MALÁRIA Flashcards

APRENDER SOBRE A EPIDEMIOLOGIA, CICLO DO PARASITA, DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO

1
Q

QUAL É A ESPÉCIE DE PLASMODIUM MAIS PREVALENTE NO BRASIL E QUAL A MAIS LETAL?

A

P. Vivax e P. Falciparum

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2
Q

QUAIS ESTADOS COMPÕE A AMAZÔNIA LEGAL?

A

Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins

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3
Q

COMO A MALARIA TAMBÉM É CONHECIDA?

A

Paludismo, febre terçã, febre quartã, batedeira, tremedeira ou simplesmente febre

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4
Q

A MALARIA É UMA DOENÇA DE NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA?

A

Sim

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5
Q

ALÉM DA AMAZÔNIA LEGAL, NO BRASIL, QUAIS OUTRAS ÁREAS DO MUNDO SÃO ENDÊMICAS?

A

África e sudeste asiático

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6
Q

PORQUE O P. FALCIPARUM É O MAIS LETAL?

A
Hiperparasitose
Menor duração de seu ciclo
Maior produção de merozoitos
É capaz de infectar hemácias em qualquer idade
   Produz alteração na microcirculação
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7
Q

CONDIÇÕES QUE INDICAM GRAVIDADE DA DOENÇA E NECESSIDADE DE HOSPITALIZAÇÃO

A
Crianças menores de 1 ano
Idoso > 70 anos
Todas as gestantes
Pcte imunossuprimido
Pcte com sinais de perigo para malária grave
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8
Q

ESQUEMA TERAPÊUTICO PARA P. VIVAX OU OVALE

NÃO COMPLICADA

A

Cloroquina em três dias +
Primaquina em sete dias

*se surgir icterícia suspender a primaquina

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9
Q

ESQUEMA TERAPÊUTICO PARA P. MALARIE EM TODAS AS IDADES OU P. VIVAX OU P. OVALE EM GESTANTES OU < 6 MESES

A

Cloroquina em três dias

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10
Q

ESQUEMA PARA PREVENÇÃO DE RECAÍDAS FREQUENTES PARA P. VIVAX O P. OVALE

A

Cloroquina semanal por 12 semanas

*Certificar - se de que o pcte aderiu ao tratamento convencional

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11
Q

ESQUEMA TERAPÊUTICO PARA P. FALCIPARUM (NÃO GRAVE/COMPLICADA)

A
  • Artemeter + lumefantrina em três dias + primaquina em um dia
  • Artesanato + mefloquina em três dias e primaquina em dose única
  • Quinina em três dias + doxiciclina em cinco dia e primaquina no sexto dia
  • A dose de primaquina não é necessária quando o paciente não reside, ou permanece, em área de transmissão
    • A doxiciclina não deve ser dada a gestantes ou crianças menores de 8 anos.
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12
Q

ESQUEMA TERAPÊUTICO PARA MALARIA GRAVE (P. FALCIPARUM OU P. VIVAX)

A
  • Artesanato + clindamicina
    OU
    Artemeter + clindamicina

Quinina + clindamicina

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13
Q

DIAGNÓSTICO LABORATORIAL

A
  • Microscópico - microscopia da gota espessa de sangue, padrão ouro
  • Testes rápidos - baseado na detecção de antígenos
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14
Q

SINAIS E SINTOMAS DA MALARIA GRAVE

A
Prostração
Alteração da consciência
Dispnéia ou hiperventilação
Convulsões
Hipotensão arterial ou choque
Edema pulmonar ao ex de tórax
Hemorragias
Icterícia
Hemoglobinúria
Hiperpirexia
Oligúria
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15
Q

ALTERAÇÕES LABORATORIAIS DA MALÁRIA GRAVE

A
Anemia
Acidose metabólica
Insuficiência renal
Hipoglicemia
Hiperlactatemia
Hiperparasitemia
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16
Q

A MALARIA GRAVE É UMA EMERGÊNCIA MÉDICA?

