Nefro Flashcards

1
Q

Qual a tríade da sd nefrítica?

A

Edema, HAS e hematúria dismórfica

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2
Q

Qual o padrão de imunofluorescência da sd de Goodpasture?

A

Padrão linear

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3
Q

Qual a clínica da sd nefrítica?

A

Edema, HAS, hematúria dismórfica, cilindros hemáticos, piúria, proteinúria subnefrótica (< 3,5 gramas/24 horas), aumento das escórias

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4
Q

O que é a GNPE?

A

Sequela tardia de infecção por cepas nefrogênicas do S. pyogenes ou beta-hemolítico do grupo A.

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5
Q

Qual a epidemiologia da GNPE?

A

2-15 anos. Tempo de incubação > 1 semana na faringoamigdalite e > 2 semanas na piodermite.’

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6
Q

Como fazer o diagnóstico de GNPE?

A
  • Questionar sobre infecção prévia por S. pyogenes e checar incubação;
  • Documentar infecção estreptocócica (ASLO/anti-DNAse)
  • Avaliar hipocomplementemia transitória da via alternativa: C3 e CH50 por até 8 semanas;
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7
Q

Quais as indicações de biópsia na GNPE?

A

Se GNRP, proteinúria nefrótica, HAS e hematúria macroscópica > 4 semanas; hipocomplementenemia > 8 semanas;

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8
Q

Qual o anticorpo mais específico para documentar infecção estreptocócica na faringoamigdalite?

A

ASLO

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9
Q

Qual o anticorpo mais específico para documentar infecção estreptocócica na piodermite?

A

Anti-DNAse

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10
Q

Qual o sinal patognomônico da GNPE na microscopia eletrônica?

A

Gibas, corcovas ou Humps

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11
Q

Qual o prognóstico da GNPE?

A
  • Oligúria de até 7 dias;
  • Hipocomplementemia até 8 semanas;
  • Hematúria microscópica por até 2 anos;
  • Proteinúria < 1 g/dia por até 5 anos;
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12
Q

Qual o tratamento da GNPE?

A
  • Restrição hidrossalina;
  • Diurético de alça = furosemida;
  • Vasodilatadores (HAS): nitroprussiato, hidralazina;
  • Hemodiálise;
  • ATB: penicilina benzatina, para erradicar a cepa nefrogênica em pacientes que não haviam tomado o antibiótico;
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13
Q

O que é a Doença de Berger?

A

Depósito granular de IgA no mesângio, caracterizada por hematúria isolada.

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14
Q

Qual a epidemiologia da Doença de Berger?

A

Homens 2:1, glomerulopatia primária mais frequente.

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15
Q

Quais as 5 formas da Doença de Berger?

A
  1. Hematúria macroscópica recorrente: desencadeado por infecções, vacinação e exercício físico vigoroso; melhor prognóstico;
  2. Hematúria microscópica persistente, que pode ser acompanhada por episódios de proteinúria subnefrótica e hematúria macroscópica;
  3. Síndrome nefrítica: não há período de incubação e o complemento é normal, para DD com GNPE;
  4. Síndrome nefrótica;
  5. GNRP;
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16
Q

Qual a forma mais grave da Doença de Berger: hematúria macroscópica recorrente ou hematúria microscópica persistente?

A

Hematúria microscópica persistente

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17
Q

Como fazer o diagnóstico da Doença de Berger?

A
  • Hematúria dismórfica;
  • Complemento normal;
  • Aumento de IgA sérico e em vasos da pele;
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18
Q

Quais as indicações de biópsia na Doença de Berger?

A

Síndrome nefrítica, proteinúria > 500 gramas/dia, IR;

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19
Q

Qual o tratamento da Doença de Berger?

A
  • Corticoterapia: Cr > 1.5, presença de crescentes na biópsia, HAS, proteinúria > 1 grama/dia;
  • IECA/BRA se proteinúria > 1 grama/dia ou HAS;
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20
Q

Qual é o prognóstico da Doença de Berger?

