Médico-Cirúrgica Flashcards
O que é a pneumonia e ela pode ser causada por o que?
A pneumonia é uma doença inflamatória aguda do parênquima pulmonar que pode ser causada por bactéria, microbactérias, fungo e vírus.
Quais são os tipos de pneumonia? Explique.
Pneumonia adquirida na comunidade: ocorre na comunidade ou nas primeiras 24 horas depois de uma hospitalização.
Pneumonia associada a cuidados de saúde: patógenos multirresistentes.
Pneumonia hospitalar: desenvolve-se 48 horas após a admissão e não parece estar em incubação no momento da admissão -> alta taxa de mortalidade devido a alta virulência -> mais de uma espécie coloniza o paciente -> infiltrado pulmonar, infecção, etc.
Pneumonia associada ao ventilador mecânico: pacientes com intubação endotraqueal e ventilação mecânica por pelo menos 48 horas -> PAVM antes de 96h são bactérias sensíveis e após 96h são multirresistentes.
Outros tipos:
Pneumonia em hospedeiro imunocomprometidos e pneumonia por aspiração
Quais são as manifestações clínicas da pneumonia?
Cefaleia, febre, dor pleurítica, mialgia (dor muscular), erupção cutânea, faringite, expectoração de escarro, ortopneia, falta de apetite, sudorese, cansaço a pequenos esforços, tosse, na ausculta: estertores, roncos ou macicez à percussão do tórax.
Bacteriana: calafrios, sudorese, febre alta, respiração profunda, tosse e taquipneia.
Quais são os exames para diagnóstico de pneumonia?
História do paciente, exame físico, raio x de tórax, hemocultura (bacteremia) e exame de escarro.
Leucocitose
Como se prevenir da pneumonia?
Vacina antipneumocócica - 2,4 e 6 meses e reforços entre 12 e 15 meses
Maiores de 65 anos ou portadores de doença crônica: vacina polissacarídea penumocócica
Qual o manejo clínico e de enfermagem (avaliação, diagnóstico e complicações) para a pneumonia?
Clínico:
BACTERIANA: administração de antibióticos -> avaliar o estado do paciente após 72 horas -> ceftriaxona
VIRAL: controle dos sintomas
FUNGO: medicação específica
Enfermagem:
AVALIAÇÃO: avaliação da temperatura e FC; quantidade, odor e cor das secreções; frequência e gravidade da tosse, taquipneia e dispneia; ausculta pulmonar e inspeção do tórax.
DIAGNÓSTICOS: eliminação traqueobrônquica ineficaz; fadiga; risco de volume de líquidos deficiente; nutrição desequilibrada.
COMPLICAÇÕES: persistência dos sintomas; sepse; choque séptico; insuficiência respiratória; atelectasia; derrame pleural; confusão mental
Quais são as intervenções de enfermagem para pneumonia?
INTERVENÇÃO:
- melhora da permeabilidade das vias aéreas
Remoção da secreção, umidificação, fisioterapia respiratória, oxigenoterapia.
- promoção do repouso e conservação de energia:
Incentivar o descanso e evitar esforços, posição confortável (decúbito entre 30-45°). - promoção da ingesta de líquidos:
A pneumonia aumenta FR e perda de líquido, podendo levar a desidratação, logo deve ingerir de 2-3 litros por dia - manutenção da nutrição:
A falta de ar e fadiga diminui o apetite -> líquidos com eletrólitos, refeições pequenas e frequentes - promoção do conhecimento
Qual o score mais utilizado para auxiliar na decisão de
tratamento ambulatorial ou internação da pneumonia?
CURB-65.
C = confusão mental;
U = ureia > 50mg/dP.
R = frequência respiratória > 30 ciclos/min
B = pressão arterial sistólica < 90 mmHg ou diastólica < 60 mmHg); Idade > 65 anos.
O que é ASMA?
Doença inflamatória crônica das vias respiratórias que provoca hiper-reatividade, edema de mucosa e produção de muco.
É reversível espontaneamente ou com tratamento, o paciente apresenta episódios livres de sintomas alternando com exacerbação.
Quais são as manifestações clínicas da ASMA?
Tosse, dispneia e sibilo -> sensação de aperto torácico e sufocação (durante exercícios)
A crise ocorre geralmente durante a noite ou inicio da manhã
Progressão da exacerbação: sudorese, taquicardia, aumento do pulso, hipoxemia, cianose central
Quais são os achados diagnósticos de ASMA?
