Obstrução Mecânica de Delgado Flashcards
o delgado é o sítio mais comum de obstrução intestinal. qual a classificação?
extrínseca: brida (1ª), neo (carcinomatose peritoneal e tumores intraabd, 2ª), hérnia (3ª), abscesso intraabd (pode ser mecânica ou funcional)
intrínseca: congênitas, neo primária e MTX, trauma, crohn e outras inflamações, outras
intraluminal: íleo biliar, bezoar, corpo estranho
bridas (aderências intestinais) se tornaram a causa mais frequente de obstrução mecânica de delgado com o aumento das cirurgias eletivas, ainda que apenas uma pequena porcentagem das bridas seja sintomática. elas também podem ser congênitas ou secundárias a infecções abdominopélvicas. em qual cenário são mais comuns?
mais inframesocólicas
cx pélvicas
FR: infecção abd, isquemia de alças, corpo estranho
pode complicar com infertilidade e dor pélvica crônica
as bridas se formam em até uma semana, mas a obstrução intestinal pode se manifestar décadas depois
atresia duodenal
mais no delgado (associada à S.Down*),
- trissomia do 21 associada a atresia duodenal, pâncreas anular, fístula traqueoesofágica, Hirschsprung e ânus imperfurado
dx:
- USG obst com polidrâmnio, ascite e alça dilatada hiperecoica; PIG
- vômitos biliares com pouca distensão se duodenal ou mais se jejunoileal
- SINAL DA DUPLA BOLHA
tto cx > duodeno-duodenostomia em diamente
atresia jejunoileal
isquemia mesentérica intrauterina, 10% tem FC, incidência de 1:2000
classificação de Grosfeld:
- estenose;
- tipo I (muscular e serosas intactas;
- tipo II ( banda fibrosa liga cotos, mesentério intacto);
- tipo IIIa (cotos separados, mesentério em “V”)
- tipo IIIb (casca de maçã ou árvore de natal, atresia proximal)
- tipo IV (sequência de salsichas, colar de contas)
clinica: se proximal pode ser indistinguivel de atresia duodenal, mas se distal tem distensão abdominal e dilatação de delgado com ausência de ar distal
ddx: obst baixa > enema baritado > Hirschsprung, plug meconial, sd cólon E pequeno, íleo meconial e ATRESIA COLÔNICA( 5-10% das atresias intestinais)
íleo meconial
exclusivo de FC
dx por rx de abd com aspecto de vidro-moído ou bolhas de sabão > enema com contraste hidrossolúvel
- simples: sem perfuração de alça, tto conservador (hidratação EV, N-acetilcisteína por CNG e enema)
- complicado: enterostomia, retirada manual
má-rotação e volvo de intestino médio
intestino médio = a.mesentérica superior (duodeno, jejuno, íleo, cólon E e transverso)
rotação anti-horário fixa ângulo de treitz e ceco após volta do intestino para dentro do abd na 10ª semana.
na má-rotação essa fixação não ocorre e o espaço do mesentério é estreito entre esses dois pontos, o que predispõe uma torção horária entre as porções e cria um volvo, além de isquemiar
*bandas de ladd: fixação correta do ceco = base mesentérica larga + obstrução duodenal pelas bandas (de ladd) que fixam o cólon D
clínica “tardia” no RN
dx com seriografia com contraste baritado = bico de pássaro
cx: procedimento de ladd desfaz o volvo e avalia viabilidade intestinal.
Crohn
obstruções altas benignas são comuns
cx se obst total ou parcial refratária
- ressecção estenose x SII
- estenosoplastia: Heinecken se <10cm; Finney (em “U”) se < 25cm; CI SE FÍSTULAS OU ABSCESSOS
- 50% vão precisar de cx; 80% recorre pós-op
Intussuscepção
EMERGENCIA ABDOMINAL EM CRIANÇA < 2A
OBST INTESTI EM CRIANÇA ENTRE 3meses a 6anos
mais em junção ileocecal
fatores predisponentes: diferença de pressão por componente físico insinua uma “cabeça” do segmento que penetra o segmento adjacente
dor abd + massa palpável + fezes em groselha
dx clínico (posição do bebê, vômitos e letargia ddx meningoencefalite) e rx (sinal do alvo, sinal do menisco) /eco/tc (adultos)
evolui com edema e menor perfusão do segmento > isquemia
tto por exames contrastados ou endoscopia
cx se refratário ou risco de perfuração ou suspeita de neo
lesão intestinal pós-actínica
associada a radioterapia
aguda: inflamação
- diarreia, dor abd, náusea, má-absorção
- sintomáticos e ajuste da radio (IMRT)
crônica: vasculite e fibrose
- N&V, dor abd, diarreia, má absorção, obst intest, sg
- conservador, mas pode ser cx
neo 1ªria de delgado
raras
a partir dos 50 anos
associada com poliposes familiares, sd de Lynch, sd de Peutz-Jeghers, DC, doença celíaca, derivações biliares
neo mais comum é adenoma, mas GIST é mais sintomático (cólica por intussuscepção e sg, insidioso, inespecífico)
íleo biliar
implica formação de fístula coecistoentérica
epidemio: idosos e mulheres com colecistite recente
topografia: íleo terminal
clínica clássica de obst intest baixa antecedida por o que parecia ser obst parciais (cálculo chegando)
sd de bouveret = obst intest alta em piloro/duodeno
imagem: pneumobilia (inespecífico)
tto cx: enterolitotomia
TRÍADE DE RIGLER: pneumobilia, distensão do delgado, cálculo ectópico
corpo estranho/parasitose
1% cx se (1) objeto pontiagudo ou longo; (2) bateria
10-20% retirados por EDA
demais seguem trânsito
crianças até 5 anos com obst por Ascaris impactados na válvula ileocecal - rx com “miolo de pão”
bezoar
materiais ingeridos que não sofrem digestão e se tornam massas intraluminais. Geralmente assintomáticos e no estômago, mas podem complicar
tto: dissolução química OU EDA OU cx
síndrome de wilkie
pinçamento aorto-mesentérico
clínica com perda ponderal importante em pct jovem
obst alta
FR: escoliose ou imobilização de tronco com aparelhos gessados
tto conservador inicial, se refratário duodenojejunostomia