Neoplasias Urológicos Flashcards

1
Q

CA de Bexiga
Epidemiologia e FR

A

> 50 anos, mais ainda >70, raro <40.
Maior incidência em homens provavelmente explicada por diferenças no hábito de fumar e ocupacionais (tintas e borracha), os dois principais fatores de risco para a doença (história de infecções por parasitas, ITU de repetição e radioterapia local).

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2
Q

CA de bexiga
Tipo histológico mais comum:

A

carcinoma urotelial da bexiga (CUB) em 80-90% dos casos

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3
Q

CA de bexiga
Clínica e metástase:

A

Hematúria macroscópica e indolor, total (durante toda a micção) e intermitente (o CaB não sangra continuamente)
Quando invade músculo detrusor acompanha sintomas de armazenamento por irritação vesical (urgência e polaciúria)
MTX: edema de MMII se efeito de massa em linfonodos, dor óssea e mtx pulmonares

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4
Q

CA de Bexiga
Diagnóstico e estadiamento/prognóstico:

A

RTU diagnostica, resseca, estadia e controla sangramento do tumor

USG e rins e vias urinárias identifica lesões >0,5cm e coágulos vesicais

TC e RM permitem avaliar doença, sangramentos e dilatações e estadiamento

O CUB não músculo invasivo (pTa, pT1 ou carcinoma in situ) corresponde a 70-80% dos tumores vesicais tem alta taxa de recorrência (50-70%) mas poucos progridem (10-15%).

Aqueles invasivos tem prognóstico desfavorável e progressão rápida. Na sua avaliação é justo fazer TC de abdome total com contraste e RX de tórax e pelve para avaliar metástase.

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5
Q

CA de Bexiga
Grau histológico e tratamento:

A

Carcinomas papilíferos uroteliais são definidos em alto (10-20%) e baixo (70-80%) grau.

Tumores não invasivos
> RTU é a abordagem inicial.
> Alguns fatores de risco de recidiva justificam tratamento complementar
> FR: carcinoma in situ associado, lesão >3 cm, lesões múltiplas, lesão de alto grau.
> Tratamentos complementares são observação vigilante, Re-RTU em 4-6 semanas, QT intravesical pós-op, imunoterapia intravesical (BCG).

Tumores invasivos são tratados de maneira cirúrgica e radical.

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6
Q

FR CA de Pênis

A

Pouca higiene
CA raro

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7
Q

CA DE TESTÍCULO
Epidemiologia, FR, prognóstico

A

Raro
Idade: 15-50A (PICO 25-35)
Risco: criptorquidia, Kleinefelter, história familiar, tumor contralateral e infertilidade
Prognóstico favorável, cura de até 80% se tto precoce

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8
Q

CA de Testículo
Tipos histológicos

A

Cels germinativas 95%
- Seminomas 45%
- Não seminomas 55%

Nãos germinativos (estromais - Cls Leidyg, Cls Sertoli, Cls Ganulosas, Cls Teca, indiferencias e mistos)

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9
Q

Manifestações do CA de Testículo

A

Nodulação indolor e pétrea, sensação de peso escrotal, dor é incomum

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10
Q

MTX Ca de Testículo

A
  • massas retroperitoniais: obstrução, tosse, dor óssea
  • Encefalite límbica por reação imunológica cruzada anti-Ma2
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11
Q

Diagnóstico CA de Testículos
(+ Marcadores: DHL, AFP, hCG, AFP)

A
  • Exame físico: nodulação escrotal, palpação inguinal, abdominal
  • Imagem: US define lesão primária e dx diferencial, TC abdome (pelve e retroperitônio) para estadiar e mtx, RXTX, PET CT para avaliar resíduos pós-QT

Marcadores:
- DHL: significado prognóstico
- AFP: + indica não-seminoma
- hCG: sempre positivo nos coriocarcinomas, mas pode aparecer em outros
- AFP e/ou hCG + encontrados em 80% dos não seminomatosos

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12
Q

Incidentaloma Renal mais comum

A

Cistos estão presentes em 40% dos adultos que fazem TC abdominal.
A maioria são cistos simples, essencialmente benignos e não patológicos.