A
  • 60% tem evolução benigna;
  • 40% tem evolução lenta para IR;
  • Raro: GNRP;
    FR:
    Idade avançada ao diagnóstico;
    Sexo masculino;
    Cr > 1,5 ao diagnóstico;
    HAS;
    Proteinúria persistente;
    Depósito de IgA nas alças capilares, além do mesângio;
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21
Q

O que é a Púrpura de Henoch-Schonlein?

A

Vasculite caracterizada por depósito de IgA nos capilares + artrite + dor abdominal + petéquias em MMII

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22
Q

O que é a sd de Alport?

A

Hematúria recorrente e surdez neurossensorial

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23
Q

O que é a GNRP?

A

Sd nefrítica que evolui para insuficiência renal rápida e fulminante, diagnosticada na presença de crescentes em mais de 50% dos glomérulos à biópsia renal.

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24
Q

Quais as etiologias de GNRP?

A
  • Tipo I: depósito de anticorpo anti-MBG, que é a doença de Goodpasture;
  • Tipo II: depósito de imunocomplexo: Berger, GNPE, endocardite, hepatites virais, LES;
  • Tipo III: pauci-imune, nas vasculites ANCA+ (Wegener);
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25
O que é a sd de Goodpasture?
Sd pulmão-rim: pode gerar hemorragia alveolar (hemoptise) e GNRP clássica;
26
Qual o achado microscópico da GNRP?
Crescentes na microscopia óptica, imunofluorescência de padrão linear;
27
Qual o tratamento da GNRP?
- Plasmaférese; - Corticoterapia e imunossupressores, que não revertem;
28
Qual a epidemiologia da SHU?
- Países subdesenvolvidos; - Crianças < 5 anos;
29
Qual a fisiopatologia da SHU?
Gastroenterite prévia por E. coli O15:H7, que produz a Shiga toxina e gera SHU por lesão do endotélio glomerular e trombose glomerular;
30
Qual a apresentação da SHU?
- Insuficiência renal aguda oligúrica; - Plaquetopenia por consumo; - Anemia hemolítica microangiopática, formando esquizócitos;
31
Qual o diagnóstico diferencial da SHU?
Púrpura trombocitopênica trombótica (PTT), que também gera plaquetopenia e anemia hemolítica microangiopática. A trombose é cerebral;
32
Qual o tratamento da SHU?
- Evitar ATB: risco de aumentar toxina circulante; - Tratamento suportivo: doença limitada a 7-21 dias;
33
Qual a definição de sd nefrótica?
Proteinúria > 3,5 g/dia ou 40/kg/dia na criança ou relação proteína/creatinina ≥ 2 mg/mg na criança;
34
Quais os dois tipos de proteinúria?
- Seletiva: perda da albumina, por lesão da membrana basal; - Não seletiva: perda proporcional;
35
Qual a apresentação da sd nefrótica?
- Proteinúria: urina espumosa; - Edema: pode gerar PBE por Pneumococo; - Hipoalbuminemia; - Hiperlipidemia: lipidúria, cilindros graxos; - Anemia ferropriva refratária ao sulfato ferroso: perda de transferrina; - Imunodepressão: perda de IgG favorece infecção por germes encapsulados, particularmente o Pneumococo; - Aumento de alfa-2 globulina; - Trombose venosa profunda por perda da anti-trombina III;
36
Quais as complicações da sd nefrótica?
Aterogênese acelerada e trombose da veia renal;
37
Qual a apresentação da trombose da veia renal?
- Dor lombar por distensão da cápsula; - Hematúria, piora da proteinúria; - Assimetria renal; - Varicocele súbita à esquerda (porque v. testicular drena para v. renal);
38
Quais as três principais etiologias de trombose da veia renal?
