Neuroinfecções Flashcards

1
Q

Indicações - Punção Lombar - URGENTE

A
  • Suspeita de infecção do SNC (exceto abcesso cerebral)
  • Suspeita de HSA em paciente com TC “negativa”
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Q

Líquor

A

Incolor (“aspecto água de rocha”), com baixo teor de proteínas e poucas células

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3
Q

LCR

A

Líquido Cefalorraquidiano

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4
Q

Punção Lombar - Indicações Não Urgentes

A
  • Hipertensão intracraniana idiopática.
  • Hidrocefalia de pressão normal.
  • Encefalite autoimune.
  • Neurossífilis.
  • Esclerose múltipla.
  • Síndrome de Guillain-Barré.
  • Administração de medicação intratecal
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5
Q

Punção Lombar - Contraindicações

A
  • Aumento da pressão intracraniana (PIC) com risco de herniação cerebral
  • hidrocefalia
  • edema cerebral
  • lesão com efeito de massa
  • Trombocitopenia ou outra diátese hemorrágica (Ex: terapia anticoagulante contínua!)
  • Suspeita de abscesso epidural espinhal
  • Lesão infectada lombar
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6
Q

Punção Lombar - Técnica

A

Via de acesso :

  • lombar (L3/L4 ou L4/L5)
  • Suboccipital
  • Cisternal

-> Postura lateral ou sentada

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7
Q

Complicações

A
  • Cefaléia pós punção; pela pressão liquórico
  • Infecção;
  • Sangramento;
  • Hérniação cerebral;
  • Dor lombar, dor radicular,
  • Dormência
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8
Q

Pressão do LCR

A
  • Medida com um raquimanometro em decúbito lateral
  • Pressão de abertura normal 6 a 20 (25) cm H20
  • Pode ser afetada pela posição do pct
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9
Q

Qual o normal do LCR? O que faz ele parecer turvo?

A

200 leucócitos/microL ou 400 hemácias/microl fazem com que o LCR pareça turvo

Infecção e sangramento aumentam hemácias e leucócitos

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10
Q

Xantocromia

A

> Detectada 2-4 hrs após a entrada das hemácias no espaço subaracnóideo

> Presente em pcts com hemorragia subaracnóidea dentro de 12 horas
após o início do sangramento

> Pode persistir de 2-4 semanas

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11
Q

O que a xantocromia mostra?

A

Que esse líquor está a pelo menos 4 horas ali , assim sabemos que não foi por acidente de punção

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12
Q

Quando fazer a celulariedade do LCR? Pq?

A
  • Deve ser realizada imediatamente, pois a contagem pode ser falsamente baixa se medida mais de 60 minutos após a realização da LP
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13
Q

LCR: Acelular

A

Até 5 leucócitos e 5 hemácias

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14
Q

LCR: Pleocitose

A
  • Infecção ou inflamação
  • Sempre relacionar a quadro clínico!
  • Diferencial de grande importância nos quadros infeciosos
    -> Polimorfonucleares, mononucleares, eosinófilos…
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15
Q

Bioquímica do LCR - Proteína

A

Lombar = até 40 ( em adulto )

Cisternal = até 30

Ventricular = até 25

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16
Q

Hiperproteinurraquia

A

Aumento dos níveis da concentração protéica no LCR

—> em condições infeciosas ou não infecciosas

—> Ex: Leve elevação em pacientes diabéticos; pode ocorrer na HSA

—> Pode persistir por semanas a meses

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17
Q

Glicose do LCR

A

O valor normal de glicose no LCR e varia de 0,5 a 0,8 (depende da glicose do sangue)

Pega glicose no sangue e a glicose no LCR vai ser 2/3 desse valor

—> Baixa: Condições infecciosas e não infeciosas
—> Alta: Associada a hiperglicemia

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18
Q

LCR Vermelho indica o que?

A

Hemorragia subaracnóide

Se vier xantocromico não tem como ser acidente

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19
Q

Lactato do LCR

A

Alguns estudos sugerem utilidade para diferenciar meningite bacteriana da vira

Pode estar aumentado em outras doenças do SNC.

—> VR: 11a19 mg/dL

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20
Q

Meningite Bacteriana

  • Celulariedade & Diferencial
  • Glicose
  • Proteína
A

Células: > 1000 e Polimorfonuclear (PMN)

Glicose: Baixa (< 0.4)

Proteína: Alta (100 - 500)

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21
Q

Meningite Viral

  • Celulariedade & Diferencial
  • Glicose
  • Proteína
A

Células: 10 a 500 e Linfomononucleares (LMN)

Glicose: Normal

Proteína: Alta (até 150) - mas menos alta que na bact.

