Masterpiece Flashcards
O que foi o TTIP (Acordo de Parceria Transatlântica de Comércio e Investimento)?
é uma proposta de acordo de livre comércio entre a União Europeia e os Estados Unidos, em forma de tratado internacional. O tratado visava impedir a interferências dos Estados no comércio entre os países aderentes e estava sendo negociado em paralelo com a Parceria Trans-Pacífico ou TPP (em inglês: Trans-Pacific Partnership).
Negociações começaram em 2013 e terminaram sem conclusão em 2016. Uma decisão do Conselho de 15 de Abril de 2019 determina que as diretivas negociando o acordo não são mais relevantes. Acho que a decisão de não negociar também teve a ver com o fato de que os EUA quiseram sair do Acordo de Paris.
O que é o Comité Político e de Segurança?
O Comité Político e de Segurança é responsável pela política externa e de segurança comum (PESC) e pela política comum de segurança e defesa (PCSD) da UE. Ele acompanha a situação internacional;
faz recomendações ao Conselho sobre abordagens estratégicas e opções políticas;
dá orientações ao Comité Militar, ao Grupo Político-Militar e ao Comité para os Aspetos Civis da Gestão de Crises;
assegura o controlo político e a direção estratégica das operações de gestão de crise.
Qual a composição do Comité Político e de Segurança?
EMBAIXADORES dos ESTADOS MEMBROS em BRUXELAS. É presidido pelos representantes do Serviço Europeu para Ação Externa. Reune-se DUAS VEZES POR SEMANA, ou mais se necessário.
O Comité Político e de Segurança faz parte de qual Instituição?
é uma estrutura do Conselho da União Europeia
Qual a base legal do Comité Político e de Segurança?
Artigo 38 do TUE.
Sem prejuízo do disposto no artigo 240.o do Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia,
um Comité Político e de Segurança acompanhará a situação internacional nos domínios pertencentes
ao âmbito da política externa e de segurança comum e contribuirá para a definição das políticas,
emitindo pareceres destinados ao Conselho, a pedido deste, do Alto Representante da União para os
Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança ou por sua própria iniciativa. O Comité acompanhará
igualmente a execução das políticas acordadas, sem prejuízo das atribuições do Alto Representante.
Quando que a comunicação sobre o Estado de Direito (“Um novo quadro da UE para reforçar o Estado de direito”) foi adotada/publicada?
Foi publicada em 11 de Março de 2014.
De acordo com o artigo 2 do TUE, o Estado de Direito é um dos valores fundamentais da União Europeia. Significa que os governos devem estar vinculados por lei, que não devem tomar decisões arbitrárias e que os cidadãos devem poder contestar suas ações em tribunais independentes.
A Estabilidade das Instituições que garantem o ESTADO DE DIREITO, a democracia, os direitos humanos, o respeito pelas minorias e sua proteção, é um dos critérios necessários para quem aderir à UE (Critérios de Copenhaga). Junto com economia de mercado que funcione e seja capaz de fazer face à pressão concorrencial e às forças do mercado da UE, e a capacidade para assumir obrigações decorrentes da adesão, incluindo capacidade de aplicar eficazmente as regras, normas e políticas que compõem o corpo legislativo da UE (o acervo) e a adesão aos objetivos de União Política, Econômica e monetária.
Por quê a Comissão adotou esse quadro para reforçar o Estado de Direito?
Por causa de uma crise recente em alguns países da UE que receberam ameaças sistêmicas ao Estado de Direito. A Comissão reagiu adotando o novo quadro da UE para reforçar o Estado de direito, com o objetivo de evitar que as ameaças emergentes ao Estado de direito escalem ao ponto em que a Comissão tenha de acionar os mecanismos do artigo 7.º do Tratado da União Europeia (TUE). Isto é feito através do diálogo com o país da UE em causa.
Como é o processo do quadro para reforçar o Estado de Direito na UE?
Quando existirem claros elementos indicativos de uma ameaça sistémica ao Estado de direito num Estado‑Membro, a Comissão lançará um diálogo estruturado com esse Estado-Membro.
O processo comporta, regra geral, três etapas:
1. uma avaliação da Comissão,
2. uma recomendação da Comissão e
3. o acompanhamento dessa recomendação.
Caso o Estado não cumpra, a Comissão avaliará a possibilidade de ativar um dos mecanismos estabelecidos no artigo 7.º
OBS. Isso não impede que os mecanismos previstos no artigo 7.º do TUE sejam acionados diretamente, na eventualidade de uma súbita deterioração num Estado-Membro exigir uma reação mais forte da UE
Que instituições podem determinar um risco manifesto de violação grave aos valores da UE?
De acordo com o artigo 7º TUE, quem determina o RISCO manifesto de violação grave aos valores da UE é o Conselho, mas sob proposta fundamentada de um terço dos Estados Membros, do Parlamento Europeu ou da Comissão Europeia.
O conselho nesse caso delibera por maioria qualificada de 4/5 e após aprovação do Parlamento Europeu.
Antes de proceder a essa avaliação, o Conselho tem que ouvir o Estado Membro e pode dirigir recomendações a esse Estado Membro, deliberando segundo o mesmo processo.
