Nefro Flashcards
Qual a tríade da sd nefrítica?
Edema, HAS e hematúria dismórfica
Qual o padrão de imunofluorescência da sd de Goodpasture?
Padrão linear
Qual a clínica da sd nefrítica?
Edema, HAS, hematúria dismórfica, cilindros hemáticos, piúria, proteinúria subnefrótica (< 3,5 gramas/24 horas), aumento das escórias
O que é a GNPE?
Sequela tardia de infecção por cepas nefrogênicas do S. pyogenes ou beta-hemolítico do grupo A.
Qual a epidemiologia da GNPE?
2-15 anos. Tempo de incubação > 1 semana na faringoamigdalite e > 2 semanas na piodermite.’
Como fazer o diagnóstico de GNPE?
- Questionar sobre infecção prévia por S. pyogenes e checar incubação;
- Documentar infecção estreptocócica (ASLO/anti-DNAse)
- Avaliar hipocomplementemia transitória da via alternativa: C3 e CH50 por até 8 semanas;
Quais as indicações de biópsia na GNPE?
Se GNRP, proteinúria nefrótica, HAS e hematúria macroscópica > 4 semanas; hipocomplementenemia > 8 semanas;
Qual o anticorpo mais específico para documentar infecção estreptocócica na faringoamigdalite?
ASLO
Qual o anticorpo mais específico para documentar infecção estreptocócica na piodermite?
Anti-DNAse
Qual o sinal patognomônico da GNPE na microscopia eletrônica?
Gibas, corcovas ou Humps
Qual o prognóstico da GNPE?
- Oligúria de até 7 dias;
- Hipocomplementemia até 8 semanas;
- Hematúria microscópica por até 2 anos;
- Proteinúria < 1 g/dia por até 5 anos;
Qual o tratamento da GNPE?
- Restrição hidrossalina;
- Diurético de alça = furosemida;
- Vasodilatadores (HAS): nitroprussiato, hidralazina;
- Hemodiálise;
- ATB: penicilina benzatina, para erradicar a cepa nefrogênica em pacientes que não haviam tomado o antibiótico;
O que é a Doença de Berger?
Depósito granular de IgA no mesângio, caracterizada por hematúria isolada.
Qual a epidemiologia da Doença de Berger?
Homens 2:1, glomerulopatia primária mais frequente.
Quais as 5 formas da Doença de Berger?
- Hematúria macroscópica recorrente: desencadeado por infecções, vacinação e exercício físico vigoroso; melhor prognóstico;
- Hematúria microscópica persistente, que pode ser acompanhada por episódios de proteinúria subnefrótica e hematúria macroscópica;
- Síndrome nefrítica: não há período de incubação e o complemento é normal, para DD com GNPE;
- Síndrome nefrótica;
- GNRP;
Qual a forma mais grave da Doença de Berger: hematúria macroscópica recorrente ou hematúria microscópica persistente?
Hematúria microscópica persistente
Como fazer o diagnóstico da Doença de Berger?
- Hematúria dismórfica;
- Complemento normal;
- Aumento de IgA sérico e em vasos da pele;
Quais as indicações de biópsia na Doença de Berger?
Síndrome nefrítica, proteinúria > 500 gramas/dia, IR;
Qual o tratamento da Doença de Berger?
- Corticoterapia: Cr > 1.5, presença de crescentes na biópsia, HAS, proteinúria > 1 grama/dia;
- IECA/BRA se proteinúria > 1 grama/dia ou HAS;
Qual é o prognóstico da Doença de Berger?
- 60% tem evolução benigna;
- 40% tem evolução lenta para IR;
- Raro: GNRP;
FR:
Idade avançada ao diagnóstico;
Sexo masculino;
Cr > 1,5 ao diagnóstico;
HAS;
Proteinúria persistente;
Depósito de IgA nas alças capilares, além do mesângio;
O que é a Púrpura de Henoch-Schonlein?
Vasculite caracterizada por depósito de IgA nos capilares + artrite + dor abdominal + petéquias em MMII
O que é a sd de Alport?
Hematúria recorrente e surdez neurossensorial
O que é a GNRP?
Sd nefrítica que evolui para insuficiência renal rápida e fulminante, diagnosticada na presença de crescentes em mais de 50% dos glomérulos à biópsia renal.
Quais as etiologias de GNRP?