A

Sim

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17
Q

TRATAMENTO DE MALÁRIA NA GRAVIDEZ E NA CRIANÇA < 6 MESES

A

POR P. FALCIPARUM (não complicada):
Na gestante no primeiro trimestre e na criança QUININA + CLINDAMICINA
No segundo e terceiro trimestre tratamento convencional na gestante

*Os derivados da artemisinina podem ser usados no primeiro trimestre de gestação em casos de malária grave, caso seja iminente o risco de vida da mãe.

POR P. VIVAX OU OVALE:
Apenas cloroquina, primaquina apresenta alto risco de hemólise

18
Q

OBJETIVOS DO TRATAMENTO DA MALÁRIA

A

Atingir o parasita em pontos chave de seu ciclo

  • interrupção da esquizogonia sanguínea
  • destruicao de formas latentes
  • interrupção da transmissão do parasita
19
Q

QUAIS SÃO OS PRINCIPAIS OBJETIVOS DO PNCM

A

Reduzir a letalidade e a gravidade dos casos, reduzir a incidência da doença, eliminar a transmissão em áreas urbanas e manter a ausência da doença em locais onde a transmissão já foi interrompida.

20
Q

QUAIS AS ESPÉCIES DE PLASMODIUM ASSOCIADA A MALÁRIA HUMANA

A

Plasmodium falciparum, P. vivax P. malariae e P. ovale. No Brasil, nunca foi registrada transmissão autóctone de P. ovale, que é restrita a determinadas regiões da África.

21
Q

COMO É TRANSMITIDA

A

Picada de fêmeas infectadas de mosquitos do gênero Anopheles.

22
Q

CICLO DE VIDA DO PARASITA

A

Esporozoítos são inoculados pelo vetor, atingem a corrente sanguínea, até alcançarem o fígado e infectarem os hepatócitos. Nessas células ocorre esquizogonia produzindo merozoítos, esses rompem os hepatócitos e vão novamente atingir a corrente sanguínea, infectando as hemácias, fazendo esquizogonia, gerando trofozoítos, que em ciclos repetidos, produziram a lise das hemácias.

23
Q

O QUE SÃO HIPNOZOÍTOS

A

São parasitas (p. vivax, p. ovale) que permanecem em estado de latência, sendo responsáveis pelas recaídas da doença que ocorrem após período de incubação, geralmente de seis meses

24
Q

CICLOS ERITROCITÁRIOS

A

A cada 48 horas nas infecções por P. vivax e P. falciparum e a cada 72 horas nas infecções por P.malarie

25
Q

PERÍODO DE INCUBAÇÃO

A

Varia de 7 a 14 dias, podendo, contudo, chegar a vários meses em condições especiais, no caso de P. vivax e P. malariae

26
Q

COMO SE CARACTERIZA A CRISE AGUDA DE MALÁRIA (NÃO COMPLICADA)

A

Caracteriza-se por episódios de calafrios, febre e sudorese, com duração de 6 a 12 horas, em geral, esses paroxismos são acompanhados por cefaléia, mialgia, náuseas e vômitos. Após os primeiros paroxismos, a febre pode passar a ser intermitente.

O quadro clínico da malária pode ser leve, moderado ou grave, na dependência da espécie do parasito, da quantidade de parasitos circulantes, do tempo de doença e do nível de imunidade adquirida pelo paciente.

27
Q

ESTÃO SUJEITOS A MAIOR GRAVIDADE

A

Gestantes, crianças menores de 6 meses e primo infectados.

28
Q

DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS

A

Outras doenças febris agudas como a dengue, a febre amarela, a leptospirose, a febre tifóide e muitas outras.

