Necrose tubular aguda Flashcards

1
Q

Como pode-se dividir as causas de IRA?

A

1) Pré-renal (hipofluxo): 55-60%.
2) NTA: 35-40%.
3) Pós-renal (obstrutiva): 5-10%.

OBS: em pacientes críticos (CTI) a situação se inverte.

1) NTA: 50%.
2) Pré-renal: 35%.
3) Pós-renal: 10%.

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2
Q

Como a NTA é definida em termos histopatológicos?

A

É definida pela perda da aderência do epitélio tubular em diversos pontos do parênquima renal bilateralmente, acometendo com maior intensidade a parte reta do TCP e o segmento espesso da porção ascendente da alça de Henle (elevada taxa metabólica).

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3
Q

Qual um evento de extrema importância na gênese da IR na NTA?

A

É a formação de “plugs” obstrutivos, pois a injúria isquêmica ou tóxica (exógena ou endógena) induz as células epiteliais a perderem sua adesão à MB e às células adjacentes.

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4
Q

Qual a patogênese/etiologia da NTA?

A

A NTA ocorre por isquemia renal ou por nefrotoxinas (endógenas ou exógenas).

1) Choque ou hipotensão prolongada.
2) Sepse.

3) SIRS.
a) Pancreatite aguda
b) Grande queimado

4) Pós-operatório.
a) Cirurgia cardíaca
b) Aneurisma de aorta abdominal
c) Cirurgia hepatobiliar

5) Medicamentos.
a) Aminoglicosídeos (amicacina, gentamicina, estreptomicina)
b) Anfotericina B
c) Cisplatina
d) Ciclosporina
e) Contraste iodado

6) Pigmentos nefrotóxicos.
a) Mioglobina (rabdomiólise)
b) Hemoglobina (hemólise intravascular: reação transfusional, malária falciparum)

7) Venenos.
a) Venenos de cobra ou aranha
b) Etilenoglicol

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5
Q

Por que o choque é causa de NTA?

A

1) Choque = Má perfusão tecidual generalizada.
2) SNS exacerbado, gerando vasoconstrição periférica.
3) Hipoperfusão renal se PAM < 80 mmHg.
4) Insuficiência pré-renal.

Se a hipoperfusão renal for grave ou prolongada (> 60 min), pode surgir a NTA.

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6
Q

Em que situações uma hipoperfusão renal moderada pode causar NTA?

A

Na coexistência de fatores predisponentes.

1) IRC prévia (principal).
2) Exposição a nefrotoxinas.
3) Sepse.
4) Circulação extracorpórea.

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7
Q

Qual o tipo de choque em que a NTA ocorre com menor frequência? Por quê?

A

1) Choque cardiogênico.
2) Na falência cardíaca temos:
a) Diminuição do tônus simpático sobre a vasculatura renal (reflexo cardiorrenal).
b) Liberação do PNA.

Ambos os mecanismos aumentam o fluxo sanguíneo renal.

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8
Q

Por que a sepse e a SIRS são causas de NTA?

A

A NTA nessas condições ocorre por isquemia renal, que é consequência de VASOCONSTRIÇÃO RENAL + VASODILATAÇÃO SISTÊMICA.

1) Vasoconstrição renal
a) Lesão do endotélio nos vasos intrarrenais, resultante da hiperativação de leucócitos, complemento e coagulação.
b) Consequência: bloqueio na síntese de vasodilatadores (prostaglandinas e óxido nítrico) + síntese de vasoconstritores (endotelina, tromboxano A2, leucotrienos).

2) Vasodilatação sistêmica
a) O aumento absurdo da produção de óxido nítrico (até 100x) pelo endotélio lesado promove vasodilatação generalizada, levando ao choque séptico.
b) A vasodilatação na sepse, entretanto, não contribui para a perfusão tecidual, pois na microvasculatura há um desvio do sangue dos capilares para micro-shunts arteriovenosos (vasodilatação inapropriada).

