Membro Inferior e Pé Flashcards
Que tipos de fraturas do fémur proximal existem?
Fratura da cabeça femoral (com grande fragmento, pequeno fragmento, associada a fratura do colo femoral ou acetabular)
Fratura do colo femoral (subcapitais, transcervicais ou basicervicais, sendo que a oritentação indica a estabilidade, mais vertical mais instável)
Fraturas trocantéricas (como são extracapsulares não colocam em risco a viabilidade da cabeça. Podem ser cervicotrocantéricas, pertrocantéricas, subtrocanterianas e trocanterodiafisárias)
Que clínica é originada pela fratura do fémur proximal?
Impotência funcional absoluta
Dor inguinal
Tripla deformidade com encurtamento, adução e rotação externa
Que ECDs fazemos se suspeitamos de fratura proximal do fémur?
Rx da bacia de frente e em perfil
Como tratamos fraturas do fémur proximal?
Colo fo fémur: osteossíntese com parafusos e preservação da cabeça femoral ou artroplastias totais (estas só se não conseguirmos fazer OS ou em idosos)
Que complicações podem ser derivadas da fratura
Gerais: pela imobilização (risco tromboembólico, infeções pulmonares e urinárias, escaras), IC, DM, , etilismo, alterações neurológicas
Locais: necrose assética da cabeça do fémur, pseudartrose, consolidação viciosa e ciatalgia
O que pode causar dor no tornozelo?
Rotura do tendão de Aquiles
Fratura do calcâneo
Fratura do pilão tibial
Entorse do tornozelo
Fasceíte plantar
Entesopatias
Que manifestações clínicas aparecem na rotura do tendão de Aquiles?
Dor intensa no calcanhar (geralmente pósauma), edema, equimose, tumefação, descontinuidade do tendão e não consegue andar em bicos de pés
Que manobra fazemos para verificar se houve rotura do tendão de aquiles?
Manobra de thomas (em que apertamos os gastrocnemios e supostamente deve haver flexão plantar, se não houver a manobra é positva e indica rotura deste tendão)
Que ECDs fazemos na suspeita de rotura do tendão Aquiles?
RM e eco para confirmar, mas não é obrigatório (Rx é normal)
Como tratamos a rotura do tendão de Aquiles?
Conservador: com gesso ou ortótese (20 semanas - 8 semanas pé equino e 12 semanas bota walker)
Cirúrgico: se rotura antiga ou desportista - fazemos sutura direta ou enxerto (mais estável e menos recidivas)
Que complicações podem surgir de cirurgia ao tendão de aquiles?
Infeção, problemas na cicatrização, nova rotura, menor sensibilidade e TEP
Que ECDs fazemos na suspeita de fraturas condilianas?
Rx de frente e de perfil
Dopplena suspeita de lesão vascular
Arteriografia se ausência de pulso arterial, hematoma progressivo ou hemorragia persistente
O que é a classificação AO-ASIF?
A - extra articulares
B - intrarticular
C - intrarticular complexa (condilianas em T/Y ou cominutivas)
Como tratamos as fraturas condilianas?
Conservador (se não há desvios ou há CI à cirurgia): redução e imobilização gessada
Cirurgia (se há fratura intrarticular, politraumatizado, fratura exposta, lesão vascular ou com lesão ligamentar): fixador externo, placas e parafusos ou encavilhamento centromedular retrógado
Que mecanismos podem originar fratura dos pratos tíbia?
Valgo forçado (prato lateral), vargo forçado (prato medial) e compressão axial (bicondiliana)
Como temos a certeza que houver fratura dos pratos da tíbia?
Pela artrocentese que msotra hemartrosecom glóbulos de gordura
Que lesões podem estar associadas a fratura dos pratos da tíbia?
Rotura dos ligamentos colaterais (principalmente o later), lesão do nervo peroneal (pé pendente) e é fundamental avaliar os tecidos moles, uma vez que pode haver síndrome compartimental e fenómenos necrótico locais
Que manifestações clínicas podem surgir da fratura dos pratos da tíbia?
Dor espontânea, hemartrose e posição em valgo ou varo
Como tratamos as fraturas dos pratos da tíbia?
Se o traço for simples sem desvio (tipo A) fazemos parafusos só, se houver desvio fazemos OS com placas e parafusos e se houver afastamento ou forem bcondilianas podemos fazer OS com placas, parafusos, reconstrução articular e levantamento dos pratos com enxerto
Que complicações podem surgir da fratura dos pratos da tíbia?
Pseudartrose
Consolidação viciosa
TVP
Lesão vascular
Rigidez do joelho
Infeção
Artrose pós-trauma
Como são as fraturas do pilão tibial?
São da extremidade dista tíbia, raras e de alta Ec (queda de altura, acidente de motociclo por arrastamento ou pé no travão) e são, por isso, geralmente cominutivas
Que manifestações clínicas podem surgir de fratura no pilão da tíbia?
Dor, impotência funcional, edema, lesão dos tecidos moles e é importante avaliar o pulso pedial
Como tratamos fraturas do pilão tibial?
Em 2 tempos: fixador externo e posteriormente OS com placas e parafusos.
Se for necessário damage control podemos fazer logo placas e parafusos
Raramente, pode ser possível tratamento conservador com redução e imolização com bota engessada
Que mecanismos podem originar uma fratura diáfise da tíbia e que tipos de traço podem existir?
Estas fraturas podem ocorrer por mecanismo direto (impacto/choque), indireto (torção/flexão) e fadiga.
Podem ter traço transversal, oblíquo, cominutivo, fragmento intermédio e fratura exposta
Que manifestações clínicas podem surgir da fratura da diáfise da tíbia?
Dor
Impotência funcional
Deformidade
Equimose
Que ECDs fazemos na suspeita de fratura da tíbia?
Rx
Como tratamos as fraturas da diáfise da tíbia?
Redução e imobilização com controlo dos sinais vitais (pelos pulsos perifériocos)
Se traço horizontal/oblíquo curto sem desvio: gesso curopodálico 3-6 semanas e gesso funcional até consolidação 3-4 semanas
Se fratura longa oblíqua, em cunha, cominutiva, exposta/politraumatizado: cirurgia com encavilhamento centromedular, placa e parafusos ou fixadores externos
Que complicações podem surgir das fraturas da diáfise da tíbia?
Imediatas: lesão da artéria tibial posterior (não é preocupante porque basta a a. tibial posterior e a peroneal para nutrir o membro) e síndrome compartimental (aumento da pressão, diminuição da perfusão e isquémia tecidual - Pain, Palor, Paralysis e Pulseness)
Tardias: infeção, atraso na consolidação e pseudartrose