Neonatologia Flashcards

1
Q

Quais formas de classificar o RN ao nascer?

A
  • Idade gestacional
  • Peso de nascimento
  • Peso de nascimento x idade gestacional
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2
Q

Como classificamos o RN segundo a idade gestacional?

A
o ≥ 42s: pós-termo
o 37 – 41s 6d: termo
o <37s: pré-termo.
 -       <28s: extremo
 -        34-37s: tardio.
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3
Q

Como classificamos o RN segundo o peso ao nascimento?

A

o <2.500g: baixo peso
o <1.500g: muito baixo peso
o <1000g: extremo baixo peso.

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4
Q

Como classificamos o RN segundo o peso de nascimento x idade gestacional?

A
  • Pequena para idade gestacional < p10
  • Adequado para idade gestacional p10 - p90
  • Grande para idade gestacional >p90
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5
Q

Para prova: Qual valor de corte devemos lembrar para classificar um RN à termo como PIG?

A

< 2000g

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6
Q

Por definição, o que são infecções congênitas?

A

Infecções adquiridas pelo feto via hematogênica transplacentária.

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7
Q

Qual fase da gestação apresenta maior risco para infecção congênita? Qual a exceção a esta regra?

A

Geralmente no fim da gestação, pois a placenta está mais vascularizada.
A exceção a esta regra é a Rubeola congênita.

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8
Q

Nos quadros de infecção congênita, o RN pode apresentar sintomatologia e sinais bem inespecíficos. Quais seriam estes sinais e sintomas inespecíficos?

A
• Período gestacional – prematuridade, RCIU...
• Quadro inespecífico: 
---visceral: hepatomegalia 
---ocular: retinite, catarata 
---neurológico: microcefalia 
---cutâneo: exantema 
---medular: alterações hematológicas
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9
Q

Qual sorologia devemos utilizar para confirmar infecções no RN? Por quê?

A
Devemos considerar IgM (+) como sinal de infecção no RN.
O IgG (+) não é confiável, pois pode passar via transplacentária.
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10
Q

Quais alterações presentes no RN com sífilis congênita PRECOCE?

A
  • Rinite serossanguinolenta
  • Placas mucosas
  • Condiloma plano
  • Lesões cutâneas
  • Lesões ósseas (pseudoparalisia de Parrot)
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11
Q

Qual lesão cutânea mais comum no RN com sífilis congênita precoce? Qual a mais específica e a particularidade dela?

A
  • Exantema maculopapular é o mais comum
  • Pênfigo bolhoso palmo-plantar é o mais específico
    A particularidade do pênfigo é que ele possui espiroquetas, logo são lesões extremamente contagiosas.
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12
Q

Qual o sinal presente nas lesões ósseas da sífilis precoce? Como ele se apresenta?

A
  • Sinal de Wimberger!

Rarefação localizada na margem superior interna da tíbia.

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13
Q

Quais alterações presentes no lactente com quadro de sífilis congênita TARDIA?

A
  • Nariz em sela
  • Fronte olímpica
  • Rágades (evolução das placas mucosas)
  • Dentes de Hutchinson e molar em amora
  • Lesão de 8º - surdez e vertigem
  • Ceratite
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14
Q

Qual a tríade de Hutchinson da sífilis congênita tardia?

A
  • Surdez
  • Ceratite
  • Dentes de Hutchinson
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15
Q

Paciente tratado para sífilis apresenta quadro febril agudo com exacerbação de lesões, convulsões e colapso circulatório. Qual o diagnóstico e como conduzir?

A
  • Reação de Jarisch-Herxheimer.

Tratamento é de suporte.

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16
Q

Por que o teste treponêmico não deve ser usado em <18 meses?

A

Pois detecta IgG. Que pode vir falso-positivo através da passagem transplacentária.

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17
Q

Qual avaliação COMPLETA preconizada para paciente em investigação para sífilis congênita?

A
  • Hemograma
  • Líquor
  • Radiografia de ossos longos
  • Avaliação auditiva e visual
  • Avaliação hepática e eletrólitos
  • Radiografia de tórax
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18
Q

Quais alterações no líquor falar a favor de neurossífilis?

A

A positividade de pelo menos UM:
o VDRL (+)
o Celularidade > 25/mm³
o Proteína > 150

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19
Q

Qual o grande divisor de águas na decisão do tratamento do RN com risco de sífilis congênita?

