir de acordo com a idade.
- 3 = Provavelmente Benigna (duvidosa). CD: repetir em 6 meses, e acompanhar durante 3 anos. Semestral no primeiro ano e anual nos anos seguintes. Se estável por três anos = BIRADS 2
- 4/5 = suspeita/fortemente suspeita -> espiculado, microcalcificações pleomorficas agrupadas. CD: Biópsia.
Incidências da mamografia
- mediolateral: sempre pega o peitoral e a adila. Divide a mama em superior e inferior.
- craniocaudal: aperta feito sanduíche e determina se é medial ou lateral
Quais técnicas podem ser utilizadas na biópsia da mama e suas indicações.
- CoreBiopsy (punção por agulha grossa): minimamente invasiva, retira 10-15 fragmentos, usada em casos de nódulos sólidos, palpáveis, microcalcificacoes agrupadas, pode ser feito ambulatorialmente no caso de lesões palpáveis. Pode ser guiada.
- Mamotomia (biópsia percutânea a vácuo): pode ser feita ambulatorialmente, maios número de fragmentos que a CoreBiopsy, utilizada para esclarecimento de lesões não palpáveis. Pode ser guarda por USG, mamografia, rx.
- Biópsia: padrão ouro.
- Incisional: retira parte do tumor, utilizada em tumores grandes.
- Excisional: retira todo o rumor, indicado para lesões menores.
Obs.: se lesão impalpável = estereotaxia (marcação com fio guiado pelo radiologista)
Características do Fibroadenoma na mama e conduta
Tumor benigno mais comum, móvel, fibroelastico, indolor. Mede 2-3 cm, acomete mulheres entre 20-35a. CD: acompanhar.
Se > 35a = retirar!!! Risco de confusão com câncer de mama.
Características do Papiloma Intraductal (tumor da mama) e conduta
Tumor benigno da árvore ductal, ocorre principalmente subareolar. Causa derrame papilar serossanguinolento. CD: exerese do ducto
Características do Tumor Filoides (tumor da mama) e sua conduta.
Semelhante ao Fibroadenoma que cresce rápido. CD: biópsia com margens livres de 2cm pelo risco de recorrência
Qual a origem histológica mais comum do câncer de mama?
80% dos casos têm origem no epitelio ductal
Definição de câncer de mama
Proliferarão maligna de celular epiteliais que margeiam os ductos ou os lóbulos.
Manifestações clínicas do câncer de mama
Nódulos palpáveis, descarga papilar, endurecimento da mama, eritema mamário, edema mamário em casca de laranja, retração ou abaulamento, inversão, descamação ou ulceração do mamilo, linfonodos axilares palpáveis.
Fatores de Risco para câncer de mama
Sexo feminino, idade > 40a, história predica de câncer de mama, história familiar, nuliparidade e menacme prolongada(estimulação hormonal), dieta rica em gordura, mutação BRCA I e II,
Utilidade da RNM no câncer de mama
Útil no estudo da mama contralateral, focos secundários do tumor na mama ipsilateral, rastreio de recidiva local, múltiplas cirurgias, BIRADS = 0.
Desvantagem: não mostra lesões < 2mm e não mostra microcalcificacoes
Evolução natural do câncer de mama
Epitelio normal -> hiperplasia epitelial típica -> hiperplasia epitelial atípica -> carcinoma intraductal ou intralobular-> carcinoma invasor
Principal mecanismo de formação de metastase
Via LINFÁTICA
Principal sítio de metastase à distância no câncer de mama
Óssea
Quais são os tipos hispatologicos precursores de malignidade no câncer de mama?
Ductal e lobular in situ
Características do carcinoma ductal infiltrante (ca de mama)
Tipo histológico mais comum. Adenocarcinoma. Sobrevida excelente se diagnóstico precoce.
Características do carcinoma lobular infiltrante (ca de mama)
Raro. Marcado pela bilateralidade e multicentricidade. Pouca expressão mamografica.