- Tipo I: depósito de anticorpo anti-MBG, que é a doença de Goodpasture;
- Tipo II: depósito de imunocomplexo: Berger, GNPE, endocardite, hepatites virais, LES;
- Tipo III: pauci-imune, nas vasculites ANCA+ (Wegener);
O que é a sd de Goodpasture?
Sd pulmão-rim: pode gerar hemorragia alveolar (hemoptise) e GNRP clássica;
Qual o achado microscópico da GNRP?
Crescentes na microscopia óptica, imunofluorescência de padrão linear;
Qual o tratamento da GNRP?
- Plasmaférese;
- Corticoterapia e imunossupressores, que não revertem;
Qual a epidemiologia da SHU?
- Países subdesenvolvidos;
- Crianças < 5 anos;
Qual a fisiopatologia da SHU?
Gastroenterite prévia por E. coli O15:H7, que produz a Shiga toxina e gera SHU por lesão do endotélio glomerular e trombose glomerular;
Qual a apresentação da SHU?
- Insuficiência renal aguda oligúrica;
- Plaquetopenia por consumo;
- Anemia hemolítica microangiopática, formando esquizócitos;
Qual o diagnóstico diferencial da SHU?
Púrpura trombocitopênica trombótica (PTT), que também gera plaquetopenia e anemia hemolítica microangiopática. A trombose é cerebral;
Qual o tratamento da SHU?
- Evitar ATB: risco de aumentar toxina circulante;
- Tratamento suportivo: doença limitada a 7-21 dias;
Qual a definição de sd nefrótica?
Proteinúria > 3,5 g/dia ou 40/kg/dia na criança ou relação proteína/creatinina ≥ 2 mg/mg na criança;
Quais os dois tipos de proteinúria?
- Seletiva: perda da albumina, por lesão da membrana basal;
- Não seletiva: perda proporcional;
Qual a apresentação da sd nefrótica?
- Proteinúria: urina espumosa;
- Edema: pode gerar PBE por Pneumococo;
- Hipoalbuminemia;
- Hiperlipidemia: lipidúria, cilindros graxos;
- Anemia ferropriva refratária ao sulfato ferroso: perda de transferrina;
- Imunodepressão: perda de IgG favorece infecção por germes encapsulados, particularmente o Pneumococo;
- Aumento de alfa-2 globulina;
- Trombose venosa profunda por perda da anti-trombina III;
Quais as complicações da sd nefrótica?
Aterogênese acelerada e trombose da veia renal;
Qual a apresentação da trombose da veia renal?
- Dor lombar por distensão da cápsula;
- Hematúria, piora da proteinúria;
- Assimetria renal;
- Varicocele súbita à esquerda (porque v. testicular drena para v. renal);
Quais as três principais etiologias de trombose da veia renal?
- Glomerulopatia membranosa (principal);
- Glomerulonefrite membranoproliferativa;
- Amiloidose;
Sd nefrótica em criança. Qual a etiologia presumível?
Glomerulopatia por lesões mínimas
Qual a fisiopatologia da glomerulopatia por lesão mínima?
- Perda de carga negativa da membrana basal, gerando uma proteinúria inicialmente seletiva;
- Fusão e tração dos processos podocitários, gerando proteinúria não seletiva;
A glomerulopatia por lesão mínima está associada ao
Linfoma e Hodgkin e uso de AINE
Qual a apresentação da glomerulopatia por lesão mínima?
Sd nefrótica clássica com períodos de atividade-remissão;
Qual o tratamento da glomerulopatia por lesão mínima?
Corticoterapia: 90% das crianças respondem em 4 semanas.
Prova terapêutica em criança com sd nefrótica, não há necessidade de biópsia inicialmente;
Qual a principal causa de sd nefrótica no adulto?
GEFS
Qual a apresentação da GEFS?
- Qualquer nível de protenúria, geralmente nefrótica;
- HAS;
- Hematúria microscópica;
- Complemento normal;
Qual o tratamento da GEFS?
- Corticoterapia, remissão em até 60% dos casos;
- IECA ou BRA, estatina para nefroproteção;
O que você sabe sobre a glomerulonefrite proliferativa mesangial?
Resultado da proliferação celular do mesângio.
Associação com LES.
Gera protenúria + hematúria.
Trata com corticoterapia.
Qual a segunda causa de sd nefrótica no adulto?
Glomerulopatia membranosa
Qual a fisiopatologia da glomerulopatia membranosa?
Depósito subepiteliais de imunocomplexos gerando espessamento da membrana basal
Quais as associações da glomerulopatia membranosa?
