Obstetrícia IV Flashcards

1
Q

Defina:

a. HAC
b. Hipertensão gestacional
c. Pré-eclâmpsia sobreposta

A

a. HAC: PA >=140x90 E <20ªsem ou >12sem após parto
b. HG: PA >=140x90 E >20ªsem e melhora em 12sem após parto
c. HAC + pré-eclâmpsia

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2
Q

Gestante, 14 sem, comparece à primeira consulta de pré-natal sem queixas. PA: 140x92.

  1. HD
  2. Como confirmar?
  3. Exames complementares iniciais
  4. Conduta
A
  1. Hipertensão arterial crônica
  2. 2 medidas alteradas em >4-6h
  3. Rotina HAS na 1ª consulta (laboratório, ECG, fundoscopia) +
    Doppler a. uterinas (11-14sem)&raquo_space; alterado&raquo_space; 26sem
  4. PA semanal; consultas menos espaçadas…
    AAS se doppler alterado
    Anti-hipertensivo se: PA >160/100 e/ou LOA
    - Metildopa, nifedipino ou pindolol
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3
Q

Defina pré-eclâmpsia (6)

A

Após 20ªsem HAS + 1:

  • Proteinúria >=300mg/d ou P/C >0,3 ou >1+ EAS
  • Plaquetopenia <100
  • Cr >1,1
  • EAP
  • Elevação 2x transaminases
  • Sintomas cerebrais ou visuais
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4
Q

Gestante, 22ªsem lúpica, comparece à consulta de pré-natal assintomática. Ao exame: PA 144x94 (confirmada após 6h). Coletado urina com fita mostrando proteinúria 2+/4+. Exames prévios do pré-natal normais.

  1. HD e classificação
  2. FRs
  3. Indicação de profilaxia 2ª
A
  1. Pré-eclampsia leve (<160x110 e SEM sinais gravidade)
  2. Alto risco: HP de pré-eclâmpsia e Vasculopatia (DM, HAS, dç renal, dçs autoimunes);
    Outros: Gemelar, mola; primigesta ou parceiro diferente
  3. AAS 100mg a partir 9-16ªsem até 37ª se:
    - FR grave e/ou doppler a. uterina alterado (IP >=2,35)

Cálcio 2,0g/d se dieta insuficiente e alto R

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5
Q

Explique a fisiopatologia da pré-eclâmpsia

A
  • Ausência da 2ª onda de invasão trofoblástica&raquo_space;
  • Vasos espiralados e alta RVP&raquo_space;
  • Isquemia e disfunção placentária&raquo_space;
    • Fat. pró-coagulantes e vasoconstritores&raquo_space;
  • Disfunção endotelial:
    a. Vasospasmo: HAS, convulsão, oligúria, isquemia hepática, DPP
    b. Ativação coagulação: trombocitopenia
    c. Aumento permeabilidade capilar: edema, proteinúria, hemoconcentração
  • Alterações uteroplacentárias: sofrimento fetal crônico, aumento ativ. uterina…
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6
Q

O que determina pré-eclâmpsia grave?

A

(1) PAS >=160 e/ou PAD >=110
(2) EAP, oligúria, Cr >1,3

(3) HELLP:
- Anemia hemolítica microangiopática (LDH >= 600 / esquizócitos / BbT >=1,2)
- AST >=70 (isquemia)
- Plaq <100.000 (formação microtrombos)

(4) Iminência de eclâmpsia: cefaleia, escotomas, epigastralgia/ dor QSD, hiperreflexia
* Para alguns: proteinúria >2g/24h

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7
Q

Gestante 24 sem, HAC bem controlada, comparece à consulta com níveis pressóricos maiores que habitual (150x94), assintomática. Proteinúria 24h: 500mg (exame prévio normal). Demais exames sem alterações.

