ESTAFILO Flashcards
COAGULASE- NEGATIVA
> Micro bioma cutâneo humana normal
Menos virulentas e invasivas que o S. aureus
Associada ao tratamento médico
COAGULASE- POSITIVA
> S. areus
Flora nasofaríngea
1/3 dos indivíduos
Desde infec. de pele à doenças invasivas letais
STAPHYLOCOCCUS
> G +
Não móveis, não esporulantes, fortes, resistentes ao ressecamento, às concentrações extremas de pH e às altas concentrações de sal, e são capazes de crescer sob condições aeróbicas ou anaeróbicas
Produção de CATALASE os distinguem
S. AUREUS
Locais de colonização
Narinas anteriores, membranas mucosas e outras áreas úmidas do corpo, bem como a virilha, o períneo e a área perianal de crianças e adultos saudáveis
S. AUREUS
Epidemiologia
Taxas de colonização maiores em crianças
S. AUREUS
Altas taxas de colonização
Associadas à: dermatite atópica, eczema, úlceras cutâneas crônicas e outras condições cutâneas agudas e crônicas; diabetes insulino-dependente; diálise;
infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV); e uso de drogas injetáveis recreacionais.
S. AUREUS
Transmissão
- Principal: contato direto com um indivíduo infectado ou um carreador assintomático
- Ambiental > materiais altamente contaminados
- Gotículas e aerossol > tem pouca ou nenhuma participação
S. AUREUS
Fatores de Virulência
- Inúmeras adesinas, toxinas, enzimas, proteínas de ligação de superfície e polissacarídeos capsulares.
- BIOFILME > cateteres, instrumentos invasivos
- Regulador de genes acessórios (agr) > regula a expressão de inúmeras proteínas de superfície > mutações no agr são associadas à suscetibilidade reduzida à vancomicina, e à perda de virulência
S. AUREUS
Mecanismos da doença
> INVASÃO DE TECIDOS
Lesão característica: abscesso
MEDIADO POR TOXINAS
S. AUREUS
Defesa do hospedeiro
> Barreira cutânea intacta e normal
Sistema imune
- Comprometimento das defesas = risco aumentado para infec. por S. aureus
S. AUREUS
CONDIÇÕES que aumentam o risco de infec.
Uso de drogas injetáveis, presença de instrumentos de acesso vascular, queimaduras, doenças cutâneas crônicas, uso de esteroides sistêmicos, ferimentos traumáticos, abrasões cutâneas menores ou trauma, procedimentos cirúrgicos, diabetes insulino dependente ou não, diálise peritoneal, hemodiálise, injeções subcutâneas e intramusculares, acupuntura, implantes protéticos e distúrbios neutrofílicos congênitos ou adquiridos
S. AUREUS
Síndromes mediadas por toxinas
> Intoxicação alimentar estafilocócica
Síndrome do choque tóxico estafilocócica
Síndrome da pele escaldada estafilocócica
S. AUREUS
Intoxicação alimentar estafilocócica
- Ingestão de uma enterotoxina pré-formada e termoestável
- A atividade emética da enterotoxina é medida pela liberação intestinal de 5-hidroxitriptamina e pelo estímulo dos receptores presentes nos neurônios vagais aferentes
S. AUREUS
Síndrome do choque tóxico estafilocócica
- Provocada por uma toxina específica, a TSST-1,
ou outras enterotoxinas estafilocócicas, que agem como superantígenos, ligando-se indiscriminadamente a moléculas de células apresentadoras de antígenos e receptores das células T do complexo principal de histocompatibilidade (MHC) classe II, estimulando a liberação em massa de citocinas das células T e resultando no choque séptico e morte
S. AUREUS
Síndrome da pele escaldada estafilocócica
- Provocado por uma das duas toxinas esfoliantes, A ou B
* Diagnósticos diferenciais: reação medicamentosa, necrólise epidérmica tóxica, doença de Kawasaki e pênfigo foliáceo
S. AUREUS - MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
Infecções da Pele e do Tecido Mole
> Infecções + comuns
Impetigo, foliculite, furúnculo, abscesso, erisipelas e celulite, mastite, fasciite necrotizante e infecções de feridas
S. AUREUS - MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
Infecções da Pele e do Tecido Mole
Impetigo, foliculite e furúnculo
> Infecções superficiais
> Febre e outros sinais sistêmicos de infecção não estão presentes