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9
Q

Quais os fatores que podem determinar isquemia renal no pós-operatório?

A

1) Depleção volêmica pré ou intraoperatória.
2) Efeito de agentes anestésicos.
3) Transfusão maciça.

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10
Q

Quais os três tipos de cirurgia cujas incidências de NTA estão desproporcionalmente aumentadas?

A

1) Cirurgia cardíaca.
2) Ressecção de AAA.
3) Cirurgia hepatobiliar.

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11
Q

Por que há aumento de NTA na cirurgia cardíaca?

A

Pela CEC.

a) A passagem de sangue por um circuito artificial lisa hemácias e ativa leucócitos, plaquetas e complemento, produzindo SIRS.
b) O risco de NTA aumenta muito quando o tempo de CEC > 2 horas.

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12
Q

Por que há aumento de NTA na ressecção de AAA?

A

a) Esse risco ocorre quando há necessidade de se clampear a aorta antes da origem das artérias renais.
b) Tempo de clampeamento > 60 min aumenta o risco.

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13
Q

Por que há aumento de NTA na cirurgia hepatobiliar (bileodigestivas, por exemplo)?

A

1) Endotoxina dos gram - entéricos é degradada pelos sais biliares.
2) Nos pacientes com colestase grave (bilirrubina sérica aumentada), a ausência de sais biliares no intestino permite maior translocação bacteriana no pós-operatório.
3) Injúria renal ocorre devido à endotoxinemia.

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14
Q

Como podem ser divididos os medicamentos que causam NTA? Cite exemplos.

A

1) Drogas que lesam diretamente o epitélio tubular.

a) Aminoglicosídeos (principal).
b) Anfotericina B, aciclovir, cisplatina, indinavir, metotrexato.

2) Drogas que lesam a microvasculatura renal, causando vasoconstrição arteriolar e lesão isquêmica secundária do epitélio tubular.
a) Contraste iodado, ciclosporina, tacrolimus.

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15
Q

A NTA pode ser oligúrica ou não-oligúrica. Qual o tipo de NTA em cada um dos dois grupos de medicamentos que causam essa condição?

A

1) Drogas que lesam diretamente o epitélio tubular: NÃO-OLIGÚRICA.
Defeito na reabsorção > Queda da FG.

2) Drogas que lesam a microvasculatura renal (lesão isquêmica secundária): OLIGÚRICA.
Queda na FG (vasoconstrição das AA) > Lesão tubular.

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16
Q

Qual o percentual de pacientes tratados com aminoglicosídeos que desenvolve elevação de escórias nitrogenadas?

A

10-20%, geralmente a partir da segunda semana de uso.

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17
Q

Quais os fatores de risco para a ocorrência de NTA em pacientes que usam aminoglicosídeos?

A

1) Hipovolemia.
2) Sepse.
3) Idade avançada.
4) Nefropatia prévia.
5) Esquema posológico.
6) Uso concomitante de vancomicina.

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18
Q

Qual parece ser o melhor esquema posológico para o uso dos aminoglicosídeos?

A

Dose única diária: menor toxicidade renal sem comprometer o potencial bactericida.

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19
Q

Quais as porções tubulares mais afetadas pelos aminoglicosídeos e quais as repercussões geradas?

A

1) TÚBULO PROXIMAL (principal): local de endocitose do fármaco.

Repercussões

a) Diminuição da reabsorção de Na no TCP.
b) Maior aporte de Na para o néfron distal.
c) Maior reabsorção de sódio e maior excreção de potássio no néfron distal.

2) SEGMENTO ASCENDENTE ESPESSO DA ALÇA DE HENLE: reabsorve magnésio.

Repercussões

a) Defeito na concentração urinária.
b) Perda urinária de magnésio.

3) CONSEQUÊNCIAS
Hipocalemia e hipomagnesemia.