  1. HD
  2. Acompanhamento
  3. Cd obstétrica
A
  1. Pré-eclâmpsia sobreposta (leve)
  2. PA 2x/sem + consulta semanal +
    Laboratório semanal (se alterado&raquo_space; repetição imediata) +
    Avaliação crescimento e bem estar fetal periódico
  3. Parto com 37 sem
    - Via de parto obstétrica
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8
Q

Gestante 26 sem, comparece ao pré-natal de rotina referindo dor epigástrica aguda. Ao exame PA: 162x118.

  1. HD
  2. Propedêutica
  3. Terapêutica
  4. Cd obstétrica
A
  1. Pré-eclâmpsia grave
  2. Internar: monitorização PA 4/4h, diurese 6/6h, peso diário e propedêutica diária (hemograma e hematoscopia, E.H, Cr, ácido úrico, proteinúria)
    • Anti-hipertensivo (PA >=160x110): Hidralazina EV ou nifedipina VO ou labetalol EV&raquo_space; reduzir no máx 20-30% PA
  • Anticonvulsivante (prevenção ou tratamento): Sulfato de Mg 4g EV + 2g/h em bomba de infusão
    » Deixar prescrito gluconato de cálcio 10mL a 10%
    • > =34 sem = Parto
      - <34 sem = Estabilização materna + corticoide (se der tempo/ estável) + Parto
      * Via de parto: indicação obstétrica
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9
Q

Como monitorizar o risco de intoxicação pelo sulfato de Mg?

Quais sinais de intoxicação? Como conduzir?

A

(1) Reflexo patelar, diurese e FR

(2) Oligúria (<25 mL/h) - Reduzir dose
Reflexo ausente ou FR <14-16 - Parar sulfato + adm gluconato de cálcio

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10
Q

Quais recomendações no pós parto para síndromes hipertensivas?

A

Alta após >72h
Não usar AINEs
Retorno ambulatorial em 7-10d

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11
Q

Gestante, 24ª sem, realizou TOTG 75g com seguintes resultados: GJ: 96, 1h: 170, 2h: 150.

  1. Qual dx?
  2. Explique a fisiopatologia
  3. Tratamento
  4. Quando suspender?
A
  1. DMG: Basta 1 resultado alterado (GJ >=92)
  2. Aumento dos hormônios contrainsulínicos na 2ª metade (lactogênio placentário, E, P, prolactina, cortisol)&raquo_space; Hiperglicemia (visa preservar feto)
  3. Dieta fracionada + atividade física&raquo_space;
    30% das glicemias (perfil) acima da meta em 2sem&raquo_space; Insulina
  4. Na DMG suspender insulina após parto
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12
Q

Como realizar o dx de DM no 1º trimestre?

A

(1) Glicemia de jejum (1 amostra):
- <92 = Normal&raquo_space; Realizar TOTG 75g 24-28ª sem

  • 92-125 = DMG
  • Obs: HC repete exame
  • > =126 = DM prévio
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13
Q

Como realizar dx de DMG no 2º tri?

Qual particularidade do manual do MS?

A

(1) TOTG 75g com 1 resultado alterado:
- GJ >= 92
- 1h >= 180
- 2h >= 153

(2) MS: GJ >= 126 ou após 2h >= 200&raquo_space;> DM prévio

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14
Q

Classificação de Priscilla White:
A. A, A1, A2
B. >=B
C. >=D

A

A. A: DMG / A1: SEM insulina / A2: COM insulina

B. >=B: DM prévio (before)

C. >=D: Doença vascular

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15
Q

Como conduzir o tratamento de gestante com DM prévio?

E os medicamentos orais?