A

Como foi feito o tratamento da gestante no pré-natal

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20
Q

Quando consideramos o tratamento para sífilis como adequado na gestante?

A
  • Feito com Penicilina Benzatina (mesmo para alérgicas)
  • Adequado para fase da sífilis (doses e intervalo)
  • INICIADO até 30 dias antes do parto.
  • Avaliação de risco de reinfecção (parceiro adequadamente tratado, contato sexual…)
  • Queda do VDRL documentada.
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21
Q

RN com risco de sífilis congênita e mãe NÃO tratada ou INADEQUADAMENTE tratada, qual as duas medidas básicas devemos ter SEMPRE?

A
  • Notificar TODOS os casos

* Realizar TODOS exames e tratar TODOS casos.

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22
Q

RN com risco de sífilis, mãe inadequadamente tratada, precisará ser tratado para sífilis, como escolher o tratamento?

A

SE líquor alterado ou impossibilidade de realizar punção lombar:
• Penicilina cristalina IV por 10 dias – é a única que penetra bem no LCR.
SE líquor normal, mas outra alteração (+):
• Penicilina procaína IM por 10 dias – devemos preferir esse.
• Penicilina cristalina IV por 10 dias
SE assintomático e TODOS exames normais, incluindo VDRL (-).
• Penicilina Benzatina IM – dose única.

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23
Q

RN com risco de Sífilis congênita, com mãe ADEQUADAMENTE tratada, como devemos conduzir este paciente?

A
  • Realizar VDRL do RN SEMPRE e comparar com o VDRL materno:
    o Se VDRL RN ≥ VDRL materno em 2 diluições – conduzir como sífilis congênita.
    o Se < e Exame físico normal apenas acompanhar.
    o Se exame físico alterado avaliar o VDRL:
    ——— VDRL (+) – tratar como sífilis.
    ——— VDRL (-) – pesquisar outras infecções congênitas, que justifiquem o quadro
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24
Q

Como deve ser feito o acompanhamento em paciente com sífilis congênita?

A

• Teste não treponêmico (VDRL): 1, 3, 6, 12 e 18 meses.
o Espera-se que decline aos 3 meses e torne-se não reagente aos 6 meses.
• Se foi neurossífilis: análise do LCR a cada 6 meses até normalização.
• Avaliação auditiva, visual e neurológica a cada 6 meses nos primeiros 2 anos de vida.

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25
Q

Como fazer o diagnóstico de Toxoplasmose em gestante?

A
  • IgM (+) e IgG (-)
    OU
  • IgM (+) e IgG (+) com baixa avidez ou após 16 semanas de gestação.
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26
Q

Paciente com infecção confirmada de Toxoplasmose durante gestação. Como conduzir?

A
  • Ao diagnosticar iniciar Espiramicina e avaliar infecção fetal através de USG e PCR do líquido amniótico.
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27
Q

Paciente com infecção confirmada para toxoplasmose durante gestação. Foi realizada pesquisa de infecção fetal que veio (+), como tratar?

A
  • Sulfadiazina + Pirimetamina + Ácido folínico
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28
Q

Qual a tríade de Sabin? Ela é de que doença?

A

Toxoplasmose congênita
• Coriorretinite
• Hidrocefalia obstrutiva
• Calcificações DIFUSAS

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29
Q

Como investigar RN com risco de toxoplasmose congênita?

A
  • Sorologias – IgM (+).
  • Neuroimagem (TC) + LCR xantocromático
  • Fundoscopia
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30
Q

Quais RNs com toxoplasmose congênita devemos tratar e qual o tratamento?

A
TODOS os RN, mesmo assintomáticos.
• Sulfadiazina + Pirimetamina + ácido folínico por 1 ano.
Associar corticoide se:
--- Coriorretinite grave
--- Proteína do LCR >1g/dL.
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31
Q

Citomegalovírus é de que família?

A

Da família dos herpesvirus

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32
Q

Qual a clínica mais características de Citomegalovirose congênita?

A
A imensa maioria é assintomática.
Quando sintomáticos:
•	Microcefalia, coriorretinite e surdez neurossensorial.
•	Rash petequial ou purpúrico
•	Calcificação periventricular
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33
Q

Como pesquisar CMV em RN?