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22
Q

Meningite Tuberculosa

  • Celulariedade & Diferencial
  • Glicose
  • Proteína
A

Células: Normal ou até 1000 e LMN

Glicose: Baixa

Proteína: Alta

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23
Q

Meningite Fúngica

A

N ou até 500 e LMN

Glicose normal ou baixa

Proteína alta

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24
Q

Microbiologia do LCR

A

Bacterioscopia direta (GRAM)

  • sugere etiologia bacteriana rápido (1-2 dias)
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25
Q

Microbiologia do LCR -
Diplococos gram-positivos

A

sugerem infecção PNEUMOCÓCICA

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26
Q

Diplococos gram-negativos

A

sugerem infecção MENINGOCÓCICA

Fazer ISOLAMENTO RESPIRATÓRIO!

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27
Q

Diplococos gram-negativos PLEOMÓRFICOS

A

Sugerem infecção por Haemophilus
influenzae

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28
Q

Bastonetes Curtos ou Cocobacilos gram-positivos

A

Sugerem infecção por listéria

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29
Q

Microbiologia do LCR - Exames
além da Bacterioscopia direta para fazer

A
  • BAAR
  • Cultura
  • Pesquisa direta p/ fungos
30
Q

PCR - Exame Molecular

A

Amplifica o DNA; o LCR é estéril então se PCR vier positivo = agente causal

  • identifica o agente, que ajuda a direcionar o tratamento
31
Q

Doenças Neuroinfecciosas

A
  • Podem afetar qualquer parte do neuroeixo:
  • Meningite, encefalite, lesão cerebral focal, mielopatia, neuropatia…
  • Pode ser causada por microrganismos:
  • Vírus, baterias, fungos e parasitas

Por invasão do tecido, produção de neurotoxinas, resp. imune induzida..

32
Q

Forma Aguda

A

A maioria das virais e bacterianas se apresentam de forma aguda - evolução rápida

As fúngicas, neurosífilis etc. é subaguda ou crônica

obs: febre pode não estar presente

33
Q

Meningite

A

As meninges consistem em três partes: pia, aracnoide e dura-máter

  • A meningite é uma doença inflamatória das leptomeninges (pia-máter +aracnoide)
  • Liquor circula no espaco sub-aracnoide
34
Q

Onde circula o líquor?

A

No espaço subaracnoide

35
Q

Meningite Bacteriana Aguda - Principais Causas

A

Streptococcus pneumoniae & Neisseria meningitidis!!!

Listeria monocytogenes em pcts > 50 anos ou imunodeficientes

36
Q

Tríade Clássica - Meningite Bacteriana Aguda

A

Febre, rigidez de nuca e estado mental alterado

37
Q

Outro sintoma Comum

A

Cefaleia intensa

AUSÊNCIA DE TODOS ESSES ACHADOS EXCLUI HIPÓTESE

obs: febre pode estar ausente

38
Q

O diagnóstico tardio está associado a …

A

Atraso na antibioticoterapia,
Menos uso de esteróide
Maior mortalidade

39
Q

Exame Físico da Meningite Bacteriana

A
  • Rigidez de NuCA
  • Sinal de Kernig
  • Sinal de Brudzinski
40
Q

Sinal de Kernig

A

Incapacidade ou relutância em permitir a extensão total do joelho quando o quadril está flexionado em 90 graus

41
Q

Sinal de Brudzinski

A

-> O Flexão espontânea dos quadris durante a tentativa de flexão passiva do pescoco.

42
Q

Próximo passo depois de suspeita de Meningite?

A
  • NAO podemos atrasar o antibiótico !!!
  • Pct só com clinica de meningite sem alteração da consciência = hemocultura + ATB + punção lombar

obs: se der para fazer a PL rápido faremos, mas se for para esperar faz hemocultura e já começa o ATB

43
Q

Quando fazer TC antes da PL?

A

—> Alteração do nível de consciência;
—> Sinais neurológicos focais;
—> Papiledema:
—> Crise convulsiva na semana anterior;
—> Imunossupressão importante

Nesse caso a ordem é: TC + Hemocultura + ATB

Ex: Vômito em jato e pupila anisocórica

44
Q

Diagnóstico

A
  • O isolamento de um patógeno bacteriano do LCR confirma
  • O isolamento de bactérias de hemoculturas em um pct com pleocitose liquórica também confirma o diagnóstico, mesmo que a cultura venha negativa

obs: A cultura bacteriana do liquor pode vir sem alteração pelo início antecipado do ATB

45
Q

Exames Laboratoriais

A
  • Leucocitose com desvio para a esquerda (células imaturas)
  • Pode ter Plaquetopenia e Leucopenia (pior prognóstico)
  • Coagulação pode parecer CIVD
46
Q

Achados Característicos na Meningite Bacteriana

A
  • Glicose no LCR <40 mg/dL, com uma relação entre o
    LCR e a glicose sérica de ≤ 0,4
  • Proteína >200 mg/dL
  • Leucócitos >1000/microL, com uma porcentagem de neutrófilos (PMN) geralmente superior a 80 %
47
Q

MBA - Tratamento

A

ATB venoso

e Dexametasona (CORTICOIDE) antes ou junto da primeira dose de ATB

48
Q

O que fazer depois da primeira dose de Dexametasona/ corticoide?