- Sinal inicial de uma neoplasia oculta;
- LES;
- Hepatite B;
- IECA;
- AINES;
- Sais de ouro;
Uma sd nefrótica associada à doença/droga que você não conhece, qual a etiologia?
GEFS
Qual a apresentação da glomerulopatia membranosa?
- Sd nefrótica clássica;
- Complemento normal;
- Trombose da veia renal;
Qual o tratamento da glomerulopatia membranosa?
- Corticoterapia, imunossupressor;
- IECA ou BRA, estatina;
- Avaliar anticoagulação profilática se albumina < 3 g/dL;
- Avaliar imunossupressão;
Qual a fisiopatologia da glomerulonefrite membranoproliferativa?
- Proliferação mesangial intensa;
- Duplo contorno à microscopia óptica;
Qual a apresentação da glomerulonefrite membranoproliferativa?
- Edema, HAS e hematúria;
- Proteinúria nefrótica > 4 semanas;
- Hipocomplementenemia > 8 semanas;
- Trombose da veia renal;
Como fazer o diagnóstico diferencial entre GNPE e glomerulonefrite membranoproliferativa?
Na membranoproliferativa, há proteinúria nefrótica > 4 semanas e hipocomplementenemia maior que 8 semanas;
Quais as associações da glomerulonefrite membranoproliferativa?
Hepatite C e endocardite bacteriana
Qual o tratamento da glomerulonefrite membranoproliferativa?
- Corticoterapia;
- IECA ou BRA, estatina;
- Se grave, imunossupressão;
Quais as fases da nefropatia diabética?
- Fase 1: hiperfiltração glomerular por hiperglicemia;
- Fase 2: microalbuminúria 30-300 mg/dia;Indicação de IECA e BRA;
- Fase 3: macroalbuminúria > 300 mg/dia;Tem que ter HAS, edema e retinopatia;
- Fase 4: insuficiência renal;
Qual a primeira manifestação clínica da doença renal do diabetes?
Fase 2: microalbuminúria 30-300 mg/dia;
Como fazer o diagnóstico da nefropatia diabética?
- Urina 24 horas ou relação albumina/creatinina;
- Biópsia: apenas se dúvida diagnóstica;Glomeruloesclerose difusa é o achado mais comum;Glomeruloesclerose nodular ou de Kimmelstiel-Wilson é o mais específico;
Como fazer o rastreio da doença renal do diabetes?
- DM1: 5 anos após o diagnóstico;
- DM2: ao diagnóstico;
Periodicidade anual;
Como fazer o tratamento da nefropatia diabética?
- Controle glicêmico: HbA1c < 7%;
- Inibidor da SGLT-2;
- Controle da PA com IECA ou BRA;
- MEV;
Qual a fisiopatologia da nefroesclerose hipertensiva?
- Hipertrofia da camada média e espessamento da camada íntima da arteríola aferente (estreitamento arteriolar);
- Isquemia glomerular e hiperfiltração → GEFS;
Qual a apresentação da glomeruloesclerose hipertensiva?
- Proteinúria < 1,5 g/dia;
- IRC lentamente progressiva;
- Acompanha retinopatia grau I e II;
Qual o tratamento da glomeruloesclerose hipertensiva?
Controle da PA com IECA ou BRA;
O que é a nefroesclerose hipertensiva maligna?
Pico pressórico (>180x120 mmHg) gera vasoconstrição reflexa da arteríola aferente com glomerulonefrite necrosante.
Qual a apresentação da glomeruloesclerose hipertensiva maligna?
- IRA;
- Proteinúria;
- Hematúria;
- Acompanha retinopatia grau III e IV;
Como tratar a glomeruloesclerose hipertensiva maligna?
Reduzir PA até 25% nas 1°s 2-6 horas;
Qual a fisiopatologia, apresentação e tratamento da nefropatia pelo HIV?
GEFS com colapso de todo tufo glomerular, gerando aumento do rim.
Apresentação:
- Sd nefrótica;
- IRC de evolução rápida;
- Mais comum em negros, usuários de drogas IV e na doença avançada;
Tratamento: TARV e nefroproteção;
O que é a nefropatia por refluxo?
Refluxo vesicoureteral gera pielonefrite de repetição, com cicatriz renal que resulta na GEFS.
Qual a fisiopatologia da amiloidose renal?
Depósito de fibrilas amiloides em tecidos corada por vermelho do Congo.
Qual a apresentação da amiloidose renal?