- Glomerulopatia membranosa (principal); - Glomerulonefrite membranoproliferativa; - Amiloidose;
39
Sd nefrótica em criança. Qual a etiologia presumível?
Glomerulopatia por lesões mínimas
40
Qual a fisiopatologia da glomerulopatia por lesão mínima?
- Perda de carga negativa da membrana basal, gerando uma proteinúria inicialmente seletiva; - Fusão e tração dos processos podocitários, gerando proteinúria não seletiva;
41
A glomerulopatia por lesão mínima está associada ao
Linfoma e Hodgkin e uso de AINE
42
Qual a apresentação da glomerulopatia por lesão mínima?
Sd nefrótica clássica com períodos de atividade-remissão;
43
Qual o tratamento da glomerulopatia por lesão mínima?
Corticoterapia: 90% das crianças respondem em 4 semanas. Prova terapêutica em criança com sd nefrótica, não há necessidade de biópsia inicialmente;
44
Qual a principal causa de sd nefrótica no adulto?
GEFS
45
Qual a apresentação da GEFS?
- Qualquer nível de protenúria, geralmente nefrótica; - HAS; - Hematúria microscópica; - Complemento normal;
46
Qual o tratamento da GEFS?
- Corticoterapia, remissão em até 60% dos casos; - IECA ou BRA, estatina para nefroproteção;
47
O que você sabe sobre a glomerulonefrite proliferativa mesangial?
Resultado da proliferação celular do mesângio. Associação com LES. Gera protenúria + hematúria. Trata com corticoterapia.
48
Qual a segunda causa de sd nefrótica no adulto?
Glomerulopatia membranosa
49
Qual a fisiopatologia da glomerulopatia membranosa?
Depósito subepiteliais de imunocomplexos gerando espessamento da membrana basal
50
Quais as associações da glomerulopatia membranosa?
- Sinal inicial de uma neoplasia oculta; - LES; - Hepatite B; - IECA; - AINES; - Sais de ouro;
51
Uma sd nefrótica associada à doença/droga que você não conhece, qual a etiologia?
GEFS
52
Qual a apresentação da glomerulopatia membranosa?
- Sd nefrótica clássica; - Complemento normal; - Trombose da veia renal;
53
Qual o tratamento da glomerulopatia membranosa?
- Corticoterapia, imunossupressor; - IECA ou BRA, estatina; - Avaliar anticoagulação profilática se albumina < 3 g/dL; - Avaliar imunossupressão;
54
Qual a fisiopatologia da glomerulonefrite membranoproliferativa?
- Proliferação mesangial intensa; - Duplo contorno à microscopia óptica;
55
Qual a apresentação da glomerulonefrite membranoproliferativa?
- Edema, HAS e hematúria; - Proteinúria nefrótica > 4 semanas; - Hipocomplementenemia > 8 semanas; - Trombose da veia renal;
56
Como fazer o diagnóstico diferencial entre GNPE e glomerulonefrite membranoproliferativa?
Na membranoproliferativa, há proteinúria nefrótica > 4 semanas e hipocomplementenemia maior que 8 semanas;
57
Quais as associações da glomerulonefrite membranoproliferativa?
Hepatite C e endocardite bacteriana
58
Qual o tratamento da glomerulonefrite membranoproliferativa?
- Corticoterapia; - IECA ou BRA, estatina; - Se grave, imunossupressão;
59
Quais as fases da nefropatia diabética?
- Fase 1: hiperfiltração glomerular por hiperglicemia; - Fase 2: microalbuminúria 30-300 mg/dia; Indicação de IECA e BRA; - Fase 3: macroalbuminúria > 300 mg/dia; Tem que ter HAS, edema e retinopatia; - Fase 4: insuficiência renal;
60
Qual a primeira manifestação clínica da doença renal do diabetes?
Fase 2: microalbuminúria 30-300 mg/dia;
61
Como fazer o diagnóstico da nefropatia diabética?