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20
Q

Qual a dose cumulativa acima da qual a ocorrência de NTA é quase inevitável com o uso de anfotericina B?

A

1g.

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21
Q

Quais as complicações possíveis com o uso de anfotericina B?

A

1) Hipocalemia.
2) Hipomagnesemia.
3) Diabetes insipidus nefrogênico.
4) Acidose tubular renal tipo I.
5) Hipofosfatemia.
6) Hipocalcemia.

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22
Q

Qual o mecanismo de NTA causada pelo uso de altas doses de aciclovir IV em bolus (e também pelo indinavir)?

A

Formação de cristais intratubulares de aciclovir/indinavir, podendo o primeiro levar à IRA (com NTA não oligúrica) em 10-30% dos casos.

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23
Q

Qual a particularidade da NTA induzida pela pentamidina IV (droga anti-Pneumocystis)? Qual o mecanismo?

A

1) É a hipercalemia desproporcional ao grau de IRA.
2) Inibição da reabsorção de sódio no TC, com consequente redução na secreção de potássio.
3) Hipomagnesemia e hipocalcemia também podem ocorrer (toxicidade tubular direta).

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24
Q

Quanto tempo após o uso de contraste iodado pode haver IRA? Em quanto tempo ocorre o pico de elevação das escórias nitrogenadas? E a recuperação?

A

1) 24-48 horas.
2) Entre 3-5 dias.
3) Uma semana.

25
Q

Quais os principais fatores de risco para o desenvolvimento de IRA após o uso de contraste iodado?

A

1) IRC prévia (principal).
2) Hipovolemia.
3) DM.
4) IC.
5) MM.

26
Q

Qual um fator primordial na injúria renal induzida pelo contraste iodado (patogênese)?

A

A intensa vasoconstrição renal precipitada pela liberação local de vasoconstritores (endotelina, por exemplo).

27
Q

Como é o sedimento urinário e como podem ser os parâmetros urinários na IRA causada por contraste iodado?

A

1) Inocente.

2) Semelhantes aos da azotemia pré-renal.

28
Q

Como pode ser a NTA nos pacientes com IRA induzida por contraste iodado (oligúrica x não-oligúrica)?

A

Muitos não chegam a desenvolver franca oligúria, apesar de poder haver NTA oligúrica em casos mais graves (maior isquemia tubular).

29
Q

Quais medidas podem ser adotadas para que haja discreta redução no risco de lesão renal nos pacientes de alto risco para NTA após uso de contraste?

A

1) Uso de contrastes não iônicos de baixa osmolaridade.

2) Infusão de solução isotônica de bicarbonato ou N-acetilcisteína (uso controverso).

30
Q

Do que decorre a NTA na rabdomiólise?

A

1) Efeitos diretos da mioglobina: toxicidade tubular.
2) Efeitos indiretos da mioglobina: vasoconstrição arteriolar.
3) Na rabdomiólise grave: hipovolemia (fator pré-renal) devido ao sequestro de líquidos no 3° espaço (edema muscular).

31
Q

Qual a patogênese da NTA causada por hemólise intravascular (causa rara de NTA)?

A

Toxicidade direta da hemoglobina livre filtrada pelos glomérulos.

32
Q

Quais são as causas clássicas de hemólise que cursam com NTA?

A

1) Reação transfusional hemolítica (incompatibilidade ABO).
2) Crises hemolíticas da deficiência de G6PD.
3) Malária causada pelo Plasmodium falciparum.

33
Q

Quais venenos podem causar NTA?

A

1) Etilenoglicol (anticongelante), cujo metabolismo produz grandes quantidades de oxalato. A hiperoxalúria resultante leva à precipitação de cristais de oxalato de cálcio nos túbulos, culminando em IRA.
2) Herbicida paraquat.

34
Q

Em nosso meio, quais animais cujos venenos podem causar NTA?

A

1) Cobras: jararaca (Bothrops jararaca) e cascavel (Crotalus durissimus).
2) Aranha: Loxosceles sp.