S. AUREUS - MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
Infecções da Pele e do Tecido Mole
Impetigo
> Infecção focal da epiderme
Mais frequência em crianças
A lesão típica: tem cerca de 1 cm de diâmetro, com eritema circundando uma bolha, ou bolhas
(provocadas pela produção de toxina esfoliativa), contendo um fluido turvo ou com uma aparência de crostas
S. AUREUS - MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
Infecções da Pele e do Tecido Mole
Foliculite
> Lesões sensíveis, eritematosas,
maculopapulares ou pustulares centradas ao redor dos folículos pilosos
S. AUREUS - MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
Infecções da Pele e do Tecido Mole
Furúnculo
> Erupção
Infecção eritematosa e supurativa que mede de 1 a 2 cm e estende-se pela derme para o tecido subcutâneo. > Pode drenar espontaneamente; se não, compressas quentes podem ser aplicadas para estimular a drenagem, ou o furúnculo pode ser incisado e drenado
S. AUREUS - MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
Infecções da Pele e do Tecido Mole
Erisipela e Celulite
> Infecções dolorosas, quentes, enduradas, eritematosas e não localizadas que podem ser acompanhadas da linfangite
A celulite estende-se na derme e na gordura subcutânea; a erisipela é mais superficial
S. AUREUS - MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
Infecções da Pele e do Tecido Mole
Fascite necrotizante
> Infecção das camadas profundas da pele e dos tecidos subcutâneos, estendendo-se ao músculo e ao longo dos planos fasciais
Associada à toxicidade sistêmica, à leucocitose e à dor grave, muitas vezes fora de proporção para os
achados físicos
S. AUREUS - MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
Infecções da Pele e do Tecido Mole
Piomiosite
> Miosite tropical
Infecção do músculo esquelético
Febre, dor, inchaço e enduração, que podem ser sentidos na palpação profunda
A síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS) e outras condições imunossupressoras são fatores
predisponentes
Supõe-se que essa infecção ocorra como uma consequência da disseminação metastática de uma bacteriemia subclínica
O diagnóstico é estabelecido pela cultura do
pus por punção aspirativa
S. AUREUS - MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
Infecções da Pele e do Tecido Mole
Infecções de feridas
> Ocorrem no local da incisão, normalmente após o segundo ou o terceiro dia de pós-operatório
Os sinais e sintomas são: febre acompanhada por
eritema, edema, enduração, secreção, dor e sensibilidade no local da cirurgia
S. AUREUS - MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
Bacteremia
> Presença de bactérias na corrente sanguínea
Sinônimo da doença invasiva
Normalmente, mas nem sempre, a febre está presente
A síndrome da sepse e o choque séptico são comuns, e a morte ocorre de 10% a 20% dos casos
S. AUREUS - MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
Bacteremia
* Fontes comuns*
- Infecções cutâneas e do tecido mole, cateteres venosos centrais e outros instrumentos intravasculares, infecções ósseas e articulares, pneumonia e endocardite
- Em 25% dos casos a fonte não é obvia
S. AUREUS - MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
Endocardite
> S. aureus como principal causa (30%)
Doença febril aguda, com desenvolvimento de febre alta em poucos dias, o paciente pode parecer tóxico e séptico
As válvulas aórtica e mitral costumam estar mais
envolvidas, exceto em usuários de drogas injetáveis (tricúspide)
Sopro patológico pode não estar evidente inicialmente
Embolização sistêmica para o cérebro, rins, baço, intestino ou outros vasos grandes
Manchas de Roth, os nódulos de Osler, as lesões de Janeway
A morbidade e a mortalidade são altas
Endocardite em usuários de drogas injetáveis envolve a válvula tricúspide em aproximadamente três quartos dos casos. Normalmente, os pacientes têm febre, tosse,
hemoptise e dor torácica pleurítica como consequência da contaminação hematogênica dos pulmões e dos êmbolos sépticos da válvula.