- Urina 24 horas ou relação albumina/creatinina; - Biópsia: apenas se dúvida diagnóstica; Glomeruloesclerose difusa é o achado mais comum; Glomeruloesclerose nodular ou de Kimmelstiel-Wilson é o mais específico;
62
Como fazer o rastreio da doença renal do diabetes?
- DM1: 5 anos após o diagnóstico; - DM2: ao diagnóstico; Periodicidade anual;
63
Como fazer o tratamento da nefropatia diabética?
- Controle glicêmico: HbA1c < 7%; - Inibidor da SGLT-2; - Controle da PA com IECA ou BRA; - MEV;
64
Qual a fisiopatologia da nefroesclerose hipertensiva?
- Hipertrofia da camada média e espessamento da camada íntima da arteríola aferente (estreitamento arteriolar); - Isquemia glomerular e hiperfiltração → GEFS;
65
Qual a apresentação da glomeruloesclerose hipertensiva?
- Proteinúria < 1,5 g/dia; - IRC lentamente progressiva; - Acompanha retinopatia grau I e II;
66
Qual o tratamento da glomeruloesclerose hipertensiva?
Controle da PA com IECA ou BRA;
67
O que é a nefroesclerose hipertensiva maligna?
Pico pressórico (>180x120 mmHg) gera vasoconstrição reflexa da arteríola aferente com glomerulonefrite necrosante.
68
Qual a apresentação da glomeruloesclerose hipertensiva maligna?
- IRA; - Proteinúria; - Hematúria; - Acompanha retinopatia grau III e IV;
69
Como tratar a glomeruloesclerose hipertensiva maligna?
Reduzir PA até 25% nas 1°s 2-6 horas;
70
Qual a fisiopatologia, apresentação e tratamento da nefropatia pelo HIV?
GEFS com colapso de todo tufo glomerular, gerando aumento do rim. Apresentação: - Sd nefrótica; - IRC de evolução rápida; - Mais comum em negros, usuários de drogas IV e na doença avançada; Tratamento: TARV e nefroproteção;
71
O que é a nefropatia por refluxo?
Refluxo vesicoureteral gera pielonefrite de repetição, com cicatriz renal que resulta na GEFS.
72
Qual a fisiopatologia da amiloidose renal?
Depósito de fibrilas amiloides em tecidos corada por vermelho do Congo.
73
Qual a apresentação da amiloidose renal?
- Sd nefrótica com risco de trombose da veia renal; - Evolução pra IRC; - Rins de tamanho aumentado;
74
Quais as principais etiologias da NIA?
Farmacoinduzida ou alergia medicamentosa: ATB betalactâmicos (ampicilina), bactrim, AINE, tiazídico, rifampicina;
75
Qual a apresentação da NIA?
- IRA oligúrica; - Febre; - Dor lombar; - Hematúria não-dismórfica; - Proteinúria subnefrótica; - Rash cutâneo; - Artralgia; - **Eosinofilúria, eosinofilia, aumento de IgE;**
76
Como fazer o diagnóstico da NIA?
- Clínico-laboratorial; - Biópsia é padrão-ouro, usada em casos duvidosos;
77
Qual o tratamento da NIA?
- Suspensão do agente causal; - Corticoterapia aos refratários;
78
Qual a principal etiologia da NTA?
Isquemia: choque (principal causa), contraste iodado;
79
Qual a fisiopatologia da NTA?
Agressão à estrutura tubular gerando necrose das células renais tubulares, que se desprendem da estrutura tubular e entram no lúmen, gerando obstrução.
80
Qual a apresentação da NTA?
- IRA oligúria; - Exposto às etiologias;
81
Qual o tratamento da NTA?
- Suporte: túbulos regeneram em 7 dias; - Prevenção: Hiperhidratação, uso de contraste hipo-osmolar; Hiperhidratação e manitol em caso de rabdomiólise;
82
Como diferenciar IRA pré-renal e NTA a partir do laboratório?
Na urinário: IRA < 20 // NTA > 40 Fração de Na urinário: IRA < 1% // NTA > 1% Densidade urinária: IRA > 1020 // NTA < 1015 Osmolaridade urinária: IRA > 500 // NTA < 350 Cilindros: IRA hialianos // NTA granulosos
83