O Conselho vai verficiar regularmente se continuam válidos os motivos que conduziram a essa constatação.
Que instituições podem determinar a existência de uma violação grave aos valores da União Europeia?
Nesse caso, se for para verificar a EXISTÊNCIA DA VIOLAÇÃO, aí é o Conselho EUROPEU
- sob sob proposta de um terço dos Estados-Membros ou da Comissão Europeia;
-após aprovação do Parlamento Europeu
-deliberando por UNANIMIDADE
pode verificar a
EXISTÊNCIA DE UMA VIOLAÇÃO GRAVE e PERSISTENTE, por parte de um Estado-Membro, dos valores da UE, após ter convidado esse Estado Membro a se manifestar.
Se for verificado que EXISTE essa violação, aí o CONSELHO DA UNIÃO EUROPEIA!!!! pode decidir, por maioria qualificada, suspender alguns dos direitos decorrentes da aplicação dos Tratados ao Estado-Membro. Ao fazê-lo, o Conselho terá em conta as eventuais consequências
dessa suspensão nos direitos e obrigações das pessoas singulares e coletivas.
O Estado-Membro continua vinculado às obrigações que decorrem dos tratados.
Depois, se verificar que a situação mudou, o Conselho pode,deliberando por maioria qualificada, decidir alterar ou revogar as medidas tomadas.
Existem procedimentos do artigo 7º do TUE em curso?
A Comissão submeteu Proposta de DECISÃO DO CONSELHO relativa à verificação da existência de um risco manifesto de violação grave, pela República da Polónia, do Estado de direito.
O PARLAMENTO também adotou uma resolução enviando ao Conselho uma proposta, convidando-o a verificar a existência de um risco manifesto de violação grave por parte da Hungria, dos valores da UE.
O que o Comité Económico e Social Europeu (EESC) faz e a quem suas opiniões são transmitidas?
O Comité Económico e Social Europeu é um órgão consultivo que representa as organizações de empregadores e de trabalhadores, bem como outros grupos de interesse. É uma INSTÂNCIA CONSULTIVA, emite opiniões em assuntos de interesse da UE e em propostas legislativas, ao CONSELHO, à COMISSÃO ou ao PARLAMENTO EUROPEU (por pedido deles ou por iniciativa própria).
Os membros trabalham para a UE de forma independente em relação aos respetivos governos. Reúnem 9 vezes por ano. Os pareceres são adotados por maioria simples.
Qual é a base legal para o Comité Económico e Social Europeu?
A base legal está no artigo 13 número 4 do TUE: 4. O Parlamento Europeu, o Conselho e a Comissão são assistidos por um Comité Económico e
Social e por um Comité das Regiões, que exercem funções consultivas. Também está previsto no artigo 300 do TFUE: Artigo 300.o
1. O Parlamento Europeu, o Conselho e a Comissão são assistidos por um Comité Económico e Social e por um Comité das Regiões, que exercem funções consultivas.
Quem são os membros do Comité Econômico e Social Europeu?
O Comité Económico e Social é composto por representantes das organizações de empregadores, de trabalhadores e de outros atores representativos da sociedade civil, em especial nos domínios socioeconómico, cívico, profissional e cultural.
Os membros trabalham para a UE de forma independente em relação aos respetivos governos. Reúnem 9 vezes por ano. Os pareceres são adotados por maioria simples.
Quantos são os membros do Comité Econômico e Social Europeu?
O número não pode superar 350. o número de membros por EM depende da população. A composição (acho que o número) do Comité é definida por decisão do Conselho, deliberando por unanimidade, sob
proposta da Comissão.
MEMBROS NOMEADOS por 5 ANOS.
O Conselho aprova a lista dos membros estabelecida em conformidade com as propostas apresentadas por cada Estado-Membro (acho que isso é por maioria qualificada). Os membros do Comité podem ser reconduzidos nas suas funções.
O PRESIDENTE E A MESA são escolhidos pelos Próprios membros do comité, para um MANDATO DE 2,5 ANOS
A maior parte da legislação europeia é adotada por qual processo legislativo?
A MAIOR PARTE da legislação europeia é adotada por PROCEDIMENTO LEGISLATIVO ORDINÁRIO (85 áreas de política que cobrem a maior parte das áreas de competência). O processo legislativo especial é a EXCEÇÃO, usado em áreas de política mais sensíveis.
COMO É O PROCESSO LEGISLATIVO ORDINÁRIO?
co-decisão. Foi intriduzido em 1992 no Tratadi de Maastricht
1. PROPOSTA LEGISLATIVA: o processo começa quando a COMISSÃO apresenta uma PROPOSTA LEGISLATIVA ao PARLAMENTO e ao CONSELHO.
ao mesmo tempo, envia a proposta aos Parlamentos Nacionais e, em alguns casos, ao Comité das Regiões e ao Comité Económico e Social.
As propostas são adotadas pelo COLÉGIO dos membros da Comissão, seja por escrito (texto não é debatido) ou por processo oral (com debate). Se for necessária votação, é por maioria SIMPLES.