29
Q

A TOMADA DE DECISÃO PARA TRATAR UM PACIENTE DEVE BASEAR- SE

A

Sinais clínicos (mesmo que inespecíficos) + confirmação laboratorial da doença

30
Q

VANTAGENS E DESVANTAGENS DO TESTE RÁPIDO

A
\+ maior sensibilidade pelo p. falciparum
   facilidade de execução
   dispensa treinamento prolongado
   rápido (15 a 20 minutos)
-  não distingue p. vivax, p.malarie, p. ovale
    não mede o nível de parasitemia
    não detecta infecções mistas
    custo alto
31
Q

PARA UMA BOA EFICÁCIA NO TRATAMENTO E BAIXA TOXICIDADE DEVE-SE

A

Adequar a dose ao peso do paciente

32
Q

A DECISÃO DE COMO TRATAR O PACIENTE DEVE SER PRECEDIDA DE INFORMAÇÕES SOBRE:

A
  • espécie de plasmódio infectante
  • idade do paciente, pela maior toxicidade para crianças e idosos
  • história de exposição anterior à infecção uma vez que indivíduos primo infectados tendem a apresentar formas mais graves da doença
  • condições associadas, tais como gravidez e outros problemas de saúde
  • gravidade da doença, pela necessidade de hospitalização e de tratamento com esquemas especiais de antimaláricos.
33
Q

CONDIÇÕES QUE INDICAM GRAVIDADE E NECESSIDADE DE HOSPITALIZAÇÃO

A
Crianças	menores	de	1	ano
Idosos	com	mais	de	70	anos
Todas	as	gestantes
Pacientes	imunodeprimidos
Pacientes com qualquer um dos sinais de perigo para malária grave
34
Q

TRATAMENTO PARA INFECÇÕES MISTAS

A

Para pacientes com infecção mista por P. falciparum e P. vivax (ou P. ovale), o tratamento deve incluir droga esquizonticida sanguínea eficaz para o P. falciparum, associada à primaquina (esquizonticida tecidual). Se a infecção mista for pelo P. falciparum e P. malariae, o tratamento deve ser dirigido apenas para o P. falciparum.

35
Q

PCTE APRESENTANDO APENAS LÂMINA COM GAMETÓCITOS DE P. FALCIPARUM

A
  • Se o pcte teve o ultimo tratamento para malaria por p. falciparum em menos de 30 dias, reside ou permanece em área de transmissão –> Primaquina 0,75 mg/kg
  • Se o pcte teve o ultimo tratamento para malaria por p. falciparum em menos de 30 dias, mas não reside ou permanece em área de transmissão –> Não tratar
36
Q

SITUAÇÕES DE RISCO ELEVADO DE TRANSMISSÃO DE MALÁRIA

A
  • Destino que inclua local com níveis elevados de transmissão de malária e/ou transmissão em perímetro urbano
  • Condições de acomodação
  • Duração da viagem
  • Época do ano
37
Q

QUIMIOPROFILAXIA

A

Uso de drogas antimaláricas em doses subterapêuticas, a fim de reduzir formas clínicas graves e o óbito devido à infecção por P. falciparum.
A QPX deve ser indicada quando o risco de doença grave e/ ou morte por malária P. falciparum for superior ao risco de eventos adversos graves relacionados às drogas utilizadas.

38
Q

DEFINIÇÃO DE CASO SUSPEITO EM ÁREA ENDÊMICA

A

Toda pessoa que apresente febre seja residente ou tenha se deslocado para área onde haja transmissão de malária, no período de 8 a 30 dias anterior à data dos primeiros sintomas; ou toda pessoa testada para malária durante investigação epidemiológica.

39
Q

DEFINIÇÃO DE CASO SUSPEITO EM ÁREA NÃO ENDÊMICA

A

Toda pessoa que seja residente ou tenha se deslocado para área onde haja transmissão de malária, no período de 8 a 30 dias anterior à data dos primeiros sintomas, e que apresente febre com um dos seguintes sintomas: calafrios, tremores generalizados, cansaço, mialgia; ou toda pessoa testada para malária durante investigação epidemiológica.

40
Q

DEFINIÇÃO DE CASO CONFIRMADO

A

Toda pessoa cuja presença de parasito no sangue, sua espécie e parasitemia tenham sido identificadas por meio de exame laboratorial.

41
Q

DEFINIÇÃO DE CASO DESCARTADO

A

Caso suspeito com diagnóstico laboratorial negativo para malária.

42
Q

LÂMINA DE VERIFICAÇÃO DE CURA

A

Classifica-se como LVC o exame de microscopia realizado durante e após tratamento recente, em paciente previamente diagnosticado para malária, por busca ativa ou passiva.