A

Substituir anti-diabéticos orais por insulina:

  • 1º Tri e pós parto: doses menores (tende a hipoglic)
  • 2º/3º Tri: doses maiores (hormônios contrainsulínicos)
  • Gliburida e metformina parecem seguras
  • Metformina no HC: pode manter; indicar se SOP, acantose nigricans, necessidade mta insulina
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16
Q

Em relação ao parto na gestante diabética:

a. Momento
b. Via

A

a. Complicações: interromper
Controle ótimo c/ insulina: 39 sem
Controle ótimo c/ dieta: 40 sem

b. Feto bem/ mãe bem = indicação obstétrica
Macrossomia (>4-4,5 kg) ou SFA = cesárea

17
Q

Explique a fisiopatologia das seguintes alterações fetais na gestante diabética:

a. Macrossomia
b. Polidramnia

A

a. Hiperglicemia&raquo_space; + Hiperinsulinemia fetal&raquo_space; Anabólico

b. Hiperglicemia&raquo_space; Diurese osmótica&raquo_space; alta [glic]&raquo_space; aumenta captação de água

18
Q

Quais complicações fetais são exclusivas do DM prévio? Como evitar?

A

(1) a. Malformações - Regressão caudal
- Hiperglicemia inicial alterando organogênese

b. Abortamento
(2) HbA1C ao engravidar <6-7%

19
Q

Explique a fisiopatologia das alterações neonatais dos filhos de mães diabéticas:

a. Hipoglicemia neonatal
b. Sd membrana hialina
c. Policitemia
d. Hiperbilirrubinemia

A

a. Mta insulina pra redução abrupta do aporte de glic
b. Mta insulina inibe maturação pulmonar&raquo_space; pouco surfactante
c. Hipóxia placentária (vasculopatia)&raquo_space; + eritropoiese fetal
c. Imaturidade hepática + sobrecarga policitemia

20
Q

Durante parto de gestante diabética ocorre distócia de espáduas.

  1. Quais 2 primeiras manobras?
  2. E se depois de tudo não funcionar?
A
  1. McRoberts (abdução e hiperflexão coxas) e pressão suprapúbica sobre ombro fetal (Rubin I)
  2. Manobra de Zavanelli: reintroduz cabeça&raquo_space; cesárea
21
Q

Distócia das espáduas: Woods

A

Pressão sobre clavícula do ombro posterior para rodá-lo 180º

22
Q

Distócia das espáduas: Rubin II

A

Empurra ombro anterior (por trás) em direção ao tórax

23
Q

Distócia das espáduas: Jacquemier

A

Remoção do braço posterior com a mão

24
Q

Distócia das espáduas: Gaskin

A

Paciente de 4: desprendimento posterior, seguido por anterior

25
Q

Qual principal agente de ITU na gestante?

Cd na pielonefrite

A

(1) E. coli

(2) Internar + ATB parenteral

26
Q

Quanto à gestação gemelar, defina:

a. Monozigótica
b. Dizigótica

A

a. Do mesmo ovo (identicos) - Evento aleatório

b. 2 ovos fecundados - Sempre 2 placentas e 2 cavidades amnióticas

27
Q

Quanto à gestação gemelar, defina e dê o achado US:

a. Monocoriônica
b. Dicoriônica

A

a. 1 placenta (>R) - Sinal do T (linha fina entre cavidades amnióticas)
b. 2 placentas - Sinal do Y ou do lambda (linha grossa entre os 2)

28
Q

Quanto à gestação gemelar, defina:

a. Monoamniótica
b. Diamniótica

A

a. Uma cavidade

b. Cavidades diferentes

29
Q

Gestante 24ª sem, grávida de gemelar, realiza USG morfológico que evidencia sinal do T e diferença entre bolsões de líquido amniótico.

  1. Classifique
  2. Qual complicação?
  3. Como identificá-la?
  4. Tratamento
A
  1. Gestação gemelar monocoriônica
  2. Sd da transfusão feto-fetal (anastomoses entre os vasos gerando desproporção entre fetos)
  3. Feto doador: pálido, CIUR, OLIGODRAMNIA
    Feto receptor: hidrópsia, POLIDRAMNIA
  4. Amniocentese seriada (leve)
    Fotogoaculação com laser (grave)
30
Q

Quais as metas glicêmicas na gestante com diabetes?

A
  • Jejum <95 mg/dl
  • Pré-prandial <100 mg/dl
  • 1h pós <140 mg/dl
  • 2h pós <120 mg/dl