- Sd nefrótica com risco de trombose da veia renal;
- Evolução pra IRC;
- Rins de tamanho aumentado;
Quais as principais etiologias da NIA?
Farmacoinduzida ou alergia medicamentosa: ATB betalactâmicos (ampicilina), bactrim, AINE, tiazídico, rifampicina;
Qual a apresentação da NIA?
- IRA oligúrica;
- Febre;
- Dor lombar;
- Hematúria não-dismórfica;
- Proteinúria subnefrótica;
- Rash cutâneo;
- Artralgia;
- Eosinofilúria, eosinofilia, aumento de IgE;
Como fazer o diagnóstico da NIA?
- Clínico-laboratorial;
- Biópsia é padrão-ouro, usada em casos duvidosos;
Qual o tratamento da NIA?
- Suspensão do agente causal;
- Corticoterapia aos refratários;
Qual a principal etiologia da NTA?
Isquemia: choque (principal causa), contraste iodado;
Qual a fisiopatologia da NTA?
Agressão à estrutura tubular gerando necrose das células renais tubulares, que se desprendem da estrutura tubular e entram no lúmen, gerando obstrução.
Qual a apresentação da NTA?
- IRA oligúria;
- Exposto às etiologias;
Qual o tratamento da NTA?
- Suporte: túbulos regeneram em 7 dias;
- Prevenção:Hiperhidratação, uso de contraste hipo-osmolar;Hiperhidratação e manitol em caso de rabdomiólise;
Como diferenciar IRA pré-renal e NTA a partir do laboratório?
Na urinário: IRA < 20 // NTA > 40
Fração de Na urinário: IRA < 1% // NTA > 1%
Densidade urinária: IRA > 1020 // NTA < 1015
Osmolaridade urinária: IRA > 500 // NTA < 350
Cilindros: IRA hialianos // NTA granulosos
Quais as etiologias da necrose de papila?
PHODA!
- Pielonefrite;
- Hemoglobinopatia S (anemia falciforme);
- Obstrução;
- Diabetes mellitus;
- Analgésicos/AINE;
Qual a apresentação da necrose de papila?
- Dor lombar;
- Febre;
Como fazer o diagnóstico da necrose de papila?
Urografia excretora: sombras em anel;
Qual o tratamento da necrose de papila?
Eliminar agente causal;
O que é reabsorvido no TCP?
Glicose, fosfato, ácido úrico e bicarbonato;
O que faz a alça de Henle?
Concentração medular pelo transportador Na/K/2Cl
O que é reabsorvido no TCD?
Sódio ou cálcio
O que é reabsorvido na porção proximal/cortical do TC?
Sódio, trocado por potássio ou hidrogênio
O que é reabsorvido na porção distal/medular do TC?
Água livre
Qual a etiologia e o resultado da ATR tipo I?
Por disfunção do TC proximal, não há reabsorção de hidrogênio nesse sítio.
Gera acidose e hipocalemia.
Qual a etiologia e o resultado da ATR tipo II?
Disfunção do TCP, não há reabsorção de bicarbonato nesse sítio.
Gera acidose e hipocalemia.
Qual a etiologia e o resultado da ATR tipo IV?
Disfunção do TC cortical por hipoaldosteronismo, não há reabsorção de Na e troca por K ou H.
Gera acidose e hipercalemia.
Quais as etiologias e apresentação da tubulopatia da alça de Henle?
Sd de Bartter ou uso de furosemida.
Disfunção da bomba Na/K/2Cl. O sódio será reabsorvido na porção cortical do TC.
- Poliúria, por não haver concentração medular;
- Insensibilidade ao ADH;
- Hipocalemia e alcalose metabólica;
Quais as etiologias e a apresentação da tubulopatia do contorcido distal?
Sd de Gitelman ou uso de tiazídico gera disfunção do transportador Na/Cl, no TCD.
- Hipocalciúria, já que reabsorve cálcio, não sódio;
- Hipocalemia e alcalose, às custas do hiperaldosteronismo;
Qual a doença da tubulopatia do TC distal e qual sua apresentação?
Diabetes insipidus nefrogênico.
Poliúria e polidipsia por resistência ao ADH.
Quais as duas etiologias da estenose da artéria renal e suas respectivas epidemiologias?
- Aterosclerose: homens > 50 anos, alto RCV; a alteração é proximal à aorta;
- Displasia fibromuscular: mulheres jovens, sem comorbidades; a alteração é distal à aorta;
Qual a fisiopatologia da estenose da artéria renal?