A

Pesquisa do vírus na urina ou na saliva. Deve ser obtido preferencialmente nas primeiras 3 semanas de vida.

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34
Q

Quando tratar os pacientes com CMV congênita e qual o tratamento?

A

Tratar apenas casos GRAVES.

- Ganciclovir IV por 6 semanas ou Valganciclovir VO por 6 meses.

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35
Q

Qual a clínica clássica da Rubeola congênita?

A
  • Surdez
  • Catarata - pode ser coriorretinite com fundo de olho em “sal de pimenta”
  • Cardiopatias - a mais comum é persistência do CA com ou sem estenose pulmonar.
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36
Q

Qual o tratamento para rubeola congênita?

A

Não existe.

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37
Q

Qual a particularidade da infecção congênita de varicela congênita?

A

A síndrome da varicela congênita só ocorre quando a infecção é antes da 20ª semana de gestação.

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38
Q

Qual clínica do paciente com varicela congênita?

A
  • Lesões cicatriciais
  • Hipoplasia de membros
  • Doença neurológica GRAVE
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39
Q

Qual o tratamento para varicela congênita?

A

Não existe.

O tratamento é apenas para varicela neonatal.

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40
Q

RN com distúrbio respiratório, o que devemos analisar na história dele SEMPRE?

A
  • IG
  • Via de parto
  • Presença de mecônio?
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41
Q

Qual a causa fisiopatológica da síndrome do desconforto respiratório no RN?

A

Diminuição da quantidade de Surfactante nos alvéolos.

Com isso, alveolos tendem a colabar ao fim da expiração.

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42
Q

Quais fatores de risco para síndrome do desconforto respiratório no RN?

A
  • Prematuridade

- DM materno

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43
Q

Quais situações diminuem o risco de síndrome do desconforto respiratório no RN?

A

Situações que haja aumento de cortisol:
• Ruptura prolongada de membranas amnióticas
• Estresse fetal crônico

aceleram a maturação pulmonar, mas causa RCIU.

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44
Q

Como é a evolução clínica do RN com síndrome do desconforto respiratório?

A

O quadro clássico em início precoce com piora progressiva nos primeiros 2 dias.
Apresenta melhora a partir do 3º dia.

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45
Q

Achado radiográfico na síndrome do desconforto respiratório no RN?

A
    • Infiltrado reticulogranular difuso com aerobroncograma ou em aspecto de vidro moído.
    • Volume pulmonar reduzido
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46
Q

O tratamento da síndrome do desconforto respiratório se baseia em que?

A

Evitar o colabamento alveolar. Através de suporte ventilatório ou surfactante exógeno.

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47
Q

Como deve ser feito o suporte respiratório no RN com síndrome do desconforto respiratório? Quando indicar intubação?

A
  • CPAP nasal.
    Devemos indicar VM quando o quadro piorar mesmo com CPAP, ou seja:
    o Acidose respiratória importante – retenção de CO2 (pH < 7,2 e/ou PCO2 > 60mmHg).
    o Hipoxemia com CPAP (SatO¬2 < 90% com CPAP)
    o Apneia persistente
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48
Q

Como fazer surfactante no paciente com Síndrome do desconforto respiratório?

A

Através de cânula traqueal.

Pode ser feito através da técnica de INSURE.

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49
Q

Nos pacientes com síndrome do desconforto respiratório devemos fazer ATB? Qual e porquê?

A

Sim, por ser um quadro muito semelhante com a pneumonia neonatal.
Fazer ampicilina + gentamicina, pensando em germes adquiridos durante o parto.

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50
Q

Qual a melhor medida antenatal e a medida periparto para prevenção de síndrome do desconforto respiratório?

A
  • Corticoide com passagem transplacentária

- Iniciar CPAP nasal precocemente.

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51
Q

Principais vias de desenvolvimento de Sepse neonatal precoce?

A
  • Via ascendente e aspiração intraparto
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52
Q

Quais bactérias geralmente envolvidas na sepse neonatal?

A
  • Estreptococo do grupo B (S. agalactiae)
  • Enterobactérias (E. coli)
  • Lysteria monocytogenes
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53
Q

Principais fatores de risco para sepse neonatal?