Quais as etiologias da necrose de papila?
PHODA! - Pielonefrite; - Hemoglobinopatia S (anemia falciforme); - Obstrução; - Diabetes mellitus; - Analgésicos/AINE;
84
Qual a apresentação da necrose de papila?
- Dor lombar; - Febre;
85
Como fazer o diagnóstico da necrose de papila?
Urografia excretora: sombras em anel;
86
Qual o tratamento da necrose de papila?
Eliminar agente causal;
87
O que é reabsorvido no TCP?
Glicose, fosfato, ácido úrico e bicarbonato;
88
O que faz a alça de Henle?
Concentração medular pelo transportador Na/K/2Cl
89
O que é reabsorvido no TCD?
Sódio ou cálcio
90
O que é reabsorvido na porção proximal/cortical do TC?
Sódio, trocado por potássio ou hidrogênio
91
O que é reabsorvido na porção distal/medular do TC?
Água livre
92
Qual a etiologia e o resultado da ATR tipo I?
Por disfunção do TC proximal, não há reabsorção de hidrogênio nesse sítio. Gera acidose e hipocalemia.
93
Qual a etiologia e o resultado da ATR tipo II?
Disfunção do TCP, não há reabsorção de bicarbonato nesse sítio. Gera acidose e hipocalemia.
94
Qual a etiologia e o resultado da ATR tipo IV?
Disfunção do TC cortical por hipoaldosteronismo, não há reabsorção de Na e troca por K ou H. Gera acidose e hipercalemia.
95
Quais as etiologias e apresentação da tubulopatia da alça de Henle?
Sd de Bartter ou uso de furosemida. Disfunção da bomba Na/K/2Cl. O sódio será reabsorvido na porção cortical do TC. - Poliúria, por não haver concentração medular; - Insensibilidade ao ADH; - Hipocalemia e alcalose metabólica;
96
Quais as etiologias e a apresentação da tubulopatia do contorcido distal?
Sd de Gitelman ou uso de tiazídico gera disfunção do transportador Na/Cl, no TCD. - Hipocalciúria, já que reabsorve cálcio, não sódio; - Hipocalemia e alcalose, às custas do hiperaldosteronismo;
97
Qual a doença da tubulopatia do TC distal e qual sua apresentação?
Diabetes insipidus nefrogênico. Poliúria e polidipsia por resistência ao ADH.
98
Quais as duas etiologias da estenose da artéria renal e suas respectivas epidemiologias?
- Aterosclerose: homens > 50 anos, alto RCV; a alteração é proximal à aorta; - Displasia fibromuscular: mulheres jovens, sem comorbidades; a alteração é distal à aorta;
99
Qual a fisiopatologia da estenose da artéria renal?
- A má perfusão renal ativa o SRAA a partir do aparelho justaglomerular; - A angiotensina II gera vasoconstrição na arteríola eferente e ativa a aldosterona → gera HAS secundária renovascular; - A aldosterona reabsorve sódio e água, gerando hipocalemia e alcalose;
100
Quando suspeitar de estenose da artéria renal?
- HAS nos extremos etários (> 30 e > 50 anos); - HAS com sopro em flanco; - HAS com hipocalemia;
101
Qual a abordagem diagnóstica da estenose da artéria renal?
- USG Doppler: assimetria e redução do fluxo; - AngioTC ou RM para confirmação; - Arteriografia renal é o padrão-ouro;
102
Qual o tratamento da estenose da artéria renal?
- Displasia fibromuscular: angioplastia sem stent; - Aterosclerose: IECA ou BRA, se não houver estenose bilateral; Se bilateral, angioplastia com stent ou cirurgia;
103
Qual a principal etiologia do ateroembolismo renal?
Procedimentos endovasculares
104
Qual a apresentação do ateroembolismo renal?
- IRA; - Manifestações embólicas: dedo azul, livedo reticularis, placas de Hollenhorst; - Eosinofilia e eosinofilúria; - Hipocomplementenemia; - Aumento da CPK;
105
Como fazer o diagnóstico do ateroembolismo renal?