- A má perfusão renal ativa o SRAA a partir do aparelho justaglomerular;
- A angiotensina II gera vasoconstrição na arteríola eferente e ativa a aldosterona → gera HAS secundária renovascular;
- A aldosterona reabsorve sódio e água, gerando hipocalemia e alcalose;
Quando suspeitar de estenose da artéria renal?
- HAS nos extremos etários (> 30 e > 50 anos);
- HAS com sopro em flanco;
- HAS com hipocalemia;
Qual a abordagem diagnóstica da estenose da artéria renal?
- USG Doppler: assimetria e redução do fluxo;
- AngioTC ou RM para confirmação;
- Arteriografia renal é o padrão-ouro;
Qual o tratamento da estenose da artéria renal?
- Displasia fibromuscular: angioplastia sem stent;
- Aterosclerose: IECA ou BRA, se não houver estenose bilateral;Se bilateral, angioplastia com stent ou cirurgia;
Qual a principal etiologia do ateroembolismo renal?
Procedimentos endovasculares
Qual a apresentação do ateroembolismo renal?
- IRA;
- Manifestações embólicas: dedo azul, livedo reticularis, placas de Hollenhorst;
- Eosinofilia e eosinofilúria;
- Hipocomplementenemia;
- Aumento da CPK;
Como fazer o diagnóstico do ateroembolismo renal?
- Placas de Hollenhorst à fundoscopia;
- Biópsia renal com fissuras biconvexas;
Qual o tratamento do ateeroembolismo renal?
Suporte
Quais os principais achados que acompanham a rabdomiólise como causa de NTA?
Mialgia, febre, CPK aumentada, urina escurecida e oligúria.
Quais distúrbios hidroeletrolíticos acompanham a NTA por síndrome de lise tumoral?
Hipercalemia, hiperuricemia, hiperfosfatemia, hipocalcemia.
Qual o VR da pCO2 na gasometria?
35-45
Qual o VR do pH na gasometria?
7,35-7,45
Qual o VR do bicarbonato na gasometria?
22-26
Como calcular a resposta compensatória na acidose metabólica?
pCO2 = 1,5 x HCO3 + 8 +-2
Se = pCO2 esperada: compensada
Se > pCO2 esperada: acidose respiratória -> indica fadiga da musculatura respiratória
Se < pCO2 esperada: alcalose respiratória
Como calcular a resposta compensatória na alcalose metabólica?
pCO2 = HCO3 + 15
Se = pCO2 esperada: compensada
Se > pCO2 esperada: acidose respiratória
Se < pCO2 esperada: alcalose respiratória
Quais distúrbios geram acidose metabólica com AG aumentado?
Uremia (IR), intoxicações, cetoacidose diabética e acidose lática
Quais distúrbios geram acidose metabólica com AG normal?
Perdas digestivas abaixo do piloro, ATR
Qual a fórmula e o VR do AG?
AG = Na - (HCO3 + Cl). VR = 10 +-2;
Está indicado bicarbonato na acidose lática?
Não
Está indicado bicarbonato nas intoxicações e uremia?
Pode estar
Qual o tratamento da acidose metabólica hiperclorêmica?
Repor bases, principalmente citrato de potássio nas ATRs;
O que gera a alcalose metabólica?
Hipocalemia e hipocloremia
Quais as etiologias de alcalose metabólica?
- Perdas digestivas altas/SNG;
- Diuréticos tiazídicos e furosemida;
- Hiperaldosteronismo;
- Hipertensão renovascular;
Como tratar a alcalose metabólica por vômitos ou diuréticos?
SF 0,9% + KCl
Como tratar a sd de Conn?
Também conhecida como hiperaldosteronismo primário, tratamos com espironolactona + cirurgia;
Qual DAB gera a hipoventilação?
Acidose respiratória
Qual DAB gera a hiperventilação?
Alcalose metabólica
Quanto tempo demora a compensação renal dos distúrbios respiratórios?
48 horas
Qual o marcador de pior prognóstico no paciente que está hiperventilando?
pCO2 normal, indica falência da musculatura respiratória
Qual o valor de referência do BE? O que significa um BE aumentado?
BE = -3 a +3;
BE alterado implica distúrbio crônico;
O sódio é o principal cátion
Extracelular
O potássio está no
Intracelular
VR do Na
135-145
VR do K
3,5-5,5
Fórmula da osmolaridade sérica
2xNa + Gli/18 + Ur/6
A osmolaridade sérica pelo osmômetro foi > 10 mOsm maior que a calculada por você. Qual a HD?