A
  • Bolsa rota >18 horas
  • Corioamnionite
  • Colonização materna por GBS ou infecção do trato urinário
  • Prematuridade
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54
Q

O que devemos pedir de exames complementares para RN com suspeita de sepse neonatal?

A
  • Radiografia de tórax
  • Hemograma
  • PCR
  • Hemocultura, cultura de LCR, urinocultura.
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55
Q

Qual alteração na radiografia de tórax de RN com sepse neonatal?

A

Infiltrado reticulogranular difuso

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56
Q

Qual alteração característica de sepse neonatal presente no hemograma do RN?

A

Neutropenia e relação I/T ≥ 0,2. (Neutrófilos imaturos ÷ neutrófilos totais)

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57
Q

Qual a importância da dosagem de PCR na sepse neonatal?

A

Rastreio e seguimento.

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58
Q

Tratamento para sepse neonatal precoce e tardia?

A

Infecção Precoce: Ampicilina + Aminoglicosídeo (Gentamicina)

Infecção tardia: A combinação varia a depender da CCIH.

59
Q

Qual a base fisiopatológica da taquipneia transitória do RN?

A

Retardo na absorção do líquido pulmonar.

60
Q

Geralmente a TTRN acontece em quais pacientes?

A

RN que nasce de cesárea eletiva sem TP

A termo ou pré-termo tardio.

61
Q

Quais características do quadro de TTRN?

A
  • Inicia-se nas primeiras horas de vida
  • Desconforto leve/moderado
  • Rápida resolução (<72h)
62
Q

Quais achados da radiografia de tórax de paciente com TTRN?

A

o Congestão hilar com aumento de trama vascular e líquido cisural com derrame
o Cardiomegalia e/ou derrame pleural
o Hiperinsuflação

63
Q

Como conduzir o paciente com TTRN?

A
  • Oxigenioterapia por campanula ou CPAP (com baixo fluxo de O2 < 40%)
  • Suporte.
64
Q

Como prevenir TTRN?

A

Evitar cesarianas eletivas.

65
Q

Qual elemento básico fisiopatológico para ocorrência de síndrome da aspiração meconial?

A

Asfixia do concepto, que causa:

  • Relaxamento esfincteriano
  • Aumento de movimentos respiratórios com aspiração.
66
Q

A aspiração meconial causa:

A
  • Pneumonite química
  • Obstrução expiratória por rolha de mecônio
  • Risco de infecção secundária
67
Q

Sinais indiretos de presença de mecônio no RN?

A
  • unhas amareladas

- cordão umbilical impregnado de mecônio.

68
Q

Quais achados radiográficos na síndrome de aspiração meconial?

A

o Infiltrado GROSSEIRO e difuso com hipotransparência
o Pneumotórax
o Volume pulmonar aumentado (hiperinsuflação)

69
Q

Tratamento do paciente com síndrome de aspiração meconial?

A
  • Suporte ventilatório – CPAP ou VM
  • Avaliar administração de surfactante
  • Avaliar antibioticoterapia pelo risco de infecção secundária.
70
Q

Qual a principal complicação da síndrome de aspiração meconial?

A

Hipertensão pulmonar persistente

71
Q

O que significa a hipertensão pulmonar persistente no RN?

A

Resistência vascular pulmonar permanece alta por persistência do canal arterial.

72
Q

O que nos deve levar a pensar em hipertensão pulmonar persistente?

A
  • Diferença grosseira da SatO2 pré e pós-ductal

- Cianose

73
Q

Como tratar a hipertensão pulmonar persistente no RN?

A
  • NO
  • Avaliar sedação
  • Inotrópicos
74
Q

Quais as doenças rastreadas pelo teste do pezinho disponibilizado na rede pública?

A
  • Hipotireoidismo congênito
  • Fenilcetonúria
  • Hemoglobinopatias
  • Fibrose cística
  • Hiperplasia adrenal congênita
  • DeFiciência de biotinidase
  • Toxoplasmose congênita
75
Q

Quando consideramos o teste do coração alterado?

A

Quando:

- SatO2 <95% ou houver diferença ≥3%

76
Q

Teste do coraçãozinho alterado, como conduzir?

A

Repetir em 1 hora.

77
Q

Icterícia no RN ocorre por aumento de qual bilirrubina geralmente?

A

Indireta

78
Q

Quais fatores levam a icterícia fisiológica no RN?