História do paciente, espirometria, exame de escarro e sangue (aumento de eosinófilo), gasometria arterial (PaCO2 aumentada devido fadiga), oximetria de pulso (hipoxemia)
obs: PaCO2 normal durante uma crise é sinal de insuficiência respiratória iminente.
comprometimento é avaliado de acordo com o n° de despertar noturno, necessidade de broncodilatador, dias de trabalho perdidos e capacidade de realizar atividade física.
Quais são as complicações da ASMA?
Estado de mal asmático: exacerbação da ASMA -> alcalose respiratória.
Insuficiência respiratória, pneumonia e atelectasia
Qual é o manejo clínico da ASMA?
Broncodilatador de curta duração (salbutamol)
Corticóides (predinisolona, budesonida)
Suplementação de O2 -> se saturação menor que 92%
Monitoramento de pico de fluxo
O que é a DPOC?
É uma doença pulmonar obstrutiva crônica evitável e tratável que apresenta evolução lenta que leva a obstrução do fluxo de ar e envolve as VR inferiores e parênquima pulmonar.
Obstrui o fluxo na expiração -> CO2 não sai -> hipercapenia e acidose respiratória
A DPOC engloba quais doenças?
BRONQUITE CRÔNICA
- tosse e expectoração durante pelo menos 3 meses por 2 anos consecutivos
- a irritação constante faz com que aumente o número de muco desencadeando obstrução das VR, reduzindo função ciliar e dos macrófagos, tornando suscetível a infecção
EFISEMA PULMONAR
- destruição das paredes dos alvéolos em decorrência do prejuízo nas trocas de O2 e CO2
- conforme destrói a parede, a área da superfície alveolar diminui, aumentando o espaço morto levando a hipoxemia.
- casos mais graves: acidose respiratória, cor pulmonale (insuf. cardíaca a direita: PA aumentada levando a edema de MMII, estase jugular, dor na região do fígado, hepatomegalia.
Quais são os fatores de risco da DPOC?
tabagismo (ativo e passivo), aumento da idade, exposição ocupacional a poeira e produtos químicos, anormalidade genética (deficiência alfa 1 antitripisina), fatores relacionados a infância (baixo peso ao nascer e histórico de infecções respiratórias)
Quais são as manifestações clínicas da DPOC?
tosse crônica, sibilância, opressão torácica, expectoração, dispneia, hiperventilação, tórax em barril
Quais são os achados diagnósticos da DPOC?
histórico de saúde (fator de risco, problemas respiratórios anteriores, antecedentes familiares de DPOC, limite de tolerância a exercícios, tabagismo, ect.
Espirometria -> antes e após o uso de broncodilatador
- VEF1/CFV inferior a 0,7
Gasometria arterial (PaCO2 aumentada - acidose respiratória)
Raio-x de tórax
Rastreamento da deficiência alfa 1 antitripsina
Quais são as complicações da DPOC?
Insuficiência e falência respiratória, pneumonia, atelectasia crônica, pneumotórax e hipertensão pulmonar
Qual o manejo clínico da DPOC?
redução dos riscos (tabagismo)
terapia farmacológica: broncodilatadores (beta adrenérgicos, anticolinérgicos e antimuscarínecos) e corticóide
manejo das exacerbações
oxigenoterapia: saturação menor que 92% e PaO2 menor que 70-> cateter de baixo fluxo
manejo cirúrgico: (bulectomia -> diminui dispneia e volume pulmonar, melhorando função e qualidade de vida) e transplante
reabilitação pulmonar
Qual é o manejo de enfermagem na DPOC?
Avaliação do cliente
Desobstrução das vias aéreas: avaliar saturação, FR, ausculta, tosse dirigida -> inspiração lenta e máxima seguida d e3 tosses, aumento da ingestão de líquidos.
Melhora do padrão respiratório: treinamento muscular inspiratório, respiração diafragmática e fenolabial, posicionamento
Melhora da tolerância as atividades: estimular a independência do paciente.
Monitoramento e manejo das complicações potenciais (insuficiência e falência respiratória, atelectasia, monitorar a cognição, dispneia crescente, taquipneia e taquicardia, incentivar vacinação contra gripe e pneumonia)
Quais são os diagnósticos de enfermagem para DPOC?
Troca de gases prejudicada
Eliminação traqueobrônquica ineficaz
Padrão respiratório ineficaz
Déficit de autocuidado
Intolerância as atividade
Quais escalas são utilizadas na DPOC?
Gold: avalia a gravidade da DPOC
Dispneia: avalia a gravidade da dispneia
O que é hipertensão arterial?
É a PA sistólica superior a 140mmHg e a diastólica superior a 90mmHg com base na média de duas ou mais aferições.
Condição multifatorial
Pode ser primária ou secundária (associada a doença)