Neuropediatria Flashcards
Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperativiadade (TDAH)
- Desordem neuropsiquiatria mais comum da infância (5%)
- Mais frequente no sexo masculino (2:1)
- Pilares: Desatenção; impulsividade (falta de autocontrole) e hiperatividade motora inadequada para faixa etária e surgimento antes do 12 anos
- É necessário que haja prejuízo funcional, difícil de convívio familiar e social ou queda na perfomance acadêmica/trabalho
Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperativiadade (TDAH) - Etiologia
- FR Gestacionais: hipertensão na gravidez (toxemia), TP complicado, tabagismo e etilismo
- Alteração no gene transportador de dopamina (DAT1) ou receptor 4 (DRD4) - Teoria dopaminérgica
- Redução do volume pré-frontal e núcleos da base
Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperativiadade (TDAH) - QC
- Dx é clínico, com todos critérios do DSM-5
- 6 ou mais sintomas de desatenção e/ou hiperatividade/impulsividade com duração >6 meses (próximo flashcard)
- Início dos sintomas antes de 12 anos
- Presença dos sintomas em 2 ou mais ambientes distintos (casa, trabalho, restaurante, escola, lojas)
- Presença de prejuízo funcional, comprometendo desempenho da criança em mais de 2 esferas: familiar, social, escola e trabalho
- Sintomas não pode ser por outra doença (psicose infantil, esquizofrenia, TAG, depressão, transtorno de conduta ou opositor-desafiador)
Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperativiadade (TDAH) - Sintomas de Desatenção e Hiperatividade
*São necessários 6 (pode ser só de desatenção ou hiperatividade)
- Desatenção: (1) não presta atenção em detalhes; (2)dificuldade manter atenção sustentado em tarefas e brincadeiras; (3) parece não estar ouvindo quando se fala diretamente; (4) dificuldade de seguir instruções p/ finalizar tarefas; (5) dificuldade de organizar tarefas; (6) evita tarefas que exijam atenção ; (7) perda objetos pessoais; (8) distração por estímulos externos; (9) esquece compromissos diários
- Hiperatividade: (1) inquieto, bate dedo/pés; (2) levanta-se com frequência não sendo esperado; (3) Corre e escala móveis; (4) dificuldade de brincar e praticar atividade lazar silenciosamente; (5) age como se estivesse c/ “motor ligado” tempo todo; (6) fala excessiva; (7) responde perguntas antes que outros ou completa frases; (8) dificuldade de aguardar sua vez; (9) interrompe e se intromete na conversa alheia
Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperativiadade (TDAH) - Formas Clínicas
- Forma mista: 6 ou mais dos dois
- Forma predominante desatenta: 6 ou mais do desatento
- Forma predominante hiperativa/ impulsiva: 6 ou mais sintomas de hiperatividade
- OBS: para dar o dx é preciso que seja em 2 ambientes ≠ (escola e em casa, e não só na escola) tendo um prejuízo funcional.
Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperativiadade (TDAH) - Dx:
- É clinico (DSM-5)
- É um desafio medico
- Dxx: Déficit auditivo ou visual, epilepsia/ ausência, abuso infantil, medicações , apneia sono e intoxicado por chumbo
- TTO: ações farmacológicas e não (psicoterapia, orientação pedagogia e terapia cognitivo-comportamental )
Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperativiadade (TDAH) - TTO
- Psicoestimulantes: metilfenidato (Ritalina e Concerta), Anfetaminas (Adderall) e atomoxetina
- Metilfenidado é 1a escolha, 25% responde com dose baixa (<20 mg/d), 25% dose media (20-40 mg/d) e 25% dose alta (>40 mg/d)
- Dose deve ser aumentada durante 4 semanas até ter resposta esperada e s/ efeitos colaterais
- Se ausência de resposta (25%): Atomexetina (inibidor da recaptação de noradrenalina)
Transtorno do Espectro Autista (TEA)
- Desordem do desenvolvimento com deficit de comunicação verbal/ não verbal, interação social/ emocional e comportamentos/ interesses/ atividade repetitivas
- Manifestações precocemente entre 12-24 meses
- TEA engloba: Sd. Asperger, desordem integrativo da infância, Kanner, atípico
- Afeta 1% da população e é mais comum em meninos
- Causa multifatorial
Transtorno do Espectro Autista (TEA)
- Afeta condutas pessoal/ social e de linguagem do neurodesenvolvimento infantil
- Comunicação verbal: ausente ou s/ entonação ou dificuldade manter linguagem
- Não verbal: aponta, mostrar o que deseja, compreender gestos
- Interação social/ emocional: falha em compartilhar sentimento e pensamentos, diminuição interesse de brincar junto, brinca da mesma forma