A
  • Produção exagerada de bilirrubina em relação ao seu peso corporal
  • Captação e conjugação inicialmente deficientes, por menor atividade da glicuroniltransferase
  • Circulação entero-hepática aumentada
79
Q

Quais achados nos devem fazer pensar que a icterícia NÃO é fisiológica no RN?

A
  • Início precoce (<24h até 36h).
  • Velocidade de acumulação >5mg/dl/dia
  • Nível elevado de bilirrubina (>12)
  • Alteração clínica associada
  • Colestase
  • Icterícia persistente ou tardia
80
Q

Em casos de RN com icterícia precoce, qual a causa mais frequente?

A

Anemias hemolíticas isoimunes (ABO e Rh)

81
Q

Para ocorrer incompatibilidade ABO, como devem ser as tipagens sanguíneas? Qual a diferença em relação à incompatibilidade Rh?

A

Mãe necessariamente O.
RN A ou B.
Não é necessário que haja sensibilização prévia.

82
Q

Para ocorre incompatibilidade Rh, como deve ser as tipagens sanguíneas?

A

Mãe necessariamente Rh (-) e RN Rh(+).

É necessário que haja sensibilização prévia.

83
Q

Excluindo-se as possibilidades de anemias hemolíticas isoimunes quais outras anemias hemolíticas podem causar icterícia precoce no RN?

A

Esferocitose e Deficiência de G6PD.

84
Q

Como deve ser feita a investigação diagnóstica de RN com icterícia neonatal?

A
  • Bilirrubina total e frações
  • Hemograma com reticulócitos
  • Tipagem sanguínea com Rh e Coombs direto.
  • Hematoscopia.
85
Q

O coombs direto realizado no RN avalia o que?

A

Presença de anticorpos na hemácia do RN

86
Q

Como diferenciar as anemias hemolíticas no RN segundo o resultado do coombs direto?

A
  • ABO pode vir (+) ou (-)
  • Rh (+)
  • Esferocitose e G6PD (-), pois não são autoimunes
87
Q

Quais achados hematoscópicos da deficiência de G6PD?

A

Corpúsculos de Heinz e hemácias “mordidas”

88
Q

Paciente com icterícia tardia ou prolongada SEM colestase, devemos pensar em quais possibilidades diagnósticas?

A
  • Icterícia do aleitamento

- Icterícia do leite materno.

89
Q

Qual a base fisiopatológica da icterícia do leite materno?

A
  • Alguma substância no leite causa alteração no metabolismo da bilirrubina
90
Q

RN na 2ª semana de vida em bom estado geral, com bom ganho ponderal, sem alterações ao exame físico ou sinais que evidenciem hemólise, porém apresenta icterícia que vem progredindo. Devemos pensar em qual diagnóstico e por que?

A
  • Icterícia do leite materno.

Bom ganho de peso, sem hemólise, aparecendo na 2ª-3ª semana de vida.

91
Q

Como resolver a icterícia do leite materno?

A

Suspender o aleitamento temporariamente.

92
Q

Qual a base fisiopatológica da icterícia do aleitamento materno?

A

A amamentação inadequada (falta de leite) aumenta o ciclo enterohepático da bilirrubina, por causa do transito intestinal diminuído.

93
Q

RN com icterícia, o que nos deve fazer suscitar a possibilidade de icterícia do aleitamento materno?

A

RN com icterícia mais precoce

  • Sem sinais de hemólise
  • Perda de peso >10% na 1ª semana
  • Dificuldade de amamentação
94
Q

RN com icterícia tardia por bilirrubina direta COM colestase, devemos pensar em que?

A

Atresia de vias biliares.

95
Q

Por que a criança com atresia de vias biliares não nasce já ictérica?

A

Pois na forma mais comum de atresia de vias biliares, a criança nasce com as vias pérvias e vai apresentando obliteração na 2ª-6ª semana de vida.

96
Q

Primeiro exame a solicitar na suspeita de atresia de vias biliares? Qual alteração ele mostrará?

A

USG de vias biliares.

Mostrará o sinal do “Cordão triangular”

97
Q

Qual exame padrão-ouro para diagnóstico de atresia e vias biliares?

A

Colangiografia peroperatória.

98
Q

Paciente com suspeita de atresia de vias biliares, realizou USG que não foi tão esclarecedora. Qual exame podemos realizar?