35
Q

Quais os mecanismos de lesão que ocorrem no envenenamento por cada um dos animais que podem causar NTA?

A

1) JARARACA
a) Efeito tóxico direto.
b) Hemoglobinúria: hemólise intravascular.
c) Trombose glomerular (complicação de CIVD).

2) CASCAVEL
a) Rabdomiólise por efeito miotóxico do veneno.

3) LOXOSCELES
a) Veneno hemolítico e nefrotóxico.

36
Q

Embora existam pequenas diferenças na patogênese das diversas causas de NTA, existe uma convergência para uma determinada condição. Que condição é essa?

A

Todas convergem para um quadro de IRA, com queda da TFG para valores entre 5-10 ml/min.

37
Q

Como que a NTA promove queda da TFG?

A

São três os principais mecanismos…

1) Queda na reabsorção de NaCl no TCP - Aumento no aporte de NaCl à mácula densa - Vasoconstrição da AA.
2) Formação de plugs obstrutivos (pela descamação de células tubulares) - Bloqueio do fluxo tubular e da FG.
3) Desnudamento tubular - Vazamento de fluido do lúmen para o interstício (“backleak”) - Retorno de parte das escórias filtradas ao plasma.

38
Q

Como é possível existir IR sem oligúria?

A

Isso pode ser explicado pelo seguinte exemplo:

Paciente com TFG = 5 ml/min
Volume de plasma filtrado diariamente = 7200 ml.
Reabsorção = 70% (devido a lesão tubular) = 5000 ml.
Diurese = 2200 ml (ainda que neste volume de urina não seja possível eliminar quantidades adequadas de escórias).

39
Q

Qual a clínica da NTA?

A

1) ISQUÊMICA
a) Oligúria
b) Elevação das escórias nitrogenadas.
c) Síndrome urêmica aguda.

2) NEFROTOXINAS
a) IRA não oligúrica.
b) Poliúria.

40
Q

Quais são os dois tipos mais comuns de IRA oligúrica?

A

Pré-renal e NTA.

41
Q

O que é a IRA pré-renal?

A

É um estado reversível de hipofluxo renal, instalado de imediato sempre que a PAM < 80 mmHg.

42
Q

Qual o padrão-ouro para diferenciar IRA pré-renal de NTA?

A

Prova de volume.

1) PRÉ-RENAL: retorno do débito urinário após a prova de volume.
2) NTA: não haverá resposta significativa em caso de NTA oligúrica.

43
Q

Antes da prova de volume, o ideal é coletar EQU e bioquímica urinária. O que mostra o EQU na NTA? E a bioquímica urinária?

A

A) EQU

1) Urina diluída (densidade < 1015).
2) Cilindros epiteliais e granulosos pigmentares (70-80%).

B) BIOQUÍMICA

1) Fração excretória de sódio aumentada: FENa > 1%.
2) Concentração de sódio elevada: > 40 mEq/L.
3) Baixa osmolaridade: < 350 mOsm/L.

44
Q

Então, como fica a urina na pré-renal e na NTA?

A

1) Pré-renal
a) Rins ávidos por reabsorver sódio e água.

b) Urina pobre em sódio e pobre em água: concentrada.

2) NTA
a) Túbulos renais desligados.

b) Urina rica em sódio e rica em água: diluída.

45
Q

De todos os parâmetros avaliados para o diagnóstico diferencial entre pré-renal x NTA, qual o mais confiável e o que ele indica?

A

1) Fração excretória de sódio.
2) Indica o percentual do sódio filtrado que é excretado na urina.

FENa = Na urin x Cr plasm
————————— X 100
Na plasm x Cr urin

46
Q

Em que situação deve ser usada a fração excretória de ureia em vez da FENa? Por quê?

A

Nos pacientes que fizeram uso recente de diurético.

Diurético inibe reabsorção de sódio - Aumenta a FENa.

