Mieloma múltiplo Flashcards

1
Q

MSK: Medula óssea e mieloma múltiplo

Mieloma Múltiplo (MM), Definição?

A

Doença proliferativa de plasmócitos clonais, que se desenvolve a partir de gamaglobulinopatia monoclonal de significado indeterminado.

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Q

MSK: Medula óssea e mieloma múltiplo

Achados típicos no RX? (3)

A
  1. Lesões líticas intramedulares, sem esclerose marginal;
  2. Osteoporose difusa avançada para idade e sexo;
  3. Infiltração multifocal ou difusa da medula óssea.
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3
Q

MSK: Medula óssea e mieloma múltiplo

Achados típicos no RM? (3)

A
  1. Lesão focal (baixo T1, alto T2 e realce) única ou múltiplas;
  2. Infiltração difusa da medular óssea;
  3. Padrão micronodular difuso (“salt-and-pepper”).

Medula óssea normal também pode ser encontrada.

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4
Q

MSK: Medula óssea e mieloma múltiplo

V ou F?

No PET CT lesões ativas apresentam hiperatividade de FDG, avaliando resposta e sendo útil para identificar lesões ósseas ativas e extramedulares.

A

Verdadeiro.

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5
Q

MSK: Medula óssea e mieloma múltiplo

Critérios diagnósticos? (2)

A
  1. Células plasmáticas clonais na medula óssea ≥ 10% OU plasmocitoma comprovado por biópsia;
  2. Pelo menos 1 dos seguintes eventos definidores de MM (MDE):
    * Danos a órgãos-alvo (critério CRAB);
    * Células plasmáticas clonais na medula óssea ≥ 60%;
    * Relação entre cadeias leves séricas envolvidas/não envolvidas ≥ 100;
    * 1 lesão focal na RM ≥ 5 mm.

(Osteoporose com fraturas compressivas não é mais critério)

C: hyperCalcemia
R: Renal failure
A: Anaemia
B: Bony lesions

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6
Q

MSK: Medula óssea e mieloma múltiplo

Mnemônico SLiM-CRAB dos eventos definidores?

A

S: sixty percent (60%) bone marrow plasmacytosis;
Li: light chain involved-to-uninvolved ratio ≥100;
M: MRI >1 focal lesion;

C: hypercalcemia;
R: renal failure;
A: anemia;
B: bone disease.

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7
Q

MSK: Medula óssea e mieloma múltiplo

Critérios para MM assintomático ou indolente (smouldering MM)? (2)

A
  1. Paraproteína sérica de IgG ou IgA >30 g/litro ou paraproteína monoclonal urinária >500 mg/24 horas e/ou infiltração de 10–60% de células plasmáticas clonais na medula óssea;
  2. Ausência de eventos definidores de mieloma, incluindo biomarcadores de alto risco ou evidência de amiloidose AL.

(ambos os critérios devem ser atendidos)

Fazer sempre RM bacia/coluna ou corpo inteiro.

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8
Q

MSK: Medula óssea e mieloma múltiplo

Conduta em casos com 1 lesão na RM, achados duvidosos e padrão de infiltração difusa da medula óssea?

A

Controle em 3-6 meses ou realizar PET CT para confirmar.

(Se a dúvida persistir, biopsiar as lesões)

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9
Q

MSK: Medula óssea e mieloma múltiplo

V ou F?

A RM para follow-up, antes e após tratamento, é recomendada.

A

Falso.

A RM para follow-up, antes e após tratamento, _não_é recomendada.
Recomenda-se métodos que revelam atividade da lesão (PET-MRI/CT)

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10
Q

MSK: Medula óssea e mieloma múltiplo

Padrão ósseo de conversão de medula óssea em vermelha para amarela com a idade? (2)

A

1. Periférico para axial;
2. Primeiro na diáfise, depois metáfise distais e depois proximais

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11
Q

MSK: Medula óssea e mieloma múltiplo

Local de remanescência da medula óssea vermelha no adulto?