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13
Q

Lesões renais incidentais que não necessitam de manejo (3)

A

Cistos simples: Se USG definir cisto simples (redondo, homogêneo, paredes lisas, finas, sem septo ou calcificação) não necessita de TC. Na TC são Bosniak I.

Cistos hiperatenuados (hemorrágico, proteináceo): TC para diferenciar Bosniak II e IIF (follow up). Pode apresentar “debris” (conteúdo hiperecoico) e ou pequencos septos/calcificações.

Pseudotumor: sequela infecciosa que mimetiza tumor na USG. A TC esclarece diagnóstico.

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14
Q

Lesões renais incidentais que necessitam de manejo
- Bosniak
- Atenuação indefinida ou massa sólida
- Risco hemorrágico
- Infecção

A

Bosniak IIF, III, IV: USG > TC > se IIF> RM c/ gadolino para diferenciar IIF e III/IV.
- IIF: Follow up
- III e IV: Cirurgia (urologia)

Atenuação indefinido na TC: RM para diferenciar CCR de cisto benigno.

Lesão sólida: tamanho?, urologia
- <1cm: vigiar
- 1-4 cm: ? (vigiar, ablação, ressecção)
- >4cm: CCR presumido, Img de Tx, Dx por Bx ou Cx (ressecção)

  • Angiomiolipoma (benigno) e Anormalidades vasculares: avaliação urológica por risco de hemorragia
  • Infecção: nefrolitíase crônica ou ITU recorrente
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15
Q

Classificação Bosniak (1-4) e Conduta

A

Classificação tomográfica de cistos renais
I - Cisto simples: se USG definir, dispensa TC, não há conduta
II - Cisto complexo: definido na TC, não há conduta (pode vigiar)
IIF- Necessidade de vigiar (F de Follow up)
III e IV- Cirurgia

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16
Q

CA de rim mais comum, considerações gerais, epidemiologia e FR

A

Carcinoma de Células Renais
CA urológico mais fatal
Entre 50-70a, geralmente homens (3:2)
FR: HAS, História familiar e Tabagismo
Outros FR: AINE, Rarioterapia retroperitoneal, IRC terminal e síndromes familiares (como esclerose tuberosa)

17
Q

Subtipos e características dos carcinomas de células renais: células claras e papilífero

A
  • Células claras 70-80% comportamento agressivo e redução tumoral comum com terapia alvo
  • Papilífero 10-15% é comum na IRC terminal

Há outros tipos menos comuns

18
Q

CA RENAL
Apresentação clínica:
achado, sintomas, tríade clássica,

A

Devido à topografia renal no retroperitônio, muitas massas renais permanecem assintomáticas e não palpáveis até se tornarem localmente avançadas.
Tríade clássica: dor lombar, hematúria macroscópica e massa abdominal palpável (<10% dos pacientes)
Perda de peso, febre, suor noturno, linfonodomegalia cervical, varicocele não-redutível, edema de MMII, dor óssea e tosse persistente.

19
Q

Avaliação inicial do paciente com CCR

A

História e exame físico,

Lab não é consenso e o mínimo a ser pedido é: HC, fx renal, ca+, enzimas hepáticas, coagulograma, VHS, FA e DHL.

Img: TC de abdome total com contraste e radiografia de tórax. A cintilografia óssea reservada para pacientes com dor óssea ou aumento da fosfatase alcalina.

20
Q

CA RENAL
Invasão local equivalente a metástase à distância no estadiamento:

A

ultrapassa a gordura perirrenal (Fáscia de Gerota)

21
Q

Apresentações clínicas do CA renal: Sd de Wünderlich, paraneoplásicas, de Stauffer

A

Síndrome de Wünderlich: Raro, porém relevante, é o sangramento retroperitoneal espontâneo.
Síndromes paraneoplásicas: 10-20% dos casos,
Síndrome de Stauffer: disfunção hepática não metastática, 3-20% dos pacientes. Pode elevar FA (!), TP, e transaminases. Metástases hepáticas devem ser excluídas e a biópsia apresenta hepatite inespecífica. 60-70% dos normaliza após a nefrectomia.