Exemplo: paciente com IRA pré-renal induzida por excesso de diuréticos (hipovolemia) apresentará FENa > 1%.

Na IRA pré-renal, a ureia está extremamente concentrada no fluido tubular (devido à intensa reabsorção de sódio e água), difundindo-se para as células tubulares (maior reabsorção), justificando a baixa FE (< 35%).

47
Q

A NTA possui sempre FENa > 1%?

A

Não! Em 15% é < 1%, refletindo uma lesão tubular discreta e focal.

48
Q

Em que situações a FENa pode ser < 1% na NTA?

A

1) Síndrome intermediária (transição entre a IRA pré-renal e a NTA isquêmica).
2) NTA por drogas ou toxinas que promovem grande vasoconstricção arteriolar (contraste iodado, ciclosporina, tacrolimus, rabdomiólise).
3) Glomerulonefrites.
4) IRA por lesão vascular renal.

49
Q

Em que situações a IRA pré-renal pode cursar com FENa > 1%?

A

1) Bicarbonatúria.
2) Uso de diuréticos.
3) IRC.
4) Insuficiência adrenal.

50
Q

Qual o tratamento da NTA?

A

1) Não há tratamento específico.
2) O mais importante é a prevenção (controle da doença de base, bem como suspensão ou correção da dose de medicamentos nefrotóxicos).
3) Aqueles que mesmo assim evoluírem com NTA deverão receber terapia de suporte renal conforme a necessidade.

51
Q

Em quais situações a diálise é mandatória?

A

Quando o paciente apresentar sinais urêmicos:

1) Encefalopatia
2) Pericardite
3) Sangramento
4) EAP
5) Hipertensão grave
6) Hipercalemia
7) Acidose metabólica

52
Q

Em qual tipo de NTA o prognóstico tende a ser melhor?

A

Na NTA farmacoinduzida.

53
Q

Há benefício com o uso de dopamina em doses baixas nos portadores de NTA?

A

Não!

54
Q

Qual medicação pode ser usada nas fases iniciais da NTA oligúrica (primeiras 48 horas), apesar de ser uma medida muito questionada?

A

A furosemida, que transforma uma NTA oligúrica em não-oligúrica.

55
Q

Quais seriam os efeitos benéficos da furosemida, a despeito de estudos clínicos em pacientes com NTA não mostrarem benefícios com o uso desse fármaco?

A

1) Poupa energia das células na porção ascendente espessa da alça de Henle, ao inibir a reabsorção tríplice (Na/K/2Cl).
2) Melhora o fluxo tubular distal, lavando plugs obstrutivos.

56
Q

Como pode ser a evolução natural da NTA?

A

A evolução natural da NTA segue três fases:

1) FASE INICIAL
a) Exposição do parênquima renal ao estimulo injurioso (isquêmico ou tóxico), porém sem estabelecimento da lesão.
b) Medidas preventivas podem evitar a NTA.

2) FASE DE MANUTENÇÃO
a) Dano renal estabelecido.
b) Queda da TFG (5-10ml/min).
c) Dura entre 7-21 dias, mas pode se arrastar por até 12 meses (NTA prolongada).

3) FASE DE RECUPERAÇÃO
a) Regeneração > Dano epitelial.
b) Função renal começa a se restabelecer paulatinamente.
c) Intensa poliúria seguida de estabilização progressiva do débito urinário.
d) Retorno das escórias nitrogenadas aos níveis pré-NTA.

57
Q

Qual a taxa de letalidade da NTA? Qual a causa de morte nesses pacientes?

A

1) 80%.

2) Em geral não morrem da NTA, e sim da insuficiência orgânica múltipla que com frequência os acompanha.

58
Q

Quais os principais fatores de mau prognóstico na NTA?

A

1) Sepse
2) Oligúria (< 500 ml/24h)
3) Refratariedade à furosemida
4) Síndrome urêmica
5) Disfunção orgânica múltipla