A

Deverá ser mantida durante 4 dias a não ser que:

  • seja excluída etiologia por pneumococo (reduz mortalidade) ou hemófilo (associado a menor risco de perda auditiva)
49
Q

Quando não administrar Dexametasona?

A

Em pcts que já receberam ATB porque é improvável que melhore o resultado do paciente

50
Q

Tratamento

A
  • ATB com a dexametasona adjuvante, quando indicada,
    deve ser iniciada o MAIS RÁPIDO POSSÍVEL após PL (antes se for demorar)

ou, se uma TC for indicada:
Obter hemoculturas imediatamente e a dexametasona e a ATB devem ser iniciadas antes da TC

51
Q

Obs MBA Tratamento

A

A terapia antimicrobiana precisa ser direcionada às bactérias mais prováveis com base na idade do
paciente e na comorbidade subjacente.

Atraso no início do ATB incluem apresentação clínica
atípica (como ausência de febre) e atraso devido a exame de imagem

52
Q

TTO - Paciente de 2 - 50 anos

A

Ceftriaxona + Vancomicina & Dexametasona (corticóide)

53
Q

TTO - Paciente > 50 anos

A

Adicionar Ampicilina!!!

Ceftriaxona + Vancomicina + Ampicilina & Dexametasona

54
Q

Doença Meningocócica

A

Doença contagiosa aguda, caracterizada por:

Febre, erupção cutânea petequial ou purpúrea e
sinais de sepse e/ou meningite

55
Q

Doença Meningocócica - Pode evoluir para?

A

Pode evoluir rapidamente pra: choque séptico c/ hipotensão, acidose e CIVD

56
Q

Meningococo Profilaxia

A

Precauções de gotículas devem ser usadas para pacientes com suspeita ou confirmação de infecção por Neisseria meningitidis

  • Continuar por 24 horas após início de ATB
57
Q

Quimioprofilaxia Microbiana - Em quem fazer e quando?

A

Em contactantes íntimos (mais de 4 - 8 horas por dia) na semana anterior ao diagnóstico do paciente

  • Fazer o mais cedo possível (ideal < 24h após a identificação do pct e não > 14 dias após a exposição)
58
Q

Encefalite Viral - Causa Comum

A

Vírus Herpes Simple (Tipo 1) = HSV-1

obs: é tratável e tem sucesso relacionado ao início precoce

59
Q

Encefalite Viral - Causas Incomuns

A

Varicela, Epstein-Barr, HIV, Zika…

60
Q

Encefalite Viral - Quadro Clínico

A

sintomas de inflamação do parênquima cerebral: meninge ainda não está inflamada

o estado mental alterado, variando de déficits sutis até coma

Ex: convulsão, hemiparesia, paralisia de nervos cranianos

61
Q

O envolvimento do lobo temporal é fortemente sugestivo de encefalite por?

A

HSV

62
Q

EEG na Encefalite Aguda

A
  • anormal
  • Foco na região do lobo temporal
63
Q

Líquor na Encefalite

A

Alto 100 - 500 (em geral < 250)

Proteína: Alta < 150

Glicose: Normal (ou um pouco baixa)

obs: Predomínio de linfócitos (pode ter um predomínio de neutrófilos na infeccão inicial - Após 8h da
infecção inicial o líquor deve mostrar uma mudança para linfócitos)

Presença de hemácias sugere infecção por HSV-1

64
Q

Testes Iniciais - Encefalite

A

Cultura do LCR, PCR e sorologia

neuroimagem: RM mais sensível p/ detectar alterações precoces - a alteração do giro do cíngulo e lobo temporal sugere HSV

65
Q

Tratamento

A

Não há terapias específicas para a. maioria das infecções virais do sistema nervoso central. No
entanto, algumas exceções importantes se aplicam

66
Q

Tratamento P/ HSV-1

A

Aciclovir IV - iniciado o mais rápido possível se o paciente tiver encefalite sem explicação aparente

obs: também deve ser administrado se houver chance de encefalite por varicela

67
Q

Meningite Tuberculosa

A
  • evolução subaguda
  • alteração do nível de consciência, cefaléia, febre e vômitos.

Acometimento de nervos cranianos (como o VI NC) podem estar presentes

—> A maioria dos pacientes não apresentam sintomatologia pulmonar

68
Q

Meningite Tuberculosa - Diagnóstico

A

LCR com esfregaço positivo para bacilos ácido-resistentes,

Cultura de LCR positiva para Mycobacterium tuberculosis ou

LCR com PCR positivo

69
Q

Meningite Tuberculosa - LCR

A

Pleocitose linfocítica = até 1000 céls/ml,
Proteína Alta
Glicose Baixa

70
Q

Suspeita de Encefalite

A

Começar aciclovir + ATB
e Pedir TC

Se TC vier normal (Sem sinal de HIC) pedir LCR
pq se tiver HIC e fizer punção tem risco de herniação

71
Q

Meningite x Encefalite x Meningoencefalite

A

Meningite - apenas inflamação das meninges

Encefalite - ainda não tem inflamação nas meninges, apenas do parêmquima cerebral

Meningoencefalite - inflamação das meninges + do encéfalo