A

1. Calvária;
2. Costelas;
3. Coluna vertebral;
4. Sacro;
5. Metáfises proximais úmero;
6. Metáfises proximais fêmur.

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12
Q

MSK: Medula óssea e mieloma múltiplo

Principais sequências para avaliação da medula óssea na RM ? (3)

A
  1. T1;
  2. STIR/T2 fat;
  3. Sequências adicionais in e out phase (>20%), difusão, podem complementar.
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13
Q

V ou F?

Hiperplasia de medula vermelha pode captar no PET CT.

A

Verdadeiro.

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14
Q

Reconversão medular?

A

Alteração do sinal medular em resposta ao estresse sistêmico - medula amarela reconvertida em medula vermelha.

Pode acontecer fisiologicamente ou patologicamente.

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15
Q

Pontos chaves na reconversão medular? (3)

A
  1. Hiperplasia medular hipercelular (redução sinal em T1);
  2. STIR distingue proliferação hematopoiética de malignidade ou edema medular;
  3. STIR iso ou hipossinal em relação ao disco/músculo.
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16
Q

Causas com sinal moderadamente baixo em T1 medula óssea (infiltração difusa)?

A

Deposição de ferro pós-transfusão.
Anemia grave (anemia falciforme, talassemia).
HIV/AIDS (bloqueio reticuloendotelial do ferro).
Estimulação medular (ex.: fator estimulador de colônias de granulócitos - GCSF).

17
Q

Padrões acometimento da reconversão medular? (2)

A
  1. Difusa e homogênea;
  2. Esparsa e geográfica.
18
Q

Causas de sinal severamente baixo em T1 (substituição difusa)?

A
  1. Mastocitose;
  2. Hemossiderose;
  3. Mielofibrose;
  4. Osteopetrose/Picnodisostose;
  5. Mieloma múltiplo;
  6. Linfoma.
19
Q

Reconversão nas epífises, principais causas? (2)

A
  1. Anemia em estágio crônico extremo;
  2. Uso de medicamentos estimulantes da medula óssea.
20
Q

Anemia Aplásica, pontos chaves?

A
  1. Medula óssea acelular ou hipocelular com pancitopenia periférica;
  2. Reposição da medula óssea com gordura (alto T1);
  3. Não incorpora o ferro;
  4. Pode-se monitorar a resposta ao tratamento com RM:
    Ilhas de medula óssea vermelha ou recuperação da medula óssea vermelha.
21
Q

Pontos chaves na síndrome mielodisplásica?

A
  1. Precursores eritróides displásicos com risco de transformação em LMA;
  2. Aumento da reconversão medular com aumento da celularidade da medula óssea: cai o sinal em T1 e alto sinal em T2;
  3. RM não distingue casos que vão evoluir para LMA;
  4. Recebem transfusão com sobrecarga férrica;
  5. RM guia o sítio para punção da medula óssea vermelha.
22
Q

Fisiopatologia das manifestações musculoesqueléticas anemias crônicas?

A
  1. Aumento da demanda fisiológica por eritropoiese (hiperplasia medula óssea vermelha);
  2. Altera o curso natural da conversão medular nas crianças;
  3. Intensifica a reconversão;
  4. Reconversão agressiva = hematopoiese extramedular;
  5. Distúrbios do crescimento.
23
Q

Talassemia, fisiopatogenia? (5)

A
  1. Anemia grave autossômica recessiva;
  2. Hemoglobinopatia defeituosa com aumento de produção e destruição de células vermelhas;
  3. Transfusões crônicas;
  4. Combinação de achados devido reconversão, depósito de hemossiderina e fibrose medular;
  5. Aumento de demanda: todos os espaços medulares afetados:
    trabeculado ósseo grosseiro e afilado com expansão cavidade medular e afilamento cortical.
24
Q

Achado típico da talassemia na calvária?

A

“Hair on end”

Alargamento da diploe com espessamento da tábua interna e afilamento da tábua óssea externa. Crescimento vertical do trabeculado ósseo através das tábuas ósseas.
25
Q

Talassemia, achados típicos da hematopoiese extramedular?

A

1. Massas paravertebrais ou epidurais.

## Footnote

Semelhante ao sinal da medula óssea (hipo em T1);
Herniação de medula óssea;
Massas paravertebrais e pré-sacral:
Hematopoiese no espaço epidural;
Risco de síndrome de compressão medular.