S. AUREUS - MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
Endocardite
Fatores de risco
Diabetes melito, hemodiálise e presença de válvula protética
S. AUREUS - MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
Pericardite
> Contaminação no momento da cirurgia, disseminação bacterêmica de outro local de infecção
Complicação:abscesso paravalvular ou abscessos do miocárdio, ou por extensão direta da infecção por
pneumonia, abscesso pulmonar ou empiema
Apresentação: febre e dor torácica grave, taquicardia e instabilidade hemodinâmica
S. AUREUS - MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
Osteomielite
> S. aureus é a causa mais comum
Disseminação hematogênica
Osteomielite aguda: episódio com curso clínico de dias
Febre e dor no local da infecção
Crianças: ossos longos > Adultos: vértebras ( + comum)
S. AUREUS - MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
Artrite séptica
> S. aureus é a causa mais comum
Disseminação hematogênica, trauma ou procedimento cirúrgico
Dor articular, história de inchaço articular e febre
Diagnóstico: análise do fluido sinovial
Locais comumente afetados: quadril, joelhos, tornozelos e pulsos
S. AUREUS - MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
Artrite séptica
Fatore de risco
Diabetes
Cirurgia articular recente ou prótese articular
Artrite reumatoide
S. AUREUS - MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
Infecções do sist. nervoso central
> O S. aureus é uma causa incomum
S. AUREUS - MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
Infecções pulmonares
> O S. aureus é uma causa incomum de pneumonia adquirida na comunidade
Pneumonia necrotizante fulminante, grave, muitas vezes fatal,companhada por evidência de cavitação nas radiografias torácicas
Pneumonias nosocomial - associadas a VM - S. aureus MRSA
S. AUREUS - MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
Infecções protéticas
> Primeiras 12 semanas
Aguda: com dor articular, evidência de artrite, febre e sinais sistêmicos de infecção
Crônico: com dor e afrouxamento da prótese, porém com pouca ou nenhuma febre
Biofilme
S. AUREUS - MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
Infecções protéticas
* Tratamento*
Debridamento + remoção da prótese ou implante em conjunto + terapia antimicrobiana
S. AUREUS - MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
Infec. do trato geniturinário
> Disseminação hematogênica ou infecção ascendente (instrumentação, cateterização urinária ou cirurgia)
Cistite, pielonefrite, microabscessos, abscesso perinefrético, prostatite e abscesso prostático
S. AUREUS - MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
Doenças mediadas por toxinas
> Ingestão da toxina pré-formada ou elaboração da
toxina por S. aureus de um local de colonização ou infecção
* Intoxicação alimentar: náusea, vômito, dor abdominal e diarreia, doença autolimitada
* Choque tóxico: toxina TSST-1, febre, eritrodermia,
hipotensão, envolvimento de três ou mais sistemas
orgânicos (renal, hematológico, hepático, pulmonar, gastrointestinal, muscular, sistema nervoso central, membranas mucosas) e descamação, sobretudo das palmas das mãos e das plantas dos pés
* Síndrome da pele escaldada estafilocócica e impetigo bolhoso: toxina esfoliativa A ou B
S. AUREUS - DIAGNÓSTICO
Hemoculturas, culturas do tecido ou do pus
S. AUREUS - TESTE DE SUSCETIBILIDADE
Guiar a terapia antimicrobiana
S. AUREUS - TRATAMENTO
Princípios
(1) Eliminação do foco de infecção e de material estranho infectado sempre que possível
(2) Administração de terapia antimicrobiana sistêmica
S. AUREUS - TRATAMENTO
- S. AUREUS MRSA - penicilina resistente à penicilinase = oxacilina ou ceftarolina ou vanco
ESTAFILOCOCOS COAGULASE- NEGATIVOS
> Staphylococcus epidermidis é a espécie que
mais provoca infecção
INFEC. associadas a cateter central e sítio cirúrgico, especialmente quando um instrumento protético ou outro material externo foi implantado
Excelentes produtores de biofilme
PREVENÇÃO
# Princípios básicos do controle de infecção > HIGIENE DAS MÃOS > Precauções de barreira (luvas e aventais) # A triagem e a descolonização dos carreadores de S. aureus >>> prevenção de infecção recorrente em indivíduos que tiveram vários episódios anteriores e a prevenção das infecções no sítio cirúrgico # Aplicação tópica de mupirocina (0,5 g duas vezes ao dia, em cada narina, durante cinco dias), com ou sem lavagem com sabonete de clorexidina, e a administração oral de rifampina (600 mg em uma ou duas doses divididas) em combinação com outro agente ativo (p. ex., fluoroquinolona, caso o isolado esteja suscetível, sulfametoxazol- trimetoprima, doxiciclina)