Características da Doença de Paget e principal diagnóstico diferencial
Células tumorais que acometem a epiderme das papilas mamarias. Diferenciar de eczema (causa prurido):
- Se descamação dos dois lados = pensar em eczema
- Se destruição do complexo areolopapilar + eczema unilateral = pensar em Paget
Característica do carcinoma inflamatório (ca de mama)
Localmente avançado, causando sinais inflamatórios. T4D
Estadiamento do câncer de mama
O estadiamento é cirúrgico. Antes da cirurgia podem ser feitos exames para “estadiamento”: excluir doenças metastaticas (osso, pulmão, figado) -> cintilografia óssea, rx de tórax, USG de abdome e pelve, LDH, FA. Se doença avançada pode fazer tc de tórax, abdome e pelve.
Diferença entre fator prognóstico e fator preditivo
- Faror prognóstico: qualquer marcador de sobrevida global sem o tratamento sistêmico adjuvante.
- Fator Preditivo: qualquer marcador associado a resposta ou não para uma terapia específica.
Fatores de pior prognóstico no câncer de mama
Invasão axilar (MAIS IMPORTANTE), > 2cm, grau histológicos indiferenciado, receptor hormonal negativo, her 2 positivo, aneuploide
Conduta no tumor de mama infiltrante
ABORDAGEM DA AXILA + QUIMIOTERAPIA. Se estudo do linfonodo sentinela for negativo, não há necessidade de fazer esvaziamento axilar completo.
Indicações da cirurgia conservadora do câncer de mama, os tipos e as contra indicações.
Consiste na retirada da area que contém o tumor com margens livres. Bons resultados estéticos. A relação tumor/mama tem que ser de até 20%.
- Técnicas: Segmentectomia / Quadrantectomia (técnica semelhante, pega mais pele).
- Após a cirurgia tem que fazer RT
- Se tumor infiltrante = abordar axila
- CI: tumores multicentricos, impossibilidade de fazer radioterapia
Indicações de mastectomia radical
Tumores infiltrante, nos quais o volume ou a multicentricudade não permitam a cirurgia conservadora (>20%)
Quais são as técnicas de mastectomia e sua relação com os músculos peitorais
- Halstead (“haldical”): tira os dois
- Patey (“Paitey”): tira o menor
- Madden (“Mãedden”): deixa os dois
Quando avaliar esvaziamento axilar?
Em casos de carcinoma infiltrante. Não avaliar se carcinoma in situ
Em que consiste a técnica do Linfonodo Sentinela no Câncer de mama? Quando não fazer?
Em casos de carcinoma infiltrante, realizar pesquisa intra operatória com contraste, radioisótopo e descobrir primeiro linfonodo que drena a região acometida e faz biópsia dele.
- Se postivo = esvaziamento axilar completo
- Se negativo = evita a realização do esvaziamento e só retira 1 linfonodos.
CI: Casos de linfonodo axilar clinicamente positivo
Principal complicação do esvaziamento axilar
Escápula alada por lesão no nervo torácico longo
Indicação de Radioterapia Adjuvante no Câncer de Mama
Serve para controle locorregional. Sempre que dizer cirurgia conservadora, tumores > 4cm
Indicação de Quimioterapia Adjuvante no Câncer de Mama
Faz controle locorregional, controla e trata o surgimento de metástases.
Indicações: tumor > 1cm (se palpar = químio), linfonodo positivo, metastase hematogenica
Indicação de quimioterapia neoadjuvante no câncer de mama
Antes da cirurgia para reduzir o tumor e permitir a realização de cirurgia mais conservadora.
Importância da hormonioterapia no câncer de mama
Avaliar imunohistoquimica. Se receptor hormonal negativo = pior prognóstico.
Se receptor estrogênico postivo = usar tamoxifeno (antagonista de receptor de estrogênio na mama / no endométrio estimula) ou inibidores da aromatase por 5 anos após o término de quimioterapia.
Terapia alvo dirigida no câncer de mama
Trastuzumabe: anticorpo monoclonal contra o antígeno HER 2
Quais são os três tipos de tecido embriológico do ovário?
Epiteliais, germinativos e cordão sexual
Fatores de risco para câncer de ovário
História familiar (mais importante), idade > 60a, mutação do BRCA (mama/ovário), nuliparidade, menacme longa (mais tempo de ovário funcionante), indutores de ovulação, dieta rica em gordura, obesidade, tabagismo.