A

Biópsia hepática.

99
Q

Tratamento de atresia de vias biliares e qual particularidade dele?

A
  • Cirurgia de kasai. Deve ser realizada até 8 semanas de vida.
    Se não pode ser feito kasai, apenas transplante hepático.
100
Q

Por que a hiperbilirrubinemia indireta é mais preocupante que a hiperbilirrubinemia direta?

A

A bilirrubina indireta consegue atravessar barreira hematoencefálica

101
Q

Quando devemos indicar fototerapia em RN com icterícia?

A

Segundo os gráficos de icterícia.

Para as questões, niveis acima de 17 sempre indicar e se o aparecimento for muito precoce.

102
Q

Quais três perguntas devemos responder sobre o RN na sala de parto para avaliar necessidade de reanimação nenonatal?

A
  • RN à termo?
  • Respirando ou chorando?
  • Tônus adequado?
103
Q

RN à termo que apresenta boa vitalidade (chorou e está em tônus), como proceder?

A
  • Clampear cordão tardiamente (1-3 min)

- Permanecer no colo da mãe.

104
Q

RN pré-termo, que apresenta boa vitalidade (chorou e está em tônus), como proceder?

A
  • Clampear precocemente se <34s (30-60 segundos)
  • Nos demais clampear tardiamente.
    Depois levar para mesa de reanimação para avaliação.
105
Q

A prática do clampeamento tardio ajuda em que?

A
  • Diminui risco de enterocolite necrosante
  • Diminui risco de hemorragia intracraniana
  • Diminui necessidade de transfusões sanguíneas.
106
Q

RN que nasceu com má vitalidade, como devemos proceder?

A
  • Clamp imediato

- Levar para mesa de reanimação e proceder com passos iniciais (APAS).

107
Q

Quais são os passos iniciais da reanimação neonatal?

Em quanto tempo deve ser realizado?

A

APAS em 30’’.

  • Aquecer
  • Posicionar
  • Aspirar (s/n)
  • Secar
108
Q

O que é o golden minute da reanimação neonatal?

A

Tempo ideal para realização dos passos iniciais e início da VPP.

109
Q

Qual temperatura ideal da sala de parto?

A

23-26ºC

110
Q

Após realizados os passos iniciais da reanimação neonatal o que devemos realizar?

A

Avaliar FC e respiração.

Se FC <100, apneia ou respiração irregular, realizar VPP!

111
Q

Como deve ser feita a VPP na reanimação neonatal?

Quais cuidados devemos ter?

A

O2 a 21% em > ou = 34 semanas. Se <34s O2 a 30%.
Manter frequência de 40-60irpm.
Sempre colocar oxímetro e realizar monitorização cardíaca concomitante.

112
Q

RN em reanimação neonatal realizou VPP, mas ainda apresenta FC <100. Qual próxima passo?

A

Checar a técnica. Se a técnica estiver adequada, realizar IOT.

113
Q

Quando vamos indicar Massagem Cardíaca no RN em reanimação neonatal? Qual a frequência?

A

Após realizada IOT e que mantém com FC <60.

frequência de 3:1

114
Q

Quais as particularidades da reanimação neonatal no RN com mecônio?

A

RN à termo e vigoroso não muda nada.
RN deprimido, devemos realizar os passos iniciais normalmente.
Caso chegue a fazer VPP e não haja melhora, devemos realizar aspiração traqueal e hipofaríngea para desobstruir via aérea, apenas isso.

115
Q

Quando indicar DVA na reanimação neonatal? Qual usar?

A

RN que mesmo com MCE e IOT se apresenta com FC <60.

Realizar epinefrina.

116
Q

Qual o principal fator de risco da Enterocolite Necrosante?

A

Prematuridade

117
Q

Qual a tríade envolvida na gênese da enterocolite necrosante?

A
  • Isquemia tecidual
  • Início da nutrição enteral
  • Existência de flora bacteriana patogênica e invasiva.
118
Q

Qual o quadro característico do RN que apresenta Enterocolite Necrosante?

A

RN prematuro com presença de sangue nas fezes que se manifesta geralmente nas primeiras 2 semanas de vida.

119
Q

Como conduzir um quadro de Enterocolite Necrosante?