- Placas de Hollenhorst à fundoscopia; - Biópsia renal com fissuras biconvexas;
106
Qual o tratamento do ateeroembolismo renal?
Suporte
107
Quais os principais achados que acompanham a rabdomiólise como causa de NTA?
Mialgia, febre, CPK aumentada, urina escurecida e oligúria.
108
Quais distúrbios hidroeletrolíticos acompanham a NTA por síndrome de lise tumoral?
Hipercalemia, hiperuricemia, hiperfosfatemia, hipocalcemia.
109
Qual o VR da pCO2 na gasometria?
35-45
110
Qual o VR do pH na gasometria?
7,35-7,45
111
Qual o VR do bicarbonato na gasometria?
22-26
112
Como calcular a resposta compensatória na acidose metabólica?
pCO2 = 1,5 x HCO3 + 8 +-2 Se = pCO2 esperada: compensada Se > pCO2 esperada: acidose respiratória -> indica fadiga da musculatura respiratória Se < pCO2 esperada: alcalose respiratória
113
Como calcular a resposta compensatória na alcalose metabólica?
pCO2 = HCO3 + 15 Se = pCO2 esperada: compensada Se > pCO2 esperada: acidose respiratória Se < pCO2 esperada: alcalose respiratória
114
Quais distúrbios geram acidose metabólica com AG aumentado?
Uremia (IR), intoxicações, cetoacidose diabética e acidose lática
115
Quais distúrbios geram acidose metabólica com AG normal?
Perdas digestivas abaixo do piloro, ATR
116
Qual a fórmula e o VR do AG?
AG = Na - (HCO3 + Cl). VR = 10 +-2;
117
Está indicado bicarbonato na acidose lática?
Não
118
Está indicado bicarbonato nas intoxicações e uremia?
Pode estar
119
Qual o tratamento da acidose metabólica hiperclorêmica?
Repor bases, principalmente citrato de potássio nas ATRs;
120
O que gera a alcalose metabólica?
Hipocalemia e hipocloremia
121
Quais as etiologias de alcalose metabólica?
- Perdas digestivas altas/SNG; - Diuréticos tiazídicos e furosemida; - Hiperaldosteronismo; - Hipertensão renovascular;
122
Como tratar a alcalose metabólica por vômitos ou diuréticos?
SF 0,9% + KCl
123
Como tratar a sd de Conn?
Também conhecida como hiperaldosteronismo primário, tratamos com espironolactona + cirurgia;
124
Qual DAB gera a hipoventilação?
Acidose respiratória
125
Qual DAB gera a hiperventilação?
Alcalose metabólica
126
Quanto tempo demora a compensação renal dos distúrbios respiratórios?
48 horas
127
Qual o marcador de pior prognóstico no paciente que está hiperventilando?
pCO2 normal, indica falência da musculatura respiratória
128
Qual o valor de referência do BE? O que significa um BE aumentado?
BE = -3 a +3; BE alterado implica distúrbio crônico;
129
O sódio é o principal cátion
Extracelular
130
O potássio está no
Intracelular
131
VR do Na
135-145
132
VR do K
3,5-5,5
133
Fórmula da osmolaridade sérica
2xNa + Gli/18 + Ur/6
134
A osmolaridade sérica pelo osmômetro foi > 10 mOsm maior que a calculada por você. Qual a HD?
Intoxicação exógena
135
Qual a causa de hiponatremia hiperosmolar?
Hiperglicemia
136
Qual a causa de hiponatremia isosmolar?
Hilipidemia e hiperproteinemia
137
A hiponatremia é classicamente
Hiposmolar
138
Quais as duas fisiopatologias na hiponatremia?
Excesso de água (iatrogenia, polidpsia primária) ou excesso de ADH.
139
Exemplos de hiponatremias hipervolêmicas. Qual o mecanismo?
ICC, cirrose. Apesar do paciente estar edemaciado, o volume circulante é diminuído. Ativa SRAA e ADH na neurohipófise e aumenta a reabsorção de água livre.
140
Exemplos de hiponatremias hipovolêmicas. Qual o mecanismo?