Intoxicação exógena
Qual a causa de hiponatremia hiperosmolar?
Hiperglicemia
Qual a causa de hiponatremia isosmolar?
Hilipidemia e hiperproteinemia
A hiponatremia é classicamente
Hiposmolar
Quais as duas fisiopatologias na hiponatremia?
Excesso de água (iatrogenia, polidpsia primária) ou excesso de ADH.
Exemplos de hiponatremias hipervolêmicas. Qual o mecanismo?
ICC, cirrose. Apesar do paciente estar edemaciado, o volume circulante é diminuído. Ativa SRAA e ADH na neurohipófise e aumenta a reabsorção de água livre.
Exemplos de hiponatremias hipovolêmicas. Qual o mecanismo?
Vômitos, diarreia, hemorragia, diurético tiazídico. Ativa SRAA e ADH.
Exemplo de hiponatremias euvolêmica. Qual o mecanismo?
SIADH. Há um aumento do ADH, aumentando a reabsorção de água livre. Isso gera uma hipervolemia transitória que ativa o peptídeo natriurético, que aumenta a natriurese e a perda de água. Porém, o que prevalece é a hipernatremia inicial, já que se perde sódio e água na mesma proporção.
Quais as etiologias de SIADH?
Doenças cerebrais: tumores, meningite, AVE;
Doenças pulmonares: CA de pequenas células, Legionelose, TB;
Carbamazepina, anti-depressivos;
HIV;
Qual o laboratório da SIADH?
Euvolemia, hiponatremia, hipouricemia, natriurese.
Qual o principal DD da SIADH?
Síndrome cerebral perdedora de sal. Nesses casos, o paciente é hipovolêmico.
Qual outra causa de hiponatremia euvolêmica?
Endocrinopatias, particularmente o hipotireoidismo
Qual a clínica da hiponatremia?
< 48 horas: cefaleia, convulsões, torpor, coma;
> 48 horas: assintomático;
Qual o tratamento da hiponatremia?
Crônica:
- Hipovolêmico: SF 0,9%;
- Hipervolêmico: restrição hídrica + furosemida;
- Normovolêmica: restrição hídrica + furosemida + demeclociclina ou vaptanos;
Aguda sintomática: reposição de sódio;
Quando e como fazer a reposição de sódio na hiponatremia?
Quando for aguda e sintomática;
Corrigir até 3 mEqs nas primeiras 3 horas e 12 mEqs em 24 horas.
Utilizar solução salina 3%, sendo que 1 grama = 17 mEq de Na.
Déficit de sódio = 0,6 (H) x P x variação do Na;
Sendo que em mulheres, multiplicamos por 0,5.
Qual o risco da correção rápida da hiponatremia?
Mielinólise pontina
Quais as etiologias de hipernatremia?
- Incapacidade de ingerir líquidos: coma, RN, idoso;
- Diabetes insipidus central ou nefrogênico;
Como saber se o Diabetes Insipidus é central (déficit de ADH) ou nefrogênico (alteração do TC)?
Prova terapêutica com ADH
Como tratar a hipernatremia?
Corrigir até 10 mEq/L em 24 horas, com água oral, solução glicosada ou salina 0,45%
Quais as etiologias de hipocalemia?
Hipoaldosteronismo primário, ATR (exceto 4), insulina, beta-2-agonista, vitamina B12, diuréticos, vômitos, diarreia, anfotericina B, leptospirose.
Quais as etiologias de hipercalemia?
Hipoaldosteronismo (IECA, BRA, espironolactona), ATR tipo 4, insuficiência renal, rabdomiólise, hipertermia maligna, hemólise maciça, acidose metabólica.
Qual a manifestação da hipocalemia?
Ondas U, onda T diminuída, aumento da P e do intervalo QT.
Qual a manifestação da hipercalemia?
Onda T apiculada, alargamento do QRS, diminuição da P e do QT, ritmo sinusoidal.
Como tratar a hipocalemia?
KCl, preferencialmente oral. Alternativa: KCl + NaCl 0,45% IV. Evitar solução glicosada.
Como tratar a hipercalemia?
Se alterar ECG, gluconato de cálcio para estabilizar a membrana miocárdica. NÃO DIMINUI CALEMIA.
Sorcal, beta-2-agonista, glicoinsulinoterapia, bicarbonato, furosemida, diálise de urgência.
Hipocalemia refratária. Pesquisar?
Hipomagnesemia