A
  • Suspender dieta enteral e manter sonda orogástrica para drenagem.
  • Antibioticoterapia com Ampicilina + aminoglicosídeo.
  • Indicar cirurgia nos casos complicados com perfuração
120
Q

Qual distúrbio metabólico mais frequente do RN?

A

Hipoglicemia

121
Q

Quando indicar rastreio de hipoglicemia no RN? Como deve ser feito?

A

Indicar SEMPRE que o RN tiver fator de risco para hipoglicemia - filho de diabética, GIG, PIG…
Realizado nas primeiras 48h de vida, através de fita reagente.

122
Q

Como intervir nos casos de hipoglicemia neonatal?

A

Se sintomático - tratamento imediato com solução intravenosa de glicose a 10% (bolus + manutenção).
Se assintomático - tentar primeiramente intervenção via oral (estimular aleitamento).

123
Q

Qual anomalia cromossômica mais frequente?

A

Síndrome de Down. (Trissomia do 21)

124
Q

RN com síndrome de down sempre terá cariótipo 47XX ou XY+21?

A

Não. Pode ocorrer também por mosaicismo ou translocação, gerando cariótipo 46XX ou XY, por isso que é sempre importante realizar análise genética dos pais.

125
Q

Qual fator de risco conhecido para desenvolvimento de Síndrome de Down?

A

Idade materna avançada.

126
Q

Quais sinais clínicos do RN com síndrome de Down?

A
  • Hipotonia muscular
  • Prega palmar transversa
  • Sulco entre hálux e 2º artelho
  • Pele abundante no pescoço
  • Fenda palpebral oblíqua e epicanto
  • Face achatada, nariz pequeno e orelhas displásicas.
127
Q

Quais alterações estão comumente associadas com síndrome de Down?

A
  • Cardiopatia
  • Hipotireoidismo
  • Doenças hematológicas
  • Malformação intestinal
  • Instabilidade atlantoaxial
128
Q

RN apresentando dispneia progressiva com abdome escavado e ausculta cardíaca (ictus) desviada para direita. Devemos pensar em que diagnóstico?

A

Hérnia diafragmática congênita.

129
Q

Qual a célula responsável pela produção de surfactante?

A

Pneumócito tipo II

130
Q

Qual a principal causa de cegueira prevenível no RN?

A

Cegueira da prematuridade.

131
Q

Qual etiologia da meningite neonatal?

A
  • GBS
  • E. coli
  • Lysteria
132
Q

RN lacrimejando sem parar, devemos pensar em que diagnóstico, como tratá-lo?

A

Obstrução congênita do canal lacrimal.

Tratar com massagem.

133
Q

Qual complicação o paciente portador de hérnia diafragmática congênita pode apresentar?

A

Hipoplasia pulmonar e consequente hipertensão pulmonar persistente.

134
Q

Qual peculiaridade existe na ressuscitação neonatal do RN com hérnia diafragmática congênita?

A

Não pode ser realizada VPP por máscara.

Deve ser realizada ventilação por cânula traqueal (IOT).

135
Q

O teste do coraçãozinho é validado para RN de qualquer idade gestacional. V ou F?

A

Falso. É validado apenas para RN com >34 semanas.

136
Q

Síndrome de Patau é causada por?

A

Trissomia do cromossomo 13

137
Q

Síndrome de Edwards é causada por?

A

Trissomia do cromossomo 18.

138
Q

Diferença maior que 10% da saturação pré (membro inferior) e pós-ductal (membro superior direito) no RN significa que há o que?

A

Shunt direito-esquerda via canal arterial patente.

139
Q

Qual tempo ideal de realização do teste do coraçãozinho?

Como deve ser feito?

A

Entre 24-48 horas de vida

- Avaliar SatO2 através de oxímetro digital dos MSD e um dos MMII.

140
Q

Qual a causa mais comum de ausência de reflexo do olhinho bilateralmente?

A

Catarata congênita.

141
Q

Anomalia congênita mais comum da síndrome de Down?

A

Defeito do septo atrioventricular total.

142
Q

Glaucoma pode ser percebido ao teste do olhinho?

A

Não.

143
Q

Qual achado característico do eritema tóxico ao esfregaço?

A

Presença de eosinófilos

144
Q

Depois da hipoglicemia, qual distúrbio metabólico mais frequente no recém-nascido?

A

Hipocalcemia.