Vômitos, diarreia, hemorragia, diurético tiazídico. Ativa SRAA e ADH.
141
Exemplo de hiponatremias euvolêmica. Qual o mecanismo?
SIADH. Há um aumento do ADH, aumentando a reabsorção de água livre. Isso gera uma hipervolemia transitória que ativa o peptídeo natriurético, que aumenta a natriurese e a perda de água. Porém, o que prevalece é a hipernatremia inicial, já que se perde sódio e água na mesma proporção.
142
Quais as etiologias de SIADH?
Doenças cerebrais: tumores, meningite, AVE; Doenças pulmonares: CA de pequenas células, Legionelose, TB; Carbamazepina, anti-depressivos; HIV;
143
Qual o laboratório da SIADH?
Euvolemia, hiponatremia, hipouricemia, natriurese.
144
Qual o principal DD da SIADH?
Síndrome cerebral perdedora de sal. Nesses casos, o paciente é hipovolêmico.
145
Qual outra causa de hiponatremia euvolêmica?
Endocrinopatias, particularmente o hipotireoidismo
146
Qual a clínica da hiponatremia?
< 48 horas: cefaleia, convulsões, torpor, coma; > 48 horas: assintomático;
147
Qual o tratamento da hiponatremia?
Crônica: - Hipovolêmico: SF 0,9%; - Hipervolêmico: restrição hídrica + furosemida; - Normovolêmica: restrição hídrica + furosemida + demeclociclina ou vaptanos; Aguda sintomática: reposição de sódio;
148
Quando e como fazer a reposição de sódio na hiponatremia?
Quando for aguda e sintomática; Corrigir até 3 mEqs nas primeiras 3 horas e 12 mEqs em 24 horas. Utilizar solução salina 3%, sendo que 1 grama = 17 mEq de Na. Déficit de sódio = 0,6 (H) x P x variação do Na; Sendo que em mulheres, multiplicamos por 0,5.
149
Qual o risco da correção rápida da hiponatremia?
Mielinólise pontina
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Quais as etiologias de hipernatremia?
- Incapacidade de ingerir líquidos: coma, RN, idoso; - Diabetes insipidus central ou nefrogênico;
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Como saber se o Diabetes Insipidus é central (déficit de ADH) ou nefrogênico (alteração do TC)?
Prova terapêutica com ADH
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Como tratar a hipernatremia?
Corrigir até 10 mEq/L em 24 horas, com água oral, solução glicosada ou salina 0,45%
153
Quais as etiologias de hipocalemia?
Hipoaldosteronismo primário, ATR (exceto 4), insulina, beta-2-agonista, vitamina B12, diuréticos, vômitos, diarreia, anfotericina B, leptospirose.
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Quais as etiologias de hipercalemia?
Hipoaldosteronismo (IECA, BRA, espironolactona), ATR tipo 4, insuficiência renal, rabdomiólise, hipertermia maligna, hemólise maciça, acidose metabólica.
155
Qual a manifestação da hipocalemia?
Ondas U, onda T diminuída, aumento da P e do intervalo QT.
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Qual a manifestação da hipercalemia?
Onda T apiculada, alargamento do QRS, diminuição da P e do QT, ritmo sinusoidal.
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Como tratar a hipocalemia?
KCl, preferencialmente oral. Alternativa: KCl + NaCl 0,45% IV. Evitar solução glicosada.
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Como tratar a hipercalemia?
Se alterar ECG, gluconato de cálcio para estabilizar a membrana miocárdica. NÃO DIMINUI CALEMIA. Sorcal, beta-2-agonista, glicoinsulinoterapia, bicarbonato, furosemida, diálise de urgência.
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Hipocalemia refratária. Pesquisar?
Hipomagnesemia