- Comportamento/ interesse/ atividades repetitivas: balançar mãos, girar círculos, ecolalia, empilhar brinquedo
Transtorno do Espectro Autista (TEA) - DSM 5
*1 e 2 pode ser leve, moderado a grave
- Deficit da comunicação social e interação social: reciprocidade social/ emocional (falha ao iniciar ou responder); déficit comunicação não verbal (falha no contato visual, facial, gesto); deficit na relação social (da mesma idade, falha pensamento simbólico/ imaginario, comportamentos ≠ do usual)
- Comportamento/ atividades/ interesses restritos (mínimo 2): estereotipados (repetitivos), rotinas ritualizadas, interesse restrito, hiper/hiporresponsividade a estímulos sensoriais
- Sintomas presentes preço mente no desenvolvimento
- Sintomas cursam com prejuízo social, ocupacional e em outras áreas
- Sintomas não explicados por deficiência intelectual ou atraso global
Dxx do TEA
- Síndrome do X frágil: orelhas grandes, face alongada, macro-orquídia
- Síndrome de Angelman: marcha atáxica, lábios grandes, risos imotivados
- Síndrome de Landau-Kleffner: encefalopatia epiléptica previamente normais, mais em meninos
- Síndrome de Rett: mais em meninas, mutação gene MECP2, normal até 6 meses e depois com desaceleração do crescimento do PC e regressão dos marcos
Transtorno do Espectro Autista (TEA) - TTO:
- Terapia cognitivo-comportamental precocemente (2 anos) e de maneira intensiva
- Risperidona e Olanzapina tem controle na hiperatividade e agressão
- ISRS também tem ação
- Prognóstico é variável
Paralisia Cerebral
- É uma forma clínica de encefalopatia crônica não progressiva, com comprometimento clínico de natureza motora predominante
- Lesão ao 1º neurônio motor em qqer ponto do seu trajeto no encéfalo
- Evolução não se agrava ou “progride” ao longo do tempo
- Pode acometer áreas sensoriais (fala, visão, audição), cognitiva, comportamentais e a principal é a MOTORA
Paralisia Cerebral
- Deve ter deficiência MOTORORA, com deficiência no eixo piramidal
Paralisia Cerebral - Etiologia Pré-Natais
- Genéticos
- Maternos: DHEG, DM, anemia crônica, DPP,
- TORCHSZ
- Drogas: anticonvulsivantes, álcool
- Radiação fetal no 1ºT
- Gemelidade
- Malformações cerebrais
Paralisia Cerebral - Etiologia Perinatais
- Parto distócico
- Asfixia
- Hemorragia IC
- Prematuridade e peso <1000 g: alto risco de leucomalácia periventricular
- PIG
- Icterícia kernicterus
- Infecção intraparto; lestéria, estreptococo, herpes
Paralisia Cerebral - Etiologia Pós-Natais
- Meningoencefalites bacterianas ou virais
- TCE
- Dças desmielizantes: ADEM
- ACE: anemia falciforme, trombofilias
- Encefalopatias epilépticas: Sd. West e Lennox-Gastaut
- Status epilepticus
- Encefalopatia hipóxico-isquêmica pós-PCR
Asfixia Perinatal e a Paralisia Cerebral (PC)
- Preditores de asfixia; acidose metabólica grave e Apgar <3 no 5’
- Ausência de O2 e acúmulo de CO2 e acidose celular aos tecidos do organismo, c/ repercussão multissistêmica
- Pode ocorrer arritmias, disfunção resp., circulatória, intestinal e renal
- Aumento de enzimas musculares e cardíacas
Encefalopatia hipóxico-isquêmica neonatal
- É resultante da asfixia perinatal
- Definida pela presença de anormalidades neurológicas já nas 1ªs 24h de vida
- Alteração do nível de consciência, convulsões, irritabilidade, alt. respiratórias, dificuldade de alimentação, ausência de reflexos primitivos, alt. pupilares e EEG
Formas Clínicas de PC
Dx é clínico
- Forma espástica (75%): tetraplégica, hemiplégica e diplégica
- Forma Atetósica ou Coreoatetósica (Extrapiramidal): rara
- Forma Atáxica
- Forma flácida: grave comprometimento motor e intelectual
Forma Espástica - Quadriplegia Espástica (Hemiplegia dupla)
- Forma mais grave de PC e já evidente nos 1os dias de vida
- Fraqueza dos 4 membros, simétrico ou assimétrico
- Hipotonia axial (cabeça, pescoço e tronco) e hipertonia apendicular
- Reflexos profundos exaltados
- Microcefalia
- Sem marcos de desenvolvimento neuropsiquicomotor: não sustente cabeça/rola/ senta anda
- Persistência reflexos primitivos, fala prejudicada, irritação/ choro/ sono
- Comum haver epilepsia (50%)
Forma Espástica - Hemiplégica Espástica
- Acomete apena um lado do corpo
- Fraqueza do MS > MI
- Perceptível em torno dos 4 meses
- Dominância de uma das mãos
- Hipertonia do MS (flexão) e MI (extensão) c/ atrofia de MS
Forma Espástica - Dipelgia Espástica
- Atraso para sentar e engatinhar
- Entesouramneto ao colocar cça em pé: hipertonia de musc. adutora
- Marcha reflexa, piramidalismo, Babinski
- Bom prognóstico intelectual e baixo risco de epilepsia