26
Q

Talassemia, achados típicos nas costelas?

A

1. Expansão da cabeça e colo da costela;
2. Hematopoiese extramedular no mediastino posterior;
3. Aparência de “costela dentro de costela”: expansão medular rompe a cortical e cresce subperiosteal, encarcerando o córtex.

## Footnote

Notar também os sinais de hipertensão pulmonar.

27
Q

Alterações musculoesqueléticas relacionadas à transfusão crônica?

A
  1. Predispõe a osteoartrite degenerativa (depósito de ferro na sinóvia);
  2. Depósitos de ferro na medula óssea (T2 - hemossiderose);
  3. Hiperuricemia: artrite gotosa rara, sítios atípicos.

(Devido aos produtos de degradação da hemoglobina)

Transfusão: aumenta a expectativa de vida e reduz a expansão medular.

28
Q

Fisiopatologia das alterações musculoesquelética da anemia falciforme?

A
  1. Hemoglobinopatia: Cadeia beta da globina anormal;
  2. Desoxigenação gera aglomerado de hemácias em foice, fagocitada pelo SRE;
  3. Anemia hemolítica crônica;
  4. Reconversão medular extrema;
  5. Transfusões;
  6. Obstrução microcirculação : isquemia e infarto
    no osso e músculo.
29
Q

Achado da imagem e doença que característicamente o apresenta?

A

Vértebra em “H”, anemia falciforme.

(Infarto das placas terminais determinando esse padrão)

Ocasionalmente é vista em outras doenças, como doença de Gaucher.

30
Q

Infarto agudo na anemia falciforme?

A
  1. Três a cinco dias;
  2. Afoiçamento, estase e sequestro de sangue dentro da medula óssea;
  3. Crises álgicas ou achado incidental;
  4. Acentuado edema ósseo;
  5. Necrose liquefação, baixo sinal em T1 e alto em T2 com margem fina de baixo sinal;
  6. Pode ter edema reacional de partes moles;
  7. Derrame articular asséptico.
31
Q

Infarto crônico na anemia falciforme?

A
  1. Delimita área geográfica: dupla linha;
  2. Infarto crônico: baixo sinal em T1 e T2;
  3. Fibrose perivascular;
  4. Padrão serpiginoso na cavidade medular, sem realce;
  5. Falta medula amarela na anemia falciforme (reconversão, fibrose perivascular e hemossiderose);
  6. Esclerose: depósito de calcificação distrófica sobre a área infartada.
32
Q

Síndrome mão-pé na anemia falciforme?

A
  1. Infarto agudo de pequenos ossos tubulares;
  2. 6-24 meses, máximo 4 anos;
  3. Dor precipitada pelo frio;
  4. Mão dolorida e edemaciada, febre.
33
Q

RM, infarto ósseo vs osteomielite aguda?

A

(Infarto ósseo é 50 vezes mais comum que osteomielite)

Ausência de comunicação da lesão óssea com alterações de partes moles, sem coleções subperiosteais fala a favor de infarto.

34
Q

Infarto muscular e mionecrose na anemia falciforme?

A
  1. Aumento de CPK e DHL;
  2. Culturas negativas;
  3. Quadro clínico agudo de dor, aumento de volume;
  4. Padrão de edema;
  5. Pode evoluir para liquefação muscular;
  6. Pode evoluir para atrofia, contraturas ou síndrome do compartimento.
35
Q

Mielofibrose

A
  1. Megacariócitos displásicos;
  2. 30-70% Osteoesclerose: esclerose medular sem espessar a cortical;
  3. Fibrose progressiva da medula óssea: anemia moderada a severa;
  4. Hematopoiese extramedular simula malignidade: linfadenopatia e hepatoesplenomegalia.
36
Q

Estágios mielofibrose? (3)

A
  • Fase I: fase hipercelular;
  • Fase II: medula hipocelular e fibrótica;
  • Fase III: muito colágeno, fibrose e osteomieloesclerose

Medula óssea acelular
Reação estromal de fibrose que repõe tanto a medula óssea amarela como a medula vermelha
Baixo sinal em T1 e T2