Fatores de proteção para câncer de ovário
Amamentação, uso de anticoncepcionais (protege p câncer de ovário e endométrio), laqueadura tubária.
Características clínicas e USG do câncer de ovário
Sólida Usg doppler com baixo índice de resistência (neovasc) Septado Projeção papilar Espessamento de parede Irregular Tamanho> 8cm Antes/depois menacme
Importância do CA 125 no câncer de ovário, pontos positivos e negativos
Principal marcador, é marcador de células epiteliais, não serve de rastreio.
- Pontos negativos: ca de ovário inicial pode apresentar níveis normais. Inespecífico: aumenta com dip, mioma, gravidez
- Ponto positivo: complementar avaliação tumoral, seguimento pôs tratamento
Causas de tumores benignos ovarianos não neoplasicos e sua evolução
- cistos funcionais: folicular, corpo luteo
- endometrioma
- abscessos
CD: se cisto pequeno, anecoico, no menacme = expectante
Causas de tumores benignos ovarianos neoplasicos e sua evolução
- Cistoadenomas: seroso e mucinoide (produz pseudomixoma) são as principais causas.
- Teratoma benigno: tumor em jovens, tecidos de várias origens embrionárias, bem diferenciadas, com elevado conteúdo de gordura, que podem torcer quando pequenos
- Struma ovarii: tem tecido tireoideano -> leva a crise tireotoxica
- Fibromas: relacionados a síndrome de Meigs (tumor ovariano + ascite + derrame pleural)
CD: cirurgia conservadora -> ooforoplastia
Tumor ovariano pôs menopausa
Avaliar tratamento cirúrgico
Tumores ovarianos malignos epiteliais
São a principal causa.
- Adenocarcinoma Seroso: semelhante ao Cistoadenoma seroso. Tipo mais comum.
- Adenocarcinoma Mucinoso: responsAvel pela formação do pseudomixoma -> tumor produz Mucina, podendo cair na cavidade abdominal, pélvica (causa ascite)
Tumores malignos ovarianos germinativos
- Disgerminoma: tumor germinativo maligno mais comum. Geralmente unilateral, responde a RT, limitado ao ovário
- Teratoma Imaturo: apresenta tecidos pouco diferenciados, podendo produzir estrogênio -> pseudopuberdade precoce
Tumores ovarianos malignos de cordão sexual
- Tumores de Sertoli-Leydig (androblastoma): produção ovariana de Androgenio -> virilização
Principal forma de disseminação metastatica do tumor de ovário
Transcelomica! O revestimento do ovário é de mesma origem do peritoneo, facilitando implantes metastaticas -> carcinomatose peritoneal
Como é feito o estadiamento das neoplasias ovarianos? E sua classificação
Todos os estadiamentos ginecológicos são cirúrgicos, exceto o do colo do útero. IA = Apenas um ovário IB = Bilateral IC = Cápsula rota II = pelve III = abdome IV = metastase fora do abdome
Qual a utilidade do tratamento cirúrgico no tumor de ovário
Diagnóstico, estadiamento e tratamento. Cirurgia citorredutora (tirar tudo o que puder!!!). Objetivo: deixar < 1cm de tumor
Técnica cirúrgica no câncer de ovário
Laparotomia mediana + inventário de cavidade + lavado peritoneal + histerectomia completa + ooforectomia bilateral + omentectomia + ressecar implantes e linfonodos
Existe cirurgia menos radical no tratamento de tumor de ovário? E quando fazer?