2. O PARLAMENTO analisa a aproposta e pode 1. ADOTÁ-LA, 2. SUGERIR ALTERAÇÕES (ele vota por MAIORIA SIMPLES, geralmente com base em um relatório elaborado por um dos comités).
Daí vai pro CONSELHO, que pode: 1. ACEITAR PROPOSTA DO PARLAMENTO –> ATO LEGISLATIVO É ADOTADO, 2. ALTERAR A PROPOSTA DO PARLAMENTO –> Proposta é enviada ao Parlamento para SEGUNDA leitura
CONSELHO é MAIORIA QUALIFICADA.
obs.: não há nenhum prazo para a primeira leitura no Parlamento e no Conselho.
3. SEGUNDA LEITURA. O Parlamento tem 3 meses (prorrogável por 1 mês) para decidir:
A. se aceita as modificações sugeridas pelo Conselho (ou não se manifestar.). Aí considera-se que o ato foi adotado com a formulação do Conselho.
B. se rejeita as modificações sugeridas pelo Conselho –> MAIORIA ABSOLUTA. Aí o ato legislativo não é adotado.
Propõe emendas ao texto submetido pelo Conselho em primeira leitura. Também MAIORIA ABSOLUTA. Nesse caso, também é por maioria absoluta. Aí o texto é encaminhado à Comissão, que vai emitir um parecer sobre as emendas.
Depois, o CONSELHO tem 3 meses (prorrogável por mais um mês) para:
A. Aceitar as emendas do Parlamento (Considera-se o ato Jurídico adotado) por maioria QUALIFICADA
B. Não aprovar as emendar - MAIORIA QUALIFICADA. Nesse caso, o Presidente do Conselho, em conformidade com o Presidente do Parlamento, convoca o Comité de Conciliação no prazo de 6 SEMANAS.
Obs.: o conselho delibera por UNANIMIDADE sobre as emendas sobre as quais a Comissão deu parecer negativo.
4. O Comité de Conciliação reune os membros do Conselho e igual número de Membros do Parlamento, tem por missão chegar a um acordo, por MAIORIA QUALIFICADA dos MEMBROS DO CONSELHO e por MAIORIA dos membros QUE REPRESENTAM o Parlamento.
Isso no prazo de 6 semanas a contar de sua convocação.
A Comissão participa dos trabalhos do Comité de conciliação e toma todas as iniciativas necessárias para promover uma aproximação entre Conselho e Parlamento. Se, em 6 SEMANAS (prorrogável por duas semanas) desde a convocação do comité não for aprovado o projeto comum, considera-se que a legislação não foi adotada.
5. SE FOR APROVADO o projeto comum, aí vai para TERCEIRA LEITURA.
Parlamento e conselho têm 6 semanas (prorrogável por 2 semanas) CADA UM para adotar o ato legislativo.
O parlamento atua por maioria dos votos expressos e o Conselho atua por maioria qualificada.
Caso contrário, considera-se que o ato legislativo proposto não foi adotado.
Como funciona o direito de iniciativa no processo legislativo ordinário
Via de regra a iniciativa é da Comissão.
Existem exceções:
- Se for sobre cooperação judiciária em matéria penal ou à cooperação policial –> Iniciativa de 1/4 dos Estados Membros (art. 76 TFUE)
- Se for relativo aos estatutos do Sistema Europeu de Bancos Centrais e do Banco Central Europeu) –> Banco Central Europeu
- Se for sobre o estatuto do Tribunal de Justiça da União Europeia, relativo à criação de tribunais especializados adstritos ao Tribunal Geral –> TJUE
- Banco Europeu de Investimento
QUAIS SÃO OS TIPOS DE PROCESSO LEGISLATIVO ESPECIAL?
O processo legislativo especial pode ser de dois tipos: APROVAÇÃO ou CONSULTA.
Aprovação: o Parlamento tem poderes de aceitar um rejeitar uma proposta mediante votação por maioria absoluta, mas não pode alterar.
Consulta: Parlamento pode aceitar, rejeitar ou propor alterações em relação à proposta.
Como funciona o processo legislativo especial?
O processo legislativo especial significa que o Conselho é o único legislador, e não colegislador em pé de igualdade (codecisão) com o Parlamento Europeu.
Em certos casos definidos em artigos específicos do Tratado, o Conselho é o único legislador e o Parlamento deve:
dar o seu consentimento à proposta da Comissão (aprovação);
ser consultado sobre a mesma (consulta).
APROVAÇÃO: O Parlamento dispõe de poderes para aceitar ou rejeitar uma proposta legislativa mediante votação por maioria absoluta, mas não a pode alterar.
o Conselho NÃO tem poderes para alterar o parecer do Parlamento.
CONSULTA: o Conselho adota uma proposta legislativa depois de o PARLAMENTO ter dado parecer sobre essa proposta. Nesse processo, o Parlamento pode aprovar, rejeitar ou propor alterações a uma proposta legislativa. MAS, o conselho NÃO ESTÁ VINCULADO ao parecer do Parlamento (mas não pode tomar decisão sem ter obtido esse parecer).