Mulheres em idade fértil que deseja prole, IA e G1 -> salpingo ooforoplastia unilateral ou salpingoooforectomia unilateral
Estadiamento histológico do tumor de ovários
G1 - bem diferenciado
G2 - moderadamente diferenciado
G3 - indiferenciado
Quimioterapia e radioterapia no tumor de ovário
Qt adjuvante: >= IC ou G3
Não faz rádio
Os tipos celulares do colo uterino
- Endocervice: cilíndrico simples (produtor de muco)
- JEC: varia de posição conforme situação hormonal
- Ectocervice: escamoso e estratificado
Importância da Zona de Transformação no colo uterino
Tipo de epitelio caracterizado por presença de epitelio colunar, escamoso, orifícios glandulares e cistos de Naboth. A zona de transformação corresponde a área entre a JEC primária e a nova JEC. Nessa região estão 90% das lesões precursoras ou malignas do colo uterino
Quais são os sorotipos de HPv mais relacionados com o câncer de colo uterino
16 e 18. O 16 é o mais importante
Fatores de risco do câncer de colo uterino (“Bruna Surfistinha”)
Hpv é necessário, mas não é suficiente, fatores de risco para DST, tabagismo, baixa imunidade
Manifestações clínicas no câncer de colo uterino
Não causa sintomas em fases iniciais. Em estágios avançados pode causar dor, corrimento, sangramento. Lembrar de realizar inspeção cuidadosa, toque vaginal e toque retal.
Como se apresentam os tumores de colo uterino?
Pode ser exofiticos (vegetações, pólipos) ou endofitico (nodular, ulcerado)
Quando realizar rastreio de câncer de colo com colpocitologia?
Mulheres entre 25 e 64 anos, após sexarca. Colher uma vez por ano e após 2 resultados negativos, de 3 em 3 anos.
Situações especiais de rastreio de câncer de colo uterino
- Gestantes: igual às não gestantes
- Virgem: não realiza o exame
- HIV: 6/6m no primeiro ano, e se negativo, acompanhamento anual. Se imunossupressão grave (cd4<200), mantém 6/6m
Como colher o exame colpocitologico?
Coleta de material ectocervical (espátula de ayres) e coleta de material endocervical (citobrush)
Achados anormais do exame citopatologico e suas condutas
- LIE BG (LSIL): lesão de baixo grau. Se < 25a, repetir em 3a. Se > 25a, repetir em 6m. Lesão característica da infecção por HPV
- ASC US (atípica escamosa celular indeterminada, provavelmente não neoplasia): Repetir exame de acordo com idade. >30a = repetir em 6m; 29-25a= repetir em 1a; <25a = repetir em 3a.
- ASC H (atipia escamosa celular de alto grau) = colposcopia
- AGC (AGUS): atipia celular glandular cervical = colposcopia com avaliação canal
- LIE AG (HSIL): lesão intraepitelial de alto grau = colposcopia
- OAI (células atípicas de origem indeterminada) = colposcopia
Quais são as técnicas utilizadas para definir áreas a ser biopsiadas na colposcopia
- Ácido Acético: torna acetobranco áreas ricas em proteínas (com atipia)
- Teste de Schiller (lugol): o iodo cora o glicogênio, que é presente em células normais. Então teste positivo = iodo negativo
Qual achado mais característico de malignidade na colposcopia
Vasos atípicos
Como definir uma colposcopia como satisfatória
Quando for visualizada a JEC. caso não seja, explorar o canal cervical com afastador, histeroscopia, curetagem.
Conduta nas lesões intra epiteliais de colo
- NIC I: acompanhar, normalmente desaparece só. Se persistente por mais de 2a = destruição com crioterapia ou cauterização
- NIC II/III: exerese por CAF (ambulatorial) ou EZT (exerese da zona de transformação). Permite a possibilidade de estudo histopatologico.
- > CI: lesão invasiva, não vê limites da lesão, JEC não visível => Cone (diagnóstico de terapêutico de carcinomas in situ, retira grande quantidade de tecido)
Tipos histológicos mais comuns de câncer cervical
O mais comum é o epidermoide (16) e o 2 mais comum é o adenocarcinoma (18)
Estadiamento do câncer de colo de útero
Feito clinicamente, com auxílio de exames complementares.
- estádio 0: carcinoma in situ -> a conizacao é terapêutica e diagnostica
- Estádio I: Restrito ao colo uterino
IA1: < 3mm de profundidade
IA2: 3-5mm de profundidade
IB1: 5mm a 4cm de profundidade
IB2: >4cm de profundidade - Estádio II: sai do colo por continuidade
IIA: acomete terço superior da vagina
IIB: Invade parametrio (pode ser sentido no toque retal) - Estádio III: tudo para baixo
IIIA: até a parte inferior da vagina
IIIB: extensão a parede pélvica, hidronefrose, exclusão renal - Estádio IV: além da pelve
IVA: acomete bexiga ou reto
IVB: metastase à distância
Tratamento do câncer de colo uterino de acordo com estadiamento
- Estádio 0: cone é diagnostico e tratamento
- Estádio IA1: HT Tipo 1 ou conizacao se desejo de engravidar
- Estádio IA2: HT tipo 2 + linfadenectomia pélvica
- Estádio IB1: cirurgia de Wertheim Meigs (permite preservar os ovários)
- Estádio IB2 ou IIA: Wertheim Meigs ou QTRT
- > IIB: QTRT
Causas de sangramento vaginal na menacme e na pós menopausa
Menacme: obstétricas, infecciosas, neoplasias, disfuncionais
Pôs menopausa: atrofia endometrial, terapia hormonal e ca de endométrio
Quando suspeitar de câncer de endométrio na menopausa?
- USG: Endométrio > 4mm sem Reposicao hormonal ou > 8mm com Reposicao hormonal.
- Colpocitologia: presença de células endometriais após a menopausa (o comum é a atrofia)
Fatores de risco para câncer de endométrio
Idade > 60a, fatores que aumentem a exposição estrogênica (causa proliferação endometrial), OBESIDADE (conversão periférica de estrogenios), nuliparidade, menopausa tardia, branca, anovulação cronica, diabetes, hiperplasia
Fatores de proteção para câncer de endométrio
Multipartidade, tabagismo, ACO, diu de progesterona
Como é criada a suspeita de câncer de endométrio?
Clínica + USG
Os principais sintomas são sangramento vaginal, corrimento vaginal, desconforto pélvico.
Se sangramento em mulheres na peri/pôs menopausa = suspeitar de câncer de endométrio
Quando investigar câncer de endométrio
Investigar toda mulher pôs menopausa com sangramento endometrial, paciente mais jovem com sangramento abundante, irregular ou aciclica, pacientes assintomáticas com espessamento endometrial ou AGUS
Achados no uso que sugerem câncer de endométrio
Coleções líquidas intra-uterinas, espessamento endometrial, massa endometrial polipódio, endométrio hiperecogenico ou irregular com ecogenicidade mista.
O que fazer em caso de suspeita de câncer de endométrio e como fazer?
Se suspeita = biópsia
Pode ser feita com cureta de Novak (ambulatorialmente), curetagem fracionada (igual a usada em caso de aborto), histeroscopia com biópsia dirigida e visualização da lesão (padrão ouro).
Tipos histopatologicos das lesões precursoras de câncer de endométrio
São causadas por hiper estimulação estrogênica, são responsáveis por cerca de 80% dos vasos de câncer
- hiperplasia simples sem atipia
- hiperplasia complexa sem atipia
- hiperplasia simples com atipia
- hiperplasia complexa com atipia
Os.: as lesões com atipia tem mais probabilidade de evoluir para câncer
Existe câncer de endométrio não relacionado com exposição a estrogênio?
20% dos cânceres de endométrio que não estão relacionados com estrogenio associam-se a epitelio atrófico, são menos diferenciados e de pior prognóstico
Tratamento das lesões precursoras de câncer de endométrio
- Hiperplasia simples ou complexa SEM atipia: progesterona é o de escolha (leva a controle do sangramento e diminui risco de evolucao para câncer); Histerectomia se pôs menopausa ou refratario ao controle clínico.
- Hiperplasia simples ou complexa COM atipia: progesterona se desejo de engravidar (reavaliar com nova biópsia após 6m) ou alto risco cirúrgico; Histerectomia é o tratamento de escolha!!
Tipo histológico de câncer de endométrio mais comum
Endometrioide
Em que se baseia o tratamento do câncer de endométrio
Laparotomia! Faz estadiamento e tratamento ao mesmo tempo
- HTA + lavadoperitoneal + anexectomia bilateral + linfadenectomia
- RT: se invasão de miometrio >50% (IB)
- QT: se metastase
Fatores de risco para Câncer de Vulva
Os mesmo do HPV, linfogranuloma venéreo.
É a mulher do colo de útero, mais velha
Queixa clínica mais comum no